terça-feira, 31 de maio de 2016

Marcos 13.14-23

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 13


Versículo 14: Então, quando virdes o sacrilégio horrível posicionado no lugar onde não deve estar (aquele que lê as Escrituras entenderá), os que estiverem na Judeia fujam para os montes.

"Sacrilégio horrível posicionado no lugar onde não deve estar": refere-se à profanação (desrespeito, violação do que é santo ou sagrado) do Templo de Jerusalém pelos inimigos de Deus.

No ano 70 d.C., o general romano Tito colocou um ídolo no altar do Templo, que havia sido incendiado durante a destruição de Jerusalém. Isso era um pecado terrível para o povo judeu.

Os cristãos sofreram terríveis perseguições, e muitos deles foram condenados à morte. Jesus os alertou para que, ao verem esses sinais, fugissem e não olhassem para trás.

Versículo 15: Quem estiver sobre a laje que cobre as vossas casas, fugi depressa, nem entre para retirar dela qualquer de vossos pertences.

Versículo 16: Quem estiver no campo não retorne para apanhar seu manto.

Versículo 17: Como serão terríveis aqueles dias, principalmente para as grávidas e para as mães que estiverem amamentando!

Versículo 18: Orem para que estes eventos não venham a ocorrer no inverno.

Versículo 19: Pois aqueles serão dias de tamanho sofrimento, como jamais houve desde que Deus criou o mundo até agora, nem nunca mais haverá.

Versículo 20: Portanto, se o Senhor não tivesse reduzido aquele período, nenhum ser de carne e osso sobreviveria. Contudo, por causa dos eleitos por Ele escolhidos, tais dias foram abreviados pelo Senhor.

Não só Jerusalém foi destruída no ano 70 d.C., também os cristãos foram perseguidos e muitos deles foram mortos.

Versículo 21: Se, todavia, alguém lhes anunciar: 'Eis aqui o Cristo!' ou ainda: 'Ei-lo logo ali!', não deis crédito a isso."

Versículo 22: Pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, realizando sinais e maravilhas, com o objetivo de enganar, se possível, os próprios eleitos.

Periodicamente, vemos um líder religioso anunciar que o fim do mundo está próximo. Esse líder consegue mobilizar um grande número de pessoas, e o resultado quase sempre é desastroso.

Vemos também, no Espiritismo, pessoas que declaram que a obra de Kardec está ultrapassada, e que deve ser "modernizada". Isso é enganação, pois os livros escritos por Kardec precisam ser lidos e estudados, e não atualizados!

Versículo 23: Desse modo estai vigilantes, pois sobre isso vos avisei com antecedência"

Devemos nos preocupar não em encontrar sinais de que o fim do mundo está próximo, mas em estudar, entender e praticar os ensinamentos de Jesus. Não importa se o mundo vai acabar hoje ou se vamos morrer antes que ele acabe, o que importa é que temos disponível apenas o dia de hoje para trabalharmos. Tudo o mais é incerto.


terça-feira, 24 de maio de 2016

Marcos 13.1-13

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 13


Versículo 1: E ocorreu que ao sair Jesus do templo, observou-lhe um de seus discípulos: "Olhai Mestre! Que pedras enormes. Que construções magníficas!"

O templo era uma construção enorme e luxuosa. Herodes tinha iniciado a sua reconstrução cerca de vinte  anos antes de Jesus nascer. Era uma construção maravilhosa, símbolo do poder e da grandiosidade de um templo.

Versículo 2: Entretanto Jesus lhes revelou: "Vês estas suntuosas construções? Pois aqui não restará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas!"

No ano 70 da era cristã, portanto 37 anos após a morte de Jesus, o exército romano invadiu Jerusalém, destruindo completamente o templo, queimando a cidade e matando seus habitantes.

Versículo 3: Dize-nos quando acontecerão estes eventos, e que sinal haverá quando todos eles estiverem prestes a cumprir-se?"

Muitos teólogos chamam este capítulo 13 de "Sermão Profético", pois vamos encontrar muitas profecias de Jesus sobre eventos que iriam acontecer, alguns no futuro próximo, outros em um futuro distante.

Versículo 5: E Jesus passou a preveni-los: "Vede que pessoa alguma vos induza ao erro.

Versículo 6: Pois serão muitos os que virão em meu nome, afirmando: 'Sou eu'; e iludirão multidões.

Jesus fala sobre o Seu retorno, e diz que muitos dirão que são Jesus, mas não devemos nos deixar enganar.

Versículo 7: No entanto, assim que ouvirem notícias sobre guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário que assim ocorra, contudo, ainda não é o fim.

Jesus esclarece que a guerra, sempre presente na história da humanidade, não é um sinal de que o fim dos tempos se aproxima.

Versículo 8: Porquanto nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Sucederão terremotos em vários lugares e muita fome por toda parte. Esses acontecimentos são o início das dores!

Esses sinais indicam que o processo de transformação começou. Nosso planeta, que é um local de expiação e provas, será transformado em um planeta de regeneração.

A mudança não ocorrerá sem traumas. Muitos eventos marcarão erra processo de transformação.

Versículo 9: Ficai vós alertas, pois vos denunciarão aos tribunais e sereis açoitados nas sinagogas. Por minha causa vos farão comparecer à presença de governadores e reis, e isso se constituirá em testemunho para eles.

Os sofrimentos e perseguições que os primeiros cristãos iriam sofrer já eram do conhecimento de Jesus, que alertava os Seus apóstolos de que isso iria acontecer.

Versículo 10: Contudo, é indispensável que primeiro o Evangelho seja anunciado para todas as nações.

No início, os apóstolos pregavam a mensagem de Jesus apenas aos judeus. Depois, ela passou a ser ensinada aos gentios (não judeus) também.

Versículo 11: Todas as vezes que fordes presos e levados a julgamento, não vos preocupeis com o que haveis de declarar, porém, o que vos for concedido naquele momento isso proclamai; porque não sois vós os que falais, mas sim o Espírito Santo!

Palavras de conforto para os cristãos que, pouco depois da morte de Jesus, sofreriam perseguições terríveis, e muitos seriam condenados à morte: não deveriam se preocupar com o que falariam para se defender, pois seriam inspirados por Deus para darem o seu testemunho.

Versículo 12: E sucederá que um irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte; e dessa maneira agirá o pai com para com seu filho. Filhos haverá que se revoltarão contra seus próprios pais e os assassinarão.

Versículo 13: Serão odiados de todos por minha causa, todavia aquele que permanecer firme até o seu fim receberá a glória da salvação.

Logo no início do cristianismo, uma pessoa que fosse identificada como cristã seria levada à prisão e possivelmente condenada à morte.

A descoberta, por parte da família, de que uma pessoa era cristã causava tal comoção que sua própria família a denunciava às autoridades.

Entretanto, Jesus diz que aquele que perseverar até o fim será salvo. Isso serviu de alento aos cristãos, que mesmo marchando para a morte se mantinham fiéis ao que acreditavam.

sábado, 21 de maio de 2016

|Marcos 12.41-44

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 12


Versículo 41: E Jesus foi sentar-se em frente ao local onde eram depositadas as contribuições financeiras e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de coleta de ofertas. Muitos ricos lançavam ali grandes quantias.

Jesus gostava de observar as pessoas, e conseguia tirar lições de acontecimentos aparentemente banais. O ato de fazer doações, em dinheiro, ao Templo era uma coisa comum, que não merecia a atenção de ninguém. Entretanto, Jesus ficou sentado, observando o que acontecia.

Versículo 42: Foi então que uma viúva pobre se aproximou e depositou duas moedas bem pequenas de cobre e, portanto, de bem pouco valor. 

As moedas de cobre correspondiam a um valor muito pequeno: um sexto de um denário (o denário era o pagamento que um trabalhador braçal recebia por um dia de trabalho); se um denário já representava pouco dinheiro, uma moeda que valia um sexto dele era quase nada!

Versículo 43: E chamando para perto de si os seus discípulos, Jesus lhes declarou: "Com toda a certeza vos afirmo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os demais ofertantes.

Gazofilácio: recipiente, em forma de trombeta (instrumento musical de sopro semelhante ao trompete), onde eram recolhidas as ofertas ao Templo.

Como Jesus podia afirmar que aquela viúva, que havia doado duas moedinhas que não valiam nada, era a pessoa que mais tinha doado ao Templo? A resposta está no versículo a seguir.

Versículo 44: Porquanto, todos eles ofertaram do que lhes sobrava; aquela senhora, entretanto, da sua penúria deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.

O espírita tem, de certa maneira, certo constrangimento em falar de dinheiro e pedir contribuições financeiras para o Centro. Isto tem motivo, pois não queremos ser vistos como certas igrejas onde o pregador interrompe a todo momento o seu discurso para pedir doações.

Entretanto, o Centro Espírita, além da notável estrutura espiritual que possui, existe também no plano material. Assim, precisa pagar impostos, contas de água e luz, telefone, pessoas que trabalham  na secretaria e na limpeza, além de todo o material consumido (água, copos descartáveis, produtos de limpeza, etc). Além disso, existem as obras assistenciais, tais como cestas básicas doadas. Quem paga por tudo isso? As pessoas que contribuem, fazendo doações.

Não é necessário que o Centro tenha uma fortuna aplicada no mercado financeiro, mas minimamente precisa estar com suas contas em dia.

Se você frequenta um Centro Espírita, já se perguntou quem mantém tudo aquilo funcionando e em ordem, limpo e pronto para receber as pessoas que chegam? Isso não acontece por obra de mágica. Pessoas realizam esse trabalho, e isso tem um custo. Felizmente, existem voluntários valorosos e essenciais para que tudo funcione bem. Mas algumas coisas precisam ser compradas e pagas.

Assim, nós que tanto recebemos no Centro podemos contribuir um pouquinho para que esse trabalho fabuloso continue. Se você sentir em seu coração que uma doação em dinheiro deve ser feita, não se constranja: vá até a secretaria do Centro e faça isso.

Muitos Centros mantém, dentre suas atividades, o fornecimento de cestas básicas a famílias necessitadas. Nós, que felizmente temos o supérfluo, nem podemos imaginar o que seja a pessoa não ter o que comer. Mas as famílias assistidas entendem muito bem o que é isso.

Não se preocupe em saber o que seu colega vai doar. Se você puder doar dez quilos de arroz ou mesmo uma cesta básica inteira, muito bom! Se pode doar apenar um quilo de sal, está bom também! O importante é que você, mesmo com todas as dificuldades pelas quais passa, consegue olhar ao redor e ver que existem pessoas que também estão em sofrimento, e que você tem a capacidade de ajudar. Feliz daquele que, mesmo em dificuldades, consegue ajudar o próximo! Jesus ficaria orgulhoso de você!

domingo, 15 de maio de 2016

Marcos 12.38-40

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 12


Versículo 38: E, continuando seu ensino, advertia Jesus: "Acautelai-vos dos escribas. Pois eles fazem questão de andar com roupas especiais e de receber saudações em praça pública, 

Escriba: entre os judeus, era aquele que lia e interpretava as leis.

Os escribas gostavam de usar túnicas compridas de linho branco, e cujas franjas quase chegavam ao chão. Achavam que sua respeitabilidade estava ligada à aparência exterior.

Hoje em dia, temos pessoas que acreditam que, por seu ar de santidade, merecem ser respeitadas. Querem que sua aparência fale mais alto do que suas atitudes. Acreditam que devam usar um certo tom de voz no Centro. Falam macio, usando uma linguagem que acreditam ser a adequada para os cristãos. As pessoas até gostam de as ouvir, e pensam estar diante de um santo. Entretanto, suas atitudes, tanto dentro do Centro quanto fora dele, mostram uma outra realidade.

As pessoas que agem dessa maneira comprometem a religião. Quem consegue perceber que elas falam uma coisa, mas fazem outra, acabam por achar que o problema está na religião, que não presta, pois dá abrigo a esse tipo de pessoa. O problema não é a religião, mas o ser humano, que como um todo está muito longe da perfeição.

Não devemos nos deixar iludir por discursos bonitos. Precisamos observar as atitudes, e não as palavras.

Por outro lado, não devemos esperar que apenas pessoas perfeitas, sem nenhuma mácula em seu caráter, frequentem o Centro. Pessoas assim são raras, pois o estágio evolutivo de nosso planeta (assim como o nosso) está muito distante da perfeição. Se estamos encarnados na Terra, e frequentamos o Centro espírita, é porque queremos nos tornar melhores, e não porque somos santos.

Versículo 39:  de sentar nos lugares de maior destaque nas sinagogas e ainda de ocupar as posições mais honrosas à mesa dos grandes banquetes.

Em resumo: Jesus nos alerta que existem pessoas que se utilizam da religião apenas para "aparecerem", para terem um destaque que, na vida normal em sociedade, não possuem. Essas pessoas cultuam mais sua própria vaidade do que Deus. Usam da religião para satisfazerem o seu ego. E o pior de tudo é que mentem a si mesmas, dizendo que fazem isso em nome de Deus! Deus não tem nada a ver com isso, O nome correto disso tudo é vaidade!

Versículo 40: Eles devoram as casas das viúvas e, para dissimular, fazem longas orações. Estes, certamente, receberão condenação ainda mais severa!"

Os escribas, e outros religiosos, não recebiam um salário fixo. Dependiam de doações feitas para sobreviverem. As viúvas eram as que mais doavam. Por isso, eles frequentavam muito as casas delas, pois queriam receber grandes doações. Ficavam horam em orações para aparentarem se dedicar a Deus, mas estavam de olho nas doações.

Atualmente, isso acontece de maneira diferente. Os espíritas sempre tiveram suas profissões, e atuavam na religião em suas horas de folga. Tudo o que faziam tinha como meta a divulgação da doutrina espírita. De uns tempos para cá, sob as mais variadas desculpas, vemos que isso vem mudando. Vemos oradores pedindo "uma pequena contribuição" a fim de cobrir as despesas de deslocamento até o local onde farão a palestra. Além disso, pedem que sua estadia (e das pessoas que os acompanham) em hotéis seja custeada pelo Centro espírita. Isso sem falar nos autores de livros, que exigem a montagem de uma estante com seus livros que são colocados à venda.

Sou de um tempo em que oradores (e que oradores!) vinham humildemente de carona ou de ônibus, e ficavam muito agradecidos se um outro espírita os hospedasse em sua casa. Os oradores se desculpavam por dar tanto trabalhos. Quando os escritores espiritas eram identificados pela plateia, ficavam sem graça, e diziam que eles não faziam nada, pois quem merecia todo o mérito era o plano espiritual, que era o verdadeiro autor do livro, e não eles. Esses escritores não recebiam um centavo dos direitos autorais, doando tudo para uma instituição de caridade com a qual não tinham vínculo algum (não eram os presidentes, sua família não fazia parte da diretoria e não recebiam salário para isso).

"Os tempos mudaram", pensarão alguns. Mudaram mesmo, pois o que era feito por amor à doutrina espírita acabou por se tornar comércio. O dinheiro perverte a capacidade de julgamento das pessoas. Aqueles que visam o lucro mais cedo ou mais tarde cairão em erro. Conforme temos no evangelho segundo Mateus, no capítulo 6, versículo 24: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou será leal a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mâmon." Mâmon é uma palavra hebraica para personificar um dos deuses mais poderosos de todos os tempos: o dinheiro.

Por esse motivo, recuso-me a assistir palestras quando sei que o orador cobrou para vir (e isso acontece com muita frequência). Não compro livro espírita quando vejo que o autor não doou os lucros para uma instituição de caridade (essa informação está nas primeiras páginas do livro).

Uma das pessoas mais destacadas do Espiritismo no Brasil sobreviveu a vida inteira com um mísero salário de funcionário público, e nunca recebeu pelos mais de 400 livros editados: Chico Xavier! Preciso falar mais alguma coisa?

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Marcos 12.35-37

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 12


Versículo 35: Mais tarde, Jesus estava ensinando no templo, quando levantou uma questão: "Como podem os mestres da lei pregar que o Cristo é filho de Davi?

Versículo 36: Sendo que o próprio Davi, expressando-se pelo Espírito, afirmou: 'O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que Eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés.'

Versículo 37: Se o próprio Davi o chama de 'Senhor", como é possível, então, ser Ele seu filho?" E numeroso ajuntamento de pessoas o ouvia com grande deleite.

No Salmo 110, versículo 1, que foi escrito por Davi, temos: "Assim declarou o Senhor ao meu Senhor: 'Assenta-te à minha direita e aguarda, enquanto de teus inimigos faço um objeto de descanso para teus pés!" Em todo esse Salmo, vemos uma profecia acerca do Messias.

"Sentar-se à direita" de um rei significava ocupar um lugar muito honroso.

No trono, havia um móvel colocado para que o rei descansasse seus pés sobre ele. Quando o rei mandava fazer uma pintura ou uma escultura, esse móvel era substituído pela imagem de seus inimigos que foram vencidos.

Neste Salmo, Davi coloca Deus falando ao Messias. Deus dá um lugar de destaque ao Messias (coloca-o sentado à Sua direita e diz que os inimigos do Messias serão vencidos).

Davi coloca o Messias como seu Senhor. Assim, não deve restar dúvidas: o Messias não é simplesmente "filho " (descendente) de Davi, mas seu Senhor.

Jesus conseguia enxergar de maneira clara o significado das antigas Escrituras. Por isso, a multidão procurava estar por perto quando Ele ensinava.

Neste trecho do Evangelho e no trecho do Salmo também, vemos a confirmação do que o Espiritismo ensina: Deus é o Pai, o Criador, e Jesus é Seu filho amado. Eles não são a mesma pessoa.

Jesus não tem Sua importância diminuída por ser considerado filho de Deus, e não o próprio Deus. Pelo contrário, Ele é o filho unigênito, isto é, único, pois ninguém se compara a Ele.

Diferentemente das outras religiões, o Espiritismo destaca o fato de Jesus e Deus serem diferentes. As sagradas Escrituras confirmam essa afirmação.

sábado, 7 de maio de 2016

Marcos 12.28-34

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 12


Versículo 28: Um dos mestres da lei achegou-se e os ouviu argumentando. Ao constatar como Jesus lhes houvera respondido esplendidamente, perguntou-lhe: "De todos os mandamentos, qual é o mais importante?"

Os antigos rabinos judeus contavam 613 ordenanças da lei mosaica, e as classificavam entre "mais importantes" e "menos importantes". Este mestre da lei pergunta a Jesus qual das 613 leis é a mais importante.

Versículo 29: Esclareceu Jesus: "O mais importante de todos os mandamentos é este: 'Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus é o único Senhor.

Versículo 30: Amarás, portanto, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.'

Versículo 31: E o segundo é: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Não existe qualquer outro mandamento maior do que estes."

Jesus resume as 613 leis em 2, que se complementam: amar a Deus mais do que amamos a qualquer pessoa ou coisa, e amarmos o nosso próximo como amamos a nós mesmos. Nenhuma lei é superior a estas.

Versículo 32: Então o escriba exaltou Jesus: "Muito bem, Mestre! Estás absolutamente certo ao afirmares que Deus é único e que não existe outro que se compare a Ele.

Escriba: fariseu, teólogo e erudito da Lei que criava e transmitia a tradição dos mandamentos de Deus.

Versículo 33: E que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento, e com todas as forças, bem como amar ao próximo como a si mesmo é muito mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas juntos."

A tradição judaica propunha uma série de ofertas e de sacrifícios oferecidos no Templo para cada pecado cometido. Esse escriba entendeu que nada disso era mais importante do que os dois mandamentos que Jesus tinha destacado.

Versículo 34: Jesus, por sua vez, vendo que o homem havia respondido com sabedoria, revelou-lhe: "Não estás distante do Reino de Deus!" E, a partir disto, não havia mais alguém que ousasse lhe questionar coisa alguma.

Precisamos estudar profundamente a religião que professamos. O Espiritismo tem uma literatura muito rica, o que permite a uma pessoa que se aprofunde nos estudos sem ter que depender que outra lhe ensine conhecimentos que estão ocultos.

Quanto mais estudamos, mais poderemos concluir que tudo se resume a amar a Deus e ao nosso próximo. Para nos aprofundarmos nesse amor, devemos nos dedicar ao estudo religioso, pois não podemos amar a Deus (que é o objetivo da religião) se não O conhecermos.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Marcos 12.18-27

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 12


Versículo 18: Depois chegaram os saduceus, que pregam não haver qualquer ressurreição, com a seguinte questão:

Depois que Jesus expulsou os comerciantes do Templo, contou a parábola dos maus vinicultores, onde expunha as falhas dos príncipes das igrejas e dos sacerdotes. Os fariseus ficaram furiosos ao verem sua autoridade questionada, e planejavam matar Jesus.

Os saduceus eram um pequeno grupo religioso que se opunha aos fariseus. Não acreditavam na ressurreição dos mortos, nem outro livro que não fosse o Pentateuco (cinco primeiros livros do Antigo Testamento escritos por Moisés), Rejeitavam a tradição oral da religião, o que os colocava em confronto com os fariseus, que eram estudiosos da tradição oral.

Mesmo sendo inimigos dos fariseus, uniram-se a eles quando o objetivo foi condenar Jesus.

Versículo 19: "Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se um homem morrer e deixar sua esposa sem filhos, seu irmão deverá se casar com a viúva e gerar filhos para seu irmão.

Segundo a lei que está no Deuteronômio (livro do Antigo Testamento) no capítulo 25, versículos 5 e 6, quando um homem morre sem deixar filhos, seu irmão deve se casar com a viúva para que a família tenha continuidade. O primeiro filho desse casamento será considerado o herdeiro do falecido marido.

Colocando em discussão uma lei de Moisés, os saduceus pretendiam embaraçar Jesus.

Versículo 20: Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou-se e faleceu sem deixar filhos.

Versículo 21: Então o segundo desposou a viúva, mas também morreu sem deixar descendentes. O mesmo ocorreu com o terceiro.

Versículo 22: E, dessa forma, nenhum dos sete irmãos deixou filhos. Finalmente, faleceu também a mulher.

Versículo 23: Na ressurreição, de quem essa mulher será esposa, haja vista que os sete irmãos foram casados com ela?"

Se os saduceus não acreditavam na ressurreição, não havia motivos para essa pergunta!

Versículo 24: Então Jesus os admoestou: "Não é sem motivo que errais tanto, pois não compreendeis as Escrituras nem o poder de Deus!

Jesus diz que os saduceus não conseguem compreender a mensagem de Deus contida nas Escrituras, pois eles se perdiam em debates sem fim, e faziam da religião um instrumento para exercerem o poder.

Não se preocupavam em seguir as leis de Deus, mas em debaterem sobre elas.

Versículo 25: Quando os mortos ressuscitam não se casam mais, nem são dados em casamento. Pois se tornam como os anjos nos céus.

Ao conquistarem uma evolução espiritual tão grande quanto comparado ao que entendemos como anjos, certas questões materiais deixam de ter importância. Relacionamentos baseados em interesses materiais não têm mais sentido de existirem.

Versículo 26: A respeito da ressurreição dos mortos, ainda não tendes lido no livro de Moisés, no texto referente a sarça, como Deus lhes declarou: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó?'

Os saduceus não estavam interessados em saber com qual dos irmãos a viúva deveria ficar. Queriam apenas reafirmar que não aceitavam a ressurreição, pois ela não era ensinada nos cinco livros de Moisés.

Jesus citou essa passagem de Êxodo (capítulo 3, versículo 6) onde Deus diz para Moisés que Ele era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, mortos há muito tempo.

Versículo 27: Ora, Ele não é Deus de mortos, e sim o Deus dos vivos! Estais absolutamente enganados!"

Jesus reafirma que tudo não acaba com a morte. Naquela época, o conceito existente era o da ressurreição, ou seja, o retorno à vida no mesmo corpo que já havia morrido.

Hoje, temos um conceito mais expandido, que é o retorno à vida num corpo especialmente gerado para isso. O Espiritismo veio para recuperar e ampliar os ensinamentos que Jesus não podia, naquela época, deixar mais claros. Por isso dizemos que o Espiritismo é o cristianismo redivido.

domingo, 1 de maio de 2016

Marcos 12.13-17

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 12


Versículo 13: Mais tarde enviaram a Jesus alguns dos fariseus e herodianos para tentar condená-lo em algumas palavras que proferisse.

Fariseu: relativo ou membro de grupo religioso judaico, surgido no século II A.C., que vivia na estrita observância das escrituras religiosas e da tradição oral. Na época de Jesus, eram conhecidos pelo rigor com que exigiam que os outros cumprissem as leis. Entretanto, não havia bondade neles, apenas vontade de cumprir as leis.

Herodiano: relativo a ou membro de um partido político dos tempos bíblicos, formado por judeus supostamente adeptos da casa de Herodes, que governava a Judeia em nome de Roma.

Depois de Jesus contar a parábola dos lavradores, os líderes religiosos fariseus mais uma vez tentaram armar uma armadilha para Jesus, para terem motivos para O condenarem à morte. Desta vez, eles se aliaram aos herodianos, que eram judeus que apoiavam o governo dos romanos, que dominavam os judeus na época.

Versículo 14: E, ao se aproximarem, lhe questionaram: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e que não te deixas influenciar por ninguém, pois não te impressionas com a aparência exterior das pessoas, mas ensinas o caminho de Deus em conformidade com a mais pura verdade. Assim sendo, diga-nos, é lícito pagar imposto a César ou não?

Os judeus detestavam ter que pagar impostos a Roma, pois isso significava submissão ao governo opressor. Os fariseus queriam se livrar desse governo opressor, e pregavam a rebelião. Por isso, achavam que não deviam pagar os impostos ao governo de Roma.

Os herodianos eram submissos ao governo romano, e acreditavam que os impostos deveriam ser pagos, caso contrário seria caracterizada uma rebelião.

Qualquer resposta que Jesus desse acabaria por O comprometer perante os presentes. Se dissesse que deveria pagar os impostos, o povo ficaria contra Ele. Se dissesse que não deveriam pagar, seria considerado um rebelde, e condenado à morte.

Versículo 15: Devemos pagar ou podemos nos recusar?" Jesus porém, conhecendo o quão hipócritas estavam sendo, lhes inquiriu: "Por que me tentais? Trazei-me um denário para que Eu o examine."

Um denário era uma moeda que um trabalhador braçal recebia por um dia de trabalho.

Jesus deixa claro que percebeu que os fariseus e os herodianos estavam tentando colocá-lo numa armadilha, mas ao invés de se envolver em discussões inúteis, aproveita a ocasião para ensinar.

Versículo 16: E eles lhe trouxeram a moeda, ao que Ele lhes indagou: "De quem é esta imagem e esta inscrição?" "Ora, de César", replicaram eles.

Versículo 17: Então Jesus lhes asseverou: "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus!" E todos ficaram pasmos com Ele.

Jesus, além de evitar polêmicas inúteis, conseguiu passar ensinamentos. Ele quis dizer que existem assuntos que são pertinentes à discussão religiosa, e outros não. Assuntos referentes à política devem ser discutidos na esfera política, e não na religiosa. Portanto, não cabia a Ele (e aos fariseus, que eram líderes religiosos) discutir sobre o pagamento ou não dos impostos.

Entretanto, não pode haver uma separação entre o que fazemos no círculo religioso e o que fazemos na vida comum. Tem que haver uma coerência na nossa maneira de agir, pois o que aprendemos como sendo errado, na nossa religião, não fica sendo certo no nosso cotidiano. Não podemos ter uma maneira diferente de agir de acordo com o local em que estamos. O certo é sempre certo, e o errado é sempre errado. O que Jesus ensinou se aplica a qualquer condição de nossa existência, e precisamos parar de pensar que o que aprendemos na religião só serve para ser aplicado no momento em que estamos no Centro Espírita. Jesus não pede menos do que isso!