segunda-feira, 30 de março de 2015

Mateus 26.47-56

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 26


Versículo 47: E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele grande multidão com espadas e varapaus, envida pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.

Versículo 48: E o que traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é esse; prendei-o.

Versículo 49: E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi. E beijou-o.

Versículo 50: Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o prenderam.

Versículo 51: E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha.

Versículo 52: Então Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão.

Versículo 53: Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?

Versículo 54: Como pois se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?

Versículo 55: Então disse Jesus à multidão: Saístes, como para um salteador, com espadas e varapaus, para me prender? todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes.

Versículo 56: Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então todos os discípulos, deixando-o, fugiram.

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Jesus foi preso pelo Seu próprio povo. Não foram os romanos, que tinham invadido Seu país, que pediram Sua prisão, mas os sacerdotes judeus, que viam em Jesus uma ameaça à liderança política do país. Afinal, eles intermediavam o governo romano, fazendo com que o povo fosse servil ao seu dominador. Os sacerdotes queriam manter a situação assim como estava, pois seria a maneira de continuarem no poder.

Como os sacerdotes temiam a opinião da população, que sempre estava perto de Jesus, eles esperaram o momento em que Jesus estivesse isolado para O prenderem.

Judas chega e, conforme havia combinado com os sacerdotes, aproxima-se de Jesus e O beija no rosto. Este tipo de cumprimento era uma forma efusiva das pessoas se cumprimentarem.

Segundo o evangelho de João, a pessoa que cortou a orelha do servo do sumo sacerdote foi Pedro. Jesus o repreende, dizendo que não deveria agir desta maneira, pois o Seu reino não seria conquistado através da violência.

Jesus diz que cumpriria a vontade de Deus e também o que estava escrito nas escrituras. No livro do profeta Daniel, no capítulo 53, vemos a profecia sobre o Messias. No versículo 7, temos: "Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca: como um cordeiro foi levado ao matadouro, e , como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca." Temos uma descrição muito interessante dos momentos finais da vida de Jesus, que foi escrita cerca de 530 anos antes de acontecer.

Podemos entender como é possível que um profeta consiga dar detalhes tão significativos. Jesus foi o espírito escolhido por Deus para coordenar a formação do planeta Terra. Esteve presente desde sempre. Coordenou todos os momentos importantes da nossa história. Através de Seus enviados, inspirou a visão dos homens que dedicaram suas vidas a entenderem e cumprirem a vontade de Deus. Consequentemente, Ele sabia, muito antes de encarnar, qual seria o Seu destino.

É claro que ainda não somos capazes de ter as mesmas atitudes de Jesus, pois ainda estamos na nossa infância espiritual. Porém, podemos fazer dele um exemplo a ser seguido, procurando compreender qual é a vontade de Deus, o que Ele quer que façamos com a nossa vida.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Mateus 26.36-46

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 26


Versículo 36: Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assenta-vos aqui, enquanto vou além orar.

Versículo 37: E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.

Versículo 38: Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo.

Versículo 39: E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.

Versículo 40: E voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo?

Versículo 41: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

Versículo 42: E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai Meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.

Versículo 43: E, voltando, achou-os outra vez adormecidos; porque os seus olhos estavam carregados.

Versículo 44: E, deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.

Versículo 45: Então chegou jundo dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores.

Versículo 46: Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai.

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Em momentos difíceis, Jesus sempre recorria à oração. Não foi diferente desta vez. Sabendo que o fim estava próximo, novamente recorreu à oração.

Jesus pediu a Seus discípulos para que O acompanhassem nesse momento de dificuldade, e que fossem orar com Ele. Entretanto, os discípulos caem o sono. Jesus recomenda que eles orem e vigiem para que não caiam em tentação, pois sabia que os tempos difíceis, depois de sua morte, aproximavam-se.

Jesus sabia o quanto a matéria influenciava as decisões do espírito. Por isso, disse que o espírito estava pronto, mas a carne (corpo material) era fraca. Receava um momento de fraqueza.

Se Jesus, o espírito mais evoluído do qual temos notícia, reconheceu que poderia fraquejar devido à influência da matéria, nós temos que ter muito mais cuidado. O conselho que Ele nos deu foi: orar e vigiar. Em qualquer momento de nossas vidas, esse conselho pode ser muito útil. Se bem utilizado, podemos evitar muitos aborrecimentos e tomadas de decisões equivocadas.

domingo, 22 de março de 2015

Mateus 26.31-35

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 26


Versículo 31: Então Jesu lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.

Versículo 32: Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galileia.

Versículo 33 Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei.

Versículo 34: Disse-lhe Jesus:em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás.

Versículo 35: Disse-lhe Pedro: Ainda que seja mister morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.

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Jesus sabia que estava em Seus momentos finais. Sua missão na Terra terminaria em breve. Novamente alerta Seus discípulos sobre o fim, e diz que sabia que eles O abandonariam, mas mesmo assim estaria com eles depois que ressuscitasse.

Pedro retruca, e diz que mesmo que tenha que morrer, jamais negará Jesus. Jesus diz que ele O trairia três vezes antes que um novo dia amanhecesse.

Vemos hoje dois tipos diferentes de cristão: os que só se lembram de Deus em tempos felizes, acreditando que tudo o que acontece é porque são os favoritos de Deus, e são por Ele abençoados em tudo o que fazem, e os que só creem em Deus nos momentos difíceis da vida. Talvez isso seja aceitável para aqueles que estão ainda na infância espiritual, mas não deve continuar sendo assim.

Devemos agir da mesma maneira nos momentos felizes e nos difíceis, com a mesma fé em Deus, repleta de aceitação da Sua vontade. Se tudo o que nos acontece tem a permissão de Deus, não faz sentido pensarmos de maneira diferente quando a situação muda.

Devemos colocar Deus como o centro de nossa vida. Nosso amor a Ele deve ser maior do que tudo. Nunca devemos nos esquecer de que Deus está no comando. Curvarmo-nos à Sua vontade é a atitude mais sabia que podemos tomar, tornando a nossa vida muito menos difícil. Reclamar menos e crer mais: eis aí o início da sabedoria. Assim, não estaremos negando Jesus em nossas vidas.

sábado, 14 de março de 2015

Mateus 26.17-30

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 26


Versículo 17: E, no primeiro dia da festa dos pães asmos, chegaram os discípulos juntos de Jesus, dizendo: Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?

Versículo 18: E ele disse: Ide à cidade a um certo homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a páscoa com os meus discípulos.

Versículo 19: E os discípulos fizeram como Jesus lhe ordenara, e prepararam a páscoa.

Versículo 20: E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze.

Versículo 21: E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair.

Versículo 22: E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe: Porventura sou eu, Senhor?

Versículo 23: E ele, respondendo, disse: O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair.

Versículo 24: Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! bom seria para esse homem se não houvera nascido.

Versículo 25: E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.

Versículo 26: E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos seus discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.

Versículo 27: E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;

Versículo 28: Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.

Versículo 29: E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai.

Versículo 30: E, tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.

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Jesus tinha plena consciência do que iria acontecer. Sabia que Judas o havia traído, e que Seus discípulos se afastariam dEle quando fosse preso. Mesmo assim, permaneceu fiel ao que estava planejado.

Ele sabia dos planos de Deus; não faria nada para os modificar. Não foi enganado por Judas, nem ficou desapontado com os Seus discípulos, pois sabia que tinha que ser desta maneira.

Daqui para a frente, continuaremos com a descrição dos momentos que antecederam a morte de Jesus. Muita coisa que Jesus falou só faria sentido depois da Sua morte.

Veremos como cada um reage aos momentos de perseguição, prisão e morte de Jesus.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Mateus 26.14-16

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 26


Versículo 14: Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes,

Versículo 15: E disse: Que me quereis dar e eu vô-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata,

Versículo 16: E desde então buscava oportunidade para o entregar.

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O que levou Judas a trair Jesus? Seria a constatação de que Ele não seria um líder que libertaria o povo judeu do domínio romano? Ou a esperança de que, cercado pelos romanos, Jesus finalmente assumisse a posição de líder da rebelião? Não podemos saber.

Não sabemos o que fez com que Judas entregasse Jesus aos Seus inimigos. Mas sabemos o motivo pelo qual traímos a nós mesmos todos os dias? A nossa traição é mais sutil: traímos as coisam nas quais acreditamos. Fazemos isso a toda hora, todos os dias. Como? Temos plena convicção de que somos seres imortais e acreditamos na reencarnação. Entretanto, agimos como se a única preocupação fosse a nossa vida material.

Traímos a mensagem de Jesus. Embora digamos que Seus ensinamentos são maravilhosos, não pomos em prática o que dizemos acreditar.

Também traímos o Espiritismo. Quantas pessoas frequentam o Centro pelo menos uma vez por semana e, ao serem indagadas sobre sua religião, jamais declaram o Espiritismo, pois acham que vão ao Centro "apenas" para receberem o passe?

Não somos fiéis a nós mesmos. Acreditamos numa coisa, achamos que é o correto, mas agimos de maneira contrária ao que dizemos.

Judas representa a humanidade, que não pensa duas vezes quando se trata de vender a sua crença por trinta moedas de prata.

Já é tempo de termos coerência entre o que dizemos e o que fazemos. Os tempos já chegaram. Não demora muito e o nosso planeta passa de mundo de expiação e provas para um mundo de regeneração. Precisamos nos preparar para sermos dignos de permanecer na Terra. Talvez não tenhamos uma outra oportunidade de reencarnarmos aqui. Melhor aproveitar o dia de hoje e fazer o que tem que ser feito.

terça-feira, 3 de março de 2015

Mateus 26.6-13

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 26


Versículo 6: E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso,

Versículo 7: Aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.

Versículo 8: E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que este desperdício?

Versículo 9: Pois este unguento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres.

Versículo 10: Jesus, porém, conhecendo isto, disse-lhes: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo.

Versículo 11: Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não haveis de ter sempre.

Versículo 12: Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu enterramento.

Versículo 13: Em verdade vos digo que, onde quer que este Evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua.

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Alabastro: vaso feito dessa pedra.

Segundo relatos contidos nos outros evangelhos, a mulher que untou Jesus era Maria, irmã de Marta e de Lázaro.

Maria teve uma profunda modificação em sua vida quando conheceu Jesus. Parece ter compreendido quem Ele era, pois foi a única que entendeu a necessidade de que Ele passasse por tudo o que estava para acontecer, inclusive a crucificação. Por isso O ungiu próximo ao momento em que seria crucificado.

Os discípulos de Jesus não queriam acreditar que o momento final estava se aproximando. Mesmo sendo alertados por diversas vezes, continuavam a agir como se Jesus fosse estar sempre com eles.

Muitos de nós, em situações difíceis da vida, preferimos fazer de conta que nada de mal pode nos acontecer. Seria mais prudente de nossa parte aceitar o que fosse inevitável, e fazer o que fosse necessário. Não somos seres que viverão por toda a eternidade em nosso atual corpo físico. Assim como Jesus, devemos nos preparar para o momento final, que pode ser ainda hoje. Assim, não deixe para amanhã o que tem que ser feito, pois no dia de amanhã poderemos não estar mais aqui.