Evangelho segundo Mateus
Capítulo 25
Versículo 15: E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
Versículo 16: E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.
Versículo 17: Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois;
Versículo 18: Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Versículo 19: E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
Versículo 20: Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhes outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.
Versículo 21: E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
Versículo 22: E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos.
Versículo 23: Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
Versículo 24: Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
Versículo 25: E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
Capítulo 26: Respondendo, porém o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei;
Versículo 27: Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o meu com juros.
Versículo 28: Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos.
Versículo 29: Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.
Versículo 30: Lançai pois o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Comentários
Um talento correspondia a 35 kg de prata pura, o equivalente a 6.000 denários (o denário era uma moeda de prata e valia um dia de trabalho de um soldado romano).
Nesta parábola, Jesus faz uma comparação muito interessante. Começa com a história de um homem muito rico, que antes de viajar deixou seus empregados responsáveis pela administração de suas riquezas. A cada um ele deixou uma quantia proporcional à sua capacidade de administrar.
Depois de um tempo fora, o patrão voltou e foi ver o que cada um tinha feito com o dinheiro dele. Dois se saíram muito bem, dobrando o que haviam conseguido. O patrão colocou sua riqueza nas mãos deles. O terceiro, entretanto, não se saiu bem. Além de não ter obtido nenhum lucro, quis colocar a culpa no próprio patrão por ter se saído tão mal.
Cada um de nós tem o seu próprio talento, as suas potencialidades. Por saber disso, Deus dá a cada um de nós uma missão a ser cumprida, missão essa que está de acordo com nosso potencial. Se muitas vezes não estamos felizes com a vida que levamos, isso acontece porque não estamos cumprindo a vontade de Deus em nossas vidas.
Assim como o servo infiel, colocamos a culpa nos outros por termos negligenciado a nossa missão. Enquanto tivermos este tipo de atitude, não conseguiremos realizar as mudanças que nos trarão a felicidade, pois farão com que desenvolvamos todo o nosso potencial.
Temos em nossas mãos as ferramentas necessárias para realizarmos o trabalho que Deus nos confiou. Enquanto não agirmos de acordo, sempre faltará alguma coisa na nossa vida, pois essa é a sensação de não cumprirmos com o nosso dever.
Deus jamais nos daria uma tarefa que não pudéssemos realizar. Temos que confiar em Sua sabedoria e nos dispormos a cumprir com o nosso papel. O dia de hoje está aí para isso.
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