quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Marcos 6.7-13

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 6


Versículo 7: Convocou então os Doze para junto de si e os enviou de dois em dois, concedendo-lhes autoridade sobre os espíritos imundos.

Jesus chamou os doze discípulos e os enviou, em duplas, para ministrarem. Se fossem sozinhos, poderiam visitar mais lugares, mas esta não era a intenção de Jesus. Viajando juntos, poderiam fortalecer e encorajar-se mutuamente, principalmente em tempos de dificuldade.

Segundo a lei dos judeus, também era necessário o testemunho de duas pessoas sobre um assunto. Assim, além de se ajudarem, também dariam veracidade ao que relatassem.

Jesus também despertou neles o poder de agir sobre os maus espíritos. Sabemos que esta autoridade é fornecida pela moral das pessoas. Jesus não poderia modificar essas pessoas, pois respeitava o livre arbítrio de cada um. Mas, como eram pessoas diferenciadas, eleitas para serem Seus discípulos, tinham em si o germe desta capacidade. Jesus fez com que isso viesse à tona, possibilitando que exercessem a autoridade moral sobre os espíritos obsessores.

Versículo 8: E determinou que nada levassem pelo caminho, a não ser um cajado somente; nem pão, nem mochila de viagem, nem dinheiro em seus cintos.

O cajado servia para ajudar os discípulos em suas longas caminhadas. Na época de Jesus, os caminhos que ligavam os povoados eram difíceis de serem usados, pois não passavam de trilhas. O cajado era útil nessa situação.

Ao vermos a orientação de Jesus aos discípulos que iriam sair a pregar, podemos nos lembrar dos oradores espíritas. Antigamente, eram pessoas comuns que trabalhavam em empregos comuns e usavam suas horas de folga para divulgarem o Espiritismo. Faziam isso por amor à Doutrina. Hospedavam-se na casa de pessoas espíritas como ele e ficavam muito agradecidas se recebessem uma xícara de café e um pedaço de bolo no final da palestra, quando aproveitavam para conversar com as pessoas que tinham ido escutá-los.

Hoje em dia, alguns oradores fazem disso uma segunda profissão. Fazem exigências para virem dar suas palestras, desde "ajuda de custo" para se deslocarem até o pagamento de hospedagem em hotéis muito confortáveis, além de um lugar de destaque para comercializarem seus livros.Ao final da palestra, precisam ter um verdadeiro buffet à sua disposição. Querem comer sozinhos para não serem incomodados, e assim que acabam de se empaturrarem, saem correndo para não correrem o risco de serem importunados pelos "companheiros de ideais". Os verdadeiros discípulos de Jesus precisam de tudo isso?

Versículo 9: Que andassem calçados com sandálias, mas não carregassem duas túnicas.

Jesus mandou que Seus discípulos se preocupassem exclusivamente em servir a Deus divulgando o Evangelho, e dependessem exclusivamente de Deus para obterem o seu sustento. Seus ouvintes, tocados por Deus, os proveriam do que fosse necessário.

Quem pretende divulgar o Espiritismo deve, antes de se oferecer para fazer palestra, ler muitas e muitas vezes esse trecho do Evangelho!

Versículo 10: E recomendou-lhes: "Sempre que entrardes em uma casa, nela permanecei até vos retirardes de lá.

Versículo 11: Contudo, se alguma aldeia não vos receber nem vos quiser ouvir, ao partirdes desse lugar, sacudi a poeira de debaixo de vossos pés, como testemunho contra eles."

Jesus pede que Seus apóstolos evitem ficar andando de casa em casa em uma aldeia, que se instalem em uma casa e lá permaneçam até que se dirijam a outra aldeia. Isso é para evitar disputas e mal-entendidos.

Os judeus tinham o costume de, ao saírem de cidades gentias (não judaicas), sacudirem a poeira de suas sandálias. Isso simbolizava que tinham deixado para trás as influências e práticas pagãs. Jesus pede o mesmo rigor para com as cidades que não aceitassem a Sua mensagem.

Versículo 13: Eles partiram e pregavam que todos se arrependessem.

Versículo 14: E expulsavam muitos demônios, ungiam com óleo a inúmeros doentes e os curavam.

Jesus curou pessoas e multidões sem nunca ter usado óleo, mas recomendou que Seus discípulos assim o fizessem, pois era uma prática antiga dos judeus, e esse deveria ser mais um sinal de dependência de Deus.

Assim como em qualquer outra religião, no Espiritismo algumas pessoas acabam se perdendo do ideal de serviço a Jesus. Não devemos criticá-las, mas jamais poderemos perder de vista qual é a maneira adequada de se portar, tendo como exemplo aquele que deve ser sempre o exemplo a ser seguido: Jesus!

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