sábado, 28 de novembro de 2015

Marcos 6.45-52

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 6


Versículo 45: Logo em seguida, insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e seguissem adiante dele para Betsaida, enquanto Ele se despedia do povo.

Jesus havia alimentado uma multidão de mais de cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes.

O evangelista João nos informa que o povo estava disposto a leva Jesus à força para coroá-lo rei dos judeus. Por isso, Jesus mandou Seus discípulos para o outro lado do lago, enquanto pretendia subir ao monte para orar a sós.

Versículo 46: Tendo-o despedido, subiu a um monte para orar.

Após se despedir do povo, Jesus procurou um lugar isolado para orar.

Nos momentos mais importantes de nossa vida, quando nos sentimos perdidos, sem direção, orar num local calmo e silencioso é uma excelente opção. O local onde oramos não é relevante. Mas ao nos colocarmos num lugar onde podemos nos concentrar, onde estamos livres de distrações, podemos nos colocar mais acessíveis às influências benéficas do Plano Superior, e assim recebermos a ajuda da qual estamos precisando.

Versículo 47: Chegando a noite, o barco estava no meio do mar, e Jesus encontrava-se sozinho em terra.

Versículo 48: Ele notou que os discípulos remavam com dificuldade, pois o vento soprava contra eles. Em plena madrugada, Jesus vinha na direção deles, andando sobre o mar; e já estavam prestes a passar por eles.

Versículo 49: Assim que o viram caminhando sobre as águas, logo pensaram se tratar de um fantasma. E por isso gritaram.

As lendas e superstições alimentadas entre a população judaica afirmavam que a visão de um fantasma era sinal de grande desgraça. Os discípulos ficaram aterrorizados com a impressão de que um terrível espírito, vindo das profundezas das águas, os estava atacando.

Versículo 50: Pois todos o tinham visto e ficaram apavorados. Contudo, Jesus lhes anunciou: "Tende coragem! Sou Eu! Não tenhais medo!"

Versículo 51: Então logo subiu no barco para junto deles, e o vento se acalmou; e eles ficaram pasmos.

Versículo 52: Afinal, eles nem tinham entendido o milagre dos pães, porquanto seus corações se mantinham endurecidos.

Assim como os discípulos de Jesus, nós também temos dificuldades em entender as maravilhas que Jesus fez e o que veio nos ensinar.

Toda vez que há o relato de que os discípulos falharam ao entender os ensinamentos de Jesus, é dito que eles "tinham o coração endurecido". Isso é uma pista para nós: não podemos compreender Jesus (e, consequentemente, Deus) com o intelecto, mas sim com o coração. Não é dito que eles tinham limitações intelectuais, eram incultos, mas sim que o coração estava endurecido. Vamos meditar a respeito?

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Marcos 6.30-44

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 6


Versículo 30: Retornaram os apóstolos e reuniram-se com Jesus para lhe relatar tudo quanto haviam realizado e ensinado.

Jesus estava em Nazaré quando enviou Seus doze apóstolos para ensinarem as boas novas, curarem os doentes e expulsarem os demônios (nome que se dava à desobsessão na época).

Nesse período, João Batista foi decapitado a mando de Herodes.

Os discípulos retornaram de suas viagens e se reuniram com Jesus.

Versículo 31: Então convidou-lhes Jesus: "Vinde somente vós comigo, para um lugar deserto, e descansai um pouco." Pois a multidão dos que chegavam e partiam era tão grande que eles sequer tinham tempo para comer.

Os discípulos chegaram e queriam contar para o Mestre o que lhes tinha acontecido. Isso era praticamente impossível, pois um número muito grande de pessoas procurava por Jesus.

Jesus também tinha necessidade de ficar a sós com Seus discípulos. Queria uma oportunidade de aprofundar os Seus ensinamentos a eles. Para isso, propôs que fossem para um lugar deserto.

Versículo 32: E saindo de barco foram para um lugar despovoado.

Versículo 33: Entretanto, muitos dos que os viram retirar-se, tendo-os reconhecido, saíram correndo a pé de todas as cidades e chegaram lá antes deles.

As pessoas, ao perceberem que Jesus estava indo para um determinado local, apressaram-se para chegarem lá. Tinham extrema necessidade das curas e dos ensinamentos que Ele tinha para oferecer.

Versículo 34: Quando Jesus desceu do barco e observou aquele enorme ajuntamento de pessoas, sentiu compaixão por elas, porquanto eram como ovelhas sem pastor. E, sem demora, passou a ministrar-lhes muitas orientações.

Jesus viu as pessoas como ovelhas sem um pastor que as guiasse, pois faltava a elas um direcionamento espiritual. Os sacerdotes que deveriam ensinar o caminho até Deus não conseguiam transmitir a elas essa mensagem, pois o caminho era por eles desconhecido também.

Versículo 35: Com o passar das horas, o final da tarde estava chegando,e por isso, os discípulos se aproximaram de Jesus e avisaram: "Este lugar é deserto e a hora já muito avançada!

Eles estavam num local não habitado, a nordeste do mar da Galileia.

Versículo 36: Despede, pois, a multidão para que possam ir aos campos e povoados vizinhos para comprar para si o que comer."

Por ser um local não habitado, não havia onde as pessoas comprarem comida. Os discípulos pedem que Jesus encerre os ensinamentos e peça às pessoas que saiam em busca de comida.

Versículo 37: Jesus porém os instrui: "Provede-lhes vós mesmos de comer." Ao que lhes replicaram: "Devemos ir e comprar cerca de duzentos denários de pão para dar-lhes de comer?"

Um denário correspondia ao pagamento de um dia de serviço de um trabalhador braçal. Os discípulos perguntaram a Jesus se eles deveriam sair para comprarem pão para todos. Calcularam que seria preciso o equivalente a quase sete meses de salário de um trabalhador comum para que comprassem pão para todos.

Versículo 38: Mas Jesus lhes indaga: "Quantos pães tendes? Ide verificar!" E tendo-se informado, comunicaram: "Cinco pães e dois peixes."

Versículo 39: Então Jesus determinou-lhes que fizessem com que todo o povo se acomodasse em grupos, reclinados sobre a relva verde do campo.

Jesus usou a expressão "reclinar-se", que era a maneira típica como os povos orientais na época se colocavam às refeições. Era como se os discípulos estivessem avisando que a refeição seria servida em breve.

Versículo 40: E assim o fizeram, assentando-se em grupos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta.

Versículo 41: E, tomando Ele os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos ao céu, rendeu graças e partiu os pães. A seguir, os entregou aos seus discípulos para que os servissem ao povo. Da mesma maneira repartiu os dois peixes entre toda a multidão ali reunida.

Versículo 42: Todas as pessoas comeram à vontade e ficaram satisfeitas.

Versículo 43: Os discípulos ainda recolheram doze cestos repletos de pedaços de pão e de peixe. 

Versículo 44: E foram alimentados cinco mil homens naquele dia.

Não sabemos ao certo como Jesus conseguiu alimentar cinco mil homens (mulheres e crianças não foram contabilizados) com cinco pães e dois peixes. Porém não devemos ficar admirados com isso, pois Ele realizou muitos outros feitos que, para nós, ainda são inexplicáveis.

Fica uma mensagem: se Deus nos direciona para um determinado trabalho, podemos ter a certeza de que Ele vai nos prover do que for necessário para que o realizemos.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Marcos 6.14-29

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 6


Versículo 14: E essas histórias chegaram aos ouvidos do rei Herodes, porquanto o nome de Jesus já havia se tornado célebre. Algumas pessoas estavam comentando: "João Batista ressuscitou dos mortos! Essa deve ser a razão pela qual através dele se operam poderes milagrosos."

Jesus havia enviado Seus doze discípulos para pregarem as boas novas, realizarem curas e expulsarem os demônios.

A notícia dos feitos de Jesus logo se espalhou. O rei Herodes, que tinha mandado decapitar João Batista, também ficou sabendo do que Jesus estava fazendo.

Como os habitantes do local tinham João Batista como profeta, ao ouvirem o que Jesus fazia acharam que Jesus era João Batista que tinha ressuscitado, pois ambos falavam em nome de Deus.

A ideia de reencarnação não era estranha ao povo judeu. Porém eles tinham uma visão não muito clara do que acontecia. Acreditavam que uma pessoa morta poderia voltar a viver no mesmo corpo que já estava morto. Esse era o conceito de ressurreição. Por isso elas achavam que João Batista havia voltado à vida.

João Batista passou a vida inteira pregando e preparando as pessoas para a vinda do Messias. Nunca realizou um milagre. As pessoas tinham medo que, caso ele ressuscitasse, todos os milagres seriam possíveis.

Versículo 15: Entretanto, outros alegavam: "Ele é Elias!" E ainda outros declaravam: "Ele é profeta, como um daqueles profetas do passado."

No Antigo Testamento, havia a promessa de que Elias, um antigo profeta, voltaria antes da vinda do Messias. Na realidade, isso de fato aconteceu, pois João Batista era a reencarnação de Elias, e Jesus era o Messias prometido.

Um profeta era uma pessoa que servia de intérprete para Deus. Com isso, tanto podia pregar como realizar milagres. Por isso, muitos acreditaram que Jesus fosse um profeta. Isso já seria muito bom, visto que fazia dezenas de anos que não surgia um profeta em Israel. Mas Jesus era muito mais do que isso. Era o mensageiro de Deus.

Versículo 16: Mas quando Herodes tomou conhecimento do que se comentava, exclamou: "João, a quem mandei decapitar, ressuscitou dos mortos!"

Versículo 17: Porque o próprio Herodes havia expedido as ordens para que prendessem João e o acorrentassem no cárcere por influência de Herodias, esposa de Filipe, seu irmão, com o qual viera a se casar.

Herodias estava casada com Filipe, que era irmão de Herodes. Ao abandonar seu marido para se casar com seu cunhado, segundo as leis judaicas, ela havia cometido adultério. João Batista acusou o rei Herodes e Herodias de adultério, um crime muito grave para os judeus, punível com a morte.

Versículo 18: Pois, na ocasião, João havia admoestado a Herodes: "Não é licito viver com a mulher do teu irmão!"

Enquanto Filipe, irmão de Herodes, fosse vivo, Herodes não poderia se casar com Herodias mesmo se ela tivesse se divorciado, pois estaria cometendo adultério.

Versículo 19: E por esse motivo Herodias o odiava e tencionava matá-lo. Contudo não conseguia realizar seu intento.

Versículo 20: Porquanto Herodes temia a João, e sabedor de que era um homem justo e santo, o protegia. E quando o ouvia ficava admirado, e o escutava com prazer.

Herodes mandou prender João Batista devido à pressão de Herodias. Entretanto, reconhecia que João Batista era um homem bom. Manteve-o preso e tentou protegê-lo do ódio de Herodias.

Versículo 21: Finalmente Herodias teve a ocasião oportuna que ansiava. No dia do aniversário dele, Herodes ofereceu um banquete aos seus líderes mais destacados, aos comandantes militares e às principais personalidades da Galileia.

Versículo 22: E aconteceu que a filha de Herodias se apresentou dançando e muito agradou a Herodes e aos convidados. Então o rei brindo a jovem: "Pede-me o que desejares, e eu te darei!"

Versículo 23: E sob juramento lhe assegurou: "Se pedires, ainda que seja a metade do meu reino, eu te darei!"

Oferecer a metade do reino era uma força de expressão antiga e típica dos reis que queriam demonstrar generosidade para impressionar as pessoas presentes.

Herodes não era um rei. Governava em nome de Roma. Portanto, não poderia oferecer algo que não lhe pertencesse. Agiu mais sob o efeito do álcool do que com generosidade.

Versículo 24: Diante disso, saiu a moça e consultou sua mãe: "O que devo pedir?" Ao que ela recomendou: "A cabeça de João Batista!"

Versículo 25: Sem demora, retornando imediatamente à presença do rei, formalizou seu pedido: "Quero que me dês agora mesmo a cabeça de João Batista sobre um prato!"

Herodias manteve o firme propósito de se vingar de João Batista. Não pensou que, de fato, estava cometendo adultério ao se casar com o irmão de seu marido. Ao invés disso, preferiu guardar rancor e se vingar daquele que afirmou que ela era uma adúltera.

Ela poderia ter pedido o que quisesse. Entretanto, ficou presa ao seu desejo de vingança.

Versículo 26: Então, grande angústia sobreveio ao rei, mas devido ao juramento que fizera e aos convivas que se reclinavam ao redor da sua mesa, não quis deixar de atendê-la.

Herodes falou sem pensar. Levado pela emoção do momento, prometeu que daria à dançarina o que ela pedisse. Não sabia que Herodias, mãe da dançarina, estava esperando a oportunidade de vingança.

Duas pessoas que agem de maneira equivocada provocam a morte de um inocente.

Versículo 27: Mandou, portanto, imediatamente um carrasco com ordens para trazer a cabeça de João. O executor foi e decapitou João na prisão.

Versículo 28: E, trazendo a cabeça de João sobre um prato, a entregou à jovem, e esta, em seguida, a ofereceu à sua mãe.

Versículo 29: Assim que souberam do fato, os discípulos de João foram até lá, resgataram o corpo e o depositaram em um sepulcro.

Vemos como uma promessa feita sem pensar levou Herodes a decretar a morte de quem ele estimava, e como o desejo de vingança pode ser maior do que qualquer outra coisa. Diante destes fatos, podemos aprender como não devemos agir!


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Marcos 6.7-13

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 6


Versículo 7: Convocou então os Doze para junto de si e os enviou de dois em dois, concedendo-lhes autoridade sobre os espíritos imundos.

Jesus chamou os doze discípulos e os enviou, em duplas, para ministrarem. Se fossem sozinhos, poderiam visitar mais lugares, mas esta não era a intenção de Jesus. Viajando juntos, poderiam fortalecer e encorajar-se mutuamente, principalmente em tempos de dificuldade.

Segundo a lei dos judeus, também era necessário o testemunho de duas pessoas sobre um assunto. Assim, além de se ajudarem, também dariam veracidade ao que relatassem.

Jesus também despertou neles o poder de agir sobre os maus espíritos. Sabemos que esta autoridade é fornecida pela moral das pessoas. Jesus não poderia modificar essas pessoas, pois respeitava o livre arbítrio de cada um. Mas, como eram pessoas diferenciadas, eleitas para serem Seus discípulos, tinham em si o germe desta capacidade. Jesus fez com que isso viesse à tona, possibilitando que exercessem a autoridade moral sobre os espíritos obsessores.

Versículo 8: E determinou que nada levassem pelo caminho, a não ser um cajado somente; nem pão, nem mochila de viagem, nem dinheiro em seus cintos.

O cajado servia para ajudar os discípulos em suas longas caminhadas. Na época de Jesus, os caminhos que ligavam os povoados eram difíceis de serem usados, pois não passavam de trilhas. O cajado era útil nessa situação.

Ao vermos a orientação de Jesus aos discípulos que iriam sair a pregar, podemos nos lembrar dos oradores espíritas. Antigamente, eram pessoas comuns que trabalhavam em empregos comuns e usavam suas horas de folga para divulgarem o Espiritismo. Faziam isso por amor à Doutrina. Hospedavam-se na casa de pessoas espíritas como ele e ficavam muito agradecidas se recebessem uma xícara de café e um pedaço de bolo no final da palestra, quando aproveitavam para conversar com as pessoas que tinham ido escutá-los.

Hoje em dia, alguns oradores fazem disso uma segunda profissão. Fazem exigências para virem dar suas palestras, desde "ajuda de custo" para se deslocarem até o pagamento de hospedagem em hotéis muito confortáveis, além de um lugar de destaque para comercializarem seus livros.Ao final da palestra, precisam ter um verdadeiro buffet à sua disposição. Querem comer sozinhos para não serem incomodados, e assim que acabam de se empaturrarem, saem correndo para não correrem o risco de serem importunados pelos "companheiros de ideais". Os verdadeiros discípulos de Jesus precisam de tudo isso?

Versículo 9: Que andassem calçados com sandálias, mas não carregassem duas túnicas.

Jesus mandou que Seus discípulos se preocupassem exclusivamente em servir a Deus divulgando o Evangelho, e dependessem exclusivamente de Deus para obterem o seu sustento. Seus ouvintes, tocados por Deus, os proveriam do que fosse necessário.

Quem pretende divulgar o Espiritismo deve, antes de se oferecer para fazer palestra, ler muitas e muitas vezes esse trecho do Evangelho!

Versículo 10: E recomendou-lhes: "Sempre que entrardes em uma casa, nela permanecei até vos retirardes de lá.

Versículo 11: Contudo, se alguma aldeia não vos receber nem vos quiser ouvir, ao partirdes desse lugar, sacudi a poeira de debaixo de vossos pés, como testemunho contra eles."

Jesus pede que Seus apóstolos evitem ficar andando de casa em casa em uma aldeia, que se instalem em uma casa e lá permaneçam até que se dirijam a outra aldeia. Isso é para evitar disputas e mal-entendidos.

Os judeus tinham o costume de, ao saírem de cidades gentias (não judaicas), sacudirem a poeira de suas sandálias. Isso simbolizava que tinham deixado para trás as influências e práticas pagãs. Jesus pede o mesmo rigor para com as cidades que não aceitassem a Sua mensagem.

Versículo 13: Eles partiram e pregavam que todos se arrependessem.

Versículo 14: E expulsavam muitos demônios, ungiam com óleo a inúmeros doentes e os curavam.

Jesus curou pessoas e multidões sem nunca ter usado óleo, mas recomendou que Seus discípulos assim o fizessem, pois era uma prática antiga dos judeus, e esse deveria ser mais um sinal de dependência de Deus.

Assim como em qualquer outra religião, no Espiritismo algumas pessoas acabam se perdendo do ideal de serviço a Jesus. Não devemos criticá-las, mas jamais poderemos perder de vista qual é a maneira adequada de se portar, tendo como exemplo aquele que deve ser sempre o exemplo a ser seguido: Jesus!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Marcos 6.1-6

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 6


Versículo 1: Então, partiu Jesus dali e foi para sua terra natal, na companhia dos seus discípulos.

Jesus estava em Cafarnaum. Depois de ressuscitar a filha de Jairo, dirigiu-se à cidade de Nazaré.

Versículo 2: Com a chegada do sábado, começou a ensinar na sinagoga local, e muitos dos que o escutavam ficaram admirados e exclamavam: "De onde lhe vem tudo isto? E que sabedoria é esta que lhe foi outorgada?

Versículo 3: Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não convivem conosco suas irmãs?" E ficaram escandalizados por causa dele.

Conforme era o costume, aos sábados as pessoas comuns podiam ensinar nas sinagogas. Ao verem Jesus ensinando, as pessoas que O conheciam se escandalizaram. Sabiam que Ele era um trabalhador braçal, como a maioria deles, nascido em uma família humilde. Não conseguiam compreender (e nem aceitar) que Ele pregasse com tamanha sabedoria. Rejeitavam a autoridade dEle porque O consideravam igual a todos os demais daquela cidade.

Versículo 4: Contudo Jesus lhes afirmou:"Somente em sua própria terra, junto aos seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não é devidamente honrado."

Jesus sabia que, se grande parte dos judeus não O reconheciam como o Messias prometido, isso era ainda mais verdadeiro em relação à cidade onde cresceu. As pessoas não podiam admitir que alguém que eles viram crescer ocupasse uma posição de destaque.

Versículo 5: E, por isso, não podia realizar ali nenhum milagre, com exceção feita a alguns doentes, que ao impor de suas mãos foram curados.

O poder de Jesus não tinha desaparecido apenas porque Ele estava em Nazaré, pois esse poder vinha de Sua autoridade moral. Se Ele não realizou grandes feitos em Sua cidade é porque, para que as pessoas fossem curadas, elas precisavam acreditar, ter fé, e elas não acreditavam nele.

Por isso, os milagres não acontecem frequentemente em nossas vidas, pois não temos fé. Se tivéssemos um pouco de fé, conseguiríamos notar os numerosos pequenos milagres que nos acontecem todos os dias.

Versículo 6: E perplexo com a falta de fé por parte dos seus, passou a percorrer os povoados vizinhos e os ensinava.

Jesus percebeu que pouco poderia fazer em Nazaré. Seu tempo era escasso, e não adiantaria ficar muito tempo ali tentando convencer as pessoas a acreditarem nele. Ao invés disso, seria melhor investir Seu tempo onde fosse mais proveitoso.

Muitas vezes, investimos o nosso tempo em projetos que não irão adiante. Insistimos muito e nada dá certo. Seria o caso de nos perguntarmos se esse projeto é obra de Deus ou do homem. Se fosse obra de Deus, certamente iria adiante. Precisamos ter discernimento par nos dedicarmos às coisas certas, senão corremos o risco de chegarmos ao fim de nossa existência sem termos alcançado o que nos propusemos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Marcos 5.35-43

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 5


Versículo 35: Enquanto Jesus ainda estava falando, chegaram algumas pessoas vindas da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga, a quem informaram: "Tua filha já está morta! Não adianta mais incomodar o Mestre."

Jesus estava voltando da cidade de Gerasa, onde havia expulsado uma multidão de demônios. Ao chegar às margens do mar da Galileia (que na realidade era um lago, e não um mar), Jairo, o dirigente da sinagoga, implorou para que Jesus curasse a sua filha.

Enquanto Jesus se dirigia à casa de Jairo, uma mulher que sofria de um sangramento há 12 anos tocou Jesus, e ficou curada. Jesus parou para conversar com a mulher. Nesse momento, as pessoas que haviam estado na casa de Jairo foram procurar por ele, para avisar que sua filha havia morrido.

Versículo 36: Mas Jesus não deu atenção àquelas notícias, e voltando-se para o dirigente da sinagoga o encorajou: "Não temas, tão somente continue crendo!"

Frente à notícia da morte de sua filha, Jairo deve ter entrado em desespero. Jesus, que sabia que a morte da menina não era real, pois sabia o que acontecia no mundo espiritual e no material, diz àquele pai para que não tenha medo, mas que continue a acreditar.

Quando enfrentamos as tempestades que a vida nos traz, devemos nos lembrar do conselho de Jesus:"Não temas, somente continue a crer." Isso vai nos trazer uma maturidade espiritual que vai nos poupar de muitos sofrimentos no futuro, pois a aceitação de uma dificuldade traz o aprendizado necessário, fazendo com que não tenhamos que passar por problemas semelhantes para aprendermos o que temos que aprender.

Versículo 37: E ordenou que ninguém o acompanhasse a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.

Esses três apóstolos que acompanharam Jesus eram os que estavam mais próximos a Ele, e estariam presentes em outras situações delicadas.

Jesus não permitiu um número grande de testemunhas porque ainda não deveria ser alvo da atenção das autoridades judaicas, pois isso iria comprometer a Sua missão, visto que essas autoridades iriam fazer de tudo para O matarem, e Sua missão apenas havia começado.

Versículo 38: Assim que chegaram à casa do dirigente da sinagoga, Jesus observou grande agitação, com muitas pessoas consternadas, chorando e se lamentando em alta voz.

Manifestações ruidosas eram tradicionais, na cultura judaica, quando uma pessoa morria. Algumas mulheres tinham por profissão a lamentação pelos mortos. Assim, tinha-se a cultura de que, para honrar quem havia morrido, era necessária uma gritaria muito grande.

Jesus chega em meio a essa confusão toda, e observa. Não se desespera e nem critica o que está acontecendo, apenas observa. Eis um bom exemplo a ser seguido.

Versículo 39: Ao entrar na casa lhes questiona: "Por que estais em alvoroço e pranteais? A criança não morreu, mas está dormindo!"

Jesus já sabia que os laços que uniam o espírito ao corpo da menina não haviam se rompido, pois podia enxergar isso. Por esse motivo, afirmou que a menina não estava morta, apenas dormia.

Existem várias situações que podem dar a impressão de morte. Foi o que aconteceu com a filha de Jairo. Se os laços que prendem o espírito ao corpo já tivessem se rompido, não seria possível que eles se refizessem.

Versículo 40: E todos ali desprezaram o juízo feito por Jesus. Ele contudo mandou que saíssem, chamou para perto de si o pai e a mãe da criança, bem como os discípulos que estavam em sua companhia, e adentrou o recinto onde jazia a criança.

Versículo 41: Então, pegando na mão da menina, ordenou em aramaico: "Talitha Koum!", que significa "Filhinha! Eu te ordeno, levanta-se."

O aramaico era um dialeto hebraico falado por Jesus, Seus familiares e discípulos. A expressão literalmente é: "Cordeirinha, levanta-te."

Versículo 42: E no mesmo instante, a menina que tinha doze anos de idade, ergueu-se do leito e começou a andar. Diante dito, todos ficaram assombrados.

Versículo 43: Então Jesus lhes recomendou expressamente para que nenhuma outra pessoa viesse a saber do que haviam presenciado. E mandou que dessem algo de comer à menina.

O conhecimento do Espiritismo traz novas luzes sobre a vida de Jesus. Começamos a enxergar novos aspectos nos fatos que já eram conhecidos.

Nós deixamos de ficar espantados. Apenas nos admiramos por outras coisas. Jesus não revogou a lei da morte. Não porque não tivesse poder para isso, mas porque não era necessário. Se entendermos que as leis de Deus são perfeitas, elas não precisam ser revogadas.

O maravilhoso aqui é Jesus, assim que foi procurado por Jairo, já saber que a menina estava em uma condição que poderia ser modificada. Seu poder era tão grande que, com apenas um toque, assim como havia ocorrido com a viúva com sangramento, conseguiu restituir a saúde à menina.

O Espiritismo não pretende tirar a grandeza de Jesus dizendo que o que Ele fez não foi um milagre. Ao contrário, ele pretende que enxerguemos a imensa grandeza de Jesus através do entendimento do que Ele veio nos ensinar.

No livro "A Gênese", escrito por Allan Kardec em 1867, temos explicação dos fenômenos realizados por Jesus. Este é um dos 5 livros básicos, que devem ser lidos por todos os espíritas.




segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Marcos 5.21-34

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 5


Versículo 21: E retornando Jesus de barco para a outra margem, numerosa multidão, uma vez mais, se formou ao seu redor, enquanto estava na praia.

Jesus tinha estado em Gerasa, onde expulsou uma legião de demônios de um homem. Como, sob a ação dos espíritos que tinham sido expulsos, uma grande quantidade de porcos tinha se jogado no mar, os habitantes do local pediram para que Jesus deixasse o lugar.

Jesus cruzou novamente o mar da Galileia (que na realidade é um lago) e provavelmente voltou para Cafarnaum. Ao regressar, uma grande multidão O cercou logo às margens do lago.

Versículo 22: Foi quando chegou ali um dos dirigentes da sinagoga local, chamado Jairo. Ao ver Jesus, prostrou-se aos seus pés.

O dirigente da sinagoga era geralmente um leigo (não era quem ensinava as leis ao povo) com responsabilidades administrativas. Era responsável pelo culto, pelo funcionamento da escola semanal e pelos cuidados com o edifício.

Muitos líderes da sinagoga (dirigentes) mantinham estreitos laços com os fariseus. Por isso, é provável que alguns fossem pressionados a negar apoio a Jesus. O fato de Jairo se inclinar perante Jesus, mostrando respeito e adoração, foi muito corajoso.

Versículo 23: E lhe pediu aos prantos e com insistência: "Minha filha pequena está à beira da morte! Vem, impõe tuas mãos sobre ela, para que seja curada e viva."

Há dois mil anos, um pai desesperado pediu ajuda, pois sua filha estava doente. Essa cena comovente poderia ter acontecido nos dias de hoje, e teria o mesmo impacto, o de um pedido desesperado de socorro.

Versículo 24: Então Jesus foi com ele. E uma enorme multidão o acompanhava, apertando-o de todos os lados.

A curiosidade humana não mudou com o passar dos anos. Todos queriam ver Aquele de quem tanto se falava, que estava curando pessoas e expulsando demônios.

Ao receber o pedido de socorro daquele pai aflito, Jesus imediatamente vai em socorro à criança.

Versículo 25: E havia por ali certa mulher que, havia doze anos, vinha padecendo de hemorragia.

Versículo 26: Ela já havia sofrido demasiado sob os cuidados de vários médicos e gastara tudo o que possuía; porém, em vez de melhorar, ia de mal a pior.

Além de sofrer com sua doença, o sangramento fazia com que fosse considerada impura para os judeus, o que tinha como consequência ser separada da vida em sociedade, pois qualquer pessoa que tivesse contato com ela seria também considerada impura.

Mesmo depois de gastar todo o seu dinheiro com os tratamentos propostos, ela só piorava.

Versículo 27: Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, passou pelo aglomerado de pessoas e conseguiu tocar em seu manto.

Versículo 28: Pois dizia consigo mesma: "Se eu puder ao menos tocar as suas vestes, ficarei curada."

Que fé tinha aquela mulher! Doze anos padecendo de uma doença que a colocava à margem da sociedade. Ninguém conseguiu ajudar. Mesmo assim, ela confiava que, se conseguisse ao menos tocar Jesus, ficaria curada! Jesus não precisaria nem mesmo impor Suas mãos sobre ela, bastaria tocá-lo que ficaria curada. Quem de nós tem uma fé assim?

Versículo 29: E, naquele instante, se lhe estancou a hemorragia, e a mulher sentiu em seu corpo que estava liberta do seu sofrimento.

A fé operou mais um ato maravilhoso. Depois de doze anos sofrendo de um sangramento, finalmente ela estava curada.

Versículo 30: No mesmo momento, ao sentir que do seu interior fora liberado poder, Jesus virando-se em meio à multidão inquiriu: "Quem tocou em meu manto?"

Jesus percebeu que a energia curadora havia fluido dele para alguém Por isso, perguntou quem O havia tocado de modo a mobilizar o forte fluxo de energia.

Versículo 31: Ao que os discípulos alegaram-lhe: "Vês a multidão que te comprime de todos os lados e perguntas: 'Quem me tocou?'".

Os discípulos não sabiam o que estava acontecendo, mas Jesus sabia!

Versículo 32: No entanto, Jesus continuou olhando ao seu redor, esperando ver quem havia feito aquilo.

Versículo 33: Então, a mulher, assustada e trêmula, sabendo o que lhe tinha sucedido, aproximou-se e prostrando-se aos seus pés declarou-lhe toda a verdade.

A mulher sabia que Jesus a poderia curar se apenas conseguisse tocar nele. O que ela não sabia, e ficou espantada (e assustada) ao saber é que Jesus tinha notado o que havia acontecido, mesmo sem que ela O tivesse tocado, pois apenas tinha encostado no Seu manto.

Versículo 34: E Jesus afirmou-lhe: "Minha filha, a tua fé te salvou! Vai-te em paz e estejas liberta do teu sofrimento."

Assim como aquela mulher se livrou de um sofrimento que durava anos, nós também podemos nos livrar dos nossos sofrimentos. Para isso, basta que tenhamos uma fé semelhante à dela. Temos isso?