segunda-feira, 29 de junho de 2015

Fim do evangelho segundo Mateus

Ao final de 188 publicações, chega ao fim o Evangelho segundo Mateus.
Ao longo de todo esse tempo, tenho procurado contextualizar esse evangelho na visão espírita. Obviamente que muitas outras interpretações são possíveis, eu apenas escrevi sobre uma dentre inúmeras.
A partir das próximas publicações, vou compartilhar o meu estudo do evangelho segundo Marcos, tendo como base a "Bíblia King James" e os comentários contidos na "Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal".

Mateus 28.16-20

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 28


Versículo 16: E os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado.

Versículo 17: E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.

Versículo 18: E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

Versículo 19: Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

Versículo 20: Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.

Comentários


Os discípulos se reencontraram com Jesus depois que Ele ressuscitou. Como Suas últimas palavras, diz que os Seus ensinamentos devem ser levados a toda terra.

Temos, como espíritas, importante missão. Devemos divulgar os ensinos do Espiritismo, que nada mais são do que os ensinos de Jesus revisitados. A desculpa de que não devemos forçar ninguém a pensar como nós não serve, pois é omissão, e não respeito. Forçar uma conversão religiosa é uma coisa, permitir que a pessoa tenha acesso a informações preciosas é outra completamente diferente.

Não vamos sair por aí arrebanhando novos adeptos para o Espiritismo, mas não podemos deixar de o divulgar. De nada adianta termos a luz se esta luz não servir para iluminar o caminho de outras pessoas.

Basta de nos escondermos sob o pretexto de não melindrarmos o próximo. Quando alguém perguntar a nossa religião, devemos serenamente afirmarmos que somos espíritas. Se é nisso que acreditamos, vamos ser fiéis às nossas crenças, pois quem mantém o pé em dois barcos, declarando ser de uma determinada religião e frequentar o centro espírita apenas para "tomar passe", corre o risco de se afogar.

sábado, 27 de junho de 2015

Mateus 28.11-15

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 28


Versículo 11: E, quando iam, eis que alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes todas as coisas que haviam acontecido.

Versículo 12: E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados, dizendo:

Versículo 13: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram.

Versículo 14: E, se isto chegar a ser ouvido pelo presidente, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança.

Versículo 15: E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi divulgado este dito entre os judeus, até ao dia de hoje.

Comentários


Enquanto Maria Madalena e Maria iam até os discípulos para anunciarem que Jesus havia ressuscitado e Os esperava na Galileia, alguns soldados romanos, que guardavam o túmulo de Jesus, voltaram para Jerusalém. Lá, encontraram-se com os sacerdotes judeus e contaram o que havia acontecido.

Os sacerdotes, com medo da repercussão que a ressurreição de Jesus poderia ter, subornaram os soldados, pedindo que mentissem. Os soldados deveriam dizer que, enquanto dormiam, os discípulos de Jesus roubaram o Seu corpo. Ora, se eles estavam dormindo, como viram o roubo?

Os sacerdotes também se comprometeram a, caso Pilatos resolvesse punir os soldados romanos por estarem dormindo em serviço, colocarem os envolvidos num lugar seguro.

Temos um grupo de sacerdotes que, ao invés de se dedicar ao cumprimento das leis de Deus, preferiu se envolver em mentiras e subornos. Talvez os sacerdotes pensassem que o fim justificasse os meios. Mas a motivação deles era falsa, pois queriam apenas provar que Jesus não era o Messias prometido. Por conta disso, lançaram mão de mentiras e subornos. Não é sem motivo que os fariseus entraram para a história como sinônimo de hipócritas.

Através dos anos, a verdade prevaleceu. A mensagem de Jesus chegou até nós. Os planos de Deus se cumpriram, e quem se opôs à verdade foi desmascarado.



quinta-feira, 25 de junho de 2015

Mateus 28.1-10

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 28


Versículo 1: E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena, e a outra Maria foram ver o sepulcro;

Versículo 2: E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela.

Versículo 3: E o seu aspecto era como um relâmpago, e o seu vestido branco como a neve.

Versículo 4: E os guardas, com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos.

Versículo 5: Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado.

Versículo 6: Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.

Versículo 7: Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito.

Versículo 8: E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos.

Versículo 9: E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram.

Versículo 10: Então Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão a Galileia, e lá me verão.


Comentários



Maria Madalena e Maria, mulher de Clopas, saem para visitar o túmulo de Jesus no início do domingo. Segundo o horário judaico, o primeiro dia da semana (domingo) começava logo após o por-do-sol de sábado. Elas iriam preparar o corpo de Jesus segundo o ritual judaico da época.

Um anjo é enviado ao túmulo, e ele retira a rocha que fechava a entrada. Ele fez isso para que as mulheres, ao chegarem ao túmulo, pudessem ver que Jesus não estava lá.

Este anjo pede que Maria Madalena e Maria encontrem os discípulos de Jesus e os enviem à Galileia, pois Jesus estaria esperando por eles naquela cidade.

Jesus aparece às duas mulheres quando elas estão se dirigindo aos discípulos. Elas abraçam os Seus pés e O adoram. Jesus repete o que o anjo falou, pedindo que Seus discípulos O encontrem na Galileia.

Vemos que o nascimento e a morte de Jesus foram acompanhados pela aparição de espíritos portadores de um alto grau de evolução, que anunciaram estes eventos. Ao se apresentarem com a luminosidade que lhes é característica, foram confundidos com anjos.

Segundo a visão espírita, anjos não existem, pois Deus não criaria seres perfeitos desde sua criação, sem a necessidade de passarem por todo o processo evolutivo dos demais espíritos. Todos os seres são criados de maneira semelhante, simples e ignorantes. Através de longo processo evolutivo, chegam ao ponto de auxiliarem Deus em Sua obra.

A humanidade tem tomado esses espíritos evoluídos por anjos. São, na realidade, espíritos que já lutaram muito para transcenderem sua ignorância e caminharem com destino ao bem. Eles vão aparecer nos momentos importantes da história da humanidade e na de Jesus, pois participam ativamente como auxiliares da obra divina.

Jesus aparece primeiro a essas duas mulheres. Elas não se amedrontam ao verem uma pessoa que já estava morta. Também não ficam questionando como um morto poderia estar falando com elas. Simplesmente aceitam Jesus e prestam suas homenagens a Ele. Vêem Jesus com os olhos do coração, e ficam felizes com a Sua presença. Um belo exemplo a ser seguido!


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Mateus 27.55-66

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 27


Versículo 55: E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para o servir;

Versículo 56: Entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

Versículo 57: E, vindo já a tarde, chegou um homem rico de Arimatéia, por nome José, que também era discípulo de Jesus.

Versículo 58: Este foi ter com Pilatos, e pediu-lhe o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que o corpo lhe fosse dado.

Versículo 59: E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol,

Versículo 60: E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi-se.

Versículo 61: E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro.

Versículo 62: E no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos.

Versículo 63: Dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei.

Versículo 64: Manda pois que o sepulcro seja guardado com até o terceiro dia, não se dê o caso de que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro.

Versículo 65: E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda; ide, e guardai-o como entenderdes.

Versículo 66: E, indo com eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra.

Comentários


As mulheres eram proibidas de se aproximarem de quem estava sendo crucificado. Por isso, aquelas que seguiam Jesus estavam olhando apenas de longe.

José, discípulo de Jesus, morava em Arimatéia, uma cidade distante 32 km de Jerusalém. Foi ousado, pois pediu a Pilatos o corpo de Jesus para o enterrar. Além disso, comprou uma sepultura que nunca tinha sido usada, e nela sepultou Jesus. Essa sepultura tinha sido escavada na rocha. Depois do sepultamento, uma pedra foi colocada para fechar a entrada.

Os sacerdotes judeus tinham medo de que, caso o corpo de Jesus desaparecesse, o povo se voltasse contra eles, dizendo que Jesus era realmente o filho de Deus e que havia ressuscitado. Por isso, conseguiram que soldados vigiassem o local onde Jesus havia sido sepultado.

Os fariseus estavam obcecados com a ideia de que Jesus não podia ser o Messias. Fariam de tudo para provar que isso era verdade. Como ficaria a situação deles caso se constatasse que Jesus havia ressuscitado? Como provariam que Ele não era o Messias diante de tal evidência? Para evitarmos enganos semelhantes em nossas vidas, precisamos viver tendo em mente a ideia de que a morte não é o fim. Caso contrário, teremos uma grande surpresa ao desencarnarmos.

Embora a maioria dos espíritas tenha receio em falar na morte, sabemos que ela é a única certeza daquele que nasce. Além disso, tendo a convicção de que ela não significa o fim, mas apenas um novo começo, precisamos nos acostumar com a ideia de que, mais cedo ou mais tarde, ela vai acontecer com todos nós.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Mateus 27.45-54

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 27


Versículo 45: E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra até à hora nona.

Versículo 46: E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lama sabactâni, isto é, Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?

Versículo 47: E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias.

Versículo 48: E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.

Versículo 49: Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.

Versículo 50: E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.

Versículo 51: E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.

Versículo 52: E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;

Versículo 53: E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.

Versículo 54: E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.

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Jesus foi crucificado às 9 horas da manhã daquela sexta-feira. Do meio dia até as três horas da tarde, quando Jesus morreu, a escuridão tomou conta de Jerusalém.

A frase: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste" é a primeira frase do Salmo 22, que descreve, mil anos antes de ter acontecido, a morte de Jesus. Jesus, em profundo sofrimento, chama por Deus.

Como os judeus acreditavam que Elias, um profeta do Antigo Testamento, retornaria para os salvar, acreditaram que Jesus chamava por ele.

Um dos presentes, sensibilizado pelo sofrimento de Jesus, oferece um líquido para umedecer Sua boca. Os demais, entretanto, recusaram-se a ajudar, e falaram que Jesus deveria pedir que Deus O ajudasse.

O templo de Jerusalém tinha um lugar, o Lugar Santíssimo, onde apenas o Sumo Sacerdote podia entrar, e só uma vez ao ano. Este lugar ficava separado do restante do templo por um véu. Na hora em que Jesus morreu, este véu se rasgou. Simbolicamente, isto queria dizer que, a partir da morte de Jesus, não mais existiriam intermediários entre Deus e os homens.

Temos quatro eventos que marcaram a morte de Jesus:
- escuridão ao meio dia
- véu se rasgando no templo
- um terremoto atinge Jerusalém
- pessoas mortas aparecem na cidade.

Os soldados romanos, ao observarem esses fenômenos, reconhecem que algo de anormal estava acontecendo, e que Jesus devia ser, de fato, filho de Deus. Este povo pagão, que adorava vários deuses, conseguiu perceber que havia algo de especial em Jesus. Seu próprio povo, que acreditava no Deus único, não O reconheceu.

No pouco tempo em que esteve entre nós, Jesus conseguiu nos transmitir ensinamentos que perduram há mais de 2000 anos. Mesmo depois de tanto tempo, ainda temos dificuldade em compreender o que Ele quis nos ensinar, e mais dificuldade ainda encontramos ao por estes ensinamentos em prática. Por isso, devemos dedicar um período do dia, todos os dias, para estudar e meditar sobre o que Jesus veio nos trazer. Sem isso, Sua morte terá sido em vão para nós.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Mateus 27.36-44

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 27


Versículo 36: E, assentados, o aguardavam ali.

Versículo 37: E por cima da sua cabeça puseram escrita a sua acusação: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.

Versículo 38: E foram crucificados com ele dois salteadores, um à direita, e outro à esquerda.

Versículo 39: E os que passavam blasfemavam dele, meneando as cabeças,

Versículo 40: E dizendo: Tu que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo; se és Filho de Deus, desce da cruz.

Versículo 41: E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam: 

Versículo 42: Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei d'Israel, desça agora da cruz, e creremos nele;

Versículo 43: Confiou em Deus; livre-o agora se o ama; porque disse: Sou Filho de Deus.

Versículo 44: E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele estavam crucificados.

Comentários


Jesus foi levado para fora de Jerusalém, e crucificado no monte Gólgota. Após a crucificação, os soldados romanos ficaram esperando Sua morte. Era uma lenta agonia, onde uma pessoa demorava cerca de 12 horas para morrer.

No mesmo dia, também dois ladrões foram crucificados. Cada um foi colocado a um lado de Jesus.

As pessoas que foram assistir à crucificação xingavam Jesus. Diziam que, já que Ele afirmava ser Filho de Deus, deveria descer da cruz e se salvar. Os sacerdotes do templo também o insultavam, e diziam que Deus deveria salvá-lo.

Vemos uma multidão furiosa, agredindo verbalmente Jesus e desprezando tudo o que Ele havia feito e ensinado. Alguns dias antes, esta mesma multidão O havia saudado como o Messias, e colocado ramos de árvore para formarem um tapete, homenageando Sua entrada em Jerusalém.

Grupos humanos são facilmente manipulados. Coisas que não  faríamos sozinhos acabamos por fazer quando estamos em grupo. Se isto acontece com atos condenáveis, também pode acontecer em ações do bem. Vemos grupos de pessoas que se solidarizam, e acabam por ajudar o próximo de maneira incrível.

No Centro que você frequenta deve estar acontecendo alguma coisa para ajudar os outros. Informe-se, participe. A caridade é o amor posto em prática. Ajudando o próximo, você será certamente o maior beneficiado.