terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mateus 13, 31-32

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 13


Versículo 31: Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando dele, semeou no seu campo;

Versículo 32: O qual é realmente a mais pequena de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.

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Ao tomarmos contato com esta pequena semente, que se chama fé, ficamos cheios de entusiasmo. Queremos contar a todos a maravilha que descobrimos. Também queremos participar de todas as atividades que o Centro oferece. Este entusiasmo é comum em pessoas que acabaram de se converter ao Espiritismo.

Este entusiasmo nada tem de errado, mas precisa ser melhor compreendido. Toda semente, na natureza, precisa de tempo para se desenvolver. A nossa fé também. Precisamos de tempo para que a nossa fé cresça, crie raízes e esteja pronta para dar frutos.

Temos que ter todo o cuidado e carinho com a nova fé que desabrocha. Se formos muito afoitos, querendo participar de todas as atividades que o Centro oferece, corremos o risco de perturbar o desenvolvimento desta semente, comprometendo o seu futuro.

Se formos excessivamente cuidadosos, achando que primeiro temos que ler todas as obras básicas para só então praticar o que o Espiritismo nos ensina, corremos o risco de deixar essa semente embolorar e não se desenvolver.

Estudo e prática devem andar juntos. Ambos temperados com bom senso e moderação. Existe a vida religiosa, que deve valorizada e vivenciada. Existe também a vida cotidiana, que deve ser direcionada pela nossa crença religiosa. Ambas devem se inter penetrar e conviver em harmonia.

Portanto, um conselho aos recém-convertidos: bom senso e moderação. Não sejam afoitos, querendo frequentar o Centro sete dias na semana. Não sejam displicentes, querendo dedicar apenas uma hora por semana para o seu desenvolvimento espiritual.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Mateus 13, 24-30

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 13


Versículo 24: Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo;

Versículo 25: Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se.

Versículo 26: E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.

Versículo 27: E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem então joio?

Versículo 28: E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo?

Versículo 29: Porém ele lhes disse: Não; para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele.

Versículo 30: Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo ajunta-o no meu celeiro.

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Encontramos a explicação que Jesus deu dessa parábola nos versículos 36 a 43 deste capítulo.

Versículo 36: Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.

Depois de pregar à multidão, Jesus vai para sua casa na companhia de seus discípulos. Eles pedem que Jesus lhes explique a parábola do joio e do trigo. Muitas vezes, Jesus aprofunda seus ensinamentos em conversas particulares com seus discípulos.
Estes discípulos, antes de reencarnarem, foram selecionados e preparados para receberem os ensinamentos de Jesus, pois caberia a eles darem continuidade às pregações de Jesus e perpetuarem a Sua mensagem.

Versículo 37: E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente, é o Filho do homem.

"Filho do homem" era a expressão usada para designar o Messias prometido. Como a finalidade de Mateus era comprovar que Jesus era de fato o Messias prometido, vamos encontrar essa expressão com muita frequência em seu relato.
Ao comparar o reino dos céus ao homem que semeia a boa semente em seu campo, Jesus diz que a Sua missão é ensinar ao povo sobre as leis de Deus.
Podemos comparar a expressão "reino dos céus" com o futuro que Deus planejou para nós, num mundo onde reine o amor e a justiça.

Versículo 38: O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno.

O campo onde Jesus planta a sua palavra é o mundo.
A boa semente é composta dos discípulos de Jesus, que se encarregam de transmitir os Seus ensinamentos.
O joio é uma planta que pode crescer até um metro de altura. Usualmente cresce nos mesmos locais onde o trigo é produzido, e é considerada uma erva daninha. A semelhança entre elas é muito grande. O joio pode ser venenoso.
Nesta parábola, Jesus compara o joio, um trigo falso e venenoso, com pessoas que se dedicam ao mal. Podemos estender essa comparação a pessoas que aparentemente pregam a palavra de Jesus, mas que a misturam com falsos ensinamentos e ideias enganosas. Muitos fazem isso por ignorância. Outros, para obterem vantagens materiais. Alguns por acreditarem que são os únicos que entendem o significado da mensagem de Jesus.

Versículo 39: O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.

Quem semeia o falso trigo, ou seja, falsas interpretações da mensagem de Jesus, presta serviço ao mal.
A colheita (ceifa) é comparada ao final do mundo. Podemos ver isso como uma simbologia do final de cada existência, quando colheremos obrigatoriamente o que plantamos durante a nossa vida como encarnados.
Os ceifeiros são os encarregados de dar cumprimento à justiça divina.

Versículo 40: Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.

No tempo correto, tudo será esclarecido. Os falsos ensinamentos cairão por terra.

Versículo 41: Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o  causa escândalo, e os que cometem iniquidade.
Versículo 42: E lança-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.

Todas as pessoas que pregam em nome de Jesus e causam escândalos serão desmascaradas. No momento de prestarem conta, certamente haverá pranto e ranger de dentes.

Versículo 43: Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Nada como o tempo para esclarecer os fatos. As ideias equivocadas a respeito da mensagem de Jesus cairão por terra no final, e os que permanecerem fiéis à Sua mensagem finalmente terão um lugar ao sol.

De maneira geral, Jesus conta que veio ao mundo para ensinar as leis de Deus. Muitos se aproveitam da invigilância e falta de conhecimento das pessoas para pregarem ensinamentos que até se parecem com os de Jesus, mas que na realidade são venenosos.
Jesus nos alerta que o joio, que foi semeado junto ao trigo, não vai permanecer enganando para sempre. No momento oportuno, será arrancado e lançado ao forno. Mas cedo ou mais tarde os falsos ensinamentos serão desmascarados, e a verdadeira mensagem de Jesus será reconhecida.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mateus 13, 18-23

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 13


Versículo 18: Escutai vós, pois, a parábola do semeador.

Versículo 19: Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho.

Versículo 20: Porém o que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria;

Versículo 21: Mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se ofende;

Versículo 22: E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas, sufocam a palavra; e fica infrutífera.

Versículo 23: Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá frutos, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.

Outra tradução do versículo 21: Contudo, visto que não tem raiz em si mesmo, resiste por pouco tempo. E, quando por causa da Palavra chegam os problemas e as perseguições, logo perdem o ânimo.

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Jesus explica de maneira clara o significado da parábola do semeador, descrita nos versículos 3 a 8 deste mesmo capítulo. Ao explicar essa parábola aos seus discípulos, Jesus quis deixar claro que nem todos possuem a mesma capacidade de entendimento no que diz respeito aos assuntos espirituais (e em outros temas também).

Para alguns de nós, que já tivemos contato, quer seja em vidas anteriores quer seja no tempo que passamos desencarnados (entre uma encarnação e outra), com a mensagem de Jesus, fica mais fácil o entendimento da mensagem que Ele nos trouxe. Muitos de nós também já tivemos contato anterior com o Espiritismo, o que explica as facilidades e dificuldades que podem ocorrer na assimilação da doutrina espírita.

Alguns de nós podemos estar tendo o primeiro contato nesta encarnação. Isto não deve ser motivo de desânimo. O progresso que conseguirmos agora, embora possa ser visto como pequeno, servirá de base para o desenvolvimento do conhecimento na próxima existência. Assim, nenhum estudo pode ser considerado perdido.

As parábolas são estórias que Jesus costumava contar tendo como objetivo transmitir um ensinamento. Ao comparar coisas que as pessoas conheciam com o que pretendia ensinar, Jesus conseguia fixar esse ensinamento na mente das pessoas.

Estórias simples geralmente possuem um significado profundo. Faz-se necessário uma reflexão a respeito do que elas querem dizer, pois podemos não compreender numa primeira leitura, principalmente se ela for feita de maneira apressada. Isto se aplica aos ensinos de Jesus e também ao estudo do Espiritismo. Por isso, paciência e perseverança devem fazer parte dos nossos estudos.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Mateus 13, 1-17

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 13


Versículo 1: Tendo Jesus saído de casa naquele dia, estava assentado junto ao mar;

Versículo 2: E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.

Versículo 3: E falou-lhes de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear.

Versículo 4: E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;

Versículo 5: E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda;

Versículo 6: Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.

Versículo 7: E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, e sufocaram-na.

Versículo 8: E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta.

Versículo 9: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Versículo 10: E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?

Versículo 11: Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;

Versículo 12: Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas aquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.

Versículo 13: Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.

Versículo 14: E neles se cumpre a profecia d'Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis.

Versículo 15: Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure.

Versículo 16: Mas bem aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.

Versículo 17: Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.

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Parábola: narrativa curta que, mediante o emprego de linguagem figurada, transmite um conteúdo moral.

Depois de permanecerem por 400 anos como escravos dos egípcios, os hebreus conseguiram se libertar. Mas eles voltaram a se tornar escravos, desta vez dos romanos.

Durante esse período de convívio com outros povos e outras culturas, eles acabavam por adquirir hábitos de vida que se desviava de sua tradição, ditada pelas leis de Moisés.

Os fariseus, na época de Jesus, seguiam com muito rigor as leis de Moisés. Não admitiam qualquer interpretação diferente daquelas que ensinavam ao povo. Por causa desse excesso de zelo no cumprimento da leis, não estavam com os ouvidos e os corações abertos para os novos ensinamentos de Jesus. Assim, Jesus usava imagens do cotidiano para poder fazer com que eles compreendessem Sua mensagem.

Jesus explica que os seus apóstolos possuíam uma condição melhor de entendimento. Por isso, falava com eles de maneira diferente com que falava com o povo.

As parábolas de Jesus trazem cenas que fazem parte da vida do povo. Ao contar uma história com estas cenas, Jesus permite que as pessoas entendam a realidade espiritual através dessas comparações.

Jesus era um profundo conhecedor da natureza humana. Sabia falar de maneira que qualquer um O pudesse entender. Falava de acordo com cada pessoa.

Dessa maneira, qualquer pessoa que pretenda transmitir os ensinamentos de Jesus deve aprender, como Ele, a usar uma linguagem adequada para cada público ao qual se dirija. A mensagem precisa ser transmitida de maneiras diversas, pois diversas são as pessoas.

Nos versículos 18 a 23 desse mesmo capítulo, Jesus dá a explicação do significado desta parábola. Vou postar ainda nesta semana esse comentário.


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Mateus 12, 46-50

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 12


Versículo 46: E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.

Versículo 47: E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te.

Versículo 48: Porém ele, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? e quem são meus irmãos?

Versículo 49: E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos;

Versículo 50: Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe.

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Nesta cena, descrita por Mateus, vemos Jesus aproveitando mais uma oportunidade de ensinar a partir de algo que aconteceu num momento comum da vida das pessoas. Ao saber que seus irmãos e sua mãe estavam procurando por Ele, Jesus poderia simplesmente ter dito: Peça para entrarem. Mas não, aproveitou a ocasião para ensinar que Sua família verdadeira era a das pessoas que cumpriam a vontade de Deus.

Muito se discute sobre família nos meios espíritas. Sabemos que alguns membros de nossa família são pessoas muito queridas, ao passo que com outros temos dificuldades no relacionamento. Qualquer que seja o caso, estamos na família que precisamos estar. É esta a família que merecemos e precisamos.

Isto não nos impede de criar (ou reatar) vínculos com outras pessoas. Estes vínculos podem ser tão ou mais intensos que com os nossos familiares.

Acima de tudo, não podemos nos esquecer de que pertencemos a uma família muito grande: a humanidade. Também temos vínculo de parentesco com todos os seres vivos, pois todos fomos criados por um único pai, Deus. Assim, tudo e todos merecem o nosso respeito, pois nascemos todos de uma mesma fonte, que é a bondade infinita de Deus.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Mateus 12, 43-45

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 12


Versículo 43: Quando um espírito imundo sai de uma pessoa, passa por lugares áridos procurando descanso, mas não encontra onde repousar.

Versículo 44: Então diz: "Voltarei para a minha casa de onde saí." E, retornando, encontra a casa desocupada, varrida e arrumada.

Versículo 45: Diante disso, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando passam a morar ali. E o estado final daquela pessoa torna-se pior do que o primeiro. Assim também ocorrerá com esta geração má!

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Em centros espíritas, um dos trabalhos realizados é o de desobsessão. É um trabalho complexo, que exige de seus participantes um preparo espiritual específico.

Ao contrário do que muitos acreditam, este tipo de trabalho é apenas uma parte do processo que envolve o tratamento daquele que se encontra em um processo obsessivo.

De início, podemos dizer que não podemos ter a certeza de quem é o obsediado e quem é o obsessor, pois os papéis de vítima e perseguidor, não raro, acabam por se confundir e serem alternados ao longo do tempo e das encarnações. A vítima de hoje foi o cruel perseguidor de ontem, e vice-versa.

Depois do trabalho de desobsessão ser realizado com êxito, caímos na fase descrita por Jesus: a casa está limpa e arrumada, porém vazia. Em nossa natureza moral, não existe o vazio; não podemos simplesmente arrancar o mal e não colocar nada em seu lugar.

Faz-se necessário um longo e intenso trabalho, por parte do agora ex-obsidiado, de reforma mora. Ele precisa se modificar, colocando o evangelho de Jesus em seu coração. Num segundo momento, esse evangelho precisa ser colocado em suas mãos, ou seja, precisa praticar o que está aprendendo, pois o lema "fora da caridade não há salvação" não serve apenar para enfeitar as paredes do centro, deve estar impresso nas paredes da nossa vida.

Assim que for restabelecido o seu equilíbrio mental, o ex-obsidiado necessitará de muito estudo e muito trabalho. Caso isso não ocorra, acabará por permitir que outros credores (que todos nós temos aos montes, mas que não conseguem nos assediar devido ao "orai e vigiai") se instalem com mais ímpeto ainda que o primeiro obsessor.

Diante disso, temos alguns casos que aparentemente pioraram muito após o trabalho de desobsessão. Neste trecho do evangelho, Jesus explica o motivo.




sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Mateus 12, 38-42

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 12


Versículo 38: Então alguns dos mestres da lei e fariseus lhe pediram: "Mestre, queremos ver de tua parte algum milagre."

Versículo 39: Ao que Jesus respondeu: "Uma geração perversa e adúltera pede um sinal miraculoso! Todavia, nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal miraculoso do profeta Jonas.

Versículo 40: Portanto, assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra.

Versículo 41: O povo de Nínive se levantará no Dia do Juízo com esta geração, e a condenará; pois eles se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que aqui está quem é maior do que Jonas.

Versículo 42: A rainha do Sul se levantará no Juízo com esta geração e a condenará, pois ela veio dos confins da terra para conhecer os sábios ensinamentos de Salomão. E eis que aqui está quem é maior do que Salomão."

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Geração adúltera: infiel a Deus.

Sinal do profeta Jonas: Jonas, em seu livro no Antigo Testamento, relata como ficou preso no ventre de um peixe por 3 dias, e como foi libertado. Sua pregação converteu o povo de Nínive.

Rainha do Sul: rainha de Sabá que, segundo o relato do Antigo Testamento, vai ao encontro de Salomão para ver se o que falavam a respeito da sabedoria dele era verdade.

Os fariseus pediram a Jesus outro sinal miraculoso, mas não estavam sinceramente interessados em o conhecer. Jesus sabia que já haviam viso o suficiente para que se convencerem de que Ele era realmente o Messias. Bastava apenas que abrissem os seus corações. Mas os fariseus já haviam decidido que não acreditariam em Jesus, assim mais milagres não mudariam a opinião deles.

Mateus,  autor desse evangelho, tem como meta provar que Jesus era o Messias que havia sido predito no Antigo Testamento. Para isso, em muitos trechos ele cita o que os profetas da antiguidade haviam dito a respeito do Messias.

Como os fariseus, os principais adversários de Jesus, eram profundos conhecedores dos livros do Antigo Testamento, Mateus sempre compara o que Jesus disse com o conteúdo desses livro.

No livro escrito por Jonas, o autor relata ter sido. chamado por Deus para ir pregar na cidade de Nínive. Essa cidade da Assíria era conhecida por não temer a Deus.  Jonas recusava-se a ir. Como prova, Deus faz com que ele seja engolido por um enorme peixe, e fique na barriga desse peixe por 3 dias. Os habitantes desta cidade se converteram ao Deus de Israel.

Quando os fariseus pedem que Jesus prove ser o Messias prometido, Ele diz que o único sinal que será dado é o do profeta Jonas, ou seja, que Ele voltará à vida depois ter sido dado como morto por 3 dias.

Jesus já havia dado provas suficientes de quem Ele era. Suas curar e pregações eram conhecidas por todos os de sua época. Jesus sabia que o que quer que fizesse não iria mudar o pensamento dos fariseus. Por isso, falou que o único milagre que veriam era a Sua ressurreição.

Mateus, mantendo as suas características, compara os ditos de Jesus com as antigas profecias do Antigo Testamento, esperando com isso convencer os judeus que Jesus era o Messias prometido. Por isso, quem quer entender melhor a vida de Jesus precisa estudar o Antigo Testamento

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mateus 12, 33-37

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 12


Versículo 33: Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.

Versículo 34: Raça de víboras, como podeis vós dizer coisas boas, sendo maus? pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.

Versículo 35: O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro; e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.

Versículo 36: Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.

Versículo 37: Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado.

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Nos versículos anteriores, Mateus relata a reação dos fariseus ao verem que Jesus havia curado um endemoninhado, que estava cego e surdo. Acusavam-no de fazer isso em nome de Satanás.

Segundo o relato, Jesus continua explicando que se reconhece uma árvore ela fruta que produz, ou seja, reconhecemos os seres humanos como bons ou maus por sua atitudes, e não por seus discursos. Jesus continua Sua críticas aos fariseus, que se consideravam as melhores pessoas do mundo apenas porque  cumpriam, ao pé da letra, o conjunto de regras deixados por Moisés. Diz que os fariseus diziam e faziam coisas más por causa do que tinham em seus corações: o desejo de cumprir com rigor a lei, e não o de fazer a vontade de Deus.

Também somos avisados de que devemos tomar muito cuidado com o que falamos, pois se por um lado as boas palavras nos absolverão, as más nos condenarão.

As más palavras nos condenam não por motivos misteriosos ou esotéricos. Isso acontece porque elas traduzem o que vai em nosso coração. Esse mal, que na realidade é a ausência do bem, acaba por nos levar a más ações, cujos efeitos sentiremos ao longo do tempo. Por isso as más palavras nos condenam, pois no futuro colheremos os seus frutos.

Assim, antes de perdermos tempo com discursos bonitos, que são mais para impressionar os outros e, quem sabe, nos convencer de que somos bons, vamos nos preocupar com ações bonitas, pois estas sim é que nos levarão ao aperfeiçoamento moral, que é o motivo real de estarmos encarnados. Resumindo: menos palavras e mais ações (do bem, é claro!).




segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mateus 12, 29-32

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 12


Versículo 29: Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não manietar o valente, saqueando então a sua casa?

Versículo 30: Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.

Versículo 31: Portanto eu vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.

Versículo 32: E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.



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No trecho anterior do Evangelho, Mateus descreve a cura de um endemoninhado, que estava cego e mudo, por Jesus. Os fariseus disseram que Jesus agia em nome de Satanás. Os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo quando atribuíram a Satanás o poder pelo qual Jesus realizava os milagres. Assim, o pecado imperdoável é a deliberada recusa em reconhecer o poder de Deus em Jesus.

O espírita, de maneira geral, costuma ter uma postura muito neutra quando se trata de combater o mal. Acaba interpretando de maneira equivocada as palavras de Jesus que, ao recomendar que fôssemos mansos e pacíficos, não pediu que fôssemos apáticos.

Obviamente não devemos sair por aí com um exemplar de "O evangelho segundo o Espiritismo" embaixo do braço e gritando que o pecado está tomando conta do mundo. Mas também não podemos fingir que nada está acontecendo.

Não devemos nos esquecer que combater o mal é muito diferente de combater quem pratica o mal. As pessoas que praticam o mal apenas ainda não entenderam o que é o bem, e como colocá-lo em ação. Estamos todos em uma jornada evolutiva, e o que hoje para nós é um mal, ontem já foi nossa maneira de entender a realidade. Portanto, muita tolerância e caridade com os que hoje praticam o mal, pois já fomos assim e até muito pior.

Como podemos combater o mal? Não existe outra maneira além de praticar o bem. Procurar fazer o máximo de bem que estiver ao nosso alcance, onde e quando possível, e diminuir a nossa escuridão interior através do estudo e da prática dos ensinos de Jesus.

Em primeiro lugar, temos as obras básicas de Allan Kardec, que devem ser cuidadosamente estudadas, não apenas lidas. Existem grupos de estudos, nos Centros Espíritas, dedicados a estes estudos. Caso o seu Centro ainda não tenha um grupo, que tal montá-lo?

Alem disso, existem vários outros autores que são essenciais para o entendimento do Espiritismo: Gabriel Delanne, Ernesto Bozzano, Alexandre Aksakof e Camille Flammarion, entre outros. Seus livros podem ser encontrados nas bibliotecas ou comprados no site da Federação Espírita Brasileira (www.feblivraria.com.br).

O espírita precisa estudar muito e colocar em prática o que estuda. Antes de ter a pretensão de "doutrinar" os outros, deve evangelizar a si próprio. Através de seu exemplo, estará modificando o outro.

Portanto, mãos a obra. Um bom livro pode ser uma excelente companhia.

Bom estudo a todos.