sábado, 27 de fevereiro de 2016

Marcos 10.1-12

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 10


Versículo 1: Partindo dali, foi Jesus para a região da Judeia e para o outro lado do Jordão. E, outra vez, grande multidão chegou-se a Ele e, como era seu costume, passou a ensinar as pessoas ali reunidas.

Versículo 2: Alguns fariseus se aproximaram de Jesus e, para colocá-lo à prova, questionaram: "É permitido ao homem separar-se de sua esposa?"

Os fariseus não estavam preocupados com os ensinamentos de Jesus apenas queriam colocá-lo numa situação delicada. Queriam diminuí-lo aos olhos do povo, que sempre O cercava em busca de palavras de conforto.

Versículo 3: Inquiriu-lhes Jesus: "O que lhes ordenou Moisés?"

No Antigo Testamento, Moisés já tinha deixado claro as leis que diziam respeito ao divórcio. Os fariseus, tão preocupados em exibirem o seu conhecimento sobre as leis de Moisés, não desconheciam o que a Lei dizia.

Versículo 4: E eles replicaram: "Moisés permitiu que o homem desse `a sua mulher uma certidão de divórcio e a mandasse embora."

Se os fariseus sabiam a resposta, por que perguntaram a Jesus? Embora ficasse claro a intenção deles de mostrarem que Jesus não falava em nome de Deus (não era um profeta), Jesus aproveita a oportunidade para ensinar.

Versículo 5: Esclareceu-lhes Jesus: "Moisés deixou escrita essa lei por causa da dureza dos vossos corações!"

O divórcio não foi um plano de Deus para o matrimônio. Entretanto, Deus o permitiu para evitar um mal maior, ou seja, para evitar que a pessoa se comprometesse ainda mais ao cometer enganos que refletisse em sua evolução espiritual.

Versículo 6: Entretanto, no princípio da criação Deus 'os fez homem e mulher'.

Versículo 7: 'Por esta razão o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa,

Versículo 8: e os dois se tornarão uma só carne! Dessa forma, eles já não são dois, mas sim uma só carne.'

O casamento é uma espécie de sociedade, onde ambos os sócios devem buscar o bem comum. Se cada um dos sócios se preocupar apenas com seus benefícios, essa sociedade estará destinada ao fracasso.

No casamento, é necessário abrir mão do "eu" e valorizar o "nós". Um novo núcleo familiar se forma. Se os dois não estiverem dispostos a investir nisso, melhor não se casarem.

Versículo 9: Portanto, o que Deus uniu, não o separe o ser humano!"

A pergunta-chave é: o que Deus, de fato, uniu? Qual a motivação que está levando essas duas pessoas a se casarem? Será que elas estão levando em conta os planos que Deus tem para elas?

Versículo 10: Mais tarde, quando estavam em casa, uma vez mais os discípulos indagaram Jesus sobre o mesmo assunto.

Versículo 11: Então Ele lhes explicou: "Todo homem que se separar de sua esposa e se unir a outra mulher estará cometendo adultério contra a sua esposa.

Versículo 12: Da mesma maneira, se uma mulher se divorciar de seu marido e se casar com outro homem, estará igualmente caindo em adultério."

A mensagem de Jesus é muito clara, e dispensa comentários.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Marcos 9.49-50

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 9


Versículo 49: Pois todos serão salgados com fogo.

No Antigo Testamento, era exigido que se colocasse sal sobre os sacrifícios. Jesus anuncia que, após a Sua morte, Seus discípulos passarão por situações difíceis ao se empenharem em propagar os Seus ensinamentos.

Versículo 50: O sal é bom; mas se o sal perder o seu sabor, como restaurar as suas propriedades? Tende o bom sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.

Jesus usou o sal como exemplo de três qualidades que devem ser encontradas em um cristão:
- assim como o sal, usado em sacrifícios, lembrava a aliança do povo judeu com Deus, devemos ser fiéis a Deus;
- assim como o sal muda o sabor dos alimentos, nós devemos fazer a diferença no mundo em que vivemos;
- assim como o sal evita que a comida se estrague, devemos agir na sociedade para evitarmos que a decadência moral tome conta dela.

Assim, é impossível um bom cristão não fazer a diferença no meio onde vive.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Marcos 9.42-48

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 9


Versículo 42: "Se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, seria melhor que fosse lançado no mar com uma pedra de asno amarrada ao pescoço.

Pedra de asno: grande placa de pedra existente no moinho, que servia para moer grãos e cereais. Esse moinho era movido pela força animal (jumento). Daí o nome "pedra de asno".

Jesus declara que seria melhor, para aquele que desvia uma pessoa do caminho em direção a Deus, que fosse jogado no mar com uma pedra amarrada no pescoço. Com essa imagem forte, pois os judeus abominavam o suicídio, Jesus tenta mostrar o quão grave seria o fato de uma pessoa induzir outra a contrariar as leis de Deus.

Isso nos alerta sobre a responsabilidade daqueles que, em qualquer nível de conhecimento, propõem-se a divulgar algo a respeito da religião. Tem que ter muito cuidado, pois se induzir uma pessoa a cometer um erro, a responsabilidade é sua, por ter ensinado errado.

Também podemos refletir sobre a responsabilidade com relação às crianças ("pequeninos").Se um adulto pode escolher entre o certo e o errado, a criança depende de alguém que as ensine sobre o que é certo e o que é errado, e esse ensino é feito, basicamente, através do exemplo, pois a criança tende a imitar o que vê.

Versículo 43: E, se a tua mão te fizer tropeçar, corta-a, pois é melhor entrares para a vida mutilado do que, possuindo as duas mãos, ires para o inferno, onde o fogo que arde jamais arrefece.

Não existe melhor explicação do problema que trazemos ao reencarnarmos do que a que está neste versículo. Se temos algo que possa servir de tropeço em nossa encarnação, é melhor nos livrarmos disso do que reencarnarmos e errarmos novamente no mesmo problema.

Exemplo: uma pessoa que abusou da inteligência, causando danos aos outros, poderia nascer com uma limitação intelectual, a fim de impedir que cometa o mesmo erro. Mais tarde, em futuras encarnações, quando estiver mais fortalecida, não precisará mais dessa limitação para a proteger. É como uma mãe cuidadosa que, precisando se separar do bebê por alguns instantes, o coloca em um lugar cercado e protegido, onde os seus movimentos são limitados, visando evitar que se machuque.

É melhor termos, temporariamente, certas limitações que nos impeçam de cometermos erros do que nos afundarmos cada vez mais, comprometendo o nosso processo evolutivo.

Versículo 44: Naquele lugar, os teus vermes devoradores não morrem, e as chamas nunca se apagam.

Jesus usa a imagem do inferno como um lugar em chamas, onde os vermes corroem o corpo das pessoas. Isso aconteceria até a eternidade.

Há dois mil anos, com o entendimento das pessoas sendo ainda limitado, Ele tinha que usar uma imagem adequada para que eles entendessem que, caso cometessem erros, as consequências seriam terríveis. Jesus tenta explicar a lei de causa e efeito. Se muitos espíritas ainda não a compreendem, imagine na época de Jesus! Por isso Ele lança mão dessa imagem forte, simbolizando que as consequências de nossos erros perduram muito mais do que imaginamos.

Versículo 45: E, se o teu pé te fizer tropeçar, corta-o, pois é melhor entrares para a vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno.

Versículo 46: Onde o teu verme não morre, e o fogo é inextinguível.

Versículo 47: E ainda, se um dos teus olhos te levar a pecar, arranca-o. É melhor entrares no Reino de Deus com apenas um dos teus olhos do que, possuindo os dois, seres atirados no inferno.

Versículo 48: Naquele lugar, os teus vermes devoradores não morrem, e as chamas nunca se apagam.

A ideia principal é: se alguma coisa vai fazer com que você cometa erros, comprometendo mais ainda essa encarnação, é melhor evitar. Assim, reforçamos a ideia de que Deus nos deu tudo o que necessitamos para desempenharmos bem a nossa tarefa. Se algo aparentemente nos falta, talvez tenha sido retirado, por bondade divina, para evitar que cometamos mais erros do que já cometemos. Ao invés de pedirmos o que pensamos que nos faz falta, seria mais sábio agradecermos as ferramentas que temos para o nosso trabalho, pois isso demonstra confiança em Deus.


domingo, 7 de fevereiro de 2016

Marcos 9.38-41

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 9


Versículo 38: Contou-lhe João: "Mestre, vimos um homem que, em teu nome, estava expulsando demônios e procuramos impedi-lo; pois, afinal, ele não era um dos nossos."

A preocupação dos discípulos era que um homem, que não era um dos doze apóstolos, estava expulsando demônios, isto é, afastando espíritos obsessores, em nome de Jesus. Eles não se preocuparam se o que o homem estava fazendo era certo ou errado. Apenas se apegaram ao detalhe de ele não ser parte do grupo.

Os apóstolos também não se preocuparam com as pessoas que este homem tinha ajudado. Nem com o fato de ajudar em nome de Jesus. Seu único defeito: não fazer parte do grupo dos seguidores de Jesus.

Versículo 39: "Não o impeçais!" - ponderou Jesus. "Ninguém que realize um milagre em meu nome é capaz de falar mal de mim logo em seguida.

Versículo 40: Portanto, quem não é contra nós, está a nosso favor.

Será que damos a devida atenção a esta mensagem de Jesus? Se fizéssemos isso, não criticaríamos as outras religiões. As pessoas não necessitam pertencer ao mesmo grupo que o nosso para ajudar em nome de Jesus..

Deus se expressa de diversas maneiras para que todos consigam entendê-lo. Por isso, temos as diferentes religiões, onde podemos encontrar verdadeiros cristãos que se empenham em praticar os ensinamentos de Jesus.

Não faz sentido tentarmos convencer uma pessoa de que a nossa interpretação de Deus (a nossa religião) é melhor do que a dela. Isso é falta de caridade, pois Jesus não veio ensinar o cristianismo, Ele veio ensinar o amor a Deus. Cada religião se esforça por interpretar a mensagem de Jesus da melhor maneira que consegue, de acordo com sua capacidade de entendimento.

Se alguém pedir a nossa opinião sobre determinado assunto religioso, podemos e devemos responder, mas de maneira respeitosa, sabendo que o que vamos falar não é a verdade, e sim apenas a nossa maneira de ver o assunto.

Versículo 41: Com toda a certeza vos asseguro, qualquer pessoa que vos der de beber um copo de água, pelo fato de pertencerdes a Cristo, de maneira alguma perderá sua recompensa."

Como o mundo está carente de amor cristão, necessitado da mensagem do Evangelho! É incrível que algumas pessoas que se dizem religiosas consigam perder tempo criticando a religião dos outros, e tentem convencer um cristão a mudar de religião, ao invés de tentar alcançar aquele que diz não acreditar em Deus de modo algum! É como se estivéssemos em uma casa pegando fogo e todo mundo tentando sair para escapar, e os bombeiros a discutirem qual a melhor maneira de apagar o incêndio, qual é a mais adequada do ponto de vista técnico e estético, sem fazerem nada para dar conta das labaredas que estão destruindo tudo!

Qualquer um que ajude o próximo em nome de Deus merece o nosso respeito. Mais do que isso: devemos nos juntar a ele, pois como disse Jesus, a seara é grande e os trabalhadores são poucos.

Deixemos de discussões inúteis e mesquinhas sobre a teoria da religião. O tempo de arregaçar as mangas e trabalhar em nome de Jesus é agora. Não importa a vaidade de dizer que a sua religião é melhor do que a outra, e sim o trabalho em prol do próximo. Menos vaidade e mais ação. Se tiver alguma outra denominação religiosa realizando um bom trabalho em nome de Jesus, vamos ajudar, e não criticar!