Evangelho segundo Marcos
Capítulo 9
Versículo 33: Então chegaram a Cafarnaum. Quando já estavam em casa, indagou-lhes: "Sobre o que discorríeis pelo caminho?"
Jesus havia viajado com Seus discípulos, e retornava para a cidade onde haviam se estabelecido, Cafarnaum. Jesus percebeu que, durante a viagem (naquela época, viajava-se a pé), eles discutiam sobre algum assunto.
Versículo 34: Eles, porém, ficaram em silêncio; porque no caminho haviam discutido sobre quem era o maior.
Os discípulos de Jesus esperavam que Ele instaurasse um reino material, com poder econômico e político. Achavam que Jesus libertaria os judeus do governo de Roma, dando início a um período onde o seu povo fosse o conquistador de todos os outros povos, passando de oprimido a opressor.
Com essa ideia em mente, já estavam discutindo que cargo cada um ocuparia nesse novo governo que seria instalado.
Versículo 35: Assentando-se, Jesus reuniu os Doze e lhes orientou: "Se alguém deseja ser o primeiro, será o último, e servo de todos."
Será que os dirigentes religiosos de hoje chegaram a ler esse versículo? Jesus é muito claro: quem quer ter uma posição de destaque no serviço a Deus deve ser aquele que serve a todos, e não aquele que por todos é servido.
Versículo 36: E, conduzindo uma criança, colocou-a no meio deles e, tomando-a nos braços, revelou-lhes:
Versículo 37: "Quem recebe uma destas crianças, por ser meu seguidor, do mesmo modo estará a mim recebendo; e qualquer que me receber, não estará apenas me recebendo, mas igualmente àquele que me enviou."
O que temos feito por nossas crianças? Não me refiro aos filhos dos outros nem às crianças abandonadas, mas a nossos próprios filhos. Será que estamos oferecendo o melhor para elas? Não estou me referindo a bens materiais, pois sabemos que eles nada valem, e serão abandonados no momento da morte.
Estamos nos esforçando para deixarmos valores espirituais aos nossos filhos? Quando eu vejo duas coisas, fico sempre em dúvida. A primeira é ver pessoas que frequentam, há muitos anos, um centro espírita pelo menos uma vez por semana e se declaram de outra religião. Se não conseguem nem assumir a qual religião seguem, são capazes de ensinar a seus filhos o que acreditam ser uma boa escolha?
Outra coisa de vejo: pessoas que se dizem espíritas não têm nenhuma preocupação em permitir que seus filhos tenham acesso ao que elas acreditam ser verdade. Se um pai ou uma mãe acha que uma coisa é boa, não seria natural querer compartilhar isso com o filho? Por que então se omitir da orientação religiosa que seu filho deve ter?
Em alguns casos, cada um do casal tem uma religião diferente. Seria simples os pais encararem isso com naturalidade e fornecerem a oportunidade de seus filhos terem contato com ambas as religiões, para mais tarde, quando adultos, fazerem sua opção. Entretanto, o que acaba acontecendo é que essa escolha acaba sendo feita pelas convenções sociais, e a religião melhor aceita nos círculos sociais é a ensinada.
Assim, temos uma contradição: o Espiritismo é bom para mim, mas eu não permito que meu filho tenha acesso a ele. Está na hora de uma mudança. Quase todo centro espírita tem evangelização infantil e mocidade, e nossos filhos podem ser inscritos nele. Vamos nos informar sobre o dia e a hora em que o curso acontece, levar os nossos filhos e participar das atividades. Qual a dificuldade em fazer isso?
A mensagem de Jesus é clara: quem ajuda uma criança, é como se ajudasse Ele próprio, e é como se estivesse ajudando Deus.