quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Marcos 2.15-17

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 2


Versículo 15: Aconteceu que, em casa de Levi, publicanos e pessoas de má fama, que eram numerosas e seguiam Jesus, estavam à mesa com Ele e seus discípulos.

Na cultura oriental, e especialmente na judaica, fazer uma refeição na casa de alguém era um sinal de grande amizade. Levi (também chamado de Mateus; autor do primeiro Evangelho), logo depois de ser chamado por Jesus para ser Seu discípulo, convida Jesus, Seus discípulos e outros publicanos (coletores de impostos, assim como Levi), além dos pecadores que acompanhavam Jesus, para comerem em sua casa.

Versículo 16: Quando os mestres da lei que eram fariseus o viram comendo com os publicanos e outras pessoas mal afamadas, perguntaram aos discípulos de Jesus: "Por que Ele se alimenta na companhia de publicanos e pecadores?"

Versículo 17: Ao ouvir tal juízo, Jesus lhes ponderou: "Não são os que têm saúde que necessitam de médico, mas, sim, os enfermos. Eu não vim para convocar os justos, mas sim os pecadores."

Os fariseus eram um grupo de judeus que se preocupavam excessivamente com o cumprimento da lei. Não queriam ter contato com aqueles que eram considerados transgressores da lei (pecadores), pois temiam se contaminar com o pecado.

Jesus deixou claro a Sua missão: ensinar as boas novas àqueles que estavam distantes de Deus, pois eles eram os que mais precisavam de Seus ensinamentos.

Muitos estão distantes do caminho de Deus por ignorância. Não tiveram a oportunidade, na atual existência, de serem instruídos no que diz respeito ao aspecto religioso da vida. São mais ignorantes (sem conhecimento) do que maldosos. Ao termos contato com estas pessoas, podemos tentar fornecer informações a respeito de Deus e Seus planos para a nossa vida. Isso não é tentar, a todo custo, conseguir mais um adepto para a nossa religião. Mas significa dar à pessoa mais opções em sua vida.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Marcos 2.13-14

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 2


Versículo 13: Uma vez mais, saiu Jesus e foi caminhar na praia, e toda a multidão vinha ao seu encontro, e Ele os ensinava.

Jesus estava em Cafarnaum. Depois de ter curado a sogra de Simão Pedro (que estava com febre) e um leproso, por onde Ele andasse uma multidão O seguia, tanto para que os doentes fossem curados como para ouvir os Seus ensinamentos.

Versículo 14: Enquanto andava, viu a Levi, filho de Alfeu, sentado à mesa da coletoria, e o chamou: "Segue-me!" Ao que ele se levantou e o seguiu.

"Levi" era o nome de infância de Mateus, que é o autor do primeiro Evangelho do Novo Testamento. Mateus era um publicano, isto é, um coletor de impostos. Trabalhava para o governo de Roma, que dominava Israel na época. A maioria dos publicanos cobrava mais impostos do que a lei permitia, e se apropriava do dinheiro. Por isso e porque também andavam na companhia dos gentios (não judeus), eram excluídos das sinagogas (templo judeu).

Jesus vê Mateus na coletoria de impostos e o chama: Segue-me. Na época, essa expressão era um convite de honra. O aluno do profeta (que significa aquele que fala em nome de Deus), em sinal de respeito, passaria a caminhar atrás de seu mestre (rabino) e, por dois anos, aprenderia as leis do judaísmo. Mateus deixa tudo e começa uma nova vida com Jesus.

Jesus escolheu Seus discípulos entre gente simples ou de má vida. Não olhava para as aparências, mas para o interior delas.

Uma religião, por si mesma, não tem o poder de modificar uma pessoa. A pessoa pode estar em uma religião, mas se esta religião não estiver nada, tudo continua do mesmo jeito.

Tão importante quanto ter uma religião é estudar os seus ensinamentos. Só assim poderemos entender melhor a vontade de Deus. Mas de nada adianta estudar se não for para por em prática!

Não existe uma Vida "religiosa" e uma "comum". É tudo a mesma coisa. O que aprendemos na religião temos que aplicar na vida diária. Só assim seremos dignos de ser chamados de discípulos de Jesus.

Jesus chamou por Mateus, e ele imediatamente O seguiu. Jesus o está chamando todos os dias: o que você vai fazer a respeito?

domingo, 16 de agosto de 2015

Marcos 2.1-12

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 2


Versículo 1: Chegando de novo em Cafarnaum, depois de alguns dias, o povo ficou sabendo que ele estava em casa.

Jesus havia saído de Nazaré para morar em Cafarnaum, onde ficava hospedado na casa de Pedro.

Depois de realizar muitas curas e muitas pregações em Cafarnaum, Jesus decidiu pregar nas cidades vizinhas. Ao saberem que Ele estava novamente na cidade, as pessoas correram à Sua procura.

Versículo 2: E foram tantos os que se aglomeravam ali, que já não havia lugar nem à porta; e Ele lhes pregava a Palavra.

Jesus ensinava sobre as boas novas (que é o significado da palavra "evangelho") da salvação. A multidão se aglomerou na casa de Simão Pedro para ouvir Jesus.

Versículo 3: Vieram trazer-lhe um paralítico, carregado por quatro homens.

Versículo 4: Não conseguindo levá-lo até Jesus, por causa da multidão, removeram parte da cobertura sobre o lugar onde estava Jesus e, por essa abertura no teto, baixaram a maca na qual se achava deitado o paralítico.

Naquela época, as casas eram feitas de pedra. Os telhados eram planos, e feitos de barro misturado com palha. Escadas externas davam aceso ao telhado.

As quatro pessoas que carregavam o paralítico devem ter subido por essa escada externa, removido a mistura de barro com palha e descido o paralítico até onde Jesus se encontrava.

Versículo 5: Observando a fé que eles demonstravam, declarou Jesus ao paralítico: "Filho! Estão perdoados de ti os pecados!"

A forma passiva utilizada por Jesus ("Estão perdoados de ti os pecados") indica que é Deus quem perdoa os pecados do paralítico. Jesus apenas declarou o perdão de Deus.

Versículo 6: Entretanto, alguns dos mestres da lei que por ali estavam sentados, julgaram em seu íntimo:

Versículo 7: "Como pode esse homem falar desse modo? Está blasfemando! Quem afinal pode perdoar os pecados, a não ser exclusivamente Deus?"

Como somente Deus podia perdoar, os mestres da lei tomaram a afirmação de Jesus como uma blasfêmia (enunciado ou palavra que insulta a divindade, a religião ou o que é considerado sagrado), crime que era punido com a morte.

Versículo 8: Jesus imediatamente percebeu em seu espírito que era isso o que eles estavam urdindo e lhes questionou: "Por que cogitais desta maneira em vossos corações?

Versículo 9: O que é mais fácil dizer ao paralítico: 'Estão perdoados de ti os pecados', ou falar 'Levanta-te, toma a tua maca e sai andando?'

Versículo 10: Todavia, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados... " - dirigiu-se ao paralítico -

Versículo 11: "Eu te ordeno: Levanta-te, toma tua maca e vai para tua casa."

Versículo 12: Então. ele se levantou e, no mesmo instante, tomando sua maca saiu andando à frente de todos, que estupefatos, glorificaram a Deus, exclamando: "Nunca vimos nada semelhante a isto!"

Ao verem um paralítico ser curado e, no mesmo instante, sair andando, tudo o que os mestres da lei conseguiram fazer é pensar em matar Jesus, pois Ele não poderia perdoar os pecados de uma pessoa, coisa que somente Deus poderia fazer.

Eles não conseguiam enxergar a maravilha que estava diante de seus olhos: um homem estava sendo curado. Só viram a lei, os regulamentos, e pensaram que Jesus estava agindo de forma contrária a elas.

Nós vemos, todos os dias, pequenos milagres acontecerem em nossas vidas. Ao invés de enxergarmos Deus como o autor disso, ficamos procurando por uma explicação lógica.

A vida, em si, já é um milagre que Deus nos permite desfrutar. O mínimo que podemos fazer é sermos gratos a Ele.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Marcos 1.40-45

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 1


Versículo 40: Certo leproso aproxima-se de Jesus e suplica-lhe de joelhos: "Se for da tua vontade, tens o poder de purificar-me!"

Segundo as leis contidas no Antigo Testamento, as pessoas que tinha lepra (termo genérico para várias doenças da pele) eram consideradas impuras. Não podiam tomar parte de nenhuma atividade social ou religiosa. Qualquer um que tocasse num leproso seria também considerado impuro. Por causa disso, muitos jogavam pedras nos leprosos para os manterem afastados, e assim não serem contaminados.

Versículo 41: Movido de grande compaixão, Jesus estendeu a mão e, tocando nele, exclamou: "Eu quero. Sê purificado!"

Versículo 42: No mesmo instante toda a doença desapareceu da pele daquele homem, e ele foi purificado.

Jesus teve compaixão daquele doente. Além de seu problema de saúde, ele também era excluído da vida em sociedade. Usando do poder que Sua evolução espiritual permitia, Jesus curou imediatamente aquele homem. Não se trata de mediunidade de cura, pois Jesus não atuou como intermediário de um espírito superior; Ele próprio era o agente causador da cura.

Versículo 43: Em seguida Jesus se despede dele com forte recomendação:

Versículo 44: "Atenta, não digas nada a ninguém; contudo vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação os sacrifícios que Moisés prescreveu, para que sirvam de testemunho."

Para que uma pessoa pudesse ser considerada livre da lepra, estando apta para voltar à sociedade, ela precisava ser examinada por um sacerdote, que diria se ela estava curada ou não. Caso ficasse curada, deveria oferecer um sacrifício no templo. Depois, poderia retornar à vida normal.

Jesus demonstrou Seu respeito às leis do Antigo Testamento, pois pediu ao homem que foi curado que fizesse o que a lei determinava.

Versículo 45: Contudo, assim que o homem saiu, começou a proclamar o que acontecera e a divulgar ainda muitas outras coisas; de  modo que Jesus não mais conseguia entrar publicamente numa cidade, mas via-se obrigado a ficar fora, em lugares desabitados. Mesmo assim, pessoas de todas as partes iam ter com Ele.

Devido às curas que realizava, Jesus estava cada vez mais conhecido. A população ia em busca de Seu poder e de Seus ensinamentos. Isso causava inveja e oposição dos líderes judeus, que viam nEle um concorrente. Para não causar tanto tumulto, Jesus buscava pregar em locais menores.

Este leproso, um excluído da sociedade, reconheceu que Jesus tinha o poder de o curar. Hoje em dia, não necessitamos mais de tantos milagres para nos restituir a saúde. Entretanto, cada vez mais precisamos de alguém que cure as nossas enfermidades morais. Jesus é essa pessoa que pode nos curar. Devemos seguir os Seus ensinamentos e pedir sempre, através de nossas orações, que Ele nos guie no caminho do bem e na correção de nossas faltas morais. Ele veio para nos ensinar o caminho a nosso Pai. Vamos pedir ajuda a Ele para trilharmos esse caminho.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Marcos 1.35-39

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 1


Versículo 35: De madrugada, em meio à escuridão, Jesus levantou-se, saiu de casa e retirou-se para um lugar deserto, onde ficou orando.

Jesus havia se mudado de Nazaré para Cafarnaum. Lá, começou a ensinar na sinagoga, num sábado. Depois, foram até a casa de Simão e André para almoçarem todos juntos.

A sogra de Simão estava doente (com febre), e Jesus a curou. Depois disso, a cidade inteira se aglomerava em frente a casa onde Jesus estava.

Pela madrugada, Jesus  procurou isolamento para poder orar. Vamos encontrar, nos evangelhos, várias ocasiões onde Jesus se isola para orar.

Precisamos ter um tempo a sós com Deus. Não conseguimos nossa conexão com Deus no meio do barulho, da confusão do dia a dia. Para nos fazermos íntimos de Deus, precisamos de solidão e silêncio.

Em meio à quietude, conseguimos nos concentrar em sentir a presença de Deus. Deus está sempre presente em nossas vidas, mas nós não conseguimos perceber em meio ao barulho do cotidiano. Precisamos de calma e silêncio para que isso aconteça.

É por isso que muitas pessoas se dedicam a acordar de madrugada para poderem orar. Neste momento, existe o silêncio, a paz. Fica mais fácil fazermos nossa conexão com Deus.

Versículo 36: Simão e seus amigos saíram para procurá-lo.

Versículo 37: Então, quando o acharam, informaram: "Todos estão te procurando!"

Versículo 38: E Jesus os instruiu: "Vamos seguir para outros lugares, às aldeias vizinhas, a fim de que Eu pregue ali também. Pois foi para isso que vim."

Versículo 39: E aconteceu que Ele percorreu toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expelindo os demônios.

Os romanos que dominavam os hebreus na época de Jesus dividiram o território em três regiões: Galileia, Samaria e Judeia. A Galileia era a região mais ao norte, com mais de 250 cidades. A maior parte da atuação de Jesus deu-se nesta área.

Jesus, ao ser encontrado por Simão e seus amigos, disse que precisava ir ensinar em outros lugares, pois era para isso que tinha vindo. E qual é a nossa missão? Para que estamos encarnados? Certamente não para acumularmos riquezas e poder. Viemos para evoluir enquanto espíritos imortais que somos. E o que estamos fazendo em prol da nossa evolução?

Jesus sabia qual era a Sua missão. E nós? Sabemos qual é a nossa? Precisamos, no silêncio e na quietude, aproximarmo-nos de Deus e permitir que Ele nos mostre qual o nosso caminho, qual a nossa missão.


domingo, 2 de agosto de 2015

Marcos 1.29-34

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 1


Versículo 29: E assim que saíram da sinagoga, dirigiram-se para a casa de Simão e André, juntamente com Tiago e João.

Versículo 30: A sogra de Simão estava deitada, com muita febre, e logo falaram com Jesus a respeito dela.

Versículo 31: Então, aproximando-se, Ele a tomou pela mão e a levantou. A febre imediatamente a deixou e ela se pôs a servi-los.

Versículo 32: Ao final da tarde, logo após o pôr-do-sol, o povo levou até Jesus todos os que estavam passando mal e os dominados por demônios.

Versículo 33: E, assim, a cidade inteira se aglomerou à porta da casa. 

Versículo 34: Jesus curou a muitos de várias enfermidades, bem como expulsou diversos demônios. Entretanto, não permitia que os demônios falassem, pois eles sabiam quem era Ele.

Jesus tinha se mudado de Nazaré para Cafarnaum. Em Sua nova cidade, foi a a uma sinagoga, num sábado, para ensinar. Lá, expulsou um demônio. Depois disso, o grupo de Jesus foi até a casa de Simão para almoçarem juntos (na época de Jesus, era costume as pessoas almoçarem juntas depois do culto na sinagoga). A sogra de Simão estava doente e Jesus a curou.

O dia de sábado começava ao anoitecer da sexta-feira e durava até o final da tarde do sábado. Durante esse período, os judeus não podiam realizar quase nenhuma tarefa. Por isso, os moradores de Cafarnaum esperaram até o sábado acabar para que pudessem levar os doentes para Jesus os curar.

Jesus também curou as pessoas que estavam sofrendo um processo de obsessão. Não permitiu que os obsessores se manifestassem, pois eles sabiam que Jesus era o Messias, e diriam isso para as pessoas. Naquele momento, Jesus estava mais preocupado em transmitir os Seus ensinamentos, e não queria iniciar a discussão se Ele era ou não o Messias esperado.

Vemos que Jesus tinha o dom de curar as enfermidades do corpo e da alma. Entretanto, Ele não era médium de cura, pois não era um intermediário entre um espírito e o encarnado. Jesus não transmitia a cura mediante a intervenção de um espírito. Ele era a própria fonte da cura, o poder emanava diretamente dEle. Assim, podemos reforçar a ideia de que Jesus não foi um grande médium, Ele foi o espírito mais elevado ao encarnar em nosso planeta.