segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Mateus 21, 28-32

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 28: Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.

Versículo 29: Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.

Versículo 30: E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.

Versículo 31: Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.

Versículo 32: Porque  João veio a vós no caminho de justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.

Comentários


No trecho anterior, vemos Jesus no templo em Jerusalém. Ele estava ensinando, e isto incomodou as autoridades do templo, que achavam que só elas tinham o direito de ensinar.

Essas autoridades tentam comprometer Jesus, perguntando quem tinha dado autoridade a Ele para ensinar. Se Jesus dissesse que Deus tinha dado tal autoridade, eles O acusariam de blasfemar, uma acusação muito grave na época. Ao invés de responder, Jesus faz outra pergunta: o batismo de João Batista era de Deus ou dos homens? Para concluírem a leitura, vejam a postagem anterior.

Falando ainda às autoridades do templo e às pessoas que estavam lá, Jesus usa um exemplo bem fácil de entender. Ele compara o primeiro filho, que foi chamado ao trabalho pelo pai, aos cobradores de imposto e meretrizes. Ao receberem o chamado de Deus, através dos ensinamentos da religião judaica, não se deixaram sensibilizar, e não foram. Entretanto, ao ouvirem as pregações de João Batista, acabaram por responder ao chamado de Deus.

Os judeus, que constituíam o povo eleito por Deus, assim o segundo filho da parábola, aparentemente responderam rapidamente ao chamado de Deus. Entretanto, acabaram por ignorar tal chamado. Mesmo depois de ouvirem a mensagem de João Batista, que anunciava a chegada do Messias, o povo judeu não aceitou Jesus como sendo aquele que havia sido prometido.

Muitos se converteram e creram em Jesus. Entretanto, a maior parte dos fariseus, que eram os estudiosos das leis de Moisés, não creram em Jesus, e fizeram todo o possível para O desmoralizar, querendo que a população não acreditasse que Ele era o enviado por Deus.

As pessoas que viveram na época de Jesus tiveram uma oportunidade única, pois tiveram contato com o espírito de maior evolução do nosso planeta. Muitas mudaram suas vidas com esse encontro. Entretanto, muitos nem se deram conta de quem Ele era.

Hoje, nós podemos ser aquele filho que disse: não vou, mas depois se arrependeu e foi. O trabalho que Deus separou por nós continua nos esperando. Por que não escolher o dia de hoje para o iniciar?



sábado, 18 de outubro de 2014

Mateus 22, 1-14

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 1: Então Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:

Versículo 2: O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;

Versículo 3: E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir.

Versículo 4: Depois enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.

Versículo 5: Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu tráfico;

Versículo 6: E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.

Versículo 7: E o rei, tendo notícias disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.

Versículo 8: Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.

Versículo 9: Ide pois às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.

Versículo 10: E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quanto encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.

Versículo 11: E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com vestido de núpcias.

Versículo 12: E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo vestido nupcial? E ele emudeceu.

Versículo 13: Disse então o rei aos servos: Amarrai-o de pé e mãos, levai-o, e lança-o nas trevas exteriores: ali haverá pranto e ranger de dentes.

Versículo 14: Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

Comentários


Na época de Jesus, quando se oferecia um banquete, dois convites deveriam ser enviados: o primeiro para convidar para o banquete, e o segundo para avisar que tudo já estava pronto.

Nesta parábola, Jesus mais uma vez procura comparar o reino dos céus, que era algo desconhecido, a uma coisa que já era conhecida e fazia parte do cotidiano das pessoas. Desta vez, Ele conta que, quando o filho do rei se casou (as bodas), o rei resolveu dar um banquete para comemorar.

O rei manda o primeiro convite, avisando que estava preparando uma festa. Os convidados não quiseram comparecer. Podemos fazer uma analogia: através do Antigo Testamento, Deus diz que enviaria o Messias, aquele que libertaria o povo judeu da escravidão. Entretanto, mesmo assim esse povo se afastou do caminho de Deus.

Mais tarde, o rei envia o segundo convite, avisando que o banquete já estava pronto. Entretanto, cada convidado deu uma desculpa para não comparecer. Alguns chegaram a matar os servos do rei. Podemos interpretar isto como os antigos profetas envidados por Deus que foram mortos pelos judeus.

Ao saber da morte de seus servos, o rei se encoleriza, mandando um exército para matar os convidados que cometeram tal barbaridade. No Antigo Testamento, temos também relatos de cidades inteiras destruídas porque o povo se esqueceu de Deus e se entregou ao pecado.

O rei diz que a festa está pronta, mas os convidados não eram dignos dela. Jesus explica que, depois de muitos séculos de atenção especial por parte do plano espiritual, Israel se mostrava incapaz de manter o legado do Deus único.

Então o rei manda convidar todos os que forem encontrados pelo caminho. Naquela época, tinha-se a tradição de o dono do banquete oferecer os trajes adequados para a festa. Se o convidado não estava com a roupa adequada, era porque tinha se recusado a vesti-la. Temos agora uma mudança, pois todos os outros povos são convidados a ingressarem no reino de Deus. Entretanto um dos convidados não estava vestido de maneira adequada no banquete, ou seja, o povo judeu não aceitou incorporar os novos ensinamentos de Jesus às antigas tradições de Moisés.

O rei manda que o convidado seja amarrado e jogado para fora da comemoração. Quando o povo judeu não aceitou a vinda de Jesus, optou por ser colocado para fora da festa, expondo-se a um sofrimento intenso (pranto e ranger de dentes).

A conclusão é que muitos foram chamados para a festa, mas poucos se mostraram dignos de a ela comparecerem. A festa representa o reino dos céus, para o qual todos nós fomos convidados. Basta que aceitemos vestir as roupas adequadas que o dono da festa nos ofereceu, que é darmos abrigo, em nossos corações, aos ensinamentos do mestre Jesus.






domingo, 12 de outubro de 2014

Mateus 21, 33-46

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 33: Ouvi ainda outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circuncidou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe.

Versículo 34: E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.

Versículo 35: E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro.

Versículo 36: Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo;

Versículo 37: E por último enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho.

Versículo 38: Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos de sua herança.

Versículo 39: E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram.

Versículo 40: Quando pois vier o Senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?

Versículo 41: Dizem-lhes eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos.

Versículo 42: Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça de ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?

Versículo 43: Portanto eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê  os seus frutos.

Versículo 44: E quem cair sobre esta pedra despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.

Versículo 45: E os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas palavras, entenderam que falava deles;

Versículo 46: E, pretendendo prendê-lo, recearam o povo, porquanto o tinham por profeta.

Comentários


Jesus conta uma parábola, que é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta por meio de uma comparação ou analogia.

Nesta história, um homem, pai de família, plantou uma quantidade de videiras (plantas que dão uvas). Ao redor de sua plantação, colocou uma vala (escavação em um terreno, de forma alongada, mais ou menos profunda), rodeando-a com uma sebe (cerca feita com plantas ou arbustos), ou seja, protegeu-a da melhor maneira possível.

Na propriedade cercada e protegida, o dono construiu um tanque para espremer as uvas e também uma torre. Quando tudo estava pronto, ele arrendou a sua plantação a alguns agricultores.

Temos os seguintes símbolos presentes:
- o homem, pai de família, representa Deus;
- a plantação de uva representa Israel;
- os agricultores que arrendaram a vinha representam os líderes religiosos judeus;
- os servos do senhor da terra representam os profetas;
- o filho do dono da vinha representa Jesus;
- os lavradores que poderão arrendar a vinha, depois que os antigos lavradores forem expulsos, representam os gentios (não judeus).

Jesus conta a história do povo de Israel, que foi o povo escolhido por Deus. No início, Deus cuidou daquele povo, dando-lhe um território para morar. Os sacerdotes deveriam cuidar do povo, fazendo com que se mantivesse próximo a Deus. Depois de algum tempo, Deus enviou Seus profetas a Israel, para que fizessem com que o povo não se desviasse do caminho de Deus. Muitos profetas foram mortos, e as advertências deles ignoradas.

Então Deus enviou Seu próprio filho, Jesus, para que os homens retomassem o caminho, mas Jesus sabia que também seria morto pelos sacerdotes.

Jesus diz que, como os judeus não o reconheceram como enviado e filho de Deus, a mensagem seria divulgada a outros povos, onde floresceria.


Quando Jesus cita a pedra que havia sido rejeitada pelos construtores, mas que seria a pedra angular (a primeira pedra a ser assentada na esquina de um edifício, formando um ângulo reto entre duas paredes, e que serve para definir a colocação das outras pedras e alinhar toda a construção) colocada por Deus, Ele se referia ao Salmo 118, versículos 22 e 23. Jesus é a pedra angular que foi rejeitada pelos judeus, mas que é usada por Deus como base para tudo o que seria construído depois.

Jesus prossegue, e diz que o reino de Deus não será mais exclusividade dos judeus, mas será dado a quem produzir frutos. Diz também que aqueles que se dedicarem a destruir a pedra fundamental será reduzida a pó.

Os fariseus perceberam que Jesus os estava criticando, pois ao invés de exercerem o papel destinado a eles, cumprindo a vontade de Deus e esclarecendo o povo de qual era essa vontade, apenas se esforçavam em fazer com que suas opiniões prevalecessem. Não tiveram coragem de fazer nada contra Jesus naquele momento porque o povo que estava próximo considerava-O como profeta, ou seja, aquele que transmite a vontade de Deus.

Jesus, através de uma história aparentemente simplória, explica não só o que já havia acontecido, mas o que ainda estava por vir.

domingo, 5 de outubro de 2014

Mateus 21, 28-32

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 28: Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.

Versículo 29: Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.

Versículo 30: E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.

Versículo 31: Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.

Versículo 32: Porque João veio a vós no caminho de justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.

Comentários


No trecho anterior do Evangelho, vemos Jesus no templo em Jerusalém. Ele estava ensinando, e isto incomodou as autoridades do templo, que achavam que só elas tinham o direito de ensinar.

Essas autoridades tentam comprometer Jesus, perguntando quem tinha dado autoridade para que Ele ensinasse. Se Jesus dissesse que Deus a tinha dado, eles o acusariam de blasfemar. Ao invés de responder à pergunta, Jesus fez outra pergunta a eles: o batismo de João Batista era de Deus ou dos homens (leia a publicação anterior para ver a conclusão).

Falando ainda às autoridades do templo e às pessoas que estavam lá, Jesus uma um exemplo muito fácil de ser entendido. Ele comparo o primeiro filho, que foi chamado ao trabalho por seu pai, aos publicanos (coletores de impostos) e meretrizes. Ao receberem o chamado de Deus, inicialmente disseram: não vou. Entretanto, ao ouvirem as pregações de João Batista, acabaram por se converterem.

Os judeus, que constituíam o povo escolhido por Deus, agiram como o segundo filho da parábola, pois se prontificaram a seguir a Deus, mas não o fizeram.

Mesmo depois de ouvirem a mensagem de João Batista, que anunciava a chegado do Messias, o povo judeu não reconheceu em Jesus a figura tão esperada e desejada.

Muitos se converteram e creram em Jesus. Entretanto, a maior parte dos fariseus, que eram profundos estudiosos das leis de Deus, não creram, e fizeram todo o possível para O desmoralizar perante o povo.

As pessoas que viveram na época de Jesus tiveram uma oportunidade única, pois mantiveram contato com o espírito de maior evolução que já veio a nosso planeta. Muitos tiveram sua vida modificada com esse encontro. Muitos nem se deram conta de quem Ele era.

Hoje, nós temos oportunidade de ser aquele filho que disse: não vou, mas depois se arrepende e segue rumo ao trabalho de cooperação com Deus. Muito trabalho nos espera. Portanto, mãos à obra. Vamos associar a teoria e a prática, e entender que a oportunidade se faz no dia de hoje. Não temos a certeza de que o dia de amanhã nos aguarda para realizarmos tudo o que não fizemos hoje.