sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Mateus 11, 7-11

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 11



Versículo 7: E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas, a respeito de João: Que fostes ver no deserto? uma cana agitada pelo vento?

Versículo 8: Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que trajam ricamente estão nas casas dos reis.

Versículo 9: Mas então que fostes ver? um profeta? sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;

Versículo 10: Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho.

Versículo 11: Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.

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No início do capítulo 11, Jesus conversava com os apóstolos de João Batista, que estava preso e os tinha enviado para confirmar se Jesus era o Messias prometido. Quando esses discípulos vão embora, Jesus pergunta à multidão que estava ao seu redor sobre o que eles procuravam quando tinham ido ver a pregação de João Batista no deserto.

João Batista nasceu um pouco antes de Jesus. Trazia uma mensagem de arrependimento  e de busca do cumprimento da vontade de Deus. Era conhecido por se vestir com peles de animal, alimentar-se de mel e gafanhotos e batizar as pessoas como uma simbologia do nascimento para uma nova vida.

No Antigo Testamento, no livro de Malaquias (capítulo 3, versículo 1), há uma citação de alguém que viria antes do Messias, a fim de preparar o caminho dele. Jesus afirma que João Batista é essa pessoa, a que preparou o caminho para a vinda dEle, e que João é um grande profeta (profeta é aquele que prega a palavra de Deus).

Ao dizer que o menor no reino dos céus é maior do que João Batista, Jesus nos dá um alerta sobre a vaidade, pois diz que qualquer um é maior do que ele.

Não somos grandes devido a nossas realizações. Somos grandes ao cumprirmos a vontade de Deus. Antes de reencarnarmos, assumimos compromissos no mundo espiritual. Para sairmos vencedores, nesta encarnação, temos o dever de honrar esses compromissos. Deus tem planos para a nossa vida. Ele vai nos utilizar para semearmos o bem e diminuirmos o sofrimento das pessoas. É isso que nos torna grandiosos perante Deus.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mateus 11, 1-6

Evangelho segundo Mateus



Capítulo 11


Versículo 1: E. aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.

Versículo 2: E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos,

Versículo 3: A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?

Versículo 4: E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes:

Versículo 5: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados,e aos pobres é anunciado o evangelho.

Versículo 6: E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim.

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Na narrativa de Mateus do evangelho, todo o capítulo 10 é dedicado a descrever como Jesus preparou seus discípulos para que eles pregassem as boas novas. Neste novo capítulo, Jesus acaba as suas instruções, e parte com seus discípulos para ensinar nas cidades da Galiléia.

João Batista estava preso. No capítulo 3 deste Evangelho, há uma descrição de quando ele batizou Jesus, e que Deus reconhece Jesus como seu filho bem amado. Portanto, João Batista já conhecia Jesus e o havia identificado como o Messias prometido.

Por que João Batista, mais tarde, fica em dúvida se Jesus era de fato o Messias esperado? Não podemos saber com certeza. Talvez por saber que a sua missão era a de preparar o caminho para o Messias o deixasse em dúvida, pois se estava preso não poderia ajudar Jesus. Mas a sua missão já havia se cumprido, embora ele não soubesse disso.

No Antigo Testamento, existem descrições das coisas que seriam esperadas do Messias. Jesus sabia que, quando os discípulos de João Batista descrevessem o que estava acontecendo, não haveria mais lugar para as dúvidas. O livro do profeta Isaías dá muitos detalhes do Messias.

Não podemos esquecer que o objetivo principal do narrador deste evangelho (Mateus) é demonstrar que Jesus era o Messias prometido. Por isso ele se atém aos detalhes que visam confirmar essa identidade.




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mateus 10, 40-42

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 40: Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.

Versículo 41: Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo em qualidade de justo, receberá galardão de justo.

Versículo 42: E qualquer que tiver dado só que seja um copo d'água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.

Vocabulário


Galardão: recompensa por serviços valiosos.

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Em todo o capítulo 10, Jesus orienta os seus apóstolos antes de os enviar para pregarem o Evangelho. Para finalizar essas instruções, Ele fala que quem recebesse um de seus enviados seria como se estivesse recebendo a Ele próprio, e quem o recebesse seria como estivesse recebendo Aquele que o enviou (Deus).

Nos dias de hoje, não temos mais a felicidade do contato direto com os apóstolos de Jesus, mas podemos ter contato com os seus sucessores, aqueles que se encarregam de manter a mensagem do Evangelho viva. No entanto, podemos confundir um verdadeiro profeta (profeta é aquele que prega a palavra de Deus) com um falso. Como saber a diferença?

Um verdadeiro profeta não obtém lucro financeiro com a divulgação da palavra de Deus, pois não está divulgando um trabalho de sua autoria. Apenas reproduz o que já foi feito e dito por Jesus. Lembremo-nos do que Jesus falou: de graça recebeste, de graça dai. Deus não cobrou para nos enviar Jesus e a Sua mensagem. Assim, não temos o direito de cobrar por a estar divulgando. Também aquele que prega a palavra de Deus, embora seja apenas humano e, portanto, passível de falhas, não pode ter um comportamento que choque as pessoas, ou seja, não pode pregar uma coisa e fazer outra.

Principalmente ele não pode se tornar refém da vaidade nem do orgulho, pois a mensagem que ele divulga é de Deus, não sua. Não há motivo de se sentir envaidecido por algo que não fez. É como se o carteiro se vangloriasse das cartas que entrega!

Disse também Jesus que pelos frutos se reconhece uma árvore. Este também é um bom critério para se saber o grau de confiabilidade de uma pessoa. Sobretudo, devemos observar suas atitudes mais que suas palavras.

Embora tenhamos ainda muitos defeitos a serem corrigidos, todos nós, munidos de boa vontade, temos condições de nos tornar seguidores de Jesus. Para isso, vamos nos propor a estudar as orientações que Ele nos deixou e acima de tudo as colocar em prática.



sábado, 23 de novembro de 2013

Mateus 10, 34-39

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 34: Não cuideis que vim trazer a paz a à terra; não vim trazer paz, mas espada.

Versículo 35: Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;

Versículo 36: E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.

Versículo 37: Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.

Versículo 38: E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.

Versículo 39: Quem achar a sua vida perde-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á.

Vocabulário


Dissensão: falta de concordância a respeito de (algo), discrepância.

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Jesus, como trazia uma nova mensagem que contrariava o que se pensava a respeito de Deus naquela época, sabia que o que dizia iria criar conflitos. Não seria possível ter um novo entendimento a respeito de Deus e continuar com os mesmos pensamentos de antes.

Com a profunda reforma moral que trazia, Jesus traria o conflito para dentro dos lares. Muitos acreditariam nEle e estariam dispostos a dar suas vidas como prova de fé. Outros não sairiam de sua zona de conforto, pois os hábitos das antigas regras e tradições estavam profundamente arraigados em seu íntimo.

Jesus reforça o primeiro mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas. É necessário que o amor a Deus seja maior do que o amor a qualquer outra criatura. Devemos profundo respeito a nossos pais, mas o amor a Deus deve ser maior do que o amor que temos a eles ou mesmo a nossos próprios filhos. Através do amor a Deus, nós conseguimos amar as outras pessoas, mas o contrário não é verdadeiro.

Quando Jesus fala que cada um deve tomar a sua cruz, Ele está dizendo que cada um tem que aceitar o que a vida lhe traz, sem reclamações. Tudo o que nos acontece tem um propósito. Por isso, não devemos ficar perguntando a Deus o porque de Ele ter permitido certas coisas em nossas vidas. Podemos não ter o que pedimos, mas sempre temos o que necessitamos.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Mateus 10, 32-33

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 32: Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.

Versículo 33: Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.

Comentários


Logo após a morte de Jesus, muitos judeus e gentios se converteram ao cristianismo. Não demorou muito para que tivesse início uma terrível perseguição aos convertidos, culminando muitas vezes em morte.

Hoje em dia, salvo raras exceções, uma pessoa não precisa mais ter medo de se declarar cristã. No entanto, a maioria de nós não faz isso. Por que? Essa é uma pergunta difícil de ser respondida. Não temos vergonha de falar abertamente da moda, dos últimos acontecimentos da novela (como se isso fosse de verdade!) e crimes de descalabros que são divulgados na televisão. No entanto, temos vergonha de falar de Deus, de levar uma palavra de consolo para quem está sem esperança.

Ao invés de cultivarmos nosso lado espiritual, nós temos vergonha dele. Achamos que devemos vivenciar nossa religiosidade apenas quando estamos sozinhos, escondidos, ou então em hora e local pré-determinado, nos templos religiosos.

Deus é um deus dos vivos, cheio de alegria e plenitude. Não deve ser colocado de lado em nossas vidas. Ele tem planos maravilhosos para nós, quer fazer parte da nossa vida e transformar cada dia numa grande celebração. Não O relegue ao segundo plano. Ele é a razão de estarmos vivos.

Vale salientar que Jesus se refere sempre a Deus como "meu Pai, que está nos céus". Assim Ele deixa bem claro que é uma pessoa diferente de Deus, pois é o seu filho. Não são a mesma pessoa. Um é o Criador (Deus), o outro a Criatura (Jesus).

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mateus 10, 28-31

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 28: E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.

Versículo 29: Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.

Versículo 30: E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.

Versículo 31: Não temais pois: mais valeis vós do que muitos passarinhos.

Comentários


Jesus pediu que seus apóstolos, que estavam prestes a serem enviados para pregarem as boas novas, que não tivessem medo dos que os pudessem causar um mal físico, mas que temessem os que poderiam por suas almas a perder.

Todos nós naturalmente nos afastamos daqueles que trazem um perigo visível às nossas vidas. No entanto, ficamos calmos e tranquilos diante daqueles que podem nos por a perder com relação à saúde mental e espiritual. De maneira insentata, até procuramos por aquilo que pode nos desviar do caminho e comprometer nossa existência: poder, dinheiro, vaidade e outras coisas. Um simples elogio, ao cair no ouvido de um vaidoso, pode fazer muito mais estrago do que um revólver na mão de um assaltante.

Jesus também afirma que Deus toma conta de tudo o que criou. Por isso, podemos andar sem medo. Tudo o que nos acontece é com a permissão de Deus, e se formos sábios o suficiente, tiraremos proveito de todas as situações para aprendermos e evoluirmos.

Nosso descuido em evitar danos à nossa vida espiritual acontece todos os dias. Quem de nós evita as rodas de conversa onde as pessoas competem para mostrar quem sabe o detalhe mais sórdido da vida alheia? Ou evita locais onde o consumo de álcool ou tabaco atrai espíritos desencarnados que vão funcionar como verdadeiros vampiros, sugando inclusive nossa energia mental? Nossa vida espiritual deve e merece ser tratada com atenção e cuidado. Tal como num jardim, em nossas almas só crescerão as flores que nós cultivarmos. Fica a pergunta: o que temos plantado ultimamente?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Mateus 10, 26-27

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 26: Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.

Versículo 27: O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados.

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Jesus continua suas instruções aos apóstolos. Ele os está preparando para que divulguem as boas novas (significado da palavra "evangelho").

No versículo 25, Jesus fala dos fariseus, que O acusavam de expulsar os demônios em nome do demônio. Ele diz que seus apóstolos não precisavam ter medo das acusações dos fariseus, pois tudo seria esclarecido a seu tempo.

Jesus sabia que sua mensagem de amor a Deus e ao próximo seria pouco compreendida na sua época. Confiava, porém, que as gerações futuras, com o progresso moral que desenvolveriam, teriam maior maturidade espiritual para compreender a Sua mensagem.

Ele também estimula os apóstolos a divulgar o que haviam aprendido nas conversas em particular e no convívio que tinham tido. Sua mensagem deveria ser divulgada com os apóstolos "sobre os telhados", ou seja, falando de maneira que muitos pudessem ouvir.

Jesus não se importou de saber que Sua mensagem seria pouco entendida e, posteriormente, haveriam tentativas de a deturparem. Ele confiou no trabalho para o qual Deus O tinha enviado.

Jesus não deixou nenhum registro escrito de Seus ensinamentos. O que sabemos disso é decorrente de pessoas que conviveram com Ele ou que conversaram com as pessoas que tinham ouvidos os Seus ensinamentos. Entre o que aconteceu, o que as pessoas se lembravam do acontecido e o que foi registrado há uma longa distância. Depois, esses relatos sofreram inúmeras traduções e cópias, não isentas de erros. No entanto, a mensagem que Ele deixou é tão poderosa que conseguiu sobreviver a tudo isso e chegar até nós.

Além de ser necessário o conhecimento da mensagem de Jesus, faz-se necessário a prática do que Ele veio nos ensinar. É isso que tem o poder de transformar as nossar vidas.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mateus 10, 24-25

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 24: Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.

Versículo 25: Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?

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Jesus, neste capítulo destinado a orientar os seus apóstolos antes de os enviar a pregar, diz a eles que não precisam ter como meta serem melhor do que Ele próprio. Os apóstolos não deveriam esperar conseguir mais milagres ou mais curas do que o próprio Jesus. Bastava aos apóstolos quererem ser iguais, não maiores.

Em vários trechos do Evangelho, os fariseus, ferozes perseguidores de Jesus, O acusavam de realizar milagres em nome do demônio. Se fizeram isso com Ele, fariam o mesmo com Seus seguidores. Portanto, eles deveriam estar preparados para as perseguições.

Hoje, nas diversas religiões, temos muitos que pretendem ser maiores do que Aquele que os enviou. Querem ter mais destaque do que a mensagem de Jesus. A vaidade impera. Ao invés de darem destaque à mensagem que devem divulgar, mostram-se como se eles fossem uma melhor intrepretação do que Jesus nos deixou. Somos apenas meros instrumentos de transmissão, sem importância nenhuma. Nosso único objetivo deve ser transmitir algo que é muito maior do que até podemos entender, que é a vontade de Deus através da mensagem de Jesus.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mateus 10, 21-23

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 21: E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão.

Versículo 22: E odiados de todos sereis por causa de meu nome: mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

Versículo 23: Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades d'Israel sem que venha o Filho do homem.

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Mateus dedica todo um capítulo do evangelho (o décimo capítulo) para descrever as recomendações que Jesus fez a seus apóstolos antes de os enviar a pregarem. Portanto, esse assunto deve ser bastante importante.

Ao prevenir os seus apóstolos que haveria discórdia na família, Jesus antecipa o que aconteceria com os cristãos recém-convertidos. Os romanos, e os próprios israelitas, promoveriam uma ferrenha perseguição a eles, chegando a entregá-los à morte nos horríveis espetáculos nos circos de Roma, onde eram devorados pelos leões. Ao se converter ao cristianismo, no início dos tempos, a pessoa sabia que estava condenada a ser destituída de todos os seus bens, de sua posição social e de sua liberdade, além de, em alguns casos, ser condenada à morte. As próprias pessoas próximas do novo cristão se encarregavam de o entregar às autoridades para que fosse punido.

Jesus sabia o que estava por vir, e recomendou que perseverassem, pois assim poderiam até perder o seu corpo físico, mas a alma imortal seria salva.

Jesus também recomendou que, quando a perseguição ficasse muito grande, os apóstolos deveriam se dirigir a outras cidades. Assim, conseguiriam atingir um número maior de pessoas, que teriam a oportunidade de ouvir a mensagem de Jesus.

Para Jesus, preparar os apóstolos era algo que exigia bastante atenção. Envolvia não só ensinar a eles sobre Deus, mas também como deveriam se comportar durante suas tarefas. Nos dias de hoje, vemos pessoas que dizem pregar em nome de Deus, mas apenas usam esse nome sagrado para exercitarem sua vaidade. Se tivermos alguma dúvida sobre o comportamento dos modernos pregadores, basta comparar o comportamento que apresentam com o que Jesus recomendou neste capítulo. Certamente muitos não serão aprovados segundo esse critério.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Mateus 10, 17-20

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 17: Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;

Versículo 18: E sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis por causa de mim, para lhes servir de testemuno a eles a aos gentios.

Versículo 19: Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora será ministrado o que haveis de dizer.

Versículo 20: Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.

Vocabulário


Sinédrio: tribunal que funcionava como a Suprema Corte em Israel.

Sinagoga: lugar onde se reúnem os israelitas para o exercício do seu culto.

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No capítulo 10 do Evangelho segundo Mateus, Jesus orienta os seus apóstolos antes de os enviar para pregarem as boas novas.

Jesus sofria perseguição por parte dos fariseus, que não perdiam oportunidade de O criticarem por não cumprir as leis de Moisés. Essa perseguição se estenderia aos seus apóstolos, pois eles iriam pregar a mensagem de Jesus.

Por causa dessa perseguição, os apóstolos seriam levados aos tribunais, e seriam pressionados a renegar os ensinamentos de Jesus. Como tudo na vida tem uma utilidade, esse confronto entre os apóstolos de Jesus e os fariseus serviria para que fossem divulgadas as ideias de Jesus, e os apóstolos deveriam estar preparados para não fraquejarem na hora de dar o seu testemunho com palavras e ações.

Jesus alerta sobre essas perseguições não com a finalidade de amendrotar os apóstolos, mas para fazer com que eles se preparassem o melhor possível, pois quando chegasse o momento de confronto já saberiam que isso aconteceria, e que Deus os inspiraria quanto ao que falar para se protegerem.

Primeiro, Jesus os instruiu com Suas leis morais, tanto com discursos mas principalmente com o Seu exemplo. Depois, os enviou para que divulgassem as "boas novas" (que é o que a palavra "evangelho" significa). Assim também nós, apóstolos de Jesus, quando formos compartilhar Seus ensinamentos, devemos nos preparar para conhecer em profundidade o que pretendemos ensinar. Precisamos de muita leitura e estudo para que possamos divulgar as ideias de Jesus. Bem preparados, seremos capazes de permitir que Deus fale através de nós, usando-nos como instrumento de divulgação de Sua mensagem.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mateus 10, 16

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 16: Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes, e símplices como as pombas.

Vocabulário:


Prudente: que tem prudência, que não procura o perigo; cauteloso, sensato, ajuizado.

Símplice: o mesmo que simples (que não é sofisticado; modesto, singelo; habitual, comum).

Comentários


Jesus avisa os seus discípulos que eles seriam como ovelhas no meio de lobos, pois seriam constantemente alvo dos fariseus, que perseguiam Jesus de maneira violenta. Os fariseus combatiam Jesus e a sua mensagem. Por isso, iriam perseguir aqueles que compartilhassem de Suas ideias.

Por causa dessa perseguição que aconteceria, Jesus recomenda que seus discípulos sejam cautelosos, que não procurem o perigo. Ele não quis dizer que os apóstolos deveriam ser covardes, mas que não deveriam se portar de maneira imprudente, expondo-se sem necessidade às forças do mal, cujo poder ainda não tinham condições de avaliar e combater. Por isso Jesus pediu que eles fosse prudentes como as serpentes.

Jesus também pede a seus apóstolos que sejam simples como as pombas, ou seja, que ajam de maneira modesta, comum, pois o importante é a mensagem a ser divulgada, e não os mensageiros.

Muitas pessoas, ao se dedicarem à divulgação de uma religião, esquecem-se desse conselho dado por Jesus. Por causa da vaidade, acabam se esquecendo de que são apenas os divulgadores, pois as ideias não foram criadas por elas. Acabam dando a si próprias a importância que não possuem, e não se lembram mais que o autor da mensagem é Jesus.

Como consequência, vemos as pessoas se colocando em pedestais para serem idolatradas, esquecendo-se de que Jesus não possuia nem mesmo uma cadeira para se sentar, quanto mais um trono! Jesus tinha consciência de que a sua importância estava em fazer a vontade de Deus, e tudo o mais era supérfluo.



segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mateus 10, 11-15

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Varsículo 11: E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis.

Versículo 12: E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;


Versículo 13: E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.

Versículo 14: E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.

Versículo 15: Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigos para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.

Comentários


Jesus continua instruindo os apóstolos para irem pregar as boas novas. Ele diz que, ao chegarem em uma cidade, devem procurar uma casa que seja digna da presença deles, e lá devem permanecer até saírem da cidade. O dono da casa deve ser digno, ou seja, ter uma conduta moral adequada.

É muito importante o ambiente onde permanecemos. As energias que aí circulam, que são plasmadas pelas pessoas que frequentam o lugar, podem ter influência no nosso comportamento, devido ao nosso estágio de evolução espiritual. Um ambiente saudável, que emana amos e caridade, nos leva a cultivar o nosso lado bom. Já um ambiente com vibrações negativas acaba por estimular as nossas más tendências.

Jesus também orienta os seus apóstolos a, se não forem bem-vindos a uma cidade, não perderem tempo e se dirigirem a outro local. O mesmo nós devemos fazer. Muitas vezes, devemos ser perseverantes, pois algo que não começou bem só precisa de um pouco de paciência para se modificar. Outras vezes, não há uma maneira daquilo dar certo, e devemos dar o próximo passo.

domingo, 10 de novembro de 2013

Mateus 10, 8-10

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 8: Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai.

Versículo 9: Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos;

Versículo 10: Nem alforjes pelo caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento.

Vocabulário:


Alforje: saco que se leva ao lado, na sela; sacola, saco de viagem.

Túnica: veste geralmente longa, inteiriça e meio justa, com ou sem mangas.

Alparca: sandália.

Bordão: cajado grosso ou vara, por vezes arqueado na parte superior, usado como apoio para tornar mais seguro o andar.

Comentários


Continuando as orientações que estava dando a seus apóstolos, Jesus coloca de maneira clara e cristalina o que esperava que Seus apóstolos fizessem. Logo em seguida, avisa: como eles haviam recebido tudo aquilo de graça, também deveriam compartilhar de graça, isto é, não deveriam cobrar por algo que receberam sem ter que pagar um tostão, pois não pagaram pelos ensinamentos de Jesus nem pelo dom de curar. Os dons que os apóstolos possuiam foram dador por Deus. Portanto, não tinham o direito de cobrar pela cura que poderiam realizar.

Jesus completa o Seu aviso: os apóstolos deveriam evitar qualquer coisa que pudesse alimentar o apego. Não deveriam possuir nada. Durante a viagem, receberiam o que fosse necessário, pois todo trabalhador merece receber pelo trabalho feito.

Nunca devemos cobrar por algo que não fomos nós que fizemos. No exercício da mediunidade, somos apenar um instrumento dos espíritos, que agem através de nós. Como dizia Chico Xavier, somos apenar carteiros entregando as cartas que não foram escritas por nós.

Atualmente, vemos uma infinidade de livros espíritas serem lançados no mercado. Muitos médiuns doam o dinheiro que recebem dos direitos autorais. Seja para uma instituição de caridade ou uma editora, não retêm um centavo da venda de livros, pois sabem que não foram eles que escreveram esses livros.

Outros acabam por serem pegos pela rede da cobiça, e acham vários pretextos para embolsarem a renda dos livros escritos por outras pessoas (embora desencarnadas, continuam sendo os verdadeiros autores da obra).

Também vemos associações religiosas que cobram taxas "simbólicas" de seus frequentadores. É claro que um local precisa de dinheiro para se manter, pois as despesas "da terra", como água, luz, telefone, limpeza, etc existem de fato. Apenas é necessário muito discernimento para saber a diferença entre o necessário e o supérfluo, e não se deixar contaminar pelo "deus dinheiro".

Portanto, assim como Jesus deixou bem claro a seus apóstolos que estava proibido cobrar qualquer coisa, devemos ter isso em mente ao desempenharmos qualquer missão de cunho religioso, pois afinal "de graça recebestes, de graça dai", isto é, recebemos muito pela graça de Deus, e por ela devemos compartilhar um pouco do muito que recebemos.




sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mateus 10, 5-7

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 5: Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Nâo ireis pelos caminhos das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos;

Versículo 6: Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa d'Israel;

Versículo 7: E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.

Vocabulário


Samaritano: indivíduo natural da antiga região de Samaria, que fica no alto de um monte entre a Judéia e a Galiléia. O povo samaritano não se considerava como judeu, e sim descendente dos antigos israelitas que habitavam a província histórica de Samaria. Possuem a sua própria doutrina religiosa, o samaritanismo.

Gentio: qualquer pessoa que não fosse judia.

Comentários


Jesus envia seus discípulos para anunciarem as boas novas. Primeiro, Ele pede que os apóstolos preguem aos israelitas.

O povo hebreu (israelita) vinha sendo preparado há muito tempo para receber a mensagem de Jesus. Ocupavam um lugar especial, pois o conceito de um único Deus era um avanço considerável para aquela época, já que  os demais povos adoravam vários deuses.

Moisés, através dos dez mandamentos, e das outras leis que criou para organizar a vida do povo, traz um considerável avanço moral àquele povo primitivo mas que, em sua história, já tinha aprendido sobre a existência de um único Deus. Por isso, o Espiritismo  considera Moisés  como sendo a primeira revelação.

Com o passar dos anos, o povo hebreu se desviou do caminho traçado por Deus, prendendo-se ao cumprimento estrito das leis e regras, e se esquecendo de que a finalidade delas era facilitar o relacionamento dos homens entre si e com Deus, não ficarem amarrados às infindáveis discussões de como seria a interpretação correta da lei.

Jesus vem trazer a segunda revelação. Ele esclarece como o homem deve agir para estabelecer um vínculo profundo com Deus. Jesus resgata as leis de Deus que foram trazidas à luz através de Moisés, pois estas leis estavam num emaranhado de regras de interpretações duvidosas.

Primeiramente, Jesus se dirige ao povo que já tinha consolidado o conceito de Deus único. Mais tarde, os apóstolos seriam orientados a pregarem também aos outros povos (gentios).

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Mateus 10, 1-4

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 1: E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.

Versículo 2: Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;

Versículo 3: Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;

Versículo 4: Simão cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.

Comentários


No final do capítulo 9, Mateus narra que Jesus alerta sobre a necessidade de mais pessoas pregarem as boas novas. Assim, Ele reúne os doze apóstolos e transmite a eles o poder sobre os espíritos imundos e para curarem os enfermos.

Estes apóstolos haviam convivido com Jesus, e estavam presentes enquanto Ele ensinava o povo, tanto em locais públicos quanto em sinagogas. Além de terem o devido preparo espiritual para desempenharem o que estava previsto para eles, Jesus os ensinava em particular, não só com palavras, mas com exemplos.

Temos então a lista dos doze apóstolos:
- Simão Pedro e André (são irmãos);
- Tiago e João (filhos de Zebedeu);
- Filipe e Bartolomeu;
- Tomé;
- Mateus (autor deste evangelho; também era chamado de Levi);
- Tiago (filho de Alfeu);
- Lebeu (cujo apelido era Tadeu);
- Simão o cananita e Judas Iscariotes.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Mateus 9, 35-38

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 35: E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.

Versículo 36: E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor.

Versículo 37: Então disse a seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.

Versículo 38: Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.

Vocabulário


Sinagoga: lugar de reuniões ou templo israelita.

Evangelho: boa mensagem; boas novas.

Reino: reino de Deus (era de paz, restauração e redenção universal anunciada pelos profetas de Israel).

Compaixão: sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la.

Errante: que não tem residência fixa; que vive como nômade.

Seara: extensão de terra cultivada.

Ceifeiro: aquele que ceifa (corta o cereal com foice ou instrumento apropriado.

Comentários


Jesus, como membro da comunidade israelita (judia), frequentava as sinagogas, que eram os locais onde o povo se reunia para aprender sobre as leis de Deus. Lá, Ele ensinava uma nova interpretação dessas leis, dava uma nova dimensão ao relacionamento do homem com Deus e com seus semelhantes. Ele não perdia oportunidade de ensinar sobre as boas novas (evangelho).

Ele também ensinava sobre o reino de Deus, ou seja, de como as pessoas deveriam entender Deus. Ao mesmo tempo que ensinava, curava as pessoas. Jesus não ficou só pregando sobre o amor, Ele o colocou em prática.

Ao notar o quanto as pessoas andavam perdidas, carentes de um direcionamento para as suas vidas, ficou com pena delas, e desejou que mais pessoas ensinassem sobre Deus.

Primeiro Jesus comparou essas pessoas perdidas a um rebanho andando sem rumo, sem uma pessoa que as ensinasse sobre o caminho a ser seguido. Depois, as comparou com um imenso campo a ser cultivado, mas com poucos dispostos a trabalharem nesse campo.

Jesus certamente não se referia à quantidade de pessoas que pregavam a palavra de Deus, pois já naquela época elas eram numerosas. Ele se referia à qualidade delas, que continua escassa até os dias de hoje. Poucos pregam o verdadeiro amor a Deus, a tolerância com outas religiões, a justiça e o perdão.

Devemos, pois, continuar pedindo que Deus nos envie pessoas que mostrem, com palavras e sobretudo com ações, o real significado do amor segundo os ensinamentos de Jesus.