sábado, 3 de dezembro de 2016

Lucas 2.21-24

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 2


Versículo 21: Completando-se os oito dias para o ritual de circuncisão do menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, o qual já havia sido outorgado pelo anjo antes de Ele nascer.

Versículo 22: De igual modo, ao completar-se o tempo da purificação deles, de acordo com a Lei de Moisés, José e Maria levaram o bebê Jesus até Jerusalém para apresentá-lo a Deus no Templo.

Versículo 23: Assim como está escrito na Leis do Senhor: "Todo primogênito nascido do sexo masculino deverá ser dedicado ao Senhor."

Versículo 24: Também um sacrifício deveria ser oferecido, como proclamava a Lei do Senhor: "duas rolinhas ou dois pombinhos."


As famílias judaicas cumpriam diversas cerimônias depois do nascimento de um bebê:
a) circuncisão: todo menino era circuncidado e recebia um nome no oitavo dia após seu nascimento;
b) redenção do primogênito: todo primogênito era dedicado a Deus. Um mês após seu nascimento, o menino era levado ao Templo e resgatado em troca de um sacrifício oferecido. Mediante esse resgate, o primogênito voltava a pertencer à sua família;
c) purificação da mãe: depois de 40 dias (no caso do nascimento de um menino) ou 80 dias (caso nascesse uma menina), período durante o qual a mulher era considerada impura, era oferecido um sacrifício no Templo e a mulher era considerada purificada.

Assim, em conformidade com os rituais, no oitavo dia de vida o menino foi levado ao Templo, circuncidado e chamado de Jesus, conforme o que o anjo, que havia aparecido a Maria, tinha determinado.

Não podemos esquecer que Jesus era um judeu; cresceu e foi criado de acordo com essa religião. Muitas das passagens relatadas nos Evangelhos só fazem sentido se nos lembrarmos disso.

Embora muitas pessoas menosprezem o estudo do Antigo Testamento, pois acreditam que o importante é a vida de Jesus, que está no Novo Testamento, a realidade mostra-se diferente. Se tirarmos Jesus do contexto judaico e não soubermos o que se falava a respeito do Messias, perderemos pelo menos metade do entendimento da mensagem de Jesus.

A cultura judaica, bem como o momento histórico do povo judeu, traz novas luzes sobre o que lemos nos Evangelhos. Todo conhecimento precisa ser contextualizado, e não é diferente com o Evangelho. Se não soubermos dos usos e costumes da época de Jesus, perderemos grande parte do entendimento sobre o que Ele estava falando.

É claro que de nada adianta entendermos e contextualizarmos a mensagem de Jesus se não a colocarmos em prática. Mas certas passagens do Evangelho, tidas como obscuras, difíceis de entender, só soam estranhas se nos faltar o contexto histórico.

Um bom instrumento de auxílio é uma boa bíblia de estudo. Muitas delas traduzem o significado que pode facilitar muito o entendimento da mensagem que Jesus veio nos trazer. Por isso Kardec nos diz: "Espíritas: amai-vos, eis o primeiro mandamento. Instruí-vos, eis o segundo." Bom estudo a todos.

Nenhum comentário: