segunda-feira, 4 de maio de 2015

Mateus 27.15-26

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 27


Versículo 15: Ora, por ocasião da festa, costumava o presidente soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse.

Versículo 16: E tinha então um preso bem conhecido, chamado Barrabás.

Versículo 17: Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?

Versículo 18: Porque sabia que por inveja o haviam entregado.

Versículo 19: E, estando ele assentado no Tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não entres na questão deste justo, porque num sonho muito sofri por causa dele.

Versículo 20: Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram à multidão que pedisse Barrabás e matasse Jesus.

Versículo 21: E, respondendo o presidente, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles disseram: Barrabás.

Versículo 22: Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado.

Versículo 23: O presidente, porém, disse: Mas que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado.

Versículo 24: Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo: considerai isso.

Versículo 25: E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.

Versículo 26: Então soltou-lhes Barrabás, e, tendo mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.

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Na Páscoa judaica, era costume o governador romano libertar um prisioneiro. Pilatos, que percebeu que nada de grave havia contra Jesus, pois Ele havia sido preso apenas por problemas com os sacerdotes, tentou libertá-lo. Esperava que a população libertasse Jesus, livrando-o da morte. Entretanto, eles cederam à pressão dos sacerdotes, e pediram que Barrabás fosse solto, e Jesus condenado.

Quando percebeu que a multidão não pediria a liberdade para Jesus, Pilatos ainda tentou salvá-lo. Perguntou o que deveria fazer com Jesus, pois não havia nEle nenhum motivo para condenação. A multidão exigiu que Ele fosse crucificado.

Como um tumulto já se formava, o que poderia terminar em uma grande confusão, Pilatos mandou chicotear Jesus. Esperava que, com isso, o povo mudasse de ideia e desistisse da crucificação. Mas nem isso adiantou.

Vendo que não conseguiria impedir a morte de um inocente, pois havia o risco de uma rebelião, Pilatos simbolicamente lavou as mãos, dizendo-se inocente daquele crime. O povo respondeu que não tinha problema, que todos assumiam a responsabilidade pelo que iria acontecer. Pilatos então entrega Jesus para ser crucificado.

Podemos ver aqui algumas características do ser humano que permanecem até hoje. Os sacerdotes, detentores do poder, não aceitaram que Jesus discordasse deles. Mesmo vendo todos os milagres que Ele realizava, preferiram negar que Ele fosse o Messias prometido. Vemos também o quanto uma multidão pode ser manipulada; a mesma multidão que tinha aclamado Jesus agora pedia que Ele fosse crucificado.

Precisamos ter muita atenção. O fato de uma opinião ser compartilhada pela maioria não quer dizer que seja correta. A multidão condenou Jesus à morte, e libertou um ladrão e assassino.

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