quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mateus 9, 32-34

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 32: E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado.

Versículo 33: E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel.

Versículo 34: Mas os fariseus diziam: Ele expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios.

Comentários


Foi levado até Jesus um homem endemoninhado, isto é, vítima de obsessão. Por causa da ação do espírito obsessor, o homem não conseguia falar. Jesus expulsou o demônio, ou seja, afastou o espírito obsessor. A partir daí, o homem voltou a falar.

A multidão que cercava Jesus ficou maravilhada. Qual o motivo de tanto espanto? O fato de Jesus expulsar o demônio ou ter feito um mudo falar? Nâo sabemos, pois o relato de Mateus não traz mais detalhes.

Os fariseus, que constituíam um grupo de hebreus (judeus) que davam imenso valor ao cumprimento das leis de Moisés, ao invés de ficarem felizes poque um homem foi libertado de algo que o atormentava, ficaram dizendo que Jesus havia expulsado o demônio porque era um enviado de Satanás.

Durante todo o Evangelho, encontraremos relatos da perseguição que os fariseus faziam a Jesus. Nada do que Jesus fizesse estava bom, sempre havia alguma coisa a ser criticada. Não faltavam provas do caráter divino de Jesus, mas os fariseus só buscavam motivos para O acusarem de não cumprimento das leis de Moisés.

Todo o bem que Jesus fez às pessoas foi ignorado pelos fariseus. Eles não aceitavam a figura meiga de Jesus como aquele Messias que chefiaria um exército para finalmente libertar Israel do jugo do inimigo. Na verdade, Jesus veio para libertar as almas das pessoas, não para liderar uma rebelião do povo. Sua revolução era bem mais profunda e radical, pois desejava transmitir uma nova visão de Deus para as pessoas.

Assim, muitos de nós podemos estar equivocados com a missão das religiões. Elas vieram como uma ferramenta para ajudar o ser humano a se conectar a Deus, não como um manual de instruções contendo regras a serem cumpridas.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Mateus 9:27-31

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 27: E, partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando e dizendo: Tem compaixão de nós, filho de Davi!

Versículo 28: E, quando chegou à casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus disse-lhes: Crede vós que eu possa fazer isto? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor.

Versículo 29: Tocou então os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.

Versículo 30: E os olhos se lhes abriram. E Jesus ameaçou-os, dizendo: Olhai que ninguém o saiba.

Versículo 31: Mas, tendo ele saído, divulgaram a sua fama por toda aquela terra.

Comentários


Os cegos pedem a Jesus para serem curados. Pela primeira vez Mateus, o autor deste Evangelho, usa a expressão "filho de Davi". Segundo a tradição hebraica, o Messias esperado seria um descendente de Davi. Assim, Mateus reforça a ideia de que Jesus era o Messias prometido.

Aparentemente Jesus não deu ouvidos aos cegos, e continuou o seu caminho. Quando os cegos se aproximaram novamente de Jesus, este pergunta se eles realmente acreditavam que poderiam ser curados. Jesus estava testando a fé deles. De acordo com a fé que eles tinham, conseguiram obter a cura.

Jesus pede aos que foram curados que não contem o que aconteceu. Isso talvez de deva ao fato de que Ele queria evitar ser conhecido apenas como um produtor de milagres, pois Sua missão era principalmente de curar as almas em sofrimento, não apenas os corpos.

Em nossas vidas, precisamos compreender que muita coisa vai acontecer de acordo com a nossa fé. Não só no sentido de permitir que milagres aconteçam, mas para abrir os nossos olhos para os pequenos milagres que ocorrem todos os dias, mas para os quais nós não damos a mínima importância, tais como o sorriso de uma criança ou uma flor se abrindo.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mateus 9:18-26

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 18: Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá.

Versículo 19: E Jesus, levantando-se, seguiu-o ele e seus discípulos.

Versículo 20: E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla do seu vestido;

Versículo 21: Porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar o seu vestido, ficarei sã.

Versículo 22: E Jesus, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.

Versículo 23: E Jesus, chegando à casa daquele chefe, e vendo os instrumentistas, e o povo em alvoroço,

Versículo 24: Disse-lhes: Retirai-vos, que a menina não está morta, mas dorme. E riram-se dele.

Versículo 25: E, logo que o povo foi posto fora, entrou Jesus, e pegou-lhe na mão, e a menina levantou-se.

Versículo 26: E espalhou-se aquela notícia por todo aquele país.

Comentários


Segundo o relato de Marcos e Lucas, em seus Evangelhos, o chefe que pediu ajuda a Jesus era Jairo, chefe da sinagoga. Nem por um instante ele duvidou que Jesus tivesse o poder de ajudar sua filha.

Jesus também não perdeu tempo fazendo perguntas àquele pai aflito. Simplesmente se levantou e foi até o local onde a menina estava.

No caminho, encontrou uma mulher que tinha um fluxo sanguíneo (proveniente do útero) há doze anos. Por causa disso, segundo a tradição hebraica, era considerada impura. Essa mulher se aproximou de Jesus e o tocou, pois acreditou que apenas isso seria suficiente para ser curada.

Jesus diz que a fé dessa mulher é que fez com que ela fosse curada. Nas outras vezes em que Jesus curou, Ele sempre falava: Vá e não peques mais. Desta vez, Ele apenas falou: a tua fé te salvou. Neste exato momento, a mulher foi curada. Ela não tinha a menor dúvida de que isso aconteceria, pois tinha fé. Por causa disso, a cura aconteceu.

Continuando Seu caminho, Jesus chega na casa onde se encontra a filha de Jairo, e diz que ela não está morta, está apenas dormindo. Naquela época, os sinais da morte não eram bem conhecidos. Assim, não seria impossível terem achado que a menina estava de fato morta. Mas Jesus, com sua visão espiritual desenvolvida no mais alto grau, pode observar que os laços que unem o corpo ao espírito não haviam se rompido. Assim, conseguiu fazer com que a menina se restabelecesse.

Jesus, embora tivesse poderes por nós desconhecidos, provavelmente não contrariaria a lei de Deus. Se a menina de fato tivesse morrido, provavelmente não a teria trazido à vida novamente. Mas isso é apenas uma conjectura, pois estamos muito longe de entender as leis de Deus e o potencial de Jesus.

Mais uma vez Jesus demonstra Seu profundo amor às pessoas. Ajuda sem muitas perguntas, movido pelo seu profundo amor. Ele ajuda porque essa é a Sua natureza, não porque as pessoas mereçam ou deixem de merecer. Por causa de Seu profundo amor, sempre que houver necessidade podemos pedir ajuda a Ele. Ele vai nos ajudar sem se importar se merecemos ou não a ajuda, pois essa é a Sua natureza.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Mateus 9, 16-17

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 16: Ninguém deita remendo de pano novo em vestido velho, porque semelhante remendo rompe o vestido, e faz-se maior a rotura.

Varsículo 17: Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.

Comentários


Jesus trazia uma nova mensagem, que não poderia ser adaptada à antiga religião hebraica, devido ao apego excessivo aos costumes, tradições e cumprimento da lei por parte de seus praticantes e sacerdotes. Por isso, Ele diz que não se pode colocar um remendo feito com um pano novo num vestido já velho, pois o vestido velho (a tradição judaica) correria o risco de se romper ao tentar absorver as novas leis que Jesus trazia.

Da mesma forma, não se poderia colocar um vinho novo em odres (bolsas feitas com couro de cabra) velhos. Isso porque o vinho novo, ao fermentar, acaba por se expandir. Caso seja colocado em um odre velho, que já não consegue mais se dilatar, acaba por romper o odre. Jesus trouxe uma nova forma de o homem se relacionar com Deus, e isso não cabia na tradição judaica, das antigas leis de Moisés.

Jeus pôde ampliar este relacionamento porque o ser humano havia evoluído, quanto ao aspecto moral, bastante desde a época de Moisés. A humanidade estava apta a dar um passo à frente em direção à sua compreensão de Deus.

O Espiritismo também agraga um novo conceito no relacionamento do homem com Deus. Ele retira o conceito do pecado, e coloca o conceito de causa e efeito. Com isso, deixamos de pensar que não devemos fazer determinadas coisas somente porque é pecado. Começamos a entender que devemos deixar de fazer certas coisas por causa das consequências que virão tanto para nós mesmos como para as pessoas que estão à nossa volta.

Temos uma nova roupagem para abrigar novos conceitos. Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, sabia muito bem disso. Em seus escritos, deixou claro que o Espiritismo iria evoluir com o passar do tempo. Nossa compreensão de magnitude de Jesus está muito longe da realidade, mas hoje ela é maior do que há cem anos. O progresso deve sempre agregar novos valores, mas sempre tendo por base o entendimento que as leis de Deus são imutáveis, o que muda é o nosso entendimento sobre elas.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Mateus 9, 14-15

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 14: Então chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam?

Versículo 15: E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, pois, virão em que lhes será tirado e esposo e então jejuarão.

Comentários


Os discípulos de João, embora estivessem um passo à frente dos fariseus, ainda estavam presos às leis de Moisés. Ainda acreditavam que precisavam cumprir rigorosamente estas leis. Ainda não haviam compreendido que Jesus era o Messias prometido pelo Antigo Testamento.

Jesus veio para reformar as leis de Moisés, pois o nível de compreensão era diferente naquele momento, tendo evoluído muito em termos de compreensão de Deus. Em nenhum momento Jesus quis modificar as leis de Deus, recebidas por Moisés na forma do decálogo (os dez mandamentos). Jesus apenas deu uma melhor intrepretação às leis que Moisés deixou para direcionar o povo hebreu no entendimento de Deus.

Como o Messias prometido estava presente naquele momento, não havia motivo para os discípulos estarem tristes. Jesus tinha vindo para falar de uma vida plena em Deus, repleta de alegria por fazer a vontade do Pai. Por isso os seus discípulos não jejuavam, pois estavam em pleno banquete espiritual com Ele.

Quanto à questão do jejum, Jesus em diversos momentos deixa claro que prefere que usemos de misericórdia para com o próximo e para conosco mesmos. Isso não quer dizer que estamos liberedos para comer até passarmos mal. Bom senso e moderação devem fazer parte da vida de qualquer cristão. Mas é preferível o jejum de palavras, onde vamos abrir mão de comentar os erros do próximo.

Fazemos uma ressalva: por uma questão de bom senso, devemos evitar nos alimentar em excesso ou com alimentos de difícil digestão (carne, por exemplo) antes de irmos ao Centro. Isso porque todo o nosso organismo, caso cometamos excesso na alimentação, vai estar voltado para a digestão, fazendo com que o fluxo de sangue para o cérebro seja diminuído. Podemos não aproveitar tudo de bom que o Centro pode oferecer porque o nosso cérebro não está recebendo a quantidade adequada de sangue que ele precisa.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mateus 9:9-13

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 9: E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.

Versículo 10: E aconteceu que, estando ele sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos.

Versículo 11: E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?

Versículo 12: Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médicos os sãos, mas sim os doentes.

Versículo 13: Ide, porém, e aprendei o que significa: Miséricórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

Comentários


Jesus estava passando perto da alfândega quando viu Mateus (também chamado Levi, que é o autor deste Evangelho) e o chamou.

Vamos entender melhor o cenário: a alfândega era o local onde os romanos, que dominavam os hebreus (Roma tinha invadido Israel nesta época, e dominava o local), cobravam os impostos dos comerciantes e dos cidadãos. Mateus era um hebreu que era contratado pelos romanos (que eram os dominadores, os opressores) para cobrar impostos de seus compatriotas.

Os publicanos, que eram como esses cobradores de impostos eram chamados, não poderiam ser bem vistos pelos hebreus, pois eram traidores de seu povo, trabalhando para o inimigo. Além de traidores, eram conhecidos por cobrarem além da taxa estipulada, apropriando-se da diferença.

Mateus, sendo um hebreu coletor de impostos, era desprezado pelos fariseus, que se julgavam superiores aos demais por terem um conhecimento muito grande das leis de Moisés, que regiam a vida deste povo.

Os fariseus não aceitavam Jesus como o Messias prometido e o desprezavam também, não perdendo ocasião de tentar mostrar que Jesus estava errado. Assim, aproveitaram-se do fato de Jesus ter convidado um  publicano para ser seu discípulo, e O criticaram ainda mais.

Tudo isso ficou ainda pior quendo Jesus foi até a casa de Mateus e, junto a outras pessoas não consideradas dignas pelos fariseus, compartilhou uma refeição com todos.

Como os fariseus não tinham coragem de enfrentar Jesus diretamente, perguntaram aos discípulos dele o motivo de se misturarem com tantos pecadores. Jesus ouviu isso e disse que quem mais precisava ouvir sobre Deus eram essas pessoas, pecadoras.

No versículo 13, Jesus cita as antigas escrituras: no livro de Oséias (capítulo 6, versículo 6), há uma citação de que Deus nos pede misericórdia, e não o cumprimento mecânico das leis , que é o que os fariseus faziam.

Assim, temos um relato humilde de Mateus de como foi chamado por Jesus para se tornar o Seu discípulo e, mais tarde, o autor do relato da vida de Jesus.

Jesus nos deixa a mensagem de que veio ao mundo para salvar a vida de pessoas que estão cometendo erros, não daquelas que se julgam perfeitas. Assim, Sua mensagem se destina a nós, que estamos procurando encontrar um caminho que permita a presença de Deus em nossas vidas, nos transformando.

Assim como um cobrador de imposto, ao ser chamado, deixou tudo o que estava fazendo para seguir Jesus, ao ouvirmos o chamado de Deus em nossas vidas devemos abandonar tudo, sem olhar para trás. Não podemos servir a Deus e ao mundo. Devemos fazer nossa escolha.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Mateus 9:1-8

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 1: E, entrando no barco, passou para a outra banda, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado numa cama.

Versículo 2: E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados.

Versículo 3: E eis que alguns dos escribas diziam entre si: Ele blasfema.

Versículo 4: Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações?

Versículo 5: Pois qual é mais fácil? dizer: Perdoados te são os teus pecados: ou dizer: Levanta-se e anda?

Versículo 6: Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te; toma a tua cama, e vai para tua casa.

Versículo 7: E, levantando-se, foi para casa.

Versículo 8: E a multidão, vendo isto, maravilhou-se, e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens.

Comentários


Jesus retornava a Cafarnaum, uma cidade que ficava próxima ao mar da Galiléia.

Ao encontrar com um doente (o paralítico desta história), Jesus fala do motivo de seu sofrimento: seus pecados, ou seja, seus erros cometidos.

Jesus deixa claro que tem o poder de perdoar qualquer pecado, e que esse poder foi dado por Deus. Ele pode dizer: Tudo bem, você errou, mas Eu posso perdoar isso; daqui para a frente, não se engane mais.

Os escribas eram as pessoas encarregadas de ensinar as leis de Moisés ao povo. Zelosos ao extremo no cumprimento da lei, não entendiam que estavam diante de alguém que fugia da capacidade de sua compreensão, pois era muito maior do que a lei que eles ensinavam: Jesus. Não podiam admitir que alguém tivesse o poder de perdoar os pecados, mas Jesus tinha de fato e de direito esse poder.

As pessoas que estavam ao redor, observando a cena, ficaram admiradas por Deus ter dado um poder tão grande a alguém, pois Jesus tinha feito com que um paralítico andasse. No entanto, elas não faziam a menor ideia do quanto Jesus era especial. Se fizessem, não teriam se espantado.

Nossas doenças podem ter a sua origem nos enganos que cometemos. Jesus pode nos perdoar e nos curar. Entretanto, pode acontecer que haja a necessidade de não sermos curados. Talvez porque ainda temos algo a aprender com a doença, talvez ainda não tenhamos feito algo para merecer a cura. Só Deus sabe o real motivo para que isso aconteça. Isso explica o motivo de uma pessoa conseguir se curar e outra não. Isso não quer dizer que a que se curou seja melhor do que a outra que continua doente. Só significa que Deus tem planos diferentes para cada um.

domingo, 13 de outubro de 2013

Mateus 8:28-34

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 8

Versículo 28: E, tendo chegado à outra banda, à província dos gergesenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho.

Versículo 29: E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?

Versículo 30: E andava pastando distante deles uma manada de muitos porcos.

Versículo 31: E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos.

Versículo 32: E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas.

Versículo 33: Os porqueiros fugiram e, chegando à cidade, divulgaram tudo o que acontecera aos endemoninhados.

Versículo 34: E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus, e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse dos seus termos.

Gergesenos: o mesmo que gadarenos.
Gadarenos: habitantes de Gadara, uma cidade a sudoeste do mar da Galiléia, habitada por gentios (não hebreus).

No versículo 28, Mateus nos conta que, próximo ao local por onde Jesus passava, haviam endemoninhados que moravam no cemitério. Segundo a cultura do povo hebreu (judeu), havia pelo menos três motivos para que eles considerassem aqueles endemoninhados impuros:
- não eram judeus;
- eram endemoninhados, ou sejam, estavam possuídos por espíritos malignos;
- moravam num cemitério (todo aquele que tivesse qualquer contato com um morto era considerado impuro).
Mesmo assim, Jesus não desviou o seu caminho para passar longe deles. Todos os habitantes da cidade evitavam esse local, mas Jesus viu uma oportunidade de ajudar ao próximo.

No versículo 29, os "demônios" (espíritos obsessores) reconhecem a natureza espiritual de Jesus, saudando-o como o Filho de Deus. Isto é muito interessante, pois nem mesmo os discípulos de Jesus pareciam entender a grandeza da missão dele.

Os espíritos obsessores, talvez devido a sua profunda ligação com a matéria e seu desejo de destruição, pedem que, ao serem retirados do contato com aqueles homens obsediados, fosse permitido que se ligassem aos porcos que estavam lá por perto. Ao sentirem a energia que emanava daqueles espíritos, os porcos saíram correndo sem controle, e acabaram por se precipitarem em um precipício.

Como os porcos são considerados animais impuros pelos hebreus, sabemos que eles só poderiam pertencer aos habitantes daquela cidade, pois nenhum hebreu criaria porcos. Ao constatarem que seus porcos tinham morrido, estes habitantes pedem que Jesus se afaste da cidade. Por causa de alguns porcos, eles perderam a oportunidade de terem contato com um homem que viria modificar o mundo! Será que nós, frente aos chamados da vida material, também não acabamos por afastar a presença de Jesus de nossas vidas?

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mateus 8:23-27

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 8

Versículo 23: E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram;

Versículo 24: E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.

Versículo 25: E os seus discípulos, aproximando-se o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos, que perecemos.

Versículo 26: E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeus os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.

Versículo 27: E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?

O mar da Galiléia tem 21 km de comprimento e 11 km de largura, e sua profundidade é de 50 metros. Subitamente pode ser assolado por tempestades, que criam ondes de até 6 metros de altura.

Os discípulos de Jesus eram pescadores, portanto conheciam bem o mar. Quanto entraram no barco, o mar estava calmo. Então, subitamente, formou-se a tempestade. Eles se apavoraram, porque o barco poderia virar a qualquer momento.

Durante a tempestade, Jesus dormia calmamente no barco. Ele fazia isso porque confiava inteiramente em Deus. Sabia que nada de mal aconteceria, pois não eram esses os planos de Deus para Ele.

Os discípulos acordaram Jesus e pediram socorro, pois acreditavam estar em grande perigo. Jesus simplesmente repreende a tempestade e tudo se acalma. Como Ele fez isso? Como era profundo conhecedor das leis da Natureza, pois havia participado e comandado a formação do planeta Terra, isso não era difícil de se fazer.

Os discípulos se espantam com a autoridade de Jesus sobre a tempestade. Não faziam idéia da grandeza espiritual de Jesus. Demonstram isso em outros relatos do Novo Testamento. Até hoje nós também não compreendemos a grandeza de Jesus e a Sua mensagem.

Prova desse nosso desconhecimento é como nos portamos diante das "tempestades" que chegam nas nossas vidas. Ao invés de nos aquietarmos e confiarmos em Deus, saímos gritando por socorro, feito crianças assustadas.

Fica a pergunta de Jesus: Por que temeis, homens (e mulheres) de pouca fé?

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mateus 8:18-22

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 8

Versículo 18: E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para a banda d'além;

Versículo 19: E, aproximando-se dele um escriba, disse: Mestre, aonde quer que fores eu te seguirei.

Versículo 20: E disse Jesus: As raposas têm covis e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

Versículo 21: E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permita-me que primeiramente vá sepultar meu pai.

Versículo 22: Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa aos mortos sepultar os seus mortos.

Um escriba era a pessoa responsável por ensinar as leis de Moisés ao povo hebreu, o que dava a ele grande prestígio e poder. Jesus pergunta se o escriba estava consciente do que estava dizendo, se sabia que estava abrindo mão de sua posição para seguir Jesus, que nem ao menos tinha um lugar fixo para morar.

Ao optar por seguir Jesus, o escriba também seria alvo da perseguição dos hebreus, que não aceitavam Jesus como o Messias prometido e O perseguiam violentamente.

Quando nós optamos por seguir Jesus, também temos um preço a pagar, seja abrindo mão de nosso comodismo, seja deixando de lado muitos aspectos da vida material. Mas a recompensa é grande: a vida em plenitude, frutífera e abundante.

Quando Jesus diz a seu discípulo para não enterrar seu pai, mas para deixar os mortos sepultarem os seus mortos, Ele quis dizer que devemos deixar as pessoas que estão mortas para a vida espiritual cuidarem dos assuntos que não dizem respeito à vida espiritual. Com toda a bondade que O caracterizava, Jesus jamais faltaria com a caridade de deixar um filho participar do sepultamento de seu pai. Ele aproveitou a ocasião para dar um exemplo do que devemos valorizar, que é a vida espiritual acima de tudo, sem nos prendermos a detalhes da matéria que, se não formos cuidadosos, acabarão por absorver as 24 horas do nosso dia.