domingo, 1 de maio de 2016

Marcos 12.13-17

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 12


Versículo 13: Mais tarde enviaram a Jesus alguns dos fariseus e herodianos para tentar condená-lo em algumas palavras que proferisse.

Fariseu: relativo ou membro de grupo religioso judaico, surgido no século II A.C., que vivia na estrita observância das escrituras religiosas e da tradição oral. Na época de Jesus, eram conhecidos pelo rigor com que exigiam que os outros cumprissem as leis. Entretanto, não havia bondade neles, apenas vontade de cumprir as leis.

Herodiano: relativo a ou membro de um partido político dos tempos bíblicos, formado por judeus supostamente adeptos da casa de Herodes, que governava a Judeia em nome de Roma.

Depois de Jesus contar a parábola dos lavradores, os líderes religiosos fariseus mais uma vez tentaram armar uma armadilha para Jesus, para terem motivos para O condenarem à morte. Desta vez, eles se aliaram aos herodianos, que eram judeus que apoiavam o governo dos romanos, que dominavam os judeus na época.

Versículo 14: E, ao se aproximarem, lhe questionaram: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e que não te deixas influenciar por ninguém, pois não te impressionas com a aparência exterior das pessoas, mas ensinas o caminho de Deus em conformidade com a mais pura verdade. Assim sendo, diga-nos, é lícito pagar imposto a César ou não?

Os judeus detestavam ter que pagar impostos a Roma, pois isso significava submissão ao governo opressor. Os fariseus queriam se livrar desse governo opressor, e pregavam a rebelião. Por isso, achavam que não deviam pagar os impostos ao governo de Roma.

Os herodianos eram submissos ao governo romano, e acreditavam que os impostos deveriam ser pagos, caso contrário seria caracterizada uma rebelião.

Qualquer resposta que Jesus desse acabaria por O comprometer perante os presentes. Se dissesse que deveria pagar os impostos, o povo ficaria contra Ele. Se dissesse que não deveriam pagar, seria considerado um rebelde, e condenado à morte.

Versículo 15: Devemos pagar ou podemos nos recusar?" Jesus porém, conhecendo o quão hipócritas estavam sendo, lhes inquiriu: "Por que me tentais? Trazei-me um denário para que Eu o examine."

Um denário era uma moeda que um trabalhador braçal recebia por um dia de trabalho.

Jesus deixa claro que percebeu que os fariseus e os herodianos estavam tentando colocá-lo numa armadilha, mas ao invés de se envolver em discussões inúteis, aproveita a ocasião para ensinar.

Versículo 16: E eles lhe trouxeram a moeda, ao que Ele lhes indagou: "De quem é esta imagem e esta inscrição?" "Ora, de César", replicaram eles.

Versículo 17: Então Jesus lhes asseverou: "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus!" E todos ficaram pasmos com Ele.

Jesus, além de evitar polêmicas inúteis, conseguiu passar ensinamentos. Ele quis dizer que existem assuntos que são pertinentes à discussão religiosa, e outros não. Assuntos referentes à política devem ser discutidos na esfera política, e não na religiosa. Portanto, não cabia a Ele (e aos fariseus, que eram líderes religiosos) discutir sobre o pagamento ou não dos impostos.

Entretanto, não pode haver uma separação entre o que fazemos no círculo religioso e o que fazemos na vida comum. Tem que haver uma coerência na nossa maneira de agir, pois o que aprendemos como sendo errado, na nossa religião, não fica sendo certo no nosso cotidiano. Não podemos ter uma maneira diferente de agir de acordo com o local em que estamos. O certo é sempre certo, e o errado é sempre errado. O que Jesus ensinou se aplica a qualquer condição de nossa existência, e precisamos parar de pensar que o que aprendemos na religião só serve para ser aplicado no momento em que estamos no Centro Espírita. Jesus não pede menos do que isso!

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