sexta-feira, 21 de abril de 2017

Lucas 5.12-16

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 5


Versículo 12: Estando Jesus em uma das cidades, eis que um homem coberto de lepra veio em sua direção. Assim que contemplou a Jesus, ajoelhou-se e colocando o rosto rente ao chão, suplicou-lhe: "Senhor! Se for da tua vontade, sei que podes me purificar."

A lepra designava, de maneira geral, muitos problemas de pele, e não só o que hoje conhecemos como hanseníase.

Segundo a lei de Moisés, uma pessoa que tivesse "lepra" seria considerada impura. Não só teria que morar em um lugar separado, como também estaria excluído de qualquer contato com as demais pessoas. Como toda a vida do povo judeu era baseada na vida religiosa e comunitária, essa pessoa seria basicamente excluída de todo contato com a sociedade.

O homem descrito como tendo lepra procurou por Jesus, pois certamente sabia da fama que Ele tinha de curar as enfermidades. Mas O procurou de maneira humilde: além de se prostrar perante Jesus, disse que se Jesus quisesse, poderia curá-lo; não exigiu a sua cura, pois sabia que talvez não fosse merecedor disso.

Versículo 13: Jesus estendeu a mão, tocou nele e proferiu: "Quero. Sê purificado!" E, no mesmo instante, a lepra se retirou daquele homem.

A pessoa que tinha lepra era considerada impura. Qualquer um que a tocasse seria também considerado impuro. Jesus, num gesto de compaixão, tocou o homem para o curar. Através do toque, mostrou que se compadecia daquele homem, e que não o considerava um pária da sociedade.

Jesus poderia simplesmente dizer que queria curar aquele homem e ele ficaria curado da mesma forma. Mas fez questão de o tocar, transmitindo, além da cura material, o conforto espiritual.

Versículo 14: Em seguida, Jesus lhe ordenou: "Não fales sobre este acontecimento a ninguém; porém, vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação os sacrifícios que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo."

Segundo a lei de Moisés, o sacerdote tinha que examinar a pessoa que tinha lepra. Se a considerasse curada, havia um ritual de purificação a ser seguido. Depois, a pessoa seria considerada purificada e reintegrada à sociedade.

Jesus ordena que o homem não contasse o que aconteceu, pois iria causar mais confusão ainda. Os judeus esperavam um Messias que faria milagres e os libertaria do domínio de um outro povo; os sacerdotes estavam com inveja da atenção que Jesus vinha recebendo. Em nenhuma dessas circunstâncias era bom que se soubesse de mais um milagre que Jesus tivesse realizado, pois os seus inimigos teriam mais oportunidade de O criticar.

Versículo 15: Contudo, as notícias a respeito de Jesus se espalhavam ainda mais, de maneira que as multidões convergiam para ouvi-lo e para serem curadas de suas enfermidades.

Versículo 16: Todavia, Jesus procurava manter-se afastado, indo para lugares solitários, onde ficava orando.

Jesus frequentemente procurava um lugar isolado para orar e se colocar em contato direto com Deus. Esse é um exemplo que devemos seguir. Não só em momentos de dificuldade, mas todos os dias devemos separar um tempo para orarmos, fazendo contato com Deus. Não precisamos de um intermediário para realizar esse contato, basta a vontade de o fazer. A prece é o veículo encarregado disso.

Neste pequeno relato do Evangelho, vemos dois ensinamentos importantes de Jesus:
- Ele não só cura o homem, mas mostra compaixão por ele;
- Ele se recolhe para um contato íntimo com Deus.
Ficam mais esses dois exemplos, dentre os numerosos que Jesus nos deixou, para seguirmos em nossa vida.

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