quinta-feira, 3 de julho de 2014

Mateus 18, 23-35

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 18


Versículo 23: Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;

Versículo 24: E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;

Versículo 25: E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.

Versículo 26: Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.

Versículo 27: Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.

Versículo 28: Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.

Versículo 29: Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.

Versículo 30: Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.

Versículo 31: Vendo pois os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.

Versículo 32: Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe:Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste,

Versículo 33: Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?

Versículo 34: E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.

Versículo 35: Assim vos fará também o meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.

Comentários


Continuando os seus ensinamentos sobre o perdão, Jesus conta esta parábola ( uma narrativa curta que, mediante o emprego de linguagem figurada, transmite um conteúdo moral).

Nela, um rei vai realizar o acerto de contas, ou seja, vai verificar todas as pessoas que devem a ele e realizar a cobrança. O primeiro a ser cobrado é um que lhe devia 10.000 talentos (cada talento equivale a 35 kg de ouro), isto é, uma quantia muito grande. O servo não tinha como pagar aquela imensa quantia. Então, o rei, como era costume na época, manda que o servo e toda a sua família sejam vendidos como escravos para que o dinheiro obtido fosse usado como pagamento. O servo suplica misericórdia, e o rei o perdoa.

Logo depois, este servo que havia sido perdoado pelo rei encontra um outro servo, que lhe devia 100 dinheiros (um dinheiro, ou denário, equivalia ao pagamento por um dia de trabalho). Perto da quantia de 10.000 talentos, era uma quantia insignificante. Ao invés de perdoar a dívida pequena, assim como tinha sido perdoado a sua imensa dívida, o servo tenta esganar o devedor, exigindo o pagamento imediato de tudo que lhe era devido. Como o outro servo não tinha como pagar naquele momento, o cobrador o manda para a cadeia.

Ao presenciarem tamanha injustiça, os outros servos ficam indignados e vão se queixar ao rei. O rei, que antes havia perdoado a imensa dívida do primeiro servo, muda de ideia e o manda para a cadeia.

O rei, nesta história, representa Deus, que a todo momento nos perdoa das imensas dívidas que temos para com Ele. Nós somos o servo que, mesmo sendo perdoado pelo rei, se acha no direito de cobrar uma dívida muito pequena de seu semelhante. O resultado final é muito fácil de entender. Reflitam e coloquem em prática esse ensinamento contido na parábola, que apesar de ser singela em sua aparência, traz ensinamentos profundos.

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