sábado, 29 de novembro de 2014

Mateus 23, 1-3

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 23


Versículo 1: Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos,

Versículo 2: Dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus.

Versículo 3: Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam.

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Jesus fala ao povo e aos seus discípulos, dizendo que os escribas (aquele que lê e interpreta as leis) e os fariseus (grupo religioso judaico que vivia da estrita observância da lei) estavam assentados na cadeira de Moisés, ou seja, resolveram criar leis tal como Moisés tinha feito.

Os fariseus criaram centenas de interpretações das leis deixadas por Moisés, e acreditavam que a sua interpretação era a única verdadeira, devendo ser respeitada como se fosse a própria lei de Moisés. Eles acabaram por perder o foco, pois ficaram tão preocupados com a interpretação das leis que se esqueceram que elas só foram criadas para ensinarem ao povo como se relacionarem com Deus. Prenderam-se à letra, esquecendo-se do conteúdo.

Além disso, os fariseus não praticavam as leis que tinham a pretensão de ensinar. Passavam dias discutindo uma lei e o seu significado, mas não se preocupavam em fazer a vontade de Deus.

Hoje, nós que seguimos uma religião corremos o risco de sermos presos na mesma armadilha. Podemos ficar maravilhados com o mundo que o Espiritismo nos mostra, sem colocarmos em prática a mudança que esse conhecimento deveria trazer em nossas vidas. O estudo é necessário, porém se não houver a prática do que aprendemos, não seremos melhores do que os fariseus na época de Jesus.



domingo, 23 de novembro de 2014

Mateus 22, 41-46

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 41: E, estando reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus,

Versículo 42: Dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi.

Versículo 43: Disse-lhes ele: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo:

Versículo 44: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.

Versículo 45: Se Davi pois lhe chama Senhor, como é seu filho?

Versículo 46: E ninguém podia responder-lhe uma palavra: nem desde aquele dia ousou mais alguém interrogá-lo.

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No capítulo 22 do evangelho segundo Mateus, vemos fariseus, herodianos e saduceus se unindo para preparar armadilhas para Jesus, através de perguntas aparentemente ingênuas, mas que tinham como real objetivo fazer com que Jesus entrasse em contradição consigo mesmo ou com as leis de Moisés e do governo romano.

Depois destas tentativas sem resultado, Jesus pergunta aos fariseus, que eram profundos conhecedores das leis de Moisés e das profecias sobre o Messias, de quem o Messias era filho. Os fariseus achavam que ele seria filho de Davi, e não um descendente dele.

Jesus cita o Salmo 110, no primeiro versículo, onde Davi chama o Messias de "Senhor", deixando claro que o Messias não era o seu filho.

Os fariseus esperavam um rei que lideraria o exército e poria fim ao domínio estrangeiro sobre o povo de Israel. Não aceitavam que Jesus era o Messias, mas que vinha libertar o povo do pior jugo que existe, que é a ignorância a respeito de Deus.

Como os fariseus não conseguiram responder à pergunta feita por Jesus, pois não conseguiam ver que estavam diante do Messias prometido, acabaram por deixá-lo em paz, sem fazerem mais perguntas.

Assim, vemos mais uma vez que as pessoas podem estar face a face com um ser de uma elevação espiritual incomensurável, e não fazerem a menor ideia disso. Não temos mais espíritos da estirpe de Jesus entre nós. Entretanto, muitos seres evoluídos, que decidiram reencarnar para ajudar a humanidade num momento tão difícil, estão por ai, sem que tenhamos a noção disso. Vamos abrir nossos olhos e ouvidos, pois com certeza não queremos ser como os fariseus, que estiveram frente a frente com Jesus e não reconheceram nele o filho de Deus vivo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Mateus 22, 34-40

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 34: E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar;

Versículo 35: E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo:

Versículo 36: Mestre, qual é o grande mandamento na lei?

Versículo 37: E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.

Versículo 38: Este é o primeiro e grande mandamento.

Versículo 39: E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Versículo 40: Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

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Nos versículos 23 a 33 deste capítulo, vemos os saduceus, adversários políticos dos fariseus (os dois grupos eram de pessoas que estudavam profundamente a religião hebraica, mas com o objetivo de fazerem suas ideias prevalecerem, não de se tornarem pessoas melhores) tentaram ludibriar Jesus através de uma pergunta sobre a ressurreição, na qual não acreditavam (leia a postagem anterior se quiser saber mais a respeito do assunto).

Quando os fariseus viram que Jesus não havia caído na armadilha dos saduceus, tentaram eles próprios enganarem Jesus. Os fariseus haviam criado mais de 600 leis para interpretarem as leis deixadas por Moisés. Queriam colocar Jesus numa situação difícil, pedindo que Ele escolhesse qual das leis era a mais importante.

Jesus citou o primeiro dos dez mandamentos como sendo a lei mais importante (leia em Deuteronômio 6, 5). A segunda lei também pode ser encontrada no Antigo Testamento (Levítico 19, 18).

Os fariseus mais uma vez mostraram que, ao fazerem uma pergunta a Jesus, não estavam interessados em receber os Seus ensinamentos, mas queriam fazer com que Ele caísse em contradição.

Atualmente, muitas pessoas também perguntam sem terem por objetivo aprenderem algo com a resposta. Querem apenas mostrar o que pensam sobre o assunto. Se a pessoa responder o que ela quer ouvir, passa a ser considerada como inteligente e estudiosa. Se responder de maneira diferente do que a pessoa quer, já é colocada na lista de pessoas que não são bem quistas.

Assim, principalmente quando o assunto é a religião, devemos manter a mente aberta. Não devemos sair por aí procurando confirmar o que achamos sobre determinado tema. O espírita tem por obrigação estudar as obras básicas de Allan Kardec ("O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Evangelho segundo o Espiritismo", "A Gênese", "O Céu e o Inferno"). Não tem como entender o Espiritismo sem ler essas obras. Se quisermos estudar outros livros, precisamos saber se eles estão de acordo com os ensinamentos de Kardec.

Não existe a possibilidade de se ser espírita "de orelhada", ou seja, apenas escutando o que os outros falam. Se não souber avaliar o que está ouvindo, corre o sério risco de achar verdadeiro um ensinamento completamente equivocado, que de espírita não tem nada. Precisa ter um filtro que ajude a separar o certo do errado. Este filtro é dado através do estudo das obras de Kardec. Romance espírita pode ser muito gostoso de ler, mas não ache que vai aprender o básico do Espiritismo neles. Para isso, só as obras de Kardec.

Não pense também que só porque uma pessoa é uma colaboradora num Centro Espírita que ela é uma profunda conhecedora do Espiritismo. Os espíritos superiores usam as ferramentas que têm à mão. Se não existe uma pessoa com conhecimento aprofundado sobre Espiritismo, eles utilizam a que está disponível. Por isso, sempre que alguém estiver passando algum ensinamento em qualquer Centro Espírita, passe tudo pela peneira dos ensinamentos de Kardec. Agindo assim, você vai evitar de tomar como verdade uma simples opinião pessoal ou um entendimento pessoal equivocado.

Bom estudo a todos.


sábado, 8 de novembro de 2014

Mateus 22, 23-33

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 23: No mesmo dia chegaram junto dele os saduceus, que dizem não haver ressurreição, e o interrogaram,

Versículo 24: Dizendo: Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, casará o seu irmão com a mulher dele e suscitará descendência a seu irmão.

Versículo 25: Ora houve entre nós sete irmãos; e o primeiro, tendo casado morreu, e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão.

Versículo 26: Da mesma sorte o segundo, e o terceiro, até ao sétimo;

Versículo 27: Por fim, depois de todos, morreu também a mulher.

Versículo 28: Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será a mulher, visto que todos a possuíram?

Versículo 29: Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus;

Versículo 30: Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como anjos de Deus no céu.

Versículo 31: E, acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo:

Versículo 32: Eu sou o Deus d'Abraão, o Deus d"Isaque e o Deus de Jacó? Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.

Versículo 33: E as turbas, ouvindo isto, ficaram maravilhadas da sua doutrina.

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Os saduceus formavam um partido dentro do judaísmo. Ao contrário dos fariseus, de quem eram adversários políticos, não acreditavam na ressurreição, nem na existência de anjos e nem na imortalidade da alma.

O significado de "ressurreição" é voltar à vida. É diferente do conceito de reencarnação, pois na ressurreição a pessoa retorna à vida no mesmo corpo que tinha quando morreu, e na reencarnação o espírito volta à vida material usando um outro corpo, que é gerado para ele.

Como os saduceus não acreditavam na ressurreição, a pergunta deles não fazia sentido, pois acreditavam que uma pessoa jamais voltaria depois da morte.

Os saduceus tentavam apenas criar, mais uma vez, uma armadilha para Jesus. Não estavam interessados em aprender com Ele, mas em O desacreditar.

Os saduceus só aceitavam os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, que haviam sido escritos por Moisés. Como nesses livros não havia nada explícito sobre a ressurreição, eles não a aceitavam.

Jesus disse aos saduceus que eles estavam errados, pois não conheciam nem as escrituras nem o poder de Deus. Jesus explica que, na ressurreição, os corpos são como os de anjos. Esta explicação era a que era a possível para aquela época e aquele grau de evolução das pessoas. Não havia como Ele explicar que, depois da morte, o corpo material seria destruído, ficando o espírito ligado apenas ao perispírito e, por isso, o casamento  físico não era importante.

Para o Espiritismo, não existe a ressurreição, pois não é possível, quimica e biologicamente falando, que uma pessoa volte à vida usando o mesmo corpo que morreu. A reencarnação falo do retorno à vida material utilizando um novo corpo, diferente do anterior, gerado especificamente para aquela encarnação.

Muita coisa Jesus não pôde esclarecer, pois o estágio evolutivo do povo não o permitia. Por isso o Espiritismo se apresenta como a terceira revelação ( a primeira foi Moisés, e a segunda Jesus), não para trazer ensinamentos novos, mas para dar um novo entendimento sobre os ensinos de Jesus.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Mateus 22, 15-21

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 15: Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam nalguma palavra;

Versículo 16: E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas às aparências dos homens.

Versículo 17: Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributa a César, ou não?

Versículo 18: Jesus,porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas?

Versículo 19: Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro.

Versículo 20: E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição?

Versículo 21: Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes diz: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

Versículo  22: E eles, ouvindo isto, maravilharam-se, e, deixando-o, se retiraram.

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Os fariseus não aceitavam o domínio que o império romano exercia sobre seu povo. Estavam sempre prontos a se rebelarem. Esperavam que o Messias, que havia sido profetizado no Antigo Testamento, liderasse um exército que os libertaria.

O grupo dos herodianos era constituído por judeus que apoiavam o governo romano.

Embora o grupo dos fariseus e dos herodianos fossem inimigos entre si, eles se juntaram na tentativa de destruírem Jesus. Ao perguntarem sobre os impostos que precisavam pagar, eles esperavam colocar Jesus numa armadilha. Se Ele respondesse que não deveriam pagar os impostos, eles o acusariam de rebelião. Se Jesus dissesse que deveriam pagar, seria acusado de não reconhecer Deus como o único rei ao qual deveriam servir.

Jesus evita a armadilha, e também transmite um ensinamento. Ele nos mostra que temos a necessidade de suprir as necessidades materiais do corpo, pois sem ele não conseguiríamos cumprir o que nos cabe nesta encarnação. Entretanto, precisamos usar de sabedoria para fazer a diferença entre o necessário e o supérfluo, senão perderemos a nossa existência tentando suprir apenas as nossas necessidades materiais, esquecendo-nos que a vida verdadeira é a espiritual.

A nossa natureza espiritual também precisa ser alimentada. Temos a necessidade de afeto, reconhecimento. Também temos a necessidade de nos ligarmos ao nosso Criador, como um filho que anseia pelo aconchego de seu pai. Quanto mais soubermos a respeito deste Pai maravilhoso que nos criou, procurando-O todos os dias de nossas vidas, mais teremos a chance de sermos felizes, pois nos sentiremos completos e integrados a Ele.

Não é possível alcançarmos a felicidade se não cultivarmos o nosso lado espiritual, pois sentiremos sempre que falta alguma coisa à nossa vida.