quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Marcos 4.26-29

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 4


Versículo 26:  Então contou-lhes que: "O Reino de Deus é semelhante a um homem que lançou a semente sobre a terra.

Jesus, em Suas parábolas, sempre explica algo que não é conhecido das pessoas (neste caso, o reino de Deus) através de uma comparação com algo conhecido, que faz parte do cotidiano das pessoas para quem Ele está falando. Assim, desta vez explica com o que o reino de Deus pode ser comparado.

Versículo 27: Enquanto ele dorme e acorda, durante noites e dias, a semente germina e cresce, embora ele desconheça como isso acontece.

Esta parábola é encontrada somente no evangelho de Marcos. No seu começo, parece ser a parábola do semeador, que descreve como uma semente germina de maneira diferente em diferentes terrenos. No entanto, trata-se de outra parábola.

Versículo 28: A terra por si mesma produz o fruto: primeiro surge a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga.

Quando a palavra de Deus é semeada em nossa vida, durante um período parece que nada acontece. A nossa vida continua a mesma, pelo menos nas aparências.

Se na superfície nada mudou, o mesmo não acontece em nosso interior. Aos poucos, os ensinamentos vão germinando, como a semente embaixo da terra. Não nos damos conta de como é esse processo, pois ele não acontece na superfície, mas sim em nosso íntimo.

Depois de bastante tempo nos dedicando ao estudo dos ensinamentos de Jesus, de repente a mudança aparece, vem à superfície. Assim como a semente irrompe a terra e se torna visível, nossa transformação vem à superfície. Daí, aparecem pequenas transformações que vão dar lugar a grandes transformações, assim como a semente dá lugar à árvore.

Versículo 29: Assim que as espigas amadurecem, o homem imediatamente lhes passa o foice, pois é chegado o tempo da colheita."

Quando as mudanças se enraízam em nosso interior, está na hora da colheita. Está na hora de assumirmos compromisso com a vida espiritual de acordo com o que acreditamos.

Nossa prática, na vida cotidiana, não pode ser diferente do que cremos. Se acreditamos que a vida espiritual é a vida verdadeira, não podemos continuar a nos iludir, fingindo que a vida material é o que mais importa.

Assumimos, antes de reencarnarmos, compromissos com o plano espiritual. Através dos arrependimentos que tivemos pelos enganos que cometemos, pedimos ( e às vezes chegamos mesmo a implorar) a oportunidade de uma nova tentativa, através da nova passagem pelo corpo material. Essa nova oportunidade deve ser usada com sabedoria, corrigindo os nossos enganos, e não os repetindo!

Não adianta nos iludirmos: nossa vida é um breve intervalo entre o nosso nascimento e a nossa morte. Devemos aproveitar ao máximo as oportunidades de aprendizado e de colocarmos o que aprendemos em prática. Temos o dia de hoje para trabalharmos; não adianta perder tempo, achando que na próxima encarnação faremos melhor, pois ela pode demorar centenas de anos para acontecer. Assim, usemos o que temos em nossas mãos: o dia de hoje.

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