segunda-feira, 27 de abril de 2015

Mateus 27.11-14

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 27


Versículo 11: E foi Jesus apresentado ao presidente, e o presidente o interrogou, dizendo: És tu o Rei dos judeus? E disse-lhe Jesus: Tu o dizes.

Versículo 12: E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.

Versículo 13: Disse-lhe então Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti?

Versículo 14: E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o presidente estava muito maravilhado.

Comentários


Depois de ter sido preso sob a acusação de blasfêmia (insulto a Deus), Jesus foi levado à presença do governador romano, Pilatos.

Como a acusação religiosa não teria seria importante para os romanos, os chefes dos sacerdotes e dos anciãos acusaram Jesus de crimes políticos: encorajar o povo a não pagar os impostos, provocar tumultos e querer ser o rei dos judeus.

Os fariseus, que se diziam fiéis cumpridores das leis de Moisés, não se preocuparam em cumprirem a lei do que dizia respeito a Jesus. Mentiram e lançaram um testemunho falso para O condenarem.

No livro do profeta Isaías (no Antigo Testamento), no capítulo 53, temos no versículo 7: "Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca: como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca." Nessa descrição sobre o Messias, escrita cerca de 750 anos antes de Jesus nascer, temos a cena acima descrita.

Jesus sabia o que estava para acontecer, e sabia que não adiantaria argumentar com seus julgadores.

Em muitas ocasiões de nossa vida sofremos acusações falsas e somos colocados em situações muito delicadas. Muitas vezes, não adianta tentarmos mostrar que as coisas não são o que parece. Às vezes, a melhor opção é confiarmos exclusivamente no julgamento de Deus, que sabe da verdade. Nada como o tempo para colocar as coisas no seu devido lugar.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Mateus 27.1-10

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 27


Versículo 1: E, chegando a manhã, todos os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos do povo, formavam juntamente conselho contra Jesus, para o matarem;

Versículo 2: E manietando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio Pilatos.

Versículo 3: Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,

Versículo 4: Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.

Versículo 5: E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.

Versículo 6: E os príncipes dos sacerdotes, tomando as moedas de prata, disseram: Não é lícito metê-las no cofre das ofertas, porque são preço de sangue.

Versículo 7: E, tendo deliberado em conselho, compraram com elas um campo dum oleiro, para sepultura dos estrangeiros.

Versículo 8: Por isso foi chamado aquele campo, até ao dia de hoje, Campo de sangue.

Versículo 9: Então se realizou o que vaticinara o profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata preço do que foi avaliado, que certos filhos d'Israel avaliaram.

Versículo 10: E deram-nos pelo campo do oleiro, segundo o que o Senhor determinou.

Comentários


A lei não permitia que o sinédrio (o tribunal dos judeus) se reunisse durante a noite. Por isso, os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos fizeram uma nova reunião pela manhã.

Como o sinédrio não tinha o poder de condenar uma pessoa à morte, Jesus só poderia ser executado mediante uma ordem de Pilatos, que era o governador romano (na época de Jesus, Israel estava sob o domínio de Roma).

Para que Pilatos concordasse em mandar executar Jesus, os líderes religiosos judeus mudaram a acusação de blasfêmia (insulto a Deus) para a de traição, pois o governador romano dificilmente condenaria alguém à morte por motivos religiosos.

Depois de se reunirem, os judeus amarraram Jesus e O levaram até Pilatos.

Neste meio tempo, Judas se arrependeu do que fez. Ele talvez acreditasse que Jesus, ao ser preso, iria ser forçado a se revoltar contra o domínio de Roma, e liderar uma rebelião para libertar o povo judeu. Não sabemos qual foi a real intenção de Judas.

Ao se arrepender, Judas procurou os líderes religiosos para devolver o dinheiro que havia recebido para trair Jesus. Os líderes, que provavelmente haviam usado de muita habilidade para o convencer a trair Jesus, simplesmente disseram que aquilo não era problema deles.

Muitos de nós sofrem as tentações do mundo. Algumas pessoas querem nos convencer a agir de maneira errada. Elas gastam muito tempo conosco, tentando nos convencer de que o errado é certo. Fazem-se de nossas amigas, e nos dedicam atenção especial. Porém, depois que nós nos damos conta do tamanho do engano que cometemos, pois as consequências chegam até nós, estas pessoas se afastam como se não nos conhecessem, e, se não falam claramente, dão a entender: se errou, foi porque quis. Assim fizeram os acusadores de Jesus: Convenceram Judas a trair Jesus e, quando Judas se arrependeu, simplesmente disseram que não tinham nada a ver com aquilo.

Judas, em desespero, jogou as moedas no templo e foi se enforcar. O erro maior que cometeu não foi ter traído Jesus, mas ter dado cabo da própria vida ao invés de sofrer as consequências de sua atitude. Pedro negou conhecer Jesus, e quando se deu conta do erro cometido, chorou amargamente. Mas durante o resto de sua vida deu testemunho do que tinha aprendido com Jesus. Errou, mas tentou consertar o que fez.

Os sacerdotes não colocaram as trinta moedas como doação ao templo, pois sabiam que aquele dinheiro tinha sido ganho por um crime de morte (a condenação de Jesus à morte). Por isso, compraram um terreno para os que não fossem judeus pudessem ser enterrados lá.

Temos em Judas um exemplo de uma pessoa que não mediu as consequências dos seus atos. Ao perceber o tamanho do ser erro, tentou consertar devolvendo o dinheiro que tinha recebido para trair Jesus. Podemos nos perguntar: que diferença isso faria para Jesus? O mal feito voltaria atrás?

Tudo o que fazemos tem consequências a curto, médio e longo prazo. Se pensarmos nisso antes de agirmos, vamos nos poupar de muito sofrimento.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Mateus 26.69-75

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 26


Versículo 69: Ora Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu.

Versículo 70: Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.

Versículo 71: E, saindo para o vestíbulo, outra criado o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o nazareno.

Versículo 72: E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem. 

Versículo 73: E, daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.

Versículo 74: Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.

Versículo 75: E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.

Comentários


Jesus, depois de ser preso, foi levado à casa de Caifás,  o sumo sacerdote. Enquanto isso, Pedro o seguia de longe. Quando estava sentado do lado de fora da casa, no pátio, foi reconhecido por uma criada da casa, mas ele negou que estivesse ali por causa de Jesus.

Pedro saiu dali e foi para a entrada do pátio. Uma outra criada o denunciou, dizendo que ele estava com Jesus. Pedro negou que conhecesse Jesus.

Mais uma vez, por seu sotaque galileu, Pedro é denunciado como pertencente ao grupo que seguia Jesus. Desta vez, ele nega e jura de maneira solene que não conhece Jesus.

Quando o galo cantou, ele se lembrou que Jesus, na última ceia com Seus discípulos, havia dito que todos o abandonariam, mas que ele (Pedro) havia dito que jamais abandonaria Jesus. Jesus disse que, antes que o galo cantasse, ele O negaria por três vezes.

Precisamos tomar cuidado para não negarmos Jesus em nossas vidas. Fazemos isso quando agimos de maneira contrária a que Ele nos ensinou. Pedro negou Jesus por três vezes. E nós, quantas vezes negamos o que Ele nos ensinou?

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Mateus 26.57-68

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 26


Versículo 57: E, os que prenderam a Jesus, o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.

Versículo 58: E Pedro o  seguiu de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim.

Versículo 59: Ora os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho conta Jesus, par poderem dar-lhe a morte;

Versículo 60: E não o achavam, apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas; mas por fim chegaram duas,

Versículo 61: E disseram: Este disse: Eu posso derribar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias.

Versículo 62: E, levantando-se o sumo sacerdote disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti?

Versículo 63: E Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.

Versículo 64: Disse-lhes Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.

Versículo 65: Então o sumo sacerdote rasgou os seus vestidos, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes Agora a sua blasfêmia.

Versículo 66: Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte.

Versículo 67: Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam,

Versículo 68: Dizendo: Profetiza-nos, Cristo, quem é o que te bateu?

Comentários


Depois de prenderam Jesus, eles o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote hebreu. Embora Israel estivesse sob o domínio dos romanos, era permitido que questões internas, dentro de certos limites, fossem resolvidas sem a intervenção dos representantes de Roma. Assim, os sacerdotes possuíam grande poder político e dominavam o povo hebreu. Somente questões mais relevantes dependiam da intervenção dos romanos.

Como era de noite, o templo de Israel estava fechado. Por isso, o sumo sacerdote estava na casa dele, e os poderosos do templo lá estavam também. Queriam eliminar Jesus, considerado adversário político, o mais rápido possível. Por isso, rapidamente o acusaram e condenaram, sem esperarem pelos procedimentos habituais para esses casos.

Pedro observa Jesus de longe, para ver o que iria acontecer. Não se declara um discípulo, age como uma pessoa qualquer da multidão.

O conselho dos sacerdotes procura, de maneira rápida, conseguir testemunhas que comprovassem que Jesus tivesse blasfemado. A blasfêmia (dizer algo que insultasse a Deus) era um crime punido com a morte.

Ao ser interrogado, Jesus afirmou Sua condição de Messias (Filho do homem). A partir desse momento, o sumo sacerdote se sente no direito de O condenar à morte.

Como escárnio, cobrem os olhos dEle e O agridem. Como Jesus era tido como profeta pelo povo, dizem para Ele profetizar (adivinhar) quem O estava agredindo.

Vemos como a humanidade tratou o espírito de maior evolução que já passou pelo planeta. Hoje em dia seria diferente?