domingo, 11 de maio de 2014

Mateus 16, 13-17

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 16


Versículo 13: E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipo, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?

Versículo 14: E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas.

Versículo 15: Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?

Versículo 16: E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.

Versículo 17: E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.

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Jesus visitava muitas cidades com a finalidade de levar as boas novas a todas as pessoas. Assim, chegou à cidade de Cesareia, que era governada por Filipe (irmão de Herodes Antipas; Herodes havia mandado matar João Batista).

Lá, Jesus perguntou aos seus discípulos o que o povo falava sobre Ele, quem achavam que Ele era. Jesus sabia que os fariseus não aceitavam que Ele era o Messias prometido, mas perguntou o que o povo pensava.

Segundo a tradição do povo judeu, que está descrita em Deuteronômio (quinto livro do Antigo Testamento), no capítulo 18, versículos 15 a 19, Deus havia prometido enviar um grande profeta, que transmitiria a mensagem dEle ao povo. Por isso, muitos acreditavam que Jesus fosse um dos antigos profetas que havia retornado. Citam Jeremias e Elias, que foram grandes profetas.

A respeito de Elias, Jesus esclareceu que ele já havia voltado. No capítulo 17 do evangelho de Mateus, nos versículos 10 a 13, Ele esclarece que João Batista era o profeta Elias que havia retornado.

Simão Pedro foi o único que reconheceu Jesus como aquele que tinha sido enviado por Deus conforme o previsto no Antigo Testamento. Segundo a tradição judaica, Deus enviaria o Messias para salvar o povo. Messias (em hebraico) e Cristo (em grego) significam a mesma coisa: ungido.

Jesus diz que não foi a carne nem o sangue que revelaram a Simão Pedro quem Ele era. Isto quer dizer que não foram nem as tradições nem as antigas escrituras, mas o próprio Deus que havia revelado isso a ele.

Os judeus aguardavam o Messias como aquele que libertaria o povo da escravidão e restauraria a antiga opulência e poder do seu povo. Não podiam entender que o Messias, na forma de Jesus, havia vindo para libertar não só os judeus, mas todos os povos da escravidão da ignorância, levando-os a um outro nível de relacionamento com Deus. Estavam mais preocupados com poder e dominação do que com a própria alma.

Os judeus aguardavam um líder de exército, cujo poder conseguiria derrotar todos os outros povos e fazer com que eles reinassem sobre o mundo. Assim, não quiseram ouvir quando Jesus esclarecia os homens sobre Deus, que gostaria de os ver possuírem uma liberdade que não poderia ser tirada por ninguém. Quando Jesus disse: "Meu reino não é desse mundo", era a isso que se referia.

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