Evangelho segundo Marcos
Capítulo 15
Versículo 21: E ocorreu que certo homem de Cirene, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo, passava por ali, vindo do campo. Eles o forçaram a carregar a cruz.
Simão era natural de Cirene, importante cidade da Líbia, na África do Norte, onde vivia uma grande população judaica. Os soldados romanos o obrigaram a carregar a cruz na qual Jesus seria crucificado.
Na Páscoa, Simão havia feito uma peregrinação de Cirene até Jerusalém. Seus filhos Alexandre e Rufo foram mencionados porque, mais tarde, seriam bastante conhecidos na Igreja Primitiva.
Versículo 22: Levaram Jesus para um lugar denominado Gólgota, que significa local da Caveira.
Versículo 23: E lhe deram vinho misturado com mirra, mas Ele não o bebeu.
Era um costume judaico amenizar a dor do martírio oferecendo ao crucificado uma mistura entorpecente. Jesus preferiu enfrentar a situação de maneira lúcida, pois sempre teve consciência do que lhe aconteceria.
Versículo 24: Então o crucificaram. Dividindo suas vestes, jogaram sortes para saber com que parte cada um iria ficar.
Versículo 25: Eram nove horas da manhã quando o crucificaram.
Versículo 26: E assim ficou escrito na acusação contra Ele: O REI DOS JUDEUS.
Conforme o costume, escrevia-se a acusação numa tábua de madeira, que seguia à frente do sentenciado até o local da execução, quando era então pregada na cruz, logo acima da sua cabeça.
Versículo 27: Junto a Jesus crucificaram dois criminosos, um à sua direita e outro à sua esquerda.
Versículo 28: Cumpriu-se assim a Escritura, que diz: "Ele foi contado entre os malfeitores."
No Salmo 22, também chamado de "O Salmo da Cruz", temos a descrição da morte do Messias. No livro de Isaías, capítulo 53, também temos uma descrição do Messias.
Tudo o que Jesus passou já havia sido previsto pelos profetas, que registraram suas visões nos livros do Antigo Testamento. Esta é mais uma prova de que Jesus era, de fato, o tão esperado Messias, que viria para salvar o povo.
Versículo 29: Os transeuntes lançavam-lhe impropérios, gesticulando a cabeça e exclamando: "Ah! Tu que destróis o templo e, em três dias, o reconstróis!
Versículo 30: Agora desce da cruz e salva-te a ti mesmo!"
Jesus poderia ter se rebelado, libertando-se de tudo aquilo e punindo Seus agressores. Mas, se fizesse isso, não seria Jesus, aquele que amava até mesmo os seus inimigos.
Versículo 31: E Da mesma maneira os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei zombavam dele entre si, exclamando: "Salvou a tantos, mas a si mesmo não pode salvar-se!
Nesta aparente zombaria, eles reconheciam que Jesus tinha salvo muitas pessoas!
Versículo 32: E Que o Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e creiamos!" E, de igual modo, os que com Ele foram crucificados o insultavam.
Todos eles já tinham visto os milagres que Jesus tinha realizado, mas nem assim acreditaram. Não seria diferente desta vez: mesmo se Jesus descesse da cruz, eles continuariam não acreditando.
A mesma multidão que, dias antes, havia prestado homenagens a Jesus quando Ele entrava em Jerusalém, agora gritava insultos. Por isso, devemos ter muito cuidado ao formarmos uma opinião tendo em vista o que a maioria das pessoas pensa. Não são poucos os erros cometidos pela multidão.
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