quarta-feira, 25 de julho de 2018

Lucas 9.23-27

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 9


Versículo 23: Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.

Se lermos apenas este versículo, teremos instruções que vamos demorar a vida inteira para conseguirmos colocar em prática. Jesus deu instruções simples e diretas para quem quiser seguir os Seus ensinamentos:

- "negue-se a si mesmo": é algo muito difícil de ser feito, pois implica em abandonarmos o egocentrismo. Ao invés de pensarmos em o que gostaríamos de fazer, o negar-se a si mesmo faz com que pensemos em o que Jesus gostaria que fizéssemos. Isto implica em transcendermos a nossa natureza egoísta, enxergando o futuro como ser imortal que somos, e não como pessoas destinada a usufruir a vida material;

- "tome diariamente a sua cruz": a cruz representa as consequências de nossas atitudes, não algo feito por outra pessoa cuja responsabilidade cai sobre nossas costas. Devemos dia a dia assumirmos que somos os principais responsáveis pelo nosso próprio destino, através das escolhas que fazemos;

- "siga-me": Jesus não pede para fazermos nada do que já não tenha feito. Ele vivenciou o exemplo que queria nos deixar, basta que o sigamos.

Versículo 24: Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este a salvará.

Quem quiser salvar a sua vida, ou seja, vencer na vida no sentido material, acabará por desperdiçar a sua encarnação. Quem, aos olhos do mundo, decidir "perder" a sua vida, ou seja, não se dedicar exclusivamente à aquisição de valores meramente materiais, terá salvo a sua encarnação.

Versículo 25: Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo?

Todas as pessoas deveriam fazer a si mesmas essa pergunta: de que adianta adquirir bens materiais e desperdiçar a possibilidade de evolução espiritual? No momento da morte, a grande executora da verdade, as únicas coisas que levaremos será as nossas aquisições espirituais; tudo o mais será abandonado. Precisamos ter muito cuidado, pois estamos prestes a realizar uma grande viagem, e a mala deve ser cuidadosamente preparada. O que iremos colocar nela?

Versículo 26: Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos.

Aquele que não dá valor aos ensinamentos de Jesus (envergonha-se de Suas opções de vida) vai ter uma grande surpresa após o seu desencarne: vai descobrir que sempre valorizou o que, de fato, não tem valor algum.

Versículo 27: Garanto-lhes que alguns que aqui se acham de modo nenhum experimentarão a morte antes de verem o Reino de Deus."

O reino de Deus, onde reina a paz, a justiça e a igualdade, acelerou a sua construção com a vinda de Jesus. Muitos de nós não encerraremos o nosso ciclo de encarnações na Terra sem que tenhamos visto a passagem deste planeta de um locar de expiação e provas para um plano de regeneração.

Precisamos meditar profundamente sobre o que significa a vida para nós, qual é o nosso objetivo. Isso faz uma profunda diferença sobre as escolhas que fazemos diariamente.

sábado, 21 de julho de 2018

Lucas 9.18-22

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 9


Versículo 18: Certa vez Jesus estava orando em particular, e com ele estavam os seus discípulos; então lhes perguntou: "Quem as multidões dizem que eu sou?" 

Jesus constantemente se dedicava à oração, frequentemente em um local onde pudesse ficar isolado. A oração é um momento mágico, é quando nos colocamos em contato íntimo com Deus. Nesse momento, permitimos que os bons espíritos venham em nosso auxílio.

Depois de orar, Jesus pergunta a Seus discípulos o que as pessoas achavam a Seu respeito.


Versículo 19: Eles responderam:"Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, que és um dos profetas do passado que ressuscitou."

As pessoas que viviam na época de Jesus achavam que Ele fosse João Batista (que havia sido morto por Herodes há pouco tempo), Elias (um profeta presente nas narrações do Antigo Testamento) ou um outro profeta já morto. Era parte da crença dos judeus a ressurreição, isto é, que uma pessoa morta pudesse voltar à vida no mesmo corpo (a reencarnação acredita no retorno à vida, mas usando um corpo diferente do que morreu).

Como aquelas pessoas provavelmente tivessem visto João Batista, estava claro que Jesus não poderia ser o retorno de João à vida, visto que eles eram pessoas fisicamente diferentes. Podemos concluir que o conceito de ressurreição ia um pouco mais além do que o simples retorno usando o mesmo corpo.


Versículo 20: "E vocês, o que dizem?", perguntou: "Quem vocês dizem que eu sou?" Pedro respondeu: "O Cristo de Deus".

O povo judeu aguardava ansiosamente a vindo do Cristo (em grego; em hebraico: Messias), pois ele libertaria o povo do domínio dos estrangeiros. Pedro reconheceu em Jesus a figura do Messias.


Versículo 21: Jesus os advertiu severamente que não contassem isso a ninguém.

Os judeus esperavam a vinda do Cristo para serem libertos e para que os conduzisse para dominarem os outros povos. Se soubessem que Jesus era o Cristo, esperariam dele uma liderança como um general a comandar um exército, e não ouviriam o que Ele veio ensinar a respeito do amor e do perdão.


Versículo 22: E disse: "É necessário que o Filho do homem sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, seja morto e ressuscite no terceiro dia".

Jesus sabia da missão que deveria cumprir, que não seria aceito pelos religiosos, que não queriam ouvir sobre Deus, mas sim sobre poder. Muitas vezes, Jesus alertou os Seus discípulos sobre o que aconteceria a Ele. Até hoje, Sua mensagem causa estranheza. Estamos longe de compreender a profundidade do que Ele veio nos ensinar. Precisamos nos dedicar muito, todos os dias, ao estudo de Sua mensagem para, dessa maneira, colocarmos em prática o que ela vem nos ensinar.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Lucas 9.10-17

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 9


Versículo 10: Ao voltarem, os apóstolos relataram a Jesus o que tinham feito. Então ele os tomou consigo, e retiraram-se para uma cidade chamada Betsaida;

Jesus havia enviado os Seus doze apóstolos para pregarem as boas novas, realizarem curas e "expulsarem os demônios" (termo utilizado para descrever o que nós, no Espiritismo, conhecemos como desobsessão). Quando Seus apóstolos voltaram, Jesus queria permanecer afastado da multidão, em contato íntimo com o grupo. Por isso, foi até uma cidade chamada Betsaida.

Versículo 11: mas as multidões ficaram sabendo, e o seguiram. Ele as acolheu, e falava-lhes acerca do Reino de Deus, e curava os que precisavam de cura.

Jesus, ao ver que a multidão O procurava, priorizou o atendimento a ela. Entre o ensino aos Seus apóstolos e a ajuda às pessoas, Jesus priorizou a ajuda. Nós, participantes do Centro Espírita, não deveríamos nos esquecer disso.

Versículo 12: Ao fim da tarde os Doze aproximaram-se dele e disseram: "Manda embora a multidão para que eles possam ir aos campos vizinhos e aos povoados, e encontrem comida e pousada, porque aqui estamos em lugar deserto."

Na época de Jesus, tudo era muito difícil. Não existiam lugares onde se conseguisse obter, com facilidade, o que comer. As pessoas plantavam a sua comida. Num lugar afastado, seria muito difícil encontrar alimento. Jesus demonstra que se preocupava com todos os aspectos da vida das pessoas, não se descuidando de detalhes simples, como a alimentação.

Os Seus apóstolos, com uma compreensão menor da vida, queriam que as pessoas fossem embora, e que cada um cuidasse de si; o que cada um iria comer seria problema dele.

Versículo 13: Ele, porém, respondeu: "Deem-lhe vocês algo para comer." Eles disseram: "Temos apenas cinco pães e dois peixes - a menos que compremos alimento para toda esta multidão."

Versículo 14: (E estavam ali cerca de cinco mil homens.) Mas ele disse aos seus discípulos: "Façam-nos senta-se em grupos de cinquenta."

Versículo 15: Os discípulos assim fizeram, e todos se assentaram.

Versículo 16: Tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, deu graças e os partiu. Em seguida, entregou-os aos discípulos para que os servissem ao povo.

Versículo 17: Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram.

Não podemos ter certeza do número exato de pessoas presentes (cinco mil era muita gente, naquela época). Também não sabemos como, num lugar isolado, apareceram cestos para guardar as sobras. Talvez tenha havido certo exagero no relatar o fato, pois se queria enfatizar o quão maravilhoso tinha sido o acontecido: muitas pessoas alimentadas por pouca comida. Entretanto, o que devemos guardar dessa narrativa é o fato de Jesus se preocupar com aspectos considerados superficiais por Seus apóstolos: o que comer.

De maneira alguma podemos concordar com a "teologia da prosperidade", que prega que Deus quer o nosso enriquecimento (e ostentação!) material. Jesus se preocupou em dar o necessário, e não o supérfluo. Vemos religiosos pregando que, se as pessoas contribuírem com a igreja deles, vão enriquecer. Isso é uma deturpação da mensagem de Jesus, e mais cedo ou mais tarde as consequências de se desviar as pessoas do caminho de Deus vão aparecer.

Deus nos dá exatamente o que precisamos para o nosso aprendizado: nem mais, nem menos. E estamos aqui para a nossa evolução espiritual, não para acumularmos bens que vamos abandonar no momento da nossa morte.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Lucas 9.7-9

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 9


Versículo 7: Herodes, o tetrarca, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou perplexo, porque algumas pessoas estavam dizendo que João tinha ressuscitado dos mortos;

João Batista era primo de Jesus. Começou a pregar antes dele, e dizia que as pessoas tinham que se arrepender de seus pecados. Ao afirmar que Herodes estava cometendo adultério (falta grave para os judeus), pois tinha se casado com a mulher de seu irmão, tornou-se alvo de perseguição, e Herodes, que governava aquele território, tinha mandado seus soldados prendê-lo e, depois, condenou João Batista à morte.

Herodes precisou mandar prender João Batista, pois a acusação de adultério estava causando confusão. Entretanto, não tinha, aparentemente, intenção de o condenar à morte, pois João ficou preso por bastante tempo. Entretanto, a esposa de Herodes o forçou a decapitar João Batista (a filha dela dançou numa festa, e Herodes disse que daria a ela o que quisesse, como prêmio por ter dançado tão bem. Ela, instruída por sua mãe, pediu a cabaça de João Batista numa bandeja).

Versículo 8: outros, que Elias tinha aparecido; e ainda outros, que um dos profetas do passado tinha voltado à vida.

Embora tivessem uma ideia não muito clara, os judeus acreditavam que, de certa forma, era possível a uma pessoa retornar à vida. Havia a profecia de que Elias voltaria antes da vinda do Messias; essa profecia se cumpriu, pois João Batista é a reencarnação de Elias, e veio antes de Jesus, o Messias prometido.

Como Israel estava há muito tempo (cerca de quatrocentos anos) sem ter um profeta, muitos acreditaram que Jesus poderia ser um antigo profeta que tinha voltado à vida.

A ideia dos judeus era a da ressurreição, ou seja, que uma pessoa voltaria à vida usando o mesmo corpo. Muitos anos depois, o Espiritismo trouxe uma ideia mais precisa do que acontece: a reencarnação, onde uma pessoa volta à vida, mas usando um novo corpo.

Versículo 9: Mas Herodes disse: "João, eu decapitei! Quem, pois, é este de quem ouço essas coisas?" E procurava vê-lo.

Herodes estava com remorso, e queria acreditar que João Batista teria voltado à vida como Jesus. Gostaria de ter a chance de continuar o aprendizado que começou ao conversar com João Batista. Por isso, queria se aproximar de Jesus.

Temos, na Bíblia, várias passagens que, embora não de maneira explícita, nos falam a respeito da reencarnação. É por isso que o Espiritismo é chamado de o "Consolador Prometido", pois retoma e amplia os ensinamentos de Jesus.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Lucas 9.1-6

Evangelho segundo Lucas

Capítulo 9

Versículo 1: Reunindo os Doze, Jesus deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças,

Versículo 2: e os enviou a  pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.

Começa uma nova fase no ministério de Jesus. Agora, Ele envia Seus doze apóstolos para colocarem e prática tudo aquilo que haviam aprendido durante o tempo em que conviveram diariamente.

Jesus os autoriza a fazerem tudo aquilo que Ele fazia: curar os doentes (tanto as enfermidades físicas como as espirituais) e proclamar as boas novas do reino de Deus.

Versículo 3: E disse-lhes: "Não levem nada pelo caminho: nem bordão, nem saco de viagem, nem pão, nem dinheiro, nem túnica extra.

As viagens, no tempo de Jesus, eram feitas a pé. Não havia uma estrutura para garantir o conforto dos viajantes, que dependiam da hospitalidade de estranhos para encontrarem um lugar para se abrigarem à noite. Os viajantes também levavam a comida que consumiriam no trajeto, pois atravessavam grandes regiões desabitadas.

Um bordão é um cajado grosso usado como apoio para tornar mais seguro o caminhar. O saco de dormir pode ser usado como uma cama durante as viagens. O pão era um alimento muito consumido, e também muito fácil de ser transportado durante as viagens. A túnica era uma vestimenta comum naquela época. Jesus diz que Seus enviados devem confiar na Providência Divina, não fazendo grandes preparações para as viagens que fariam, pois Deus os proveria.

Versículo 4: Na casa em que vocês entrarem, fiquem ali até partirem.

Jesus não queria que Seus apóstolos ficassem se mudando de uma casa para outra, evitando distrações e entraves devido a problemas que surgiriam dessa atitude. Queria que eles estivessem focados na missão que tinham a cumprir, não em regras sociais que nada acrescentavam ao trabalho que eles estavam desenvolvendo.

Versículo 5: Se não os receberem, sacudam a poeira dos seus pés quando saírem daquela cidade, como testemunho contra eles.

O gesto de sacudir o pó dos pés era feito para mostrar que os judeus não compartilhavam com as práticas daquela cidade. Simbolizava que os apóstolos de Jesus estavam se separando daqueles habitantes que não aceitavam a mensagem que estavam pregando.

Versículo 6: Então eles saíram e foram pelos povoados, pregando o evangelho e fazendo curas por toda parte.

A estratégia de Jesus para essa missão era:
- sair em missão de proclamar as boas novas por muitos lugares;
- manter um estilo de vida simples, livre de preocupações materiais;
- confiar na generosidade da provisão de Deus;
- ter senso de urgência, usando bem o tempo e aproveitando bem as oportunidades para divulgarem as boas novas;
- fixar a base numa casa hospitaleira, e não ficar mudando de local em busca de maior conforto material.

Jesus estava preparando os Seus apóstolos para, após Sua morte, continuarem a divulgação de Sua mensagem.

Assim nós, modernos discípulos de Jesus, podemos utilizar as mesmas regras de vida: prestar atenção ao essencial, sem nos desviarmos do caminho devido a ilusões materiais.

domingo, 10 de junho de 2018

Lucas 8.49-56

Evangelho segundo Lucas

Capítulo 8

Versículo 49: Enquanto Jesus estava ainda falando, chegou alguém da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga, e disse: "Sua filha morreu. Não incomode mais o Mestre."

Jesus tinha sido procurado por Jairo porque sua única filha estava à beira da morte. Jairo era o chefe da sinagoga, pessoa importante e de grande autoridade, que tinha humildemente ido procurar a ajuda de Jesus.

Jesus estava indo à casa de Jairo quando parou e perguntou quem o havia tocado. Como havia uma multidão em volta dele, e as pessoas O tocavam e empurravam, os Seus discípulos disseram que muitas pessoas O haviam tocado. Jesus insiste e diz que alguém O tinha tocado, pois sentiu que de Seu corpo tinha emanado um poder. Uma mulher, que tinha uma hemorragia havia dez anos, identificou-se e disse que era ela quem, na certeza de ser curada, tinha tocado a franja do manto de Jesus.

Enquanto Jesus conversava com essa mulher, chegou uma pessoa, vinda da casa de Jairo, e avisou que a filha dele havia morrido, não havendo mais a necessidade de Jesus ir até lá.


Versículo 50: Ouvindo isso, Jesus disse a Jairo: "Não tenha medo; tão-somente creia, e ela será curada."

Versículo 51: Quando chegou à casa de Jairo, não deixou ninguém entrar com ele, exceto Pedro, João, Tiago e o pai e a mãe da criança.

Em algumas situações especiais, Jesus se fazia acompanhar de um número menor de pessoas, que eram mais íntimas e próximas. Pede que Pedro, Tiago e João O acompanhem.


Versículo 52: Enquanto isso, todo o povo estava se lamentando e chorando por ela. "Não chorem", disse Jesus. "Ela não está morta, mas dorme."

Jesus diz claramente que a menina não está morta. Antigamente, era comum o diagnóstico de morte não ser muito preciso. Alguns episódios de inconsciência poderiam ser facilmente confundidos com a morte.

Jesus consegue ver que os laços que prendiam o perispírito ao corpo não haviam se rompido, e que, portanto, não tinha ainda acontecido o desligamento desse espírito. Assim, diz que ela não está morta.


Versículo 53: Todos começaram a rir dele, pois sabiam que ela estava morta.

Versículo 54: Mas ele  a tomou pela mão e disse: "Menina, levante-se!"

Sob o forte poder magnético de Jesus, a menina recobra a consciência, e a menina acorda.


Versículo 55: O espírito dela voltou, e ela se levantou imediatamente. Então Jesus lhes ordenou que lhe dessem de comer.

Lucas narrou de maneira muito clara: o espírito dela voltou. Parece um texto retirado de um livro espírita, mas não, encontra-se no Evangelho.


Versículo 56: Os pais dela ficaram maravilhados, mas ele lhes ordenou que não contassem a ninguém o que tinha acontecido.

Ainda não era o momento de Jesus chamar a atenção sobre si. Por isso, pede que os pais não comentem o que havia acontecido.

Vemos Jesus mostrando intensa compaixão por seu semelhante. Mais do que ensinar a teoria, Ele vivenciou a lei de amor. Um exemplo a ser seguido.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Lucas 8.40-48

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 8


Versículo 40: Quando Jesus voltou, uma multidão o recebeu com alegria, pois todos o esperavam.

Jesus voltava da cidade de Gerasa (também conhecida como Gadara), onde vivam os gentios (pessoas que não eram judias). Lá, Ele havia livrado um homem de um processo obsessivo que tinha feito com que ele agisse como louco, morando num cemitério, vivendo sem roupas e agredindo quem passasse por perto. Durante o processo de desobsessão, os espíritos haviam agido sobre um grupo de porcos que estava próximo, e todos os porcos se atiraram num despenhadeiro, morrendo. Como os porcos eram a fonte de renda dessas pessoas, elas pediram que Jesus fosse embora o mais rápido possível.

Versículo 41: Então um homem chamado Jairo, dirigente da sinagoga, veio e prostrou-se aos pés de Jesus, implorando-lhe que fosse à sua casa

Versículo 42: porque sua única filha, de cerca de doze anos, estava à morte. Estando Jesus a caminho, a multidão o comprimia.

A sinagoga era o centro da vida dos judeus, que não separavam a vida religiosa da vida social. Tudo girava em torno da sinagoga. Os principais eventos da vida dos judeus aconteciam e eram determinados pela sinagoga.

A identidade do povo judeu foi construída tendo como base a adoração a um único Deus. Toda a estrutura do povo estava baseada nesse princípio.

Um dirigente de sinagoga era alguém de muito prestígio. Cabia a ele administrar e manter o prédio da sinagoga, bem como supervisionar a adoração e o ensino religioso. Sendo uma figura tão importante, foi muito significativo o fato de esse dirigente ter se ajoelhado perante Jesus e implorado que sua filha fosse curada.

Devemos nos lembrar que os recursos da Medicina naquela época eram bem precários, e o diagnóstico de uma doença equivalia a uma sentença de morte, pois a cura dificilmente seria alcançada.

O povo judeu também valorizava muito a família. Podemos imaginar o desespero daquele homem poderoso ao ver sua única filha  perto da morte.


Versículo 43: E estava ali certa mulher que havia doze anos vinha sofrendo de hemorragia e gastara tudo o que tinha com os médicos,; mas ninguém pudera curá-la.

Além do problema físico causado pela hemorragia, que já durava doze anos, temos as consequências culturais. Uma mulher com sangramento era considerada impura. Assim, não poderia participar da vida religiosa enquanto estivesse com sangramento, ficando afastava de toda vida da comunidade.

Além de ser precária, a Medicina era caríssima. O paciente, além de ter poucas chances de ser curado, pagava uma verdadeira fortuna para ter acesso ao atendimento médico. Além de ter gasto todo o seu dinheiro em tratamentos, ela continuava doente.


Versículo 44: Ela chegou por trás dele, tocou na borda de seu manto, e imediatamente cessou sua hemorragia.

Versículo 45: "Quem tocou em mim?", perguntou Jesus. Como todos negassem, Pedro disse: "Mestre, a multidão se aglomera e te comprime".

Versículo 46: Mas Jesus disse: "Alguém tocou em mim; eu sei que de mim saiu poder".

Essa mulher, que estava sofrendo há doze anos, conseguiu vencer as dificuldades, atravessar a multidão que estava em volta de Jesus e tocar a franja de Seu manto. Imediatamente ficou curada.

Jesus sentiu que uma energia curadora havia saído de si, e perguntou quem O havia tocado. Como Ele estava no meio de uma multidão, muitas pessoas deveriam estar estendendo as suas mãos e O tocando, querendo receber uma graça. Entretanto, Jesus percebeu um toque diferente, que mobilizou Sua energia curadora.


Versículo 47: Então a mulher, vendo que não conseguiria passar despercebida, veio tremendo e prostrou-se aos seus pés. Na presença de todo o povo contou por que tinha tocado nele e como fora instantaneamente curada.

De acordo com a lei judaica, um homem que tocasse uma mulher menstruada seria considerado impuro. Assim, os homens evitavam cuidadosamente tocar, falar e até mesmo olhar para as mulheres.

Essa mulher havia cometido uma falta perante a lei, pois havia tocado Jesus, tornando-O impuro. Quando Jesus perguntou quem O tocou, ela ficou com medo, pois não deveria ter tocado nele. Jesus não estava preocupado se estava ou não impuro, queria saber quem havia mobilizado a Sua energia.


Versículo 48: Então ele lhe disse: "Filha, a sua fé a curou! Vá em paz".

Jesus mostra que uma regra criada por homens não era mais importante do que uma pessoa. Ele também mostra como a fé age para determinar a cura. Fica o aprendizado para nós, que frequentemente estamos necessitados de ajuda: o que importa é a fé.

sábado, 5 de maio de 2018

Lucas 8.26-39

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 8


Versículo 26: Navegaram para a região dos gerasenos, que fica do outro lado do lago, frente à Galiléia.

Os gerasenos, também chamados de gadarenos ou gergesenos, eram os habitantes da cidade de Gerasa (ou Gadara), que ficava a sudoeste do mar da Galileia. Era uma das cidades da Decápolis (cidades gregas que não pertenciam a um país, pois eram autônomas). Não eram judeus, e ganhavam a vida com a criação de porcos, animais considerados imundos pelos judeus.

Versículo 27: Quando Jesus pisou em terra, foi ao encontro dele um endemoninhado daquela cidade. Fazia muito tempo que aquele homem não usava roupas, nem vivia em casa alguma, mas nos sepulcros.

Um homem, vítima de uma obsessão que já durava muito tempo, vê uma pessoa se aproximar do lugar onde costumava ficar, e parte em direção a ele.

Temos a descrição de um processo obsessivo muito profundo. O homem perdeu as características de sua própria individualidade: não usava mais roupas, nem morava em uma casa, ficando entre os túmulos de um cemitério.

Versículo 28: Quando viu Jesus, gritou, prostrou-se aos seus pés e disse em alta voz: "Que queres comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes!"

Quem falou com Jesus não foi o homem, mas o espírito que causava a obsessão. Ao reconhecer naquela pessoa que se aproximava a figura de Jesus, o espírito perguntou o que Jesus queria, e pediu para não ser castigado.

Os espíritos dedicados ao mal já sabiam quem Jesus era, e o que estava fazendo encarnado. Poucas pessoas encarnadas naquela época conseguiram perceber isso. Em outros trechos do Evangelho, vemos os espíritos obsessores reconhecerem Jesus de imediato.

A encarnação de Jesus estava há muito tempo sendo planejada, e os espíritos dedicados ao mal sabiam disso e das consequências que ela traria.


Versículo 29: Pois Jesus havia ordenado que o espírito imundo saísse daquele homem. Muitas vezes ele tinha se apoderado dele. Mesmo com os pés e as mãos acorrentados e entregue aos cuidados de guardas, quebrava as correntes, e era levado pelo demônio a lugares solitários.

Podemos substituir o termo "espírito imundo" e "demônio" por "obsessor", e teremos a descrição das consequências da obsessão naquele homem.


Versículo 30: Jesus lhe perguntou: "Qual é o seu nome?" "Legião", respondeu ele; porque muitos demônios haviam entrado nele.

O espírito que estava falando com Jesus diz que eram muitos os que estavam causando o processo obsessivo. "Legião" era um termo que designava um grupo de até seis mil soldados romanos.

Geralmente, em processos de obsessão intensos e antigos, vamos encontrar um grupo de espíritos envolvidos, o que torna mais complexa a resolução do problema, pois geralmente esses espíritos possuem vínculos muito fortes com aquele que sofre a obsessão.

Versículo 31: E imploravam-lhe que não os mandasse para o Abismo.

O Abismo era o local onde se acreditava que Satanás e seus seguidores seriam confinados.

Versículo 32: Uma grande manada de porcos estava pastando naquela colina. Os demônios imploraram a Jesus que lhes permitisse entrar neles, e Jesus lhes deu permissão.

Quando se instala um processo obsessivo, o obsessor atua sobre o obsidiado. Entretanto, o obsessor não "entra" no corpo do obsidiado, pois no corpo habita apenas um espírito. O que o obsessor faz é agir sobre o espírito do obsidiado, o que pode fazer com que, indiretamente, comande o corpo do encarnado.

Da mesma maneira que um obsessor não "entra" no corpo do obsidiado, também não "entra" no corpo de animais. O obsessor pode se fazer visível a um animal, mas o animal não serve de médium, pois o princípio que habita o corpo de um animal é diferente do que habita o corpo de um homem. No animal, existe um princípio de inteligência individualizada, mas que ainda não constitui um espírito propriamente dito.


Versículo 33: Saindo do homem, os demônios entraram nos porcos e toda a manada atirou-se precipício abaixo em direção ao lago e se afogou.

Ao ser rompida a ligação daqueles espíritos com o homem, os espíritos se dispersaram, e de alguma forma foram percebidos pelos porcos que, assustados, saíram correndo, caindo em um lago, morrendo afogados.

Versículo 34: Vendo o que acontecera, os que cuidavam dos porcos fugiram e contaram esses fatos na cidade e nos campos,

Versículo 35: e o povo foi ver o que havia acontecido. Quando se aproximaram de Jesus, viram que o homem de quem haviam saído os demônios estava assentado aos pés de Jesus, vestido e em perfeito juízo, e ficaram com medo.

Ao invés de ficarem felizes, pois uma pessoa que era tida como louca agora estava agindo de maneira normal, eles ficaram com medo. O desconhecido causa medo em muitas pessoas.

Versículo 36: Os que tinham visto contaram ao povo como o endemoninhado fora curado.

Versículo 37: Então, todo o povo da região dos gerasenos suplicou a Jesus que se retirasse, porque estavam dominados pelo medo. Ele entrou no barco e regressou.

O que tinha causado tanto medo nos habitantes locais? Certamente não era o fato de um homem ter sido libertado de seu sofrimento, mas porque muitos porcos, que geravam lucros, terem morrido.

Deve ter sido muito assustador eles verem os porcos se atirarem no lago, mas eles deixaram de perceber o homem que agora estava curado.

Versículo 38: O homem de quem haviam saído os demônios suplicava-lhe que o deixasse ir com ele; mas Jesus o mandou embora dizendo:

Versículo 39: "Volte para casa e conto o quanto Deus lhe fez." Assim, o homem se foi e anunciou na cidade inteira o quanto Jesus tinha feito por ele.

Aquele homem demonstrou profunda gratidão por Jesus o ter curado. Estava disposto a largar tudo para seguir quem o curou. Entretanto, Jesus tinha outros planos para ele, e ele os cumpriu.

Vemos pessoas que procuram ajuda quando estão sofrendo um processo de obsessão. Enquanto muitas conseguem perceber que o processo de cura se faz de dentro para fora, através da reforma íntima, muitas apenas querem se ver livres do obsessor, e retornam à sua vida assim que conseguem o que desejam. Como elas não se modificaram, tornam possível que o processo obsessivo se instale novamente.

Neste trecho do Evangelho segundo Lucas, vemos que a obsessão era já conhecida há mais de dois mil anos. Não foi inventada pelo Espiritismo, que apenas se dedicou ao seu estudo e compreensão deste fenômeno tão antigo quanto a humanidade.

domingo, 8 de abril de 2018

Lucas 8.22-25

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 8


Versículo 22: Certo dia Jesus disse aos seus discípulos: "Vamos para o outro lado do lago."  Eles entraram num barco e partiram.

Alguns dos discípulos de Jesus tinham a pesca como profissão. Assim, nada mais natural do que Jesus pedir para que fosse levado à outra margem do lago por eles, através de um barco.

Versículo 23: Enquanto navegavam, ele adormeceu. Abateu-se sobre o lago um forte vendaval, de modo que o barco estava sendo inundado, e eles corriam grande perigo.

O lago da Galileia está, até hoje, sujeito a tempestades violentas e repentinas, onde as ondas podem alcançar até seis metros de altura. Embora fossem pescadores experientes, os discípulos estavam assustados com a violência daquela tempestade, que poderia, a qualquer momento, afundar o barco onde estavam.

Versículo 24: Os discípulos foram acordá-lo, clamando: "Mestre, Mestre, vamos morrer!" Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo se acalmou e ficou tranquilo.

Mesmo em meio à tempestade, Jesus dormia tranquilamente. Ao ser acordado, repreendeu a tempestade e a violência das águas. Ele tinha o poder não só sobre o plano espiritual, mas sobre o material também. Bastou um comando Seu e houve perfeita paz, ou seja, tudo se aquietou. Isso nos dá um vislumbre do poder de Jesus!

Versículo 25: "Onde está a sua fé?", perguntou ele aos seus discípulos. Amedrontados e admirados, eles perguntaram uns aos outros: "Quem é este que até aos ventos e às águas dá ordens, e eles lhe obedecem?"

Jesus pergunta o motivo de Seus discípulos não terem fé. Eles deveriam saber que, estando com Jesus, nenhum mal lhes aconteceria.

Os discípulos ficaram também espantados por Jesus ter acalmado a tempestade. Não tinham, na verdade, ideia de quem era Jesus, de que Ele poderia fazer isso e muito mais.

Em nossas vidas, muitas vezes Jesus nos convida para "pegarmos o barco" para nos dirigirmos "à outra margem do lago", sou seja, sairmos da nossa zona de conforto e irmos para onde Ele deseja. A princípio, ficamos contentes com o convite. Entretanto, no meio do lago, uma "tempestade", isto é, a adversidade pode nos atingir.

Precisamos ter fé, e acreditar que Jesus é quem está no comando, levando-nos em segurança para a outra margem. Sabemos que a "viagem" (transição) não será tranquila, mas que Jesus está "no barco" conosco.

Devemos sempre ter em mente que estamos encarnados pra servirmos a Jesus, e não que Ele está a nosso serviço para satisfazer os nossos caprichos. Assim, vamos orar pedindo para termos forças para cumprir a vontade de Deus, e não que Ele cumpra a nossa vontade.




sábado, 17 de março de 2018

Lucas 8.19-21

Evangelho segundo Lucas

Capítulo 8

Versículo 19: A mãe e os irmãos de Jesus foram vê-lo, mas não conseguiam aproximar-se dele, por causa da multidão.

Onde quer que Jesus fosse, grande multidão O seguia. Ele era procurado por pessoas que queriam ouvir os Seus ensinamentos, e também por aquelas que queriam que Ele as curasse. Por isso, quando a mãe e os irmãos de Jesus quiseram falar com Ele, tiveram dificuldade para se aproximarem, pois havia muita gente em volta.

Versículo 20: Alguém lhe disse: "Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te".

Versículo 21: Ele lhe respondeu: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam".

Jesus aproveitava toda oportunidade ao Seu alcance para ensinar e esclarecer as pessoas. Quando alguém falou que sua mãe e seus irmãos estavam querendo falar com Ele, a resposta poderia ser simplesmente: "Já vou", ou até mesmo "Estou ocupado agora. Daqui a pouco, conversamos". Mas não, Ele ensinou que a Sua família é constituída por todos aqueles que cumprem a vontade de Deus.

Pensando desta maneira, não tem sentido a discussão que existe entre os seguidores de diferentes religiões, pois Jesus deixa claro que todo aquele que cumpre a vontade de Deus faz parte de Sua família. Assim como fica um pouco infantil a discussão entre irmãos para verem qual é o preferido dos pais, todas as religiões são igualmente importantes para Deus.

domingo, 11 de março de 2018

Lucas 8.16-18

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 8


Versículo 16: "Ninguém acende uma candeia e a esconde num jarro ou a coloca debaixo da cama. Ao contrário, coloca-a num lugar apropriado, de modo que os que entram possam ver a luz.

"Candeia" é um pequeno aparelho de iluminação, de folha de flandres ou de barro, abastecido com óleo ou gás inflamável e provido de mecha; usa-se geralmente no alto, pendente de um prego preso à parede.

Também conhecida como lâmpada a óleo ou lamparina, era utilizada desde a pré-história, e continua sendo usada até hoje.

Jesus se utiliza de uma imagem bem conhecida das pessoas às quais Ele falava. Todos utilizavam a candeia para iluminar as suas casas, e ninguém iria acendê-la e colocá-la num lugar onde não pudesse iluminar, pois a sua finalidade era exatamente a de iluminar. Hoje em dia, seria como colocar a lâmpada de um quarto embaixo da cama: não faz nenhum sentido. Todos colocam ou no alto da parede ou no centro do teto.

O objetivo de Jesus não era ensinar às pessoas qual o melhor local de colocar uma candeia, pois todos sabiam como usar essa fonte de iluminação. Ele comparou a luz que a candeia produzia com os conhecimentos que trazia através das Boas Novas (este é o significado da palavra "evangelho"). As pessoas que entrassem em contato com os Seus ensinamentos seriam como candeias, cheias de luz, e esta luz serviria para iluminar o caminho das outras pessoas também. Por isso, deveriam ser colocadas de forma a permitir que todos pudessem ver sua luz, ou seja, deveriam levar os ensinamentos de Jesus a um maior número de pessoas possíveis.

Assim também é com os ensinamentos trazidos pelo Espiritismo. Não precisamos ir nas praças das cidades para ficar falando o quanto o Espiritismo é maravilhoso. Mas, através de nossas atitudes no dia-a-dia, podemos mostrar o quanto o Espiritismo pode modificar uma pessoa, fazendo com que ela tenha mais entendimento da vida, e praticando os ensinamentos de Jesus. Quando acendemos uma luz, a primeira pessoa a se beneficiar dela é a pessoa que acende.

É muito importante divulgar o Espiritismo, mas mais importante é vivenciá-lo.

Versículo 17: Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz.

O Espiritismo, trazendo os ensinamentos de Jesus à luz do espírito imortal e suas sucessivas reencarnações, permite uma melhor compreensão de muitos temas que não puderam ser abordados em profundidade na época em que Jesus viveu entre nós.

Assim, a missão maior do Espiritismo é trazer de volta os ensinamentos de Jesus com toda a sabedoria e beleza que eles possuem, não mais permitindo que seu sentido seja deturpado ou permaneça oculto.

Versículo 18: Portanto, considerem atentamente como vocês estão ouvindo. A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que pensa que tem lhe será tirado."

A pessoa que possui conhecimento vai se aprofundando cada vez mais, aumentando o seu entendimento. Aqueles que não se dedicam ao estudo dos ensinamentos de Jesus podem cometer enganos na interpretação deles, e quando alguém mostrar que esses conhecimentos são falhos, até mesmo o que julgavam conhecer será retirado.

Embora a prática cristã seja essencial, ninguém pode dizer que faz a vontade de Deus se não sabe qual é a vontade Dele. O Espiritismo procura ajudar as pessoas a entenderem a mensagem de Jesus e, consequentemente, qual a vontade do Pai. Por isso, não pode haver Espiritismo desvinculado do profundo estudo da mensagem de Jesus.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Lucas 8.4-15

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 8


Versículo 4: Reunindo-se uma grande multidão e vindo a Jesus gente de várias cidades, ele contou esta parábola:

Versículo 5: "O semeador saiu a semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram.

Esta parábola, conhecida como "a parábola do semeador", é encontrada em três dos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas), e o seu significado é explicado pelo próprio Jesus.

Versículo 6: Parte dela caiu sobre as pedras e, quando germinou, as plantas secaram, porque não havia umidade.

Versículo 7: Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram com ela e sufocaram as plantas. 

Versículo 8: Outra ainda caiu em boa terra. Cresceu e deu boa colheita, a cem por um." Tendo dito isso, exclamou: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!"

Versículo 9: Seus discípulos perguntaram-lhe o que significava aquela parábola.

Versículo 10: Ele disse: "A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino de Deus, mas aos outros falo por parábolas, para que 'vendo não vejam; e ouvindo não entendam'.

Esta citação está no livro do profeta Isaías no capítulo 6, versículo 9.

Versículo 11: "Este é o significado da parábola: A semente é a palavra de Deus.

Versículo 12: As que caíram à beira do caminho são os que ouvem, e então vem o Diabo e tira a palavra do seu coração, para que não creiam e não sejam salvos.

Os discípulos de Jesus possuíam uma evolução espiritual acima da média do povo. Por isso, a eles Jesus esclareceu muitos pontos de Seus ensinamentos que ficaram obscuros.

Versículo 13: As que caíram sobre as pedras são os que recebem a palavra com alegria quando a ouvem, mas não têm raiz. Creem durante algum tempo, mas desistem na hora da provação.

A fé em Deus é útil em todos os momentos da vida. Nos tempos felizes, serve para nos lembrar que todo bem é proveniente de Deus, e que devemos sempre ser gratos a Ele. Nos momentos difíceis, devemos nos lembrar que Ele está sempre ao nosso lado.

Algumas pessoas, ao terem contato com o Espiritismo, ficam deslumbradas, achando tudo muito lindo. Inscrevem-se em todos os cursos que o Centro Espírita oferece, assistem todas as palestras e querem participar de todas as atividades. Vão ao Centro sete dias da semana. Ao perceberem que os frequentadores do Centro não são anjos ocultando suas asas, mas sim humanos falíveis em busca de ajuda, assim como elas mesmas, desistem de tudo, dizendo que esperavam encontrar pessoas melhores num ambiente religioso. Esquecem-se de que elas próprias não são "pessoas melhores", e que, se fossem seguir à risca o seu raciocínio, não deveriam estar no Centro, pois também não são perfeitas. Essas pessoas se desencantam com o Espiritismo e simplesmente o abandonam, não porque o Espiritismo seja ruim, mas porque as pessoas que estão nele são imperfeitas.

Versículo 14: As que caíram entre espinhos são os que ouvem, mas, ao seguirem seu caminho, são sufocados pelas preocupações, pelas riquezas e pelos prazeres desta vida, e não amadurecem.

As pessoas pessoas, ao se depararem com o Espiritismo, ficam sabendo que a vida verdadeira é a espiritual, e que a vida material é um breve instante na vida do ser eterno. Elas se sensibilizam, e até chegam a pensar numa mudança de atitude. Mas acabam por se deixar arrastar pelas falsas necessidades da vida material, e o lado espiritual acaba sendo deixado de lado.

Versículo 15: Mas as que caíram em boa terra são os que, com coração bom e generoso, ouvem a palavra, a retêm e dão fruto, com perseverança.

Jesus explica que as pessoas que ouvem os Seus ensinamentos, usando a perseverança, produzem frutos. Isso mostra que é necessária uma atitude, a perseverança, que é a vontade de fazer alguma coisa e continuar fazendo. É um trabalho não só para uma vida, mas para muitas existências.

Religião não é algo ao qual nos dedicaremos uma hora por semana. Necessitamos de um estudo contínuo, uma vontade imensa de aprender, um esforço heroico para modificar as nossas más tendências (e não o comportamento dos outros!). Isso sem falar da prece, que é um canal direto de comunicação com Deus, não só para pedir, mas principalmente para agradecer. Enfim, precisamos de esforço e dedicação, mas a recompensa é a paz interior, o entendimento do real significado da palavra "amor".



quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Lucas 8.1-3

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 8


Versículo 1: Depois disso Jesus ia passando pelas cidades e povoados proclamando as boas novas do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele

Jesus havia sido convidado para jantar na casa de um fariseu (membro de uma seita judaica). Durante o jantar, uma mulher ungiu os pés de Jesus, o que serviu de escândalo para o fariseu, pois ela era uma prostituta.

Jesus ensinou que o agradecimento era proporcional ao tamanho do erro perdoado, e que ela, porque havia pecado muito, era muito agradecida por ter sido perdoada.

Jesus sai de Cafarnaum, onde estava morando, e se dirige a várias cidades, com o objetivo de ensinar as boas novas (este é o significado da palavra "evangelho": boas novas) ao povo.

Versículo 2: e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças. Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios;

Versículo 3: Joana, mulher de Cuza, administrador da casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-lo com os seus bens.

Na cultura judaica, as mulheres não recebiam ensino religioso, ao contrário dos homens, que desde criança eram ensinados sobre as leis judaicas pelos mestres. Jesus, ao permitir que essas mulheres viajassem com o Seu grupo e recebessem ensinamentos, mostra que, perante Deus, todos são iguais e merecedores de serem ensinados.

Essas mulheres, além de participarem do grupo quando Jesus estava ensinando, contribuíam financeiramente para que o grupo tivesse suas necessidades supridas. Elas O ajudavam porque haviam sido curadas por Ele.

Quando executamos o trabalho designado por Deus, cada um tem uma tarefa diferente a ser desempenhada. Nenhum trabalho é mais importante nem melhor do que o outro, pois todas as peças são necessária para cumprirmos a tarefa que Deus nos deu.


sábado, 27 de janeiro de 2018

Lucas 7.36-50

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 7


Versículo 36: Convidado por um dos fariseus para jantar, Jesus foi à casa dele e reclinou-se à mesa.

Para os judeus, o convite para uma refeição tinha muito valor, representando um selo de amizade e reconhecimento. Por isso, tinha imensa importância ser convidado para fazer uma refeição em uma casa. Os convidados deveriam ser tratados com especial respeito, e existia uma cerimônia que envolvia o ato de compartilhar uma refeição.

Na época de Jesus, as refeições eram servidas em mesas baixas, e em volta dela ficavam divãs e almofadas. Os convidados ficavam reclinados sobre os divãs ou sobre as almofadas, com os pés voltados para trás. A comida era servida por escravos ou empregados.

Versículo 37: Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu, certa mulher daquela cidade, uma pecadora, trouxe um frasco de alabastro com perfume, 

Versículo 38: e se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando, começou a molhar-lhe os pés com suas lágrimas. Depois os enxugou com seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume.

Versículo 39: Ao ver isso, o fariseu que o havia convidado disse a si mesmo: "Se este homem fosse profeta, saberia quem nele está tocando e que tipo de mulher ela é: uma pecadora." 

Uma mulher, ao saber que Jesus estava num determinado local, vai até Ele, lava-lhe os pés com suas lágrimas, enxuga os Seus pés com os próprios cabelos e o unge com perfume, demonstrando profundo respeito por Jesus.

Os fariseus, acostumados a só prestarem atenção ao cumprimento das regras, não conseguem entender a cena. Apenas enxergam uma prostituta tocando Jesus, e julgam tanto Jesus como a mulher.

Versículo 40: Então lhe disse Jesus: "Simão, tenho algo a lhe dizer." "Dize, Mestre", disse ele.

Jesus sabia o que aquele homem estava pensando. Ao invés de o repreender e dar uma lição de moral, resolve fazer com que o homem entenda a situação. Usa uma história para que o ensinamento seja compreendido.

Versículo 41: "Dois homens deviam a certo credor. Um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. 
  
Um denário era o equivalente ao que um trabalhador braçal recebia por um dia de trabalho.

Versículo 42: Nenhum dos dois tinha com que lhe pagar, por isso perdoou a dívida a ambos. Qual deles o amará mais?"

Jesus coloca a situação de uma maneira bem simples, de modo que todos possam entender o que Ele pretende ensinar.

O fariseu, vaidoso por seu conhecimento das leis judaicas, achou que Jesus fosse um tolo, pois nem tinha percebido que a mulher que estava próxima a Ele era uma prostituta. Se Jesus tentasse explicar que, para Deus, todos são iguais, o fariseu não iria entender. Usou, então, de uma história que poderia acontecer no dia a dia daquelas pessoas. Assim, todos entenderiam a mensagem.


Versículo 43: Simão respondeu: "Suponho que aquele a quem foi perdoada a dívida maior." "Você julgou bem", disse Jesus.

O fariseu, vaidoso e orgulhoso, nem percebeu o motivo de Jesus estar contando aquela história. Ficou envaidecido por ter acertado a resposta, sem se preocupar com a finalidade daquela conversa.

Versículo 44: Em seguida, virou-se para a mulher e disse a Simão: Vê esta mulher? Entrei em sua casa, mas você não me deu água para lavar os pés; ela, porém, molhou os meus pés com suas lágrimas e os enxugou com seus cabelos.

Em sinal de cortesia, os convidados que chegavam, que estavam com os pés sujos, pois usavam sandálias (como as ruas eram de terra e, às vezes, barro, os pés se sujavam com frequência), tinham os seus pés lavados.

O fariseu, zeloso em cumprir todas as regras que existiam, esqueceu-se da mais simples gentileza ao receber um convidado. Embora chamasse Jesus de Mestre, não demonstrou respeito nem consideração quando O recebeu em sua casa.

Versículo 45: Você não me saudou comum beijo, mas esta mulher desde que entrei aqui, não parou de beijar os meus pés.

Versículo 46: Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas ela derramou perfume nos meus pés.

O ato de ungir a cabeça com óleo era especialmente dedicado aos mestres da Lei. O fariseu nem ao menos considerou Jesus como um mestre da Lei, pois não deu a Ele o tratamento respeitoso que seria adequado.

Versículo 47: Portanto, eu lhe digo, os muitos pecados dela lhe foram perdoados; pois ela amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama."

Versículo 48: Então Jesus disse a ela: "Seus pecados estão perdoados."

Versículo 49: Os outros convidados começaram a perguntar: "Quem é este que até perdoa pecados?" 

Os judeus acreditavam que somente Deus tinha o poder de perdoar os pecados, por isso se espantam por Jesus ter perdoado aquela mulher.


Versículo 50: Jesus disse à mulher: "Sua fé a salvou; vá em paz."

Jesus reconheceu a vontade da mulher de se transformar e viver uma vida diferente. Diz que a fé que ela possuía a havia salvo.

Temos uma lição profunda numa simples história contada por Jesus: uma mulher, desprezada pela sociedade, mostra mais fé do que um que se considera um guardião das virtudes.


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Lucas 7.24-35

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 7


Versículo 24: Depois que os mensageiros de João foram embora, Jesus começou a falar à multidão a respeito de João: "O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?

Jesus explica a Seus discípulos e ao povo ao Seu redor quem era João Batista. Começa perguntando o que a multidão tinha ido ver no deserto. O povo tinha ido para ouvir a pregação de João Batista, e muitos tinham se arrependido e batizados.

Jesus informa que João Batista era autêntico e corajoso, assim como os maiores profetas de Deus tinham sido antes dele. Não era uma vara que se movia ao sabor dos ventos, isso é, não se curvava às ideias preconcebidas dos líderes religiosos.

Versículo 25: Ou, o que foram ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas esplêndidas e se entregam ao luxo estão nos palácios.

João Batista era um homem simples. Devido à consciência de sua missão, tinha optado por morar no deserto, afastado das pessoas, e vestia-se de maneira simples, com pele de animais, e comia o que encontrava no deserto. Austero e disciplinado, com uma vontade férrea, dirigia toda a sua atenção a cumprir a vontade de Deus. Seu modo de vida contrastava com o luxo e a ostentação daqueles que eram os doutores da lei.

Versículo 26: Afinal, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo e mais que profeta.

Versículo 27: Este é aquele a respeito de quem está escrito: "Enviarei o meu mensageiro à sua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti.

No livro de Malaquias, escrito quatrocentos anos antes do nascimento de João Batista, está a descrição de alguém que viria antes do Messias, preparando o caminho. Jesus confirma que João Batista é essa pessoa.

João Batista é muito mais do que um simples profeta, pois pregou a vinda do Messias, e revelou que Jesus era esse Messias tão esperado pelo povo judeu.

Versículo 28: Eu lhes digo que entre os que nasceram de mulher não há ninguém maior do que João; todavia, o menor no Reino de Deus é maior do que ele".

João Batista é o último dos profetas da Antiga Aliança. Após a vinda de Jesus, temos uma Nova Aliança, ou seja, uma nova maneira de nos relacionarmos com Deus.

Dentre as pessoas da Antiga Aliança, João Batista era o maior dentre elas. Entretanto, as pessoas que compreendessem a Nova Aliança, buscando o reino de Deus, seriam simbolicamente maior do que ele.

Jesus nos mostra o quanto a nova maneira de nos relacionarmos com Deus faz com que nos aproximemos do ideal de viver o reino da paz, da justiça e da igualdade (o reino de Deus).

Versículo 29: Todo o povo, até os publicanos, ouvindo as palavras de Jesus, reconheceram que o caminho de Deus era justo, sendo batizados por João.

Os publicanos eram cobradores de impostos, judeus conhecidos por sua moral duvidosa. Ao ouvirem o discurso de Jesus, convenceram-se de que João Batista estava agindo de acordo com a vontade de Deus, e se arrependeram.

Versículo 30: Mas os fariseus e os peritos na lei rejeitaram o propósito de Deus para eles, não sendo batizados por João.

Os encarregados de ensinar as leis de Deus não foram capazes de reconhecer que Jesus era o Messias esperado, e que João Batista era seu precursor. Se desconheciam isso, como poderiam ensinar as leis de Deus às pessoas?

Versículo 31: "A que posso, pois, comparar os homens desta geração?", prosseguiu Jesus. "Com que se parecem?

Versículo 32: São como crianças que ficam sentadas na praça e gritam umas às outras: " 'Nós lhes tocamos flauta, mas vocês não dançaram, cantamos um lamento, mas vocês não choraram'.

Versículo 33: Pois veio João Batista que jejua e não bebe vinho, e vocês dizem: 'Ele tem demônio'.

Versículo 34: Veio o Filho do homem comendo e bebendo, e vocês dizem: 'Aí está um comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores".

Versículo 35: Mas a sabedoria é comprovado por todos seus seus discípulos."

Jesus disse que as pessoas eram semelhantes às crianças, desprezando o que era oferecido a elas. Veio João Batista com uma mensagem e comportamento austeros, e não foi aceito. Jesus veio com uma mensagem de alegria, e também foi rejeitado. Na verdade, elas não queriam nenhuma mudança, apenas queriam que as coisas continuassem como estavam.

Vemos a comprovação de quem eram João Batista e Jesus. Alguns os compreenderam, muitos os rejeitaram. Isso continua até os dias de hoje.


terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Lucas 7.18-23

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 7


Versículo 18: Os discípulos de João contaram-lhe todas essas coisas. Chamando dois deles, 

Versículo 19: enviou-os ao Senhor para perguntarem: "És tu aquele de haveria de vir ou devemos esperar algum outro?"

João Batista estava preso, e as informações que chegavam até ele eram incompletas. Envia, então, dois de seus discípulos para perguntarem diretamente a Jesus se Ele era o Messias que estavam esperando ou não.

Segundo as antigas profecias, o Messias viria libertar o povo judeu da escravidão, e havia muitos sinais que ajudariam a o identificar. João Batista sabia que estava preparando o caminho para a chegada do Messias, mas queria ter certeza de que Jesus era o Messias.

Versículo 20: Dirigindo-se a Jesus, aqueles homens disseram: "João Batista nos enviou para te perguntarmos: És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?"

Versículo 21: Naquele momento Jesus curou muitos que tinham males, doenças graves e espíritos malignos, e concedeu visão a muitos que eram cegos.

Ao invés de ficar discursando sobre quem Ele era, Jesus prefere demonstrar através de Suas ações. Como temos Jesus como modelo de como agir, isso também vale para nós: nossas ações devem falar mais do que nossas palavras. Temos inúmeras pessoas com um discurso maravilhoso, capazes de falar sobre Jesus com os olhos cheios de lágrimas, mas suas ações não correspondem ao discurso. Nossos atos devem  ratificar o nosso desejo de agirmos de acordo com a moral cristã, não nossas palavras.

Versículo 22: Então ele respondeu aos mensageiros: "Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os aleijados andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e as boas novas são pregadas aos pobres,

Versículo 23: e feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa.

Jesus manda uma mensagem a João Batista. No Antigo Testamento, no livro de Isaías, existiam trechos a respeito do Messias. E Jesus fez o que estava descrito nesses trechos.

Sabemos que João Batista veio para preparar o povo para uma nova maneira de pensar que Jesus traria: não mais o Deus vingador de Moisés, mas o Pai amoroso. João pregava a necessidade de arrependimento, e dizia que os tempos haviam chagado. Sabia que não era o Messias, mas alguém que o anunciava.

Se temos João Batista como alguém que auxiliava na preparação do caminho de Jesus, o Espiritismo vem relembrar o que Jesus ensinou, acrescentando um novo conhecimento: esclarece o conceito de ressurreição, algo obscuro para os judeus, com uma nova ideia, a da reencarnação.