quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Marcos 14.43-52

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 14


Versículo 43: Jesus ainda não havia terminado de falar, quando surgiu Judas, um dos Doze. E com ele chegou uma multidão armada de espadas e cassetetes, vinda da parte dos sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos.

Jesus tinha ido, junto com Seus discípulos,  a um lugar chamado Getsêmani para orar. Tinha levado Pedro, Tiago e João a um lugar mais reservado, e pediu que eles permanecessem em vigília. Eles adormeceram, e Jesus os advertiu para que orassem e vigiassem, a fim de não caírem em tentação.

Depois que os advertiu, Jesus disse que estava pronto para ser entregue nas mãos dos pecadores e que o que O iria trair estava chegando. Logo em seguida, Judas chegou, trazendo guardas do Templo, escravos a serviço do sumo sacerdote e alguns soldados romanos.

Versículo 44: Ora, o traidor tinha combinado um sinal com eles: "Aquele a quem eu saudar com um beijo, é Ele; prendei-o e levai-o sob forte segurança."

Versículo 45: Então, assim que chegou, dirigiu-se imediatamente para Jesus e o saudou: "Rabbi". E o beijou.

A expressão "Rabbi" significa "meu mestre". Junto com um ou mais beijos em cada face, era um sinal de respeito e gratidão de um discípulo a seu mestre. Judas escolheu esse gesto para trair Jesus.

Versículo 46: Em seguida, os homens amarraram Jesus e o prenderam.

Versículo 47: Nesse momento, um dos que estavam bem próximos puxou da espada e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha.

Segundo o que nos relata João, em seu Evangelho, foi Pedro quem atacou o servo.

Versículo 48: Exclamou-lhes Jesus: "Acaso estou eu liderando alguma rebelião para virdes me prender com espadas e cassetetes?

Versículo 49: Pois diariamente tenho estado convosco no templo, vos ensinando, e não me prendestes. Contudo, é para que se cumpram as Escrituras."

Jesus protesta pela maneira com que vieram prendê-lo, com brutalidade, e de maneira desrespeitosa. Esse tratamento era reservado a rebeldes e criminosos, não a um mestre da lei.

O capítulo 53 do livro de Isaías, no Antigo Testamento, descreve o que aconteceria com o Messias. Isso foi escrito  centenas de anos antes de acontecer. Por isso, Jesus diz que o que foi profetizado nas escrituras estava se cumprindo.

Versículo 50: Logo em seguida, todos fugiram e o abandonaram.

Os discípulos de Jesus, que algumas horas antes disseram que jamais O abandonariam, saíram correndo ao menor sinal de perigo.

Versículo 51: Certo jovem, vestindo apenas um lençol de linho, estava seguindo Jesus, quando também tentaram prendê-lo.

Versículo 52: Mas ele, largando o lençol, fugiu desnudo.

Alguns historiadores acreditam que o jovem descrito fosse o próprio autor desse Evangelho (Marcos), pois esse episódio não é descrito em nenhum dos outros três Evangelhos.

Temos Jesus em Seus momentos finais. Judas, que havia compartilhado de Seus dias, aprendendo diretamente de Sua boca os ensinamentos a respeito de Deus, havia, por motivos que não sabemos explicar, decidido que Ele deveria ser traído, sendo entregue aos romanos através dos sacerdotes judeus.

Seus discípulos, que há pouco haviam compartilhado da refeição da Páscoa judaica, saíram correndo, com medo de também serem presos.

Não podemos acreditar que Jesus, um espírito altamente evoluído, fosse ficar magoado com o que estava acontecendo, por ser traído e abandonado. Entretanto, essas ações revelam o quão distante esses espíritos estavam de compreenderem o papel que lhes cabia na história.

Hoje, cada um de nós também tem um importante papel a desempenhar. Deus nos mostra, a todo momento, qual é esse papel. Podemos escolher entre fazer o melhor possível ou, tal qual os atores daquela época, deixarmos a oportunidade passar. A escolha é nossa.

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