domingo, 10 de novembro de 2013

Mateus 10, 8-10

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 8: Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai.

Versículo 9: Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos;

Versículo 10: Nem alforjes pelo caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento.

Vocabulário:


Alforje: saco que se leva ao lado, na sela; sacola, saco de viagem.

Túnica: veste geralmente longa, inteiriça e meio justa, com ou sem mangas.

Alparca: sandália.

Bordão: cajado grosso ou vara, por vezes arqueado na parte superior, usado como apoio para tornar mais seguro o andar.

Comentários


Continuando as orientações que estava dando a seus apóstolos, Jesus coloca de maneira clara e cristalina o que esperava que Seus apóstolos fizessem. Logo em seguida, avisa: como eles haviam recebido tudo aquilo de graça, também deveriam compartilhar de graça, isto é, não deveriam cobrar por algo que receberam sem ter que pagar um tostão, pois não pagaram pelos ensinamentos de Jesus nem pelo dom de curar. Os dons que os apóstolos possuiam foram dador por Deus. Portanto, não tinham o direito de cobrar pela cura que poderiam realizar.

Jesus completa o Seu aviso: os apóstolos deveriam evitar qualquer coisa que pudesse alimentar o apego. Não deveriam possuir nada. Durante a viagem, receberiam o que fosse necessário, pois todo trabalhador merece receber pelo trabalho feito.

Nunca devemos cobrar por algo que não fomos nós que fizemos. No exercício da mediunidade, somos apenar um instrumento dos espíritos, que agem através de nós. Como dizia Chico Xavier, somos apenar carteiros entregando as cartas que não foram escritas por nós.

Atualmente, vemos uma infinidade de livros espíritas serem lançados no mercado. Muitos médiuns doam o dinheiro que recebem dos direitos autorais. Seja para uma instituição de caridade ou uma editora, não retêm um centavo da venda de livros, pois sabem que não foram eles que escreveram esses livros.

Outros acabam por serem pegos pela rede da cobiça, e acham vários pretextos para embolsarem a renda dos livros escritos por outras pessoas (embora desencarnadas, continuam sendo os verdadeiros autores da obra).

Também vemos associações religiosas que cobram taxas "simbólicas" de seus frequentadores. É claro que um local precisa de dinheiro para se manter, pois as despesas "da terra", como água, luz, telefone, limpeza, etc existem de fato. Apenas é necessário muito discernimento para saber a diferença entre o necessário e o supérfluo, e não se deixar contaminar pelo "deus dinheiro".

Portanto, assim como Jesus deixou bem claro a seus apóstolos que estava proibido cobrar qualquer coisa, devemos ter isso em mente ao desempenharmos qualquer missão de cunho religioso, pois afinal "de graça recebestes, de graça dai", isto é, recebemos muito pela graça de Deus, e por ela devemos compartilhar um pouco do muito que recebemos.




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