Evangelho segundo Marcos
Capítulo 3
Versículo 31: Foi quando chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. E ficando do lado de fora, mandaram alguém chamá-lo.
Jesus havia se mudado de Nazaré, onde vivia, para Cafarnaum. Em sua nova cidade, começou a realizar muitas curas e a pregar. Ficava cada vez mais conhecido. Por causa disso, uma multidão O procurava em casa.
Quando a família de Jesus ficou sabendo o que estava acontecendo, foram até Cafarnaum para O obrigarem a voltar para casa, pois achavam que Ele estava louco.
Ao chegarem onde Jesus estava, mandaram que fosse chamado, pois seria levado de volta a Nazaré.
A discussão sobre se Jesus de fato tinha irmãos, e quais seriam eles não cabe neste espaço. O que a lógica diz é que não é improvável que Jesus tivesse irmãos.
Versículo 32: E havia um grande número de pessoas sentadas em torno dele; e lhe avisaram: "Olha! Tua mãe, teus irmãos e tuas irmãs estão lá fora e buscam por ti."
A família de Jesus não aceitava que Ele fosse o Messias, e que tinha uma missão a executar. Achavam apenas que Ele estava louco.
Versículo 33: Então, Ele lhes respondeu com uma questão: "Quem é minha mãe, ou meus irmãos?"
Jesus aproveitava cada oportunidade que aparecesse para que pudesse ensinar. Poderia, se fosse agir como nós, apenas responder: Não vou. Ao invés disso, conduz a uma profunda reflexão ao perguntar quem era a sua mãe e quem seriam Seus irmãos. A ideia era causar um impacto, e com isso fazer com que as pessoas presentes (e nós, ao lermos o relato do que aconteceu há centenas de anos) refletissem sobre o que Ele iria ensinar.
Versículo 34: E, repassando com o olhar a todos que estavam sentados ao seu redor declarou: "Aqui etão minha mãe e meus irmãos.
Versículo 35: Pois qualquer pessoa que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão e mãe."
As pessoas que estavam ali acreditavam em Jesus. Viam as curas que Ele realizava. Ouviam Seus ensinamentos sobre Deus. Entretanto, a Sua família apenas achava que Ele estivesse louco, e queriam a todo custo levá-lo para Nazaré.
Muitas vezes, sentimos que não somos compreendidos por nossa família. Com o conhecimento que o Espiritismo nos dá, sabemos que não estamos em nossa família por acaso. Devemos procurar desenvolver laços de afeto e gratidão, pois foi graças a eles que nós obtivemos a oportunidade de reencarnarmos.
Por outro lado, os laços de família a que Jesus se refere deveriam se desenvolver dentre os frequentadores do Centro Espírita. O sentimento fraterno deveria permear o relacionamento dos que convivem durante anos em um grupo. Devido ao grande número de frequentadores, e a pressa que comanda nossas vidas, isso não acontece.
Precisamos aprender a nos dedicarmos mais ao cultivo da amizade fraterna. Chegar alguns minutos antes de a reunião começar, e não sair correndo logo que ela termina ajuda bastante.
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