quarta-feira, 25 de julho de 2018

Lucas 9.23-27

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 9


Versículo 23: Jesus dizia a todos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.

Se lermos apenas este versículo, teremos instruções que vamos demorar a vida inteira para conseguirmos colocar em prática. Jesus deu instruções simples e diretas para quem quiser seguir os Seus ensinamentos:

- "negue-se a si mesmo": é algo muito difícil de ser feito, pois implica em abandonarmos o egocentrismo. Ao invés de pensarmos em o que gostaríamos de fazer, o negar-se a si mesmo faz com que pensemos em o que Jesus gostaria que fizéssemos. Isto implica em transcendermos a nossa natureza egoísta, enxergando o futuro como ser imortal que somos, e não como pessoas destinada a usufruir a vida material;

- "tome diariamente a sua cruz": a cruz representa as consequências de nossas atitudes, não algo feito por outra pessoa cuja responsabilidade cai sobre nossas costas. Devemos dia a dia assumirmos que somos os principais responsáveis pelo nosso próprio destino, através das escolhas que fazemos;

- "siga-me": Jesus não pede para fazermos nada do que já não tenha feito. Ele vivenciou o exemplo que queria nos deixar, basta que o sigamos.

Versículo 24: Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, este a salvará.

Quem quiser salvar a sua vida, ou seja, vencer na vida no sentido material, acabará por desperdiçar a sua encarnação. Quem, aos olhos do mundo, decidir "perder" a sua vida, ou seja, não se dedicar exclusivamente à aquisição de valores meramente materiais, terá salvo a sua encarnação.

Versículo 25: Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se ou destruir a si mesmo?

Todas as pessoas deveriam fazer a si mesmas essa pergunta: de que adianta adquirir bens materiais e desperdiçar a possibilidade de evolução espiritual? No momento da morte, a grande executora da verdade, as únicas coisas que levaremos será as nossas aquisições espirituais; tudo o mais será abandonado. Precisamos ter muito cuidado, pois estamos prestes a realizar uma grande viagem, e a mala deve ser cuidadosamente preparada. O que iremos colocar nela?

Versículo 26: Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos.

Aquele que não dá valor aos ensinamentos de Jesus (envergonha-se de Suas opções de vida) vai ter uma grande surpresa após o seu desencarne: vai descobrir que sempre valorizou o que, de fato, não tem valor algum.

Versículo 27: Garanto-lhes que alguns que aqui se acham de modo nenhum experimentarão a morte antes de verem o Reino de Deus."

O reino de Deus, onde reina a paz, a justiça e a igualdade, acelerou a sua construção com a vinda de Jesus. Muitos de nós não encerraremos o nosso ciclo de encarnações na Terra sem que tenhamos visto a passagem deste planeta de um locar de expiação e provas para um plano de regeneração.

Precisamos meditar profundamente sobre o que significa a vida para nós, qual é o nosso objetivo. Isso faz uma profunda diferença sobre as escolhas que fazemos diariamente.

sábado, 21 de julho de 2018

Lucas 9.18-22

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 9


Versículo 18: Certa vez Jesus estava orando em particular, e com ele estavam os seus discípulos; então lhes perguntou: "Quem as multidões dizem que eu sou?" 

Jesus constantemente se dedicava à oração, frequentemente em um local onde pudesse ficar isolado. A oração é um momento mágico, é quando nos colocamos em contato íntimo com Deus. Nesse momento, permitimos que os bons espíritos venham em nosso auxílio.

Depois de orar, Jesus pergunta a Seus discípulos o que as pessoas achavam a Seu respeito.


Versículo 19: Eles responderam:"Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, que és um dos profetas do passado que ressuscitou."

As pessoas que viviam na época de Jesus achavam que Ele fosse João Batista (que havia sido morto por Herodes há pouco tempo), Elias (um profeta presente nas narrações do Antigo Testamento) ou um outro profeta já morto. Era parte da crença dos judeus a ressurreição, isto é, que uma pessoa morta pudesse voltar à vida no mesmo corpo (a reencarnação acredita no retorno à vida, mas usando um corpo diferente do que morreu).

Como aquelas pessoas provavelmente tivessem visto João Batista, estava claro que Jesus não poderia ser o retorno de João à vida, visto que eles eram pessoas fisicamente diferentes. Podemos concluir que o conceito de ressurreição ia um pouco mais além do que o simples retorno usando o mesmo corpo.


Versículo 20: "E vocês, o que dizem?", perguntou: "Quem vocês dizem que eu sou?" Pedro respondeu: "O Cristo de Deus".

O povo judeu aguardava ansiosamente a vindo do Cristo (em grego; em hebraico: Messias), pois ele libertaria o povo do domínio dos estrangeiros. Pedro reconheceu em Jesus a figura do Messias.


Versículo 21: Jesus os advertiu severamente que não contassem isso a ninguém.

Os judeus esperavam a vinda do Cristo para serem libertos e para que os conduzisse para dominarem os outros povos. Se soubessem que Jesus era o Cristo, esperariam dele uma liderança como um general a comandar um exército, e não ouviriam o que Ele veio ensinar a respeito do amor e do perdão.


Versículo 22: E disse: "É necessário que o Filho do homem sofra muitas coisas e seja rejeitado pelos líderes religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, seja morto e ressuscite no terceiro dia".

Jesus sabia da missão que deveria cumprir, que não seria aceito pelos religiosos, que não queriam ouvir sobre Deus, mas sim sobre poder. Muitas vezes, Jesus alertou os Seus discípulos sobre o que aconteceria a Ele. Até hoje, Sua mensagem causa estranheza. Estamos longe de compreender a profundidade do que Ele veio nos ensinar. Precisamos nos dedicar muito, todos os dias, ao estudo de Sua mensagem para, dessa maneira, colocarmos em prática o que ela vem nos ensinar.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Lucas 9.10-17

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 9


Versículo 10: Ao voltarem, os apóstolos relataram a Jesus o que tinham feito. Então ele os tomou consigo, e retiraram-se para uma cidade chamada Betsaida;

Jesus havia enviado os Seus doze apóstolos para pregarem as boas novas, realizarem curas e "expulsarem os demônios" (termo utilizado para descrever o que nós, no Espiritismo, conhecemos como desobsessão). Quando Seus apóstolos voltaram, Jesus queria permanecer afastado da multidão, em contato íntimo com o grupo. Por isso, foi até uma cidade chamada Betsaida.

Versículo 11: mas as multidões ficaram sabendo, e o seguiram. Ele as acolheu, e falava-lhes acerca do Reino de Deus, e curava os que precisavam de cura.

Jesus, ao ver que a multidão O procurava, priorizou o atendimento a ela. Entre o ensino aos Seus apóstolos e a ajuda às pessoas, Jesus priorizou a ajuda. Nós, participantes do Centro Espírita, não deveríamos nos esquecer disso.

Versículo 12: Ao fim da tarde os Doze aproximaram-se dele e disseram: "Manda embora a multidão para que eles possam ir aos campos vizinhos e aos povoados, e encontrem comida e pousada, porque aqui estamos em lugar deserto."

Na época de Jesus, tudo era muito difícil. Não existiam lugares onde se conseguisse obter, com facilidade, o que comer. As pessoas plantavam a sua comida. Num lugar afastado, seria muito difícil encontrar alimento. Jesus demonstra que se preocupava com todos os aspectos da vida das pessoas, não se descuidando de detalhes simples, como a alimentação.

Os Seus apóstolos, com uma compreensão menor da vida, queriam que as pessoas fossem embora, e que cada um cuidasse de si; o que cada um iria comer seria problema dele.

Versículo 13: Ele, porém, respondeu: "Deem-lhe vocês algo para comer." Eles disseram: "Temos apenas cinco pães e dois peixes - a menos que compremos alimento para toda esta multidão."

Versículo 14: (E estavam ali cerca de cinco mil homens.) Mas ele disse aos seus discípulos: "Façam-nos senta-se em grupos de cinquenta."

Versículo 15: Os discípulos assim fizeram, e todos se assentaram.

Versículo 16: Tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, deu graças e os partiu. Em seguida, entregou-os aos discípulos para que os servissem ao povo.

Versículo 17: Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos recolheram doze cestos cheios de pedaços que sobraram.

Não podemos ter certeza do número exato de pessoas presentes (cinco mil era muita gente, naquela época). Também não sabemos como, num lugar isolado, apareceram cestos para guardar as sobras. Talvez tenha havido certo exagero no relatar o fato, pois se queria enfatizar o quão maravilhoso tinha sido o acontecido: muitas pessoas alimentadas por pouca comida. Entretanto, o que devemos guardar dessa narrativa é o fato de Jesus se preocupar com aspectos considerados superficiais por Seus apóstolos: o que comer.

De maneira alguma podemos concordar com a "teologia da prosperidade", que prega que Deus quer o nosso enriquecimento (e ostentação!) material. Jesus se preocupou em dar o necessário, e não o supérfluo. Vemos religiosos pregando que, se as pessoas contribuírem com a igreja deles, vão enriquecer. Isso é uma deturpação da mensagem de Jesus, e mais cedo ou mais tarde as consequências de se desviar as pessoas do caminho de Deus vão aparecer.

Deus nos dá exatamente o que precisamos para o nosso aprendizado: nem mais, nem menos. E estamos aqui para a nossa evolução espiritual, não para acumularmos bens que vamos abandonar no momento da nossa morte.