Evangelho segundo Marcos
Capítulo 15
Versículo 16: Em seguida, os soldados agarraram Jesus e o conduziram para dentro do palácio, isto é, ao Pretório, e agruparam toda a tropa.
Jesus tinha sido levado ao Sinédrio, depois de ter sido preso no jardim de Getsêmani. De lá, os líderes religiosos judeus O levaram para Pôncio Pilatos, pois só o governador romano poderia condenar uma pessoa à morte, que é o que eles pretendiam fazer com Jesus.
Pilatos não viu crime algum em Jesus, mas os líderes judeus exigiam a Sua condenação à morte. Pilatos tentou libertá-lo, usando o costume que se tinha na época de se libertar um prisioneiro por ocasião da Páscoa judaica, mas a população preferiu libertar Barrabás, um rebelde criminoso.
Pilatos, sentindo-se pressionado pela população, decidiu condenar Jesus à crucificação, punição que era reservada aos rebeldes políticos. Com isso, os judeus desqualificavam Jesus como um líder religioso, e O colocavam simplesmente como alguém que queria incitar o povo contra o domínio romano.
Versículo 17: Vestiram-no com um manto de cor púrpura real, depois teceram uma coroa de espinhos e a cravaram sobre a sua cabeça.
Versículo 18: E começaram a saudá-lo: "Salve! Ó rei dos judeus!"
Os líderes judeus acusavam Jesus de se intitular "Rei dos Judeus". Por isso, os soldados romanos zombaram de Jesus, vestindo-O com uma capa cuja cor vermelha representava a realeza e o poder do Império Romano, e puseram em Sua cabeça uma coroa de espinhos.
Versículo 19: Espancavam-lhe a cabeça com uma vara e cuspiam nele. Ajoelhavam e lhe rendiam adoração.
Versículo 20: Depois de haverem zombado dele, despiram-lhe o manto de cor púrpura e o vestiram com suas próprias roupas. Então o levaram para fora, a fim de crucificá-lo.
Na realidade, os soldados romanos nem sabiam o que, de fato, estava acontecendo. Escutaram que Jesus se dizia "rei", e zombaram dele por esse motivo. Não se preocuparam em saber se o que estavam ouvindo era a realidade.
Jesus foi condenado pelos líderes judeus porque não estava de acordo com o papel de Messias que eles esperavam, que era o de um líder do exército que comandaria uma rebelião contra o domínio romano. Foi condenado pelos romanos por ser um líder de uma rebelião contra o domínio romano. Como vemos, a história pode ser um pouco confusa quando a olhamos de uma certa distância.
Assim agimos nós, também, ao basearmos o nosso conhecimento e julgamento apenas no que ouvimos dizer. Para se dizer "espírita", não basta irmos no Centro recebermos o passe e ouvirmos as palestras. Nem tudo o que é dito está em conformidade com os ensinamentos deixados por Kardec. Precisamos estudar o Espiritismo para termos a nossa própria conclusão dos fatos. Caso contrário, estaremos apenas repetindo uma cena que já aconteceu há mais de dois mil anos.
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