domingo, 7 de agosto de 2016

Marcos 14.53-65

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 14


Versículo 53: Levaram Jesus ao sumo sacerdote; e então se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei.

O sinédrio, que funcionava como o Supremo Tribunal judaico, era constituído por setenta e um membros, divididos em três categorias: os chefes dos sacerdotes (também chamados "principais"), os líderes religiosos ("anciãos") e os mestres da lei ("escribas").

Enquanto estavam sob o domínio do Império Romano, o Sinédrio tinha grande poder, mas não podia condenar uma pessoa à morte.

O julgamento de Jesus teve duas fases: na primeira, um pequeno grupo se encontrou à noite; na segunda, todo o Sinédrio se reuniu pela manhã.

Os judeus queriam acusar Jesus de blasfêmia, pois Ele havia se declarado filho de Deus. O crime de blasfêmia era punido com  a morte.

Na realidade, não houve um julgamento, pois os componentes do Sinédrio já haviam se decidido a condenar Jesus à morte, não se importando com as provas ou com os testemunhos.

Versículo 54: Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote. E permaneceu assentado entre os criados, aquecendo-se junto ao fogo.

Versículo 55: Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio estavam buscando denúncias contra Jesus, todavia não conseguiam encontrar nenhuma.

Versículo 56: Várias pessoas também testemunharam falsamente contra Ele, contudo suas declarações não se mostraram coerentes.

Segundo as leis judaicas, uma pessoa só poderia ser condenada à morte mediante o testemunho de duas ou mais pessoas. Entretanto, não poderia haver contradições nos testemunhos.

Os líderes judeus não estavam conseguindo encontrar tais testemunhas, pois as acusações contra Jesus eram falsas.

Versículo 57: Então, outros se levantaram para testemunhar inverdades contra Ele:

Versículo 58: Nós o ouvimos exclamar: "Eu destruirei este templo construído por mãos humanas e em três dias edificarei outro, não erguido por mãos de homens."

Na realidade, Jesus havia dito que derrubaria o Templo, e em três dias o levantaria. Ele não se referia ao prédio, mas a Seu próprio corpo, pois morreria e, depois de três dias, ressuscitaria.

Versículo 59: Entretanto, nem mesmo quanto a essa acusação o testemunho deles era congruente.

Versículo 60: Então o sumo sacerdote levantou-se diante de todos e interrogou a Jesus: "Nada contestas à denúncia que estes levantam contra ti?"

Versículo 61: Ele, contudo, permaneceu em silêncio e nada replicou. Mas o sumo sacerdote voltou a indagá-lo: "És tu o Messias, o Filho de Deus Bendito?"

Versículo 62: Jesus asseverou: "Eu sou! E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso e chegando com as nuvens do céu."

Versículo 63: Diante disto, o sumo sacerdote rasgou suas vestes e esbravejou: "Por que ainda necessitamos de outras testemunhas?"

Um antigo costume dos reis e profetas era rasgar as roupas para, de maneira dramática, demonstrarem horror, escândalo ou ultraje.

Versículo 64: "Ouvistes a blasfêmia! Que vos parece?" E todos o julgaram merecedor da pena de morte.

O Sinédrio poderia condenar uma pessoa à morte sob a acusação de blasfêmia, que incluía não só a difamação do nome de Deus mas também qualquer ofensa à sua majestade ou poder. Mas era necessária a aprovação das autoridades romanas para a condenação.

Versículo 65: E assim alguns começaram a cuspir nele; encapuzaram-no, vendando seus olhos e, esmurrando-o, exclamavam: "Profetiza!" E os guardas o levaram debaixo de bofetadas.

Uma antiga interpretação do texto de Isaías (profeta do Antigo Testamento) dizia que o Messias seria capaz de conhecer e julgar as pessoas, ainda que de olhos vendados. Por isso, os soldados zombavam de Jesus, pedindo que Ele adivinhasse quem O estava agredindo.

Com a descrição desta cena, vemos até onde a ignorância pode nos levar!


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