domingo, 17 de janeiro de 2016

Marcos 9.14-29

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 9


Versículo 14: Assim que chegaram onde estavam os demais discípulos, observaram um grande aglomerado de pessoas ao redor deles e os mestres da lei discutindo com eles.

Um pouco antes, Jesus tinha levado Pedro, Tiago e João a um lugar retirado para que pudessem ficar a sós. Neste local, Jesus se transfigurou, e Moisés e Elias se materializaram no local (mais um fenômeno mediúnico claramente descrito na Bíblia!).

Versículo 15: Logo que a multidão percebeu Jesus, tomada de surpresa correu para Ele e o saudava.

Versículo 16: Então, Jesus dirigiu a palavra aos escribas e os inquiriu: "O que discutis com eles?"

Versículo 17: Contudo, um homem, no meio da multidão, replicou: "Mestre! Trouxe-te o meu filho, que está tomado por um demônio que o impede de falar.

Versículo 18: Onde quer que este o tome, joga-o no chão. Então ele espuma pela boca, range os dentes e fica todo enrijecido. Roguei aos teus discípulos que expulsassem o tal espírito, mas eles não conseguiram."

Ao chegar onde o restante de Seus discípulos estavam, Jesus observou que muitas pessoas estavam em volta deles, que discutiam com aqueles que eram encarregados de ensinar a lei judaica ao povo (mestres da lei).

Jesus perguntou o que estava acontecendo, e um pai contou que seu filho estava sendo vítima de obsessão, e os discípulos de Jesus não foram capazes de afastarem o obsessor.

Versículo 19: Admoestou-lhes Jesus: "Ó geração sem fé, até quando estarei Eu junto a vós? Até quando vos suportarei? Trazei-o a mim!"

Jesus diz que a falta de fé impediu Seus discípulos de afastarem o obsessor.

Versículo 20: E logo o trouxeram. Assim que o espírito viu Jesus, no mesmo instante provocou uma convulsão no menino. Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca.

Versículo 21: Então Jesus indagou ao pai do menino: "Há quanto tempo isto lhe está acontecendo?" E o pai declarou: "Desde a infância.

Versículo 22: Muitas vezes esse demônio o tem jogado no fogo e na água, para matá-lo. Todavia, se tu podes fazer algo, tem compaixão de nós e, de alguma maneira, ajuda-nos!"

Geralmente os processos de obsessão que já duram muito tempo são os mais complicados, pois existem vínculos que prendem a vítima ao obsessor, e quem aparenta ser a vítima pode, eventualmente, ser o verdadeiro obsessor.

Os discípulos que já haviam expulso vários espíritos obsessores não puderam fazer nada a respeito daquele que tomava o menino por falta de fé. Jesus adverte que há graduações entre os espíritos que se dedicam ao mal, e que alguns só podem ser afastados mediante profunda comunhão com Deus, através de oração e de persistente devoção, que inclui o jejum.

Versículo 23: "Se podes?", contestou-lhes Jesus: "Tudo é possível para aquele que crê!"

Versículo 24: Imediatamente o pai do menino asseverou: "Creio! Ajuda-me a vencer a minha falta de fé."

Mesmo que admitamos que a nossa fé em Deus não é absoluta, podemos pedir a Ele que nos ajude a crer. Se algo é impossível ao ser humano, certamente não o é para Deus. Assim, podemos superar algum defeito nosso ou mesmo a nossa fragilidade na fé.

Versículo 25: Percebendo que o povo estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, determinando: "Espírito mudo e surdo, Eu te ordeno: Deixa este jovem e jamais o tome novamente!"

Jesus ordena que o espírito obsessor deixe o jovem e nunca mais volte. O que vemos em processos obsessivos mais graves mostra que certos obsessores podem até se afastar, mas acabam voltando. Isso pode acontecer por diversos motivos: falta de mudança de comportamento do obsediado, que não se dedica à evangelização de si próprio; o obsediado, estando intimamente ligado ao obsessor, acaba por atraí-lo de volta, pois existem liames que os unem; o obsessor concorda em se afastar, mas sua decisão não é verdadeira em seu coração, e acaba mudando de ideia.

Versículo 26: Então o demônio berrou, agitou o jovem violentamente e o abandonou. O menino ficou desfalecido, a ponto de todos afirmarem: "Ele morreu!"

Versículo 27: Entretanto Jesus, pegando a mão do menino, o levantou, e ele ficou em pé.

Quem já participou de trabalhos de desobsessão sabe que isso pode acontecer.

Versículo 28: Mais tarde, quando Jesus estava em casa, seus discípulos o consultaram em particular: "Por que razão não fomos capazes de expulsá-lo?"

Versículo 29: E Jesus lhes advertiu: "Essa espécie de demônios só é expelida com oração e jejum."

Quando participamos de reuniões espíritas de qualquer natureza (desenvolvimento mediúnico, atendimento aos necessitados, desobsessão), temos que estar bem preparados para situações complexas.

Não adianta acharmos que os "irmãos", responsáveis pelo desenvolvimento do trabalho, devam suprir todas as nossas falhas, pois eles precisam de ferramentas adequadas para poderem trabalhar.

Precisamos ter conhecimento da doutrina espírita. Esse conhecimento só pode ser obtido através de profundo e contínuo estudo das obras básicas de Kardec.

De nada adianta ficarmos observando as pessoas mais experientes para imitarmos suas condutas. Nada substitui o estudo. Além disso, não existe uma fórmula que possa ser aplicada a todos os espíritos com os quais tenhamos contato.

Kardec já disse que o primeiro mandamento dos espíritas é amarmo-nos, e o segundo, instruirmo-nos. Não dá para "pular" o segundo mandamento!


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