terça-feira, 29 de abril de 2014

Mateus 15, 32-39

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 15


Versículo 32: E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.

Versículo 33: E os seus discípulos disseram-lhe: Donde nos viriam num deserto tantos pães, para saciar tal multidão?

Versículo 34: E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram:: Sete, e uns poucos peixinhos.

Versículo 35: Então mandou à multidão que se assentasse no chão.

Versículo 36: E, tomando os sete pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão.

Versículo 37: E todos comeram e se saciaram: e levantaram, do que sobejou, sete cestos cheios de pedaços.

Versículo 39: E, tendo despedido a multidão, entrou no barco, e dirigiu-se ao território de Magdala.

Comentários


No capítulo 14 do Evangelho de Mateus, nos versículos 13 a 21, encontramos uma narrativa semelhante. Os comentários que foram postados se aplicam também a este trecho. Procure nas postagens mais antigas.

sábado, 26 de abril de 2014

Mateus 15, 29-31

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 15


Versículo 29: Partindo Jesus dali, chegou ao pé do mar da Galileia, e, subindo a um monte, assentou-se lá.

Versículo 30: E veio a ter com ele muito povo, que trazia coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos: e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou;

Versículo 31: De tal sorte, que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus d'Israel.

Comentários


Além dos problemas causados por suas doenças, as pessoas descritas neste trecho do Evangelho também eram discriminadas pela sociedade da época. Pessoas que possuíam um defeito físico não podiam participar das cerimônias da sinagoga. Jesus curou a todos. Não pediu nenhuma explicação do porque de estarem doentes, apenas os curou.

Muitas pessoas esperam encontrar, dentre os frequentadores dos centros espíritas, pessoas perfeitas, sem qualquer tipo de defeito físico ou mental. Entretanto, quem precisa do centro não são os perfeitos, mas os que apresentam algum tipo de enfermidade visível ou invisível. Jesus disse que não eram os sãos que precisavam de médico, mas os doentes. E Ele foi o maior médico que a Terra já viu.

Quando procuramos um centro espírita, é porque alguma coisa não está bem e precisa ser resolvida. Temos um problema, e procuramos a solução. Por isso não encontramos pessoas perfeitas, pois todos os que estão lá estão pelo mesmo motivo.

O que não pode acontecer é continuarmos indefinidamente com o mesmo problema que nos levou a procurar o centro. No centro, teremos a oportunidade de encontrar esclarecimento, o que vai possibilitar realizar as mudanças que são necessárias em nossas vidas. Entretanto, precisamos buscar ampliar esses conhecimentos e, o que é mais importante, colocá-los em prática. Não somos obrigados a ser perfeitos, mas temos a obrigação de buscar melhora dia a dia.

Toda mudança precisa de esforço e dedicação. Ninguém consegue se modificar sem esforços. Precisamos estudar, conhecer e praticar. Não temos toda a eternidade pela frente, como muitos podem pensar. Como ferramenta de trabalho, temos o dia de hoje, o que deve nos bastar.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Mateus 15, 21-28

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 15


Versículo 21: E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e Sidom.

Versículo 22: E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.

Versículo 23: Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós.

Versículo 24: E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa d'Israel.

Versículo 25: Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me.

Versículo 26: Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-los aos cachorrinhos.

Versículo 27: E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.

Versículo 28: Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher! grande é a tua fé: seja isso feito para contigo conforme tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.

Comentários


Uma mulher cananéia busca a ajuda de Jesus. Ela não era judia. Os judeus costumavam chamar os gentios (não judeus) de "cachorrinhos", pois consideravam que eles eram animais que não mereciam as bençãos de Deus.

A mulher cananéia sabia do preconceito com que os judeus a tratariam, pois a considerariam como um simples animal, indigna de receber o que quer que fosse da parte deles. Mesmo assim, insistiu para que Jesus ajudasse sua filha. O amor de mãe superou qualquer receio que pudesse ter.

Quando Jesus aparentemente a ignorou, ela continuou gritando, pedindo que Jesus a ajudasse.

Os discípulos de Jesus, compartilhando do desprezo do povo judeu para com os outros povos, pedem que Jesus a mande embora. Jesus fala a eles que a mensagem deve ser primeiro divulgada aos judeus, e que Ele ainda não deveria se dirigir aos outros povos.

A mãe, numa prova de fé em Jesus, diz que até mesmo os cachorrinhos comem as sobras de seu dono, ou seja, os povos não judeus poderiam receber o que não estivesse sendo aproveitado pelos judeus. Assim, vemos que os não judeus aceitam melhor a mensagem de Jesus do que o povo dEle. Isto permanece até os dias de hoje, pois os judeus continuam esperando o Messias prometido, enquanto o resto da humanidade reconhece que Jesus é o Messias.

Mais importante que reconhecer em Jesus aquele prometido para salvar o povo judeu, devemos aceitar que Ele tem o poder de salvar toda a humanidade. Para isso, devemos colocar os Seus ensinamentos em prática. Só isso é o suficiente para salvar a todos.


domingo, 20 de abril de 2014

Mateus 15, 10-20

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 15


Versículo 10: E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi e entendei:

Versículo 11: O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca isso é o que contamina o homem.

Versículo 12: Então, acercando-se dele os seus discípulos, disseram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo essas palavras, se escandalizaram?

Versículo 13: Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta que meu Pai celestial não plantou, será arrancada.

Versículo 14: Deixai-os: são condutores cegos: ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.

Versículo 15: Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Explica-nos essa parábola.

Versículo 16: Jesus, porém, disse: Até vós mesmos estais ainda sem entender?

Versículo 17: Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora?

Versículo 18: Mas o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem.

Versículo 19: Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.

Versículo 20: São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.

Comentários


No início do capítulo 15, escribas e fariseus perguntaram a Jesus o porquê de Seus discípulos não lavarem as mãos antes de comerem pão, conforme mandava a tradição judaica. Jesus respondeu que os escribas e os fariseus também descumpriam a lei de Deus, pois diziam que, se uma pessoa doasse ao Templo o que deveria ser destinado a seus pais, não haveria nenhum problema. Isso contrariava o mandamento de Deus, que mandava honrar pai e mãe.

Neste trecho, Jesus explica que o que pode contaminar o homem não é algo que está fora e entra em seu corpo, mas o que está dentro dele, seus sentimentos.

Os fariseus se preocupavam excessivamente com o cumprimento das regras e tradições, esquecendo-se da finalidade daquelas leis, que era ajudar os homens a se relacionarem com Deus.

Nos tempos de hoje, temos os modernos fariseus, que se preocupam em conhecer a fundo as doutrinas religiosas e são capazes de gastar horas e horas em discussão sobre qual a  interpretação correta de determinado assunto, sempre achando que a interpretação deles é a correta e que todos os outros estão errados. No Espiritismo, eles se dedicam a infindáveis palestras e a escreverem numerosos livros e artigos para convencerem os outros que só eles é que entendem de determinado assunto. Quando, porém, o assunto é colocar em prática o que sabem, deixam a desejar. São mestres em discussões sobre a teoria, mas a prática da caridade e de outros ensinamentos não é com eles.

Jesus diz que toda planta que Deus não plantou será arrancada. Assim, aqueles que se dizem os representantes da verdade, pois só eles compreendem e interpretam de maneira correta os ensinamentos de Deus, serão mais cedo ou mais tarde afastados.

Precisamos entender que os nossos sentimentos são o início de nossas atitudes. Por isso, devemos ter muito cuidado com o tipo de sentimento que vamos cultivar. Aqueles sentimentos que forem alimentados em nosso interior, certamente irão se transformar nas futuras ações nossas.

O estudo do Espiritismo é essencial, pois contribui para que a nossa ignorância a respeito da vida espiritual diminua. Porém, mais importante é o que fazemos com o nosso conhecimento. Não adianta saber muito e praticar nada. Melhor saber pouco e praticar todo o pouco que sabemos. Isso não deve ser desculpa para não estudarmos, mas um estímulo para irmos da teoria à prática, sem desculpas.

sábado, 12 de abril de 2014

Mateus 15, 1-9

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 15


Versículo 1: Então chegaram ao pé de Jesus uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo:

Versículo 2: Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? pois não lavam as mãos quando comem pão.

Versículo 3: Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus pela vossa tradição?

Versículo 4: Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, morra de morte.

Versículo 5: Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe,

Versículo 6: E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus.

Versículo 7: Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:

Versículo 8: Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.

Versículo 9: Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.

Comentários


Os fariseus e os doutores da lei estavam sempre investigando cada atitude de Jesus e Seus discípulos. Faziam isso para mostrar ao povo que Ele não era o Messias que estavam aguardando, e que fora prometido no Antigo Testamento.

Séculos depois de receberem as leis dadas por Deus a Moisés, os fariseus acabaram por acrescentar muitas outras leis, que eles achavam que deveriam ter o mesmo valor das leis de Deus. Uma destas leis era a corbâ, que dizia que uma pessoa poderia doar ao templo o dinheiro destinado a sustentar seus pais. Com esta regra criada pelos fariseus, eles acreditavam não estar violando o mandamento de Deus, que mandava honrar pai e mãe, o que implicava em os proteger durante a velhice.

Por isso, Jesus repete as palavras do profeta Isaías, que criticou a hipocrisia da adoração a Deus que as pessoas praticavam.

Mais uma vez os fariseus se mostraram mais interessados em fazer com que as regras fossem cumpridas do que entenderem a vontade de Deus.

Precisamos ser cuidadosos em nosso relacionamento com Deus. A religião é apenas um instrumento para nos relacionarmos com Deus, não é o relacionamento em si. Ela apenas tenta apontar o caminho a ser seguido, não deve ser o nosso objetivo. O objetivo é nos relacionarmos com Deus, entendendo a vontade dEle. Podemos ter esse relacionamento de várias formas, mas o que vai importar de verdade é a nossa proximidade com nosso Criador, ao entendermos o porque de Ele ter nos criado, com que objetivo fez isso. Esse relacionamento íntimo e profundo só pode ser encontrado dentro de nós, embora a maioria das pessoas o busque apenas fora de si. A religião nos ajuda a encontrar o caminho, mas continua sendo algo que está do lado de fora. Deus só pode ser encontrado dentro de cada um.

domingo, 6 de abril de 2014

Mateus 14, 34-36

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 14


Versículo 34: E, tendo passado para a outra banda, chegaram a Genesaré.

Versículo 35: E, quando os homens daquele lugar o conheceram, mandaram por todas todas aquelas terras em redor, e trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos.

Versículo 36: E rogaram-lhe que ao menos eles pudessem tocar a orla do seu vestido; e todos os que a tocavam ficavam sãos.

Comentários


No trecho anterior, temos o relato de quando Jesus anda sobre as águas (Mateus 14, 22-33). Quando Jesus e seus apóstolos chegam à outra margem do lago.

Nos relatos de Mateus, no capítulo 13 (versículos 53 a 57), vemos que Jesus estava em Nazaré, cidade onde havia crescido. Muitos que o tinham visto crescer não conseguiam aceitar que Ele tinha autoridade para ensinar nas sinagogas, pois era filho de um simples carpinteiro. Por isso, Jesus pouco pode ajudar as pessoas desta cidade.

Em Genesaré, Jesus foi muito bem recebido. Quando souberam que estava na cidade, foram imediatamente em busca de todos os que estavam doentes para que fossem curados.

Através destes dos exemplos de como as pessoas reagiram à Jesus, podemos fazer uma reflexão em nossas vidas: como recebemos Jesus? Acreditamos que Ele não tem poder para realizar nenhum milagre ou chamamos todos para compartilhar das maravilhas que Ele pode fazer? Não podemos esquecer que Jesus pode fazer coisas incríveis em nossas vidas, mas para que isso aconteça Ele precisa da nossa permissão e aceitação.

Isto tem a ver com a maneira com que praticamos a nossa religião. Muitos se mostram excessivamente temerosos de desagradarem a sociedade. Negam serem espíritas. Negam até mesmo que estejam frequentando um Centro. Se o Espiritismo é algo tão bom, não temos o direito de deixar de compartilhar o bem que ele nos traz. Seria egoísmo de nossa parte, pois queremos o bem apenas para nós, esquecendo dos outros.

Entretanto, não devemos nos tornar aquela pessoa chata e fanática, que só sabe falar de Espiritismo e tenta fazer com que todos sejam adeptos da nossa religião.

Bom senso cabe em qualquer ocasião. Se notarmos algum interesse por pare das pessoas, podemos e devemos esclarecer sobre o Espiritismo, sem tentar sair convertendo a torto e a direito. Respeitar a crença dos outros é também um ato de caridade.