Evangelho segundo Mateus
Capítulo 23
Versículo 5: E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas dos seus vestidos,
Versículo 6: E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
Versículo 7: E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens - Rabi, Rabi.
Comentários
Filactérios: duas caixinhas de couro, cada qual presa a uma tira de couro de animal puro, dentro das quais está contido um pergaminho, onde estão escritos quatro trechos da Torá que enfatizam a recordação dos mandamentos e da obediência de Deus (Êxodo 13:1-10, Êxodo 13:11-16, Deuteronômio 64-9 e 11:13-21).
Jesus continua falando dos filisteus, que eram os líderes religiosos do povo hebreu. Fala que eles davam mais valor às leis que ensinavam os homens a se relacionarem com Deus do que ao relacionamento propriamente dito.
As leis contidas no Torá, que foram trazidos por Moisés, deveriam apenas nortear os homens no caminho rumo a Deus. Ao invés disso, passaram a ser vistas como objetos que conferiam importância às pessoas. Ao serem escritas e carregadas junto às pessoas, passaram a ser mais importantes do que seu objetivo, que era o de se aproximarem de Deus.
Os fariseus se deixaram prender pela vaidade. Ao invés de facilitarem o encontro do homem com Deus, criaram muitas leis para regular esse relacionamento. Ao tornarem complicado o que deveria ser simples, buscavam se valorizar e manter os seus privilégios, contentes em manterem o povo na ignorância, a fim de manterem o poder.
Os fariseus buscavam se destacar na religião para serem vistos como melhores do que os outros. Não estavam preocupados em serem intermediários de Deus. Estavam a serviço da própria vaidade.
Nos dias de hoje, ainda vemos muitos religiosos que continuam se espelhando nos fariseus. Utilizam-se da religião para cultuarem a si mesmos, não a Deus. Querem ser vistos como pessoas especiais, as únicas com capacidade para entenderem o que a religião vem a ensinar. Envaidecem-se do conhecimento que possuem, e ao invés de compartilharem o que sabem, preferem fazer mistério sobre o assunto.
A vaidade já pôs a perder um número muito grande de médiuns e oradores. A vaidade é uma praga que ataca também escritores espíritas. Devemos nos lembrar que o mensageiro nunca é maior do que a mensagem, e que a mensagem que interessa é a de Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário