quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mateus 7:1-2

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 7

Versículo 1: Não julgueis, para que não sejais julgados.

Versículo 2: Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir.

"O Evangelho segundo o Espiritismo": capítulo 10, item 13

Jesus nos ensina sobre o cuidado que devemos ter em nossos relacionamentos. Quer no trabalho, quer em família, estamos sempre julgando e catalogando o erro dos outros.Por isso, estamos sempre prontos a enxergar os pequenos erros dos outros, e não vemos nem mesmo os grandes erros que cometemos. Isso nos traz uma série de inconveniências, pois ficamos muito irritados ao menor sinal de uma ofensa (mesmo que ela só exista na nossa cabeça), esquecendo que talvez a pessoa apenas tenha reagido a uma atitude nossa.

Temos uma longa lista onde guardamos as supostas ofensas que nos fizeram. Na primeira oportunidade, geralmente durante uma discussão, jogamos todas estas supostas ofensas em cima das pessoas. Essas ofensas, que não são tão "ofensivas" assim, deveriam ter sido perdoadas e esquecidas, mas nós as ressuscitamos na primeira oportunidade.

Nós nos esquecemos que também precisamos do perdão pelos erros que cometemos. Além disso, Deus não nos deu um cargo qualquer onde tivéssemos o direito de julgar toda a humanidade.

Como precisamos da caridade dos outros para continuarmos a viver em sociedade, pois precisamos que os outros nos perdoem, também precisamos perdoar para seguirmos em frente. Vida em sociedade pressupõe tolerância mútua, sem a qual todo o convívio se faz difícil e espinhoso.

Podemos ser menos rigorosos com os erros dos outros e com os nossos próprios erros! Isso não quer dizer que vamos desistir do nosso aperfeiçoamento moral. Só quer dizer que vamos aprender com o erro e seguir em frente, perdoando na mesma medida que precisamos do perdão dos outros.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mateus 6:25-34

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 25: Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais que o vestido?

Versículo 26: Olhai para as aves do céu, que nem semeiam nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

Versículo 27: E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?

Versículo 28: E, quanto ao vestido, porque andais solícitos/ Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham nem fiam;

Versículo 29: E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda sua glória, se vestiu como qualquer deles.

Versículo 30: Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?

Versículo 31: Não andeis pois inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?

Versículo 32: (Porque todas estas coisas os gentios procuram.) De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;

Versículo 33: Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Versículo 34: Não vos inquieteis pois pelo dia d'amanhã, porque o dia d'amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

"O Evangelho segundo o Espiritismo" capítulo 25, itens 6 e 7.

Segar: colher ou ceifar.

Solícito: que realiza coisa e/ou atividade de modo rápido.

Côvado: antiga medida de comprimento.

Jesus certamente não quis dizer que devemos cruzar os braços e esperar as coisas caírem dos céus. A lei do trabalho está escrita na natureza, e ninguém deve se esquivar a isso.

A mensagem foi a de que devemos confiar em Deus, que nos dará sempre o que for necessário. O problema é que não nos contentamos com o necessário; queremos o supérfluo também.

Se nos empenharmos em seguir os caminhos de Deus, de cumprir o plano traçado para a nossa existência, não nos faltarão meios para a sua execução. Acontece que ficamos inventando mil e uma necessidades, e dedicamos todo o nosso tempo e esforço para as obter.

Jesus nos diz que o que for realmente necessário para a nossa vida jamais faltará. Precisamos trabalhar, fazer a nossa parte, e o resto virá por si mesmo.

Por outro lado, um lavrador que nunca plantou não pode esperar colher nada. Por isso, ao longo de nossas vidas devemos ir plantando as nossas sementes, pois no momento oportuno a colheita ocorrerá. Só não podemos esquecer que não podemos escolher a nossa colheita: se plantarmos o bem, o colheremos, e se plantarmos o mal ele retornará para nós.

Também não devemos perder horas de sono com preocupações inúteis sobre o futuro. O que temos nas mãos é o dia de hoje, e devemos usá-lo com sabedoria, pensando que talvez seja o nosso último dia na terra.



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mateus 6:24

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 24: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.

Mamom: palavra hebraica que significa dinheiro.

Não podemos servir a Deus, nosso Criador, a ao mesmo tempo ao "deus" dinheiro. Em várias passagens do Evangelho Jesus nos alerta sobre o perigo de nos deixarmos envolver pela busca da riqueza material.

O dinheiro, por si só, não é bom nem ruim. Tudo depende do valor que damos a ele e o que estamos dispostos a fazer para o obter. Se, para termos dinheiro, temos que agir de maneira desonesta, isto já nos alerta para as futuras consequências de nossos atos.

A nossa vida precisa de coerência e uniformidade. As nossas crenças religiosas precisam e devem ser aplicadas em todas as situações de nossa vida. A cada momento precisamos reafirmar em que acreditamos.

Não dá para sermos uma pessoa quando estamos no Centro Espírita (ou em qualquer outro local religioso) e outra no mundo dos negócios. Existem palavras que definem pessoas que agem como se fossem duas pessoas diferentes: hipócritas, mentirosas e outras mais!

Assim, uma atitude coerente implica em se escolher a quem vamos nos submeter: a Deus ou ao dinheiro.

Não precisamos ir ao extremo de abandonar a vida material para nos dedicarmos a Deus, mas devemos agir de maneira ética e consciente. Não há necessidade de prejudicarmos o nosso semelhante para obtermos o pão de cada dia. É sobre isso que Jesus vem falando do versículo 19 até agora.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Mateus 6:22-23

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 22: A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luz.

Versículo 23: Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

Candeia: pequeno aparelho de iluminação, de folha de flandres ou de barro, abastecido com óleo ou gás inflamável e provido de mecha; usa-se geralmente no alto, pendente de um prego preso à parede.

Tenebroso: cheio ou coberto de trevas, onde não existe qualquer claridade; escuro.

Trevas: total ausência de luz; escuridão.

Tradução desse mesmo trecho segundo a NVI (Nova Versão Internacional):
- v. 22: Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz.
- 23: Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas serão!

Os nossos olhos são os nossos intérpretes do mundo. Eles traduzem o mundo exterior e o trazem para dentro de nós. Funcionam como um filtro.

Se eles forem maus, ou seja, se procurarem somente o que de ruim existe no mundo, trarão a escuridão para dentro de nós. Se direcionarmos o nosso olhar para somente procurar o mal, só encontraremos o mal onde quer que olhemos.

Se usarmos o filtro do amos, toda a nossa realidade se transformará. Não mais enxergaremos dor, injustiça e miséria em toda parte, mas a obra de Deus sendo edificada.

Devemos educar o nosso olhar, aprender a ver o mundo como se estivéssemos usando os mesmos olhos com que Jesus o via. Uma criança, ainda não contaminada pelo mundo, consegue olhar com inocência e admiração para tudo. Podemos tentar resgatar esse olhar perante a imensa e bela obra criada por Deus. Se conseguirmos isso, nossos olhos serão dois imensos focos de luz a nos iluminar e a iluminarem tudo ao seu redor.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Mateus 6:19-21

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 19: Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;

Versículo 20: Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.

Versículo 21: Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

Jesus nos alerta sobre onde podemos encontrar a verdadeira riqueza. Fala que, na terra, tudo pode desaparecer de um momento para outro, mas no "céu", isto é, no plano espiritual, a nossa riqueza, ou seja, as conquistas no caminho rumo à nossa evolução espiritual, permanecem para sempre.

Só podemos levar, dessa vida para outra, o que está em nosso interior. Fama, riqueza, propriedades, tudo isso vai ser deixado para trás no momento da nossa morte.

As nossas boas ações, o nosso entendimento das leis de Deus, vão nos acompanhar do outro lado da vida. Também os nossos atos mesquinhos e egoístas nos acompanharão, e por isso devemos ser muito cautelosos com nossas atitudes, pois elas estão diretamente relacionadas à nossa felicidade ou infelicidade futuras.

Ao dizer que, onde estivesse o nosso tesouro, lá estaria o nosso coração, Jesus demonstra, mais uma vez, se um profundo conhecedor da natureza humana. Ele sabia que o que dirige a nossa vida é o que cremos ser mais importante.

Assim, se o importante for ter dinheiro e acumular bens, colocaremos toda a nossa energia e tempo para obtermos isso. Se, ao contrário, entendermos que o real objetivo de nossa existência é nos tornarmos pessoas melhores, todo o nosso esforço será concentrado na nossa evolução espiritual.

Devemos ter a clareza de entender que somos seres que já existiam antes da nossa encarnação, e que vamos continuar a existir depois da nossa morte. Isso vai fazer a diferença quando formos escolher o que de fato importa.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Mateus capítulo 6 versículos 16 a 18

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 16: E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

Versículo 17: Porém tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto.

Versículo 18: Para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará.

Jejum: período de abstinência de água e comida. Finalidades: agradar a Deus, afastar punições ou buscar favores de Deus.

Contristado: contristar é tornar-se triste, mortificar-se.

Galardão: recompensa por serviços valorosos.

Ungir: untar ou friccionar com perfume ou substâncias aromáticas.

De outra forma, Jesus nos dá os mesmos ensinamentos em relação a esmolas (Mt 6:1-4) e orações (Mt 6:5-8), ou seja, diz que devemos fazer o que é certo não para recebermos o reconhecimento dos homens, mas o de Deus.

Gastamos muito tempo da nossa vida fazendo coisas para que os outros vejam e nos aplaudam, não porque achamos que é o certo a ser feito. Com isso, muitas fezes ficamos frustrados e os outros não se impressionam com o que fazemos.

Algumas vezes até fazemos o certo, mas pelo motivo errado. Por isso os resultados nunca são o que esperamos.

Em primeiro lugar, precisamos conhecer as leis de Deus. Uma boa maneira é conhecendo a vida de Jesus, pois Ele é o exemplo melhor que temos de quem cumpre as leis divinas. Depois de conhecer essas leis, devemos nos esforçar para as cumprir. E cumprir essas leis porque é isso o que Deus quer de nós, não porque decidimos nos exibir para que os outros nos achem bons e caridosos. Precisamos escolher se o que buscamos é a aprovação de Deus ou dos homens, pois não é possível ter as duas ao mesmo tempo!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Mateus capítulo 6, versículos 14 e 15

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 14: Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;

Versículo 15: Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.

Jesus coloca seus ensinamentos numa linguagem cotidiana para que todos entendam a Sua mensagem. Ele não quis dizer que Deus só vai nos perdoar o quanto nós perdoamos os outros. Ele diz que, para sermos perdoados, precisamos perdoar.

Qual a diferença entre as duas coisas? Deus não possui um caderno de contabilidade onde anota cada boa ação e cada ato equivocado que cometemos desde a nossa criação. Também não existem "códigos da lei" impressos para serem consultados por aqueles que nos acusam ou nos defendem.

As leis de Deus estão escritas em cada uma das criaturas que Ele criou. Quando contrariamos uma dessas leis, colocamos em ação mecanismos não inteiramente conhecidos que resultam em ações que acabam por nos punir.

Quando agimos de acordo com essas leis, esses mesmos mecanismos nos impulsionam um degrau acima na escala da evolução espiritual, pois colhemos o que plantamos.

Ao dizer que precisamos perdoar para sermos perdoados, Jesus nos pede uma reflexão. Todos nós cometemos erros, e precisamos, numa situação ou outra, de perdão. O erro, a ação equivocada, não é privilégio das outras pessoas. Erramos diariamente, mais de uma vez por dia, e precisamos do perdão do nosso semelhante tanto quanto ele precisa do nosso.

Deus perdoa todas as pessoas. No entanto, Suas leis não podem ser mudadas. Sempre receberemos de volta o que lançamos no mundo. Portanto, vamos começar hoje a exercer o perdão, pois precisamos (muito) sermos perdoados.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Mateus capítulo 6, versículo 13

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 13: E não nos induza à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amem.


Em outra tradução (Nova versão internacional), temos: E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.

Jesus pede, em outras palavras, para sermos afastados das más influências. Como essas influências poderiam agir sobre nós? Alguns exemplos:
- ao termos um mau pensamento, acabamos por atrair espíritos (encarnados e desencarnados) que pensam de maneira parecida com a nossa. Isso faz com que caminhemos do pensamento para a ação.  Isso vale tanto para boas como para más influências;
- podemos ter maus pensamentos que nos são sugeridos por espíritos ainda imersos na ignorância.

Por isso, é essencial a oração. Orar e vigiar, para não cairmos em tentação.

No final, reconhecemos na prece que Deus possui o Reino, o poder e que a glória deve ser dada a Ele por toda a eternidade.

Encerramos dizendo "amém", que assim seja, que seja feito conforme o que pedimos.

Em poucas palavras, Jesus nos dá uma lição que deve ser compreendida e desenvolvida por toda a vida.


Mateus capítulo 6

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 12: E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.


Em várias ocasiões, Jesus nos alerta que seremos  medidos com as mesmas medidas quer medirmos os outros.

 No cotidiano, se estivermos atentos, vamos perceber que a vida nos devolve o que damos a ela. Se nos exercitarmos no perdão e na compaixão,  receberemos isso de volta. Talvez não imediatamente, mas ao longo de nossa vida nos depararemos com pessoas generosas que farão a diferença em nossas vidas.

O perdão dever ser também exercido com estranhos e com pessoas com as quais nós pouco convivemos. Mas o seu exercício é fundamental para com aqueles com os quais nós convivemos intimamente. Na família, não podemos nos dar ao luxo de sermos inflexíveis, cobrando cada injustiça que acreditamos que aconteça conosco. Sem o perdão, o "seguir em frente", ficamos presos a coisas muito pequenas, que vão nos magoando, fazendo de nossas existências um inferno.

É incrível como conseguimos perdoar estranhos e pessoas do nosso círculo de trabalho. Porém, nos achamos no direito de sermos implacáveis com os nossos familiares.

Jesus nos alerta sobre a necessidade do exercício do amor, pois o perdão nada mais é do que o amor colocado em prática.