domingo, 10 de abril de 2016

Marcos 11.12-19

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 11


Versículo 12: No dia seguinte, enquanto estavam saindo de Betânia, Jesus teve fome.

Jesus, acompanhado por Seus discípulos, realizava Sua última viagem a Jerusalém, para onde se dirigia a fim de participar das solenidades de comemoração da Páscoa judaica.

Versículo 13: E, avistando ao longe uma figueira com folhas, foi verificar se encontraria nela algum fruto. Chegando perto dela, nada encontrou, a não ser folhas, porque não era época de figos.

Jesus aproveitava toda e qualquer oportunidade para transmitir os Seus ensinamentos. Ele sabia que não era época de figos. Por isso, não devemos pensar que Ele foi até a figueira apenas para pegar alguma fruta para comer.

Versículo 14: Então a repreendeu: "Nunca mais, em tempo algum, coma alguém fruto de ti." E os discípulos escutaram quando proferiu isso.

Jesus sabia que não era época de figos. A figueira primeiro se enche de folhas novas para depois dar frutas. Não teria sentido se Ele dissesse que ninguém mais comeria os frutos daquela árvore só porque ela ainda não tinha frutificado, o que em breve aconteceria.

Versículo 15: Assim que chegou a Jerusalém, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que ali estavam apenas comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que comercializavam pombas.

O cambistas eram pessoas que trocavam moedas estrangeiras por moedas do Templo, que eram as únicas aceitas para pagamento de impostos e para comprar os animais que eram oferecidos em sacrifício. Faziam um negócio altamente lucrativo, cobrando taxas exorbitantes.

Os animais que eram vendidos no Templo eram os únicos que podiam ser aceitos, e isso era também um negócio altamente lucrativo.

Assim, as pessoas se aproveitavam da religião para obterem vantagens financeiras (qualquer semelhança com os dias de hoje é mera semelhança).

Jesus ficou indignado ao ver o que as pessoas tinham feito de um lugar sagrado.

Versículo 16: Também não permitia que ninguém transportasse mercadorias pelo templo.

Versículo 17: E os admoesta, exclamando: "Não está escrito: 'A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos'? Vós, contudo, a tendes transformado em covil de ladrões!"

Um local sagrado, dedicado a Deus, havia se transformado num grande mercado. Tudo isso com a conivência dos sacerdotes, que deveriam ser os primeiros a zelarem pela pureza do local!

Versículo 18: Os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei escutaram essas críticas e começaram a tramar um meio para assassiná-lo, pois o temiam, haja vista que todo povo estava maravilhado com o seu saber e ministração.

Versículo 19: E, ao por-do-sol, eles saíram da cidade.

Os sacerdotes, ao perceberem que alguém os criticava, ao invés de pensarem se Jesus tinha ou não razão, acharam mais fácil tramarem para O matarem.

Ao recebermos uma crítica, principalmente no que diz respeito a assuntos religiosos, devemos ponderar o argumento, e tentar perceber em que ponto a pessoa que nos critica pode ter razão. Pode ser que a maior parte do que ela falou não seja verdade. Entretanto, se ela tiver razão em alguma coisa, nós deveremos deixar a vaidade de lado e, de maneira racional, refletirmos.

Muitas vezes, uma pessoa que se acha nossa inimiga pode nos ensinar muito mais do que os nossos amigos. Isso porque ela nos olha com uma mente crítica, procurando nossos defeitos. Se usarmos isso a nosso favor, poderemos montar uma estratégia para suprirmos a nossa deficiência e nos aprimorarmos.

Neste episódio, Jesus usou de justa indignação, sendo veemente em Suas atitudes. Não podemos ser coniventes com coisas absurdas, pensando que reagirmos seria falta de caridade. Uma palavra enérgica, usada na hora certa, pode coibir a proliferação do mal.

E quanto à figueira? Sua estória continua na próxima postagem, na continuação do Evangelho segundo Marcos.

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