segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Lucas 2.36-40

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 2


Versículo 36: Estava também presente a profetiza Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era uma senhora de idade avançada; tinha vivido com seu marido durante sete anos depois de se casar,

Maria e José tinham levado seu filho ao Templo, que ficava em Jerusalém, cumprindo o ritual judaico. Lá, Simeão, a quem Deus havia dito que não morreria sem conhecer o Messias, viu Jesus, e disse à Maria que Jesus era o Messias que todos estavam esperando.

No Templo, também encontraram Ana, uma profetiza.

Versículo 37: e desde então permanecera viúva até a idade de oitenta e quatro anos. Jamais deixava o templo: adorava a Deus, jejuando e orando dia e noite.

Depois da morte de seu marido, Ana dedicou sua vida a servir a Deus. Um profeta não necessariamente prediz o futuro; seu principal papel é transmitir a vontade de Deus, que era o que ela fazia.

Versículo 38: Havendo chegado ali, naquele exato momento, deu graças a Deus e proclamava acerca do bebê Jesus para  todos os que anelavam pela redenção de Jerusalém.

O povo de Israel, sob domínio estrangeiro, ansiava pela vinda do Messias, pois acreditava que ele libertaria o povo e faria com que Israel retomasse o seu papel de destaque na história, dominando os outros povos. Isto explica porque Jesus não foi (e não é, até hoje) reconhecido como o Messias prometido pelos judeus,  pois vei trazer a libertação espiritual, e não política.

Jesus é reconhecido por duas pessoas no Templo, mesmo sendo apenas um bebê. Essas duas pessoas perceberam que aquele bebê era alguém muito especial, e que estavam tendo a oportunidade de verem o Messias, prometido há centenas de anos.

Versículo 39: Depois de terem cumprido tudo quanto era requerido pela Lei do Senhor, retornaram para a sua própria cidade, Nazaré, na Galileia.

Versículo 40: E o menino crescia e se fortalecia, tornando-se pleno em sabedoria; e a graça de Deus permanecia sobre Ele.

Jesus, com sua bagagem evolutiva, crescia e se desenvolvia sempre em íntimo contato com Deus.

Temos, em Lucas, um relato desde a gravidez de Maria até a apresentação de Jesus no Templo, com quarenta dias de vida. Logo depois a história continua, mas enfoca Jesus já com doze anos de idade. Nada sabemos do que aconteceu nesse intervalo. O que se supõe não tem nenhum registro. Se Lucas, um fiel biógrafo, não encontrou nenhuma informação a respeito desse período, é porque essa informação não está disponível. Tudo o que for falado a respeito não passa de conjectura sem fundamentação histórica. Isso não deve ser o foco da vida de Jesus, pois Seus ensinamentos registrados aguardam o nosso estudo e, mais importante, a nossa prática.




segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Lucas 2.25-35

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 2


Versículo 25: Entrementes, havia um homem em Jerusalém chamado Simeão, homem justo e piedoso e que almejava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre Ele.

Lucas narra o que aconteceu enquanto Jesus era levado ao Templo quarenta dias após o Seu nascimento, conforme determinava a lei mosaica. Simeão era um homem justo e piedoso, que aguardava a vinda do Messias para a implantação de um Reino de justiça, paz e felicidade.

Versículo 26: O Espírito Santo lhe havia revelado que não morreria sem ter a oportunidade de ver o Cristo de Deus. 

Versículo 27: Movido pelo Espírito Santo, ele dirigiu-se ao templo. Assim que os pais trouxeram o menino Jesus para realizarem com Ele o ritual de consagração exigido pela tradição da Lei, 

Versículo 28: Simeão o tomou em seus braços e louvou a Deus exclamando:

Simeão sabia que não morreria antes de ver a promessa da vinda do Messias (Cristo, em grego, e Messias em hebraico) ser cumprida. Devido à inspiração de um espírito superior, que é identificado no texto como "Espírito Santo", Simeão vai até o Templo e lá encontra Jesus com Seus pais.

Versículo 29: "Ó soberano! Como prometeste, podes agora despedir em paz o teu servo.

Versículo 30: Porquanto os meus olhos já contemplaram a tua Salvação,

Versículo 31: a qual preparaste à vista de todos os povos:

Versículo 32: luz para revelação aos gentios, e glória do teu povo de Israel."

Simeão diz que já poderia morrer em paz pois, como havia sido prometido, tinha conhecido o Messias. Lucas, que não era judeu, procurou deixar claro que o Messias viera para salvar tanto os judeus como os gentios (não judeus).

Versículo 33: O pai e a mãe do menino ficaram admirados com a proclamação feita a respeito dele.

Imaginem o espanto do jovem casal ao saber que o bebê que eles carregavam no colo era o Messias prometido, aguardado há centenas de anos!

Versículo 34: Então Simeão os abençoou e revelou a Maria, mãe de Jesus: "Eis que este menino está destinado a ser responsável pela queda e pelo soerguimento de multidões em Israel, e a ser um sinal de contradição,

Versículo 35: de maneira que a intimidade dos pensamentos de muitos corações será revelada. Quanto a ti, todavia, uma espada traspassará a tua alma."

Jesus traria a divisão ao povo judeu. Os que iriam crer em Sua mensagem iriam mudar radicalmente de vida, enquanto que muitos outros O combateriam de maneira feroz.

Mediante tudo aquilo, Simeão diz que Maria sofreria muito, pois veria seu filho amado sofrer terrivelmente. Se para o mundo Jesus foi o Salvador, para Maria ele seria sempre o seu filho, que padeceu até morrer na cruz.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Lucas 2.21-24

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 2


Versículo 21: Completando-se os oito dias para o ritual de circuncisão do menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, o qual já havia sido outorgado pelo anjo antes de Ele nascer.

Versículo 22: De igual modo, ao completar-se o tempo da purificação deles, de acordo com a Lei de Moisés, José e Maria levaram o bebê Jesus até Jerusalém para apresentá-lo a Deus no Templo.

Versículo 23: Assim como está escrito na Leis do Senhor: "Todo primogênito nascido do sexo masculino deverá ser dedicado ao Senhor."

Versículo 24: Também um sacrifício deveria ser oferecido, como proclamava a Lei do Senhor: "duas rolinhas ou dois pombinhos."


As famílias judaicas cumpriam diversas cerimônias depois do nascimento de um bebê:
a) circuncisão: todo menino era circuncidado e recebia um nome no oitavo dia após seu nascimento;
b) redenção do primogênito: todo primogênito era dedicado a Deus. Um mês após seu nascimento, o menino era levado ao Templo e resgatado em troca de um sacrifício oferecido. Mediante esse resgate, o primogênito voltava a pertencer à sua família;
c) purificação da mãe: depois de 40 dias (no caso do nascimento de um menino) ou 80 dias (caso nascesse uma menina), período durante o qual a mulher era considerada impura, era oferecido um sacrifício no Templo e a mulher era considerada purificada.

Assim, em conformidade com os rituais, no oitavo dia de vida o menino foi levado ao Templo, circuncidado e chamado de Jesus, conforme o que o anjo, que havia aparecido a Maria, tinha determinado.

Não podemos esquecer que Jesus era um judeu; cresceu e foi criado de acordo com essa religião. Muitas das passagens relatadas nos Evangelhos só fazem sentido se nos lembrarmos disso.

Embora muitas pessoas menosprezem o estudo do Antigo Testamento, pois acreditam que o importante é a vida de Jesus, que está no Novo Testamento, a realidade mostra-se diferente. Se tirarmos Jesus do contexto judaico e não soubermos o que se falava a respeito do Messias, perderemos pelo menos metade do entendimento da mensagem de Jesus.

A cultura judaica, bem como o momento histórico do povo judeu, traz novas luzes sobre o que lemos nos Evangelhos. Todo conhecimento precisa ser contextualizado, e não é diferente com o Evangelho. Se não soubermos dos usos e costumes da época de Jesus, perderemos grande parte do entendimento sobre o que Ele estava falando.

É claro que de nada adianta entendermos e contextualizarmos a mensagem de Jesus se não a colocarmos em prática. Mas certas passagens do Evangelho, tidas como obscuras, difíceis de entender, só soam estranhas se nos faltar o contexto histórico.

Um bom instrumento de auxílio é uma boa bíblia de estudo. Muitas delas traduzem o significado que pode facilitar muito o entendimento da mensagem que Jesus veio nos trazer. Por isso Kardec nos diz: "Espíritas: amai-vos, eis o primeiro mandamento. Instruí-vos, eis o segundo." Bom estudo a todos.

sábado, 26 de novembro de 2016

Lucas 2.8-20

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 2


Versículo 8: Nas proximidades havia pastores que estavam nos campos e que durante a noite cuidavam dos seus rebanhos.

Maria e José haviam saído de Nazaré, cidade onde moravam, com destino a Belém, onde deveriam se registrar, de acordo com o decreto de César Augusto, imperador de Roma. Na época de Jesus, o império romano dominava a região de Israel.

Como Belém estava lotada, o casal se abrigou num estábulo, onde Maria deu à luz. Nesse cenário se desenvolve o que será descrito.

Versículo 9: E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu a eles e a  glória do Senhor reluzindo os envolveu; e todos ficaram apavorados.

Ao verem uma claridade muito grande e o aparecimento de um anjo, os pastores ficaram com muito medo.

Na concepção espírita, não existem anjos, pois Deus não criaria seres à parte de Sua criação, perfeitos desde a sua origem. Os anjos são espíritos muito evoluídos que colaboram com a obra de Deus.

Versículo 10: Todavia o anjo lhes revelou: "Não temais; eis que vos trago boas notícias de grande alegria, e que são para todas as pessoas:

Versículo 11: Hoje, na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é o Messias, o Senhor!

O anjo, ou espírito de luz, anuncia o nascimento do Messias, que era, segundo as profecias do Antigo Testamento, quem libertaria o povo judeu. Uns esperavam que Ele libertasse o povo do domínio romano, enquanto outros criam que Ele os libertaria da fome e da pobreza.

Jesus fez muito mais do que isso, pois libertou os homens da ignorância, ao ensinar como se relacionar com Deus segundo o que Deus espera de nós.

Versículo 12: Isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em panos e deitado sobre uma manjedoura."

O anjo diz como eles saberiam identificar o Messias que tinha acabado de nascer: Ele estava envolvido em panos e deitado numa manjedoura (tabuleiro onde se deposita comida para animais em um estábulo).

Versículo 13: E no mesmo instante, surgiu uma grande multidão do exército celestial que se juntou ao anjo e louvaram a Deus entoando:

Versículo 14: "Glória a Deus nos mais altos céus, e paz na terra às pessoas que recebem a sua graça!"

Além do anjo, muitos outros espíritos se fizeram visíveis e, mais do que isso, os pastores conseguiram escutá-los a cantarem louvores a Deus. O fenômeno de materialização, estudado pelo Espiritismo, encontra uma descrição muito clara no Evangelho de Lucas.

Versículo 15: Quando os anjos partiram e foram para os céus, os pastores combinaram entre si: "Vamos até Belém, e vejamos estes acontecimentos que o Senhor nos deu a saber."

Versículo 16: Então correram até o local e chegando, encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado numa manjedoura.

Versículo 17: E depois de o contemplarem, comunicaram a todos o que lhes fora revelado a respeito daquele menino.

Os pastores foram conhecer o Messias, aquele que libertaria o povo. Ao encontrarem Jesus conforme o que o anjo havia dito, revelaram a Maria e a José o que o anjo havia dito a respeito do menino que havia acabado de nascer.

Versículo 18: Ao ouvirem o que os pastores relatavam ficaram sobremodo assustados.

Versículo 19: Maria, contudo, observava silenciosa todos os acontecimentos e refletia sobre eles em seu coração.

Maria, ao invés de ficar com medo, meditou em tudo o que tinha escutado, desde que o anjo Gabriel tinha aparecido a ela para contar que ficaria grávida e daria à luz a um menino, e que ele receberia o nome de Jesus, sendo chamado de Filho do Altíssimo, até aquele momento.

Versículo 20: Os pastores retornaram glorificando e louvando a Deus por tudo quanto tinham visto e ouvido, assim como lhes fora predito.

Estes pastores tiveram a oportunidade de presenciar ao maior acontecimento de toda a história: o nascimento de Jesus. Agradeceram a Deus por isso.

O nascimento de Jesus mudaria a história da humanidade para todo o sempre, mesmo para aqueles povos que não são cristãos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Lucas 2.1-7

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 2


Versículo 1: Naquela época, César Augusto publicou um decreto, convocando para um recenseamento, todos os moradores das terras dominadas por seu império.

Versículo 2: Este foi o primeiro cadastramento da população de todo o império romano, quando Quirino era governador da Síria.

Lucas foi o único escritos dos Evangelhos a relacionar o que estava narrando com a História mundial. Isso porque seu relato era dirigido a um público grego, interessado e familiarizado com a discussão da situação política do mundo.

César Augusto foi o primeiro imperador romano. Naquela época, a Palestina estava sob o domínio de Roma, e o imperador decretou um recenseamento, pois queria saber quantas pessoas estavam sob o seu domínio e, consequentemente, aptas a pagarem impostos.

Versículo 3: E todos seguiam para as cidades onde haviam nascido, a fim de serem arrolados.

Diferentemente dos censos feitos atualmente, onde o recenseador vai até as casas cadastrar os moradores, no censo feito naquela época as pessoas é que se dirigiam até um local para serem cadastradas. Cada um deveria ir até a cidade onde havia nascido a fim de ser cadastrado.

Versículo 4: Por isso, José também viajou da cidade de Nazaré da Galileia para a Judeia, até Belém, cidade de Davi, porque pertencia à casa e à descendência de Davi.

No início da formação do povo hebreu, eles se dividiram em doze tribos, sendo uma delas a tribo de Judá. Davi, um rei que reinou sobre o povo hebreu, pertencia a essa tribo e, mil anos antes desse censo, havia nascido na cidade de Belém. José foi até Belém, cidade de origem de sua tribo.

As profecias a respeito do Messias, relatadas no Antigo Testamento, diziam que ele nasceria na cidade de Belém, onde havia nascido Davi.

Um decreto feito por um imperador romano (César Augusto) fez com que José, que morava em Nazaré, se deslocasse até Belém, cidade que ficava a cerca de três dias de viagem de Nazaré. Naquela época, as viagens eram longas e difíceis, feitas principalmente a pé.

Versículo 5: E partiu com o propósito de alistar-se, juntamente com Maria, sua esposa prometida, que estava grávida.

Na Síria, província romana à qual a Palestina pertencia, as mulheres acima de 12 anos de idade tinham também que ser cadastradas, pois pagavam impostos. Maria também era descendente de Davi.

Versículo 6: Enquanto estavam em Belém, chegou o momento de nascer o bebê,

Versículo 7: e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o com tiras de panos e o colocou sobre uma manjedoura, pois não havia lugar para eles na  hospedaria.

As tiras de pano eram usadas para manterem o bebê firme e aquecido.

Como a cidade de Belém estava lotada, pois muitas pessoas tinham ido até lá para se cadastrarem, José e Maria não encontraram um local para se hospedarem. Acabaram se abrigando num estábulo. Maria entrou em trabalho de parto, e Jesus nasceu lá.

Os judeus esperavam que o Messias fosse um rei nascido num palácio, não num simples estábulo. Entretanto, o reinado de Jesus já dura mais de dois mil anos, enquanto que o de um rei terreno não duraria mais que cem anos!

Nesse local humilde nasceu a maior personalidade que já esteve encarnado na Terra. Desde o Seu nascimento, tudo o que Jesus fez ou disse era carregado de significado. Temos muito a meditar para começar a entender a profundidade e a grandeza do significado da vinda de Jesus.


domingo, 6 de novembro de 2016

Lucas 1.67-80

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 67: Então, seu pai Zacarias foi cheio do Espírito Santo e profetizou:

Um anjo tinha aparecido a Zacarias, e havia dito que ele e Isabel teriam um filho, que deveria ser chamado de João. Como ambos eram idosos, Zacarias duvidou do que o anjo estava falando, e por isso o anjo fez com que permanecesse mudo até o nascimento de seu filho.

Depois que João nasceu, Zacarias recuperou a voz e expressou a sua alegria através de uma canção que, mais tarde, ficou imortalizada como "Benedictus", que é a primeira palavra na tradução latinha dessa passagem.

Versículo 68: "Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, pois que visitou e redimiu o seu povo.

Versículo 69: Ele concedeu poderosa salvação na casa de Davi, seu servo.

Versículo 70: Assim como prometera por meio dos seus santos profetas desde a antiguidade.

Jesus, que traria a salvação do mundo, era descendente do rei Davi. As profecias do Antigo Testamento a respeito do Messias diziam que ele seria da casa de Davi, isto é, descendente de Davi.

Versículo 71: Salvando-nos dos nossos inimigos e das mãos de todos que nos odeiam,

Versículo 72: para demonstrar sua misericórdia aos nossos antepassados e recordar sua aliança,

Versículo 73: o juramento que prestou ao nosso pai Abraão.

Os judeus esperavam a vinda do Messias, pois acreditavam que ele os livraria do domínio do povo estrangeiro. Achavam que o Messias deveria derrotar o Império Romano, e não o império do mal. Aguardavam um líder militar que comandaria uma rebelião. Não aceitaram a revolução espiritual que Jesus veio trazer.

No Antigo Testamento, está escrito que Deus fez um pacto com Abraão, prometendo abençoar seus descendentes. O povo judeu, como descendente de Abraão, entendeu que era um povo escolhido por Deus, e que deveria dominar os outros povos, não ser dominado por eles. Como na época de Jesus o Império Romano dominava o povo judeu, estes acreditaram que, se o Messias chegasse naquele momento, deveria liderar uma rebelião, e não vir falar sobre Deus.

Versículo 74: Que nos resgataria da mão de todos os nossos inimigos, a fim de servirmos livre do medo,

Versículo 75: em santidade e justiça na sua presença, durante todos os dias de nossas vidas.

Esse trecho reforça a ideia de que o Messias viria para libertar o povo judeu do domínio estrangeiro.

Versículo 76: Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois marcharás à frente do Senhor, para lhe preparar o caminho.

João Batista foi chamado de "profeta do Altíssimo". Profeta era a pessoa que falava em nome de Deus. Ele viria para preparar as pessoas para receberem os ensinamentos de Jesus, que seria chamado "Filho do Altíssimo".

Versículo 77: Para proclamar ao seu povo o conhecimento da salvação, mediante o perdão dos seus pecados.

Versículo 78: E isso por causa das profundas misericórdias de nosso Deus, através das quais dos céus nos visitará o sol nascente,

Versículo 79: para iluminar aqueles que estão vivendo em meio às trevas, e guiar nossos pés no caminho da paz."

João futuramente pregaria às pessoas dizendo que, se elas quisessem ser salvas, deveriam se arrepender de seus pecados. Ele iniciaria a mudança no comportamento das pessoas, preparando-as para a mensagem de Jesus.

Versículo 80: E o menino crescia e se robustecia em espírito; e viveu no deserto até o dia em que havia de revelar-se publicamente a Israel.

Segundo os historiadores, Zacarias e Isabel, que eram idosos quando João nasceu, morreram quando ele ainda era muito jovem. Ele teria sido levado para o deserto da Judeia, onde teria tido contato com os essênios. Permaneceu no deserto até os 30 anos de idade. Nesta idade, os profetar tinham sua maturidade espiritual reconhecida pelo Conselho dos rabinos.

A vida de João foi cuidadosamente planejada, pois ele teria um papel muito importante para a vinda de Jesus. No decorrer da descrição do Evangelho, esse papel ficará mais claro e definido.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Lucas 1.57-65

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 57: Ao se completar o tempo de Isabel dar à luz, nasceu-lhe um filho.

O anjo Gabriel havia aparecido a Zacarias e anunciado que sua esposa Isabel daria à luz um filho. Como ambos já eram bastante idosos, Zacarias duvidou, e por isso o anjo fez com que ficasse mudo.

Versículo 58: Todos os seus vizinhos e parentes ouviram falar da grande misericórdia com a qual o Senhor a havia contemplado e muito se alegraram com ela.

Naquela época, um filho era considerado como uma bênção de Deus. Por isso as pessoas ficaram felizes por Isabel ter dado à luz, pois era um sinal de que Deus a tinha abençoado.

Versículo 59: No oitavo dia levaram o menino para ser circuncidado, e desejavam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.

Versículo 60: No entanto sua mãe tomou a palavra e afirmou: "Não! O nome dele deverá ser João."

O anjo Gabriel, quando apareceu a Zacarias, disse que o nome da criança deveria ser João, que significa "o Senhor é gracioso" (o Senhor distribuiu Sua graça).

Entre os judeus, o nome a ser escolhido tinha grande importância. Todos pensaram que a criança se chamaria Zacarias, numa homenagem ao pai. Mas Isabel declarou que ele se chamaria João.

Versículo 61: Ponderaram-lhe: "Mas ninguém há entre teus parentes que se chame assim."

Versículo 62: Então, através de sinais, consultaram o pai do menino que nome queria que lhe desse.

Versículo 63: Ele pediu uma tabuinha e, para surpresa de todos, escreveu: "O nome dele é João."

Versículo 64: No mesmo instante sua boca se abriu, sua língua se soltou e ele começou a falar, louvando a Deus.

Versículo 65: Toda a vizinhança foi tomada de grande temor e por toda a região montanhosa da Judeia se comentavam esses fatos.

Versículo 66: E aconteceu que todos quanto ouviam falar dessas ocorrências ficavam imaginando: "O que virá a ser este menino?" Pois a boa mão do Senhor estava com ele.

Desde antes de sua gestação a vida de João Batista estava cercada por fatos extraordinários. Ele viria para preparar o povo, sensibilizando-o para que recebessem mais facilmente a mensagem de Jesus.

Segundo a concepção espírita, não existem anjos, ou seja, não existem criaturas criadas à parte da Criação, perfeitas desde o momento de sua origem. Assim, não foi um anjo que anunciou o nascimento de João Batista, mas um espírito enviado por Deus. Como Zacarias, um sacerdote, mostrou-se incrédulo daquilo que Gabriel tinha anunciado, como prova ele ficou mudo até o momento em que aceitou que a criança seria chamada de João, conforme Gabriel havia ordenado.



sábado, 29 de outubro de 2016

Lucas 1.46-56

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 46: Então declarou Maria: "Engrandece minha alma ao Senhor,

A tradição da Igreja transformou esse cântico (salmo) num hino conhecido como "Magnificat", pois na tradução latina a primeira palavra que aparece é "Magnificar", que significa "engrandece". Para quem gosta de música religiosa, sugiro buscar no Youtube as diversas versões existentes desta maravilhosa música.

Versículo 47: e o meu espírito se regozija em Deus, meu Salvador,

Versículo 48: pois contemplou a insignificância da sua serva. Mas, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada,

Versículo 49: porque o Poderoso realizou maravilhas a meu favor; Santo é o seu Nome!

Maria agradece por ter sido escolhida para tão importante missão. Ela diz que agradece a Deus por, mesmo não sendo digna de tão honrosa tarefa, ter sido escolhida, e que todas as gerações futuras se lembrarão dela por ter sido escolhida para trazer ao mundo o seu salvador.

Versículo 50: A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração.

Temer: dedicar profundo respeito e obediência.

Deus usa de misericórdia para com aqueles que dedicam profundo respeito e obediência a Ele. O verbo "temer" não significa apenas "ter medo". Aqui, seu significado é outro.

Versículo 51: Ele operou poderosos feitos com seu braço; dispersou aqueles cujos sentimentos mais íntimos são soberbos.

Versículo 52: Derrubou governantes dos seus tronos, mas exaltou os humildes.

Versículo 53: Supriu abundantemente os famintos, mas expulsou de mãos vazias os que se achavam ricos.

Maria relembra a história de seu povo, que por diversas vezes esteve em situação difícil, mas foi salvo por Deus. Ela fala que Deus poderia ter escolhido uma mulher importante para ser a mãe de Jesus, mas escolheu a ela, uma serva humilde e simples.

Versículo 54: Ajudou a seu servo Israel, recordando-se de sua misericórdia infinda

Versículo 55: a favor de Abraão e sua descendência, para sempre, assim como prometera aos nossos antepassados."

Deus havia prometido a Abraão que seria misericordioso com seu povo para sempre. Cumpriu essa promessa com a vinda do Messias.

Versículo 56: E Maria permaneceu com Isabel por cerca de três meses, quando então retornou à sua casa.

Naquela época, era muito difícil viajar, pois as viagens geralmente eram feitas a pé. Por isso, as estadias eram prolongadas; assim, Maria permaneceu por três meses na casa de Isabel.

Vemos que Maria, ao receber tão importante missão, não se envaideceu, acreditando que deveria ser alguém muito especial por ter sido escolhida por Deus. Ao contrário, reconheceu não ser digna de tão grande missão, e que toda a grandeza pertencia a Deus, e não a ela.

Muitos médiuns, acreditando que possuem uma mediunidade melhor do que a dos outros, acabam sendo engolidos pela vaidade, achando que são seres humanos melhores do que o resto da humanidade. Na verdade, a grandeza está sempre em Deus, não em quem cumpre o que Ele determina. Seria bom que essas "sumidades" refletissem sobre isso, deixando de se considerar "celebridades" para entenderem o real significado de suas missões, que muitas vezes se constituem expiações pelas muitas falhas cometidas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Lucas 1.39-45

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 39: Durante aqueles dias, Maria preparou-se e saiu rapidamente em viagem para uma cidade da região montanhosa da Judeia.

O anjo Gabriel havia aparecido à Maria e anunciado que ela daria à luz um filho, que deveria ser chamado de Jesus. Anunciou também que Isabel estava grávida. Esse anúncio trazia duas situações peculiares: Maria ainda não havia se casado com José, e Isabel já havia passado da idade de ter filhos.

Versículo 40: Chegou à casa de Zacarias e foi saudar Isabel.

Zacarias era um sacerdote, esposo de Isabel. O anjo Gabriel também havia aparecido a ele e declarado que Isabel, esposa de Zacarias, teria um filho, que se chamaria João. Como Zacarias não acreditou que ainda pudesse ter um filho, pois o casal era idoso, o anjo fez com que ele ficasse mudo.

Versículo 41: Assim que Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê agitou-se em seu ventre, e Isabel ficou plena do Espírito Santo.

Versículo 42: E, com um forte grito, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto de teu ventre!

Versículo 43: Mas, qual o motivo desta graça maravilhosa, que me venha visitar a mãe do meu Senhor?

Versículo 44: Pois, no mesmo instante em que a tua voz de saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está em meu ventre agitou-se de alegria.

Versículo 45: Bem-aventurada é aquela que acreditou que o Senhor cumprirá tudo quanto lhe foi revelado!"

Ao ouvir a voz de Maria, Isabel ficou sob a influência de um espírito superior, e saudou-a, dizendo que ela e o bebê que estava esperando eram abençoados por Deus.

Também o bebê que Isabel estava esperando demonstrou alegria ao perceber a proximidade de Maria.

Temos um fenômeno mediúnico sendo narrado no Evangelho. Um espírito bastante evoluído (identificado como anjo Gabriel) aparece a Zacarias, e anuncia que ele seria pai de João, que teria um papel fundamental na vida dos judeus.

Gabriel também aparece a Maria, e anuncia que através dela nasceria Jesus, que seria o Filho do Altíssimo.

Isabel sofre forte influência ao ser visitada por Maria. O bebê que está esperando se agita e ela, sob inspiração divina, reconhece Maria como mãe de seu Senhor.

Muitos outros fatos mediúnicos serão narrados no Evangelho. Se considerarmos Jesus como a porta que nos conduz a Deus, o Espiritismo pode ser considerado como a chave que abre essa porta, pois o conceito de reencarnação lança novas luzes sobre os ensinamentos de Jesus.


domingo, 23 de outubro de 2016

Lucas 1.34-38

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 34: Então perguntou Maria ao anjo: "Como acontecerá isso, pois jamais tive relação sexual com homem algum?"

O anjo Gabriel havia aparecido a Maria, que morava na cidade de Nazaré e tinha um compromisso de casamento com José.

O anjo anuncia que ela teria um filho, e ele teria o nome de Jesus. Isto aconteceria por graça de Deus (graça: favor ou auxílio dado por Deus).

Maria não se preocupa em pensar no motivo de um anjo estar falando com ela. Pensa apenas em como vai cumprir a vontade de Deus.

Versículo 35: Então o anjo lhe esclareceu: "O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. E por esse motivo, o ser que nascerá de ti será chamado Santo, Filho de Deus.

Sem entrarmos em muita polêmica, podemos nos perguntar o motivo de Jesus precisar nascer de uma virgem. Por que Deus, que O queria humano, precisou que Ele nascesse de uma maneira diferente dos demais? O que diminuiria Jesus se Ele fosse concebido e nascesse como todo ser humano?

Sabemos que as leis de Deus são perfeitas, e por isso não precisam ser modificadas.

Versículo 36: Saiba também que Isabel, tua parenta, dará à luz a um filho mesmo em idade avançada, sendo que este já é o sexto mês de gestação para aquela a quem julgavam estéril.

Versículo 37: Porquanto para Deus não existe nada que lhe seja impossível!"

Antes de aparecer a Maria, o anjo Gabriel já havia aparecido a Zacarias para anunciar que sua esposa Isabel daria à luz uma criança, que se chamaria João. Como Zacarias e Isabel já eram idosos, haviam perdido a esperança de terem um filho. Por isso Gabriel diz que nada é impossível para Deus.

Vemos que tudo que está para acontecer acontece segundo os planos de Deus: um casal já idoso dará à luz ao precursor de Jesus, aquele que viria anunciar as mudanças que Jesus realizaria. Sempre existe um plano maior direcionando os acontecimentos.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Lucas 1.26-33

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 26: Então, no sexto mês, Deus enviou o anjo Gabriel para Nazaré, uma cidade da Galileia,

Versículo 27: a uma virgem prometida em casamento a certo homem chamado José, descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria.

Antes de aparecer a Maria, em Nazaré, Gabriel havia aparecido a Zacarias, em Jerusalém. Lá, havia anunciado que o sacerdote Zacarias e Isabel, sua esposa, teriam um filho. Como ambos eram idosos, Zacarias não acreditou na mensagem do anjo, que transmitia um recado de Deus. O anjo, como uma forma de punição, fez com que Zacarias ficasse mudo até o nascimento de seu filho.

Ao perceber que estava grávida, Isabel decidiu que ocultaria isso das pessoas, e decidiu não sair de casa.

Maria estava prometida em casamento a José. Esse compromisso não poderia ser desfeito. Caso fosse infiel ao seu prometido, a punição para o adultério seria a morte por apedrejamento, conforme mandava a lei judaica.

Versículo 28: O anjo chegou ao lugar onde ela estava a ao se aproximar lhe declarou: "Alegra-te, mui agraciada! O Senhor está contigo!"

Em algumas traduções da Bíblia, a palavra "Ave", uma saudação comum em latim e que significa "salve" ou "seja feliz" foi mantida.

Outra expressão que também aparece em determinadas traduções é "cheia de graça", numa referência ao favor de Deus para com ela. A tradução mais literal do grego é "tu que foste e permaneces repleta do favor divino".

Então, temos que o anjo Gabriel, emissário de Deus, saudou Maria como sendo uma pessoa privilegiada por ter recebido um favor de Deus.

Segundo o Espiritismo, não existem anjos, pois Deus não criaria seres à parte do restante de Sua criação, perfeitos desde o momento em que foram criados. Gabriel era um espírito muito evoluído, encarregado de missões importantes.

Versículo 29: Diante de tais palavras, Maria ficou intrigada, imaginando qual poderia ser o motivo daquele tipo de saudação.

Versículo 30: Mas o anjo lhe revelou: "Maria, não temas; pois recebeste grande graça da parte de Deus.

Versículo 31: Eis que engravidarás e darás à luz um filho, a quem chamarás de Jesus.

Assim como Gabriel havia dito que o filho de Zacarias seria chamado de João (que significa "o Senhor é gracioso", quer dizer, concede graças), disse também que o filho de Maria seria chamado de Jesus. "Jesus" é uma forma grega no nome hebraico Josué, que significa "o Senhor salva".

O conceito de "graça" é muito importante. Significa que Deus concede uma coisa a uma pessoa porque Ele é misericordioso, não porque a pessoa mereça.

Deus concedeu ao mundo primeiro João, para que anunciasse às pessoas que elas deveriam se arrepender de seus pecados. Depois viria Jesus, o Messias salvador.

Versículo 32: Ele será Grande, e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi,

Versículo 33: e Ele reinará para sempre sobre o povo de Jacó, e seu Reino nunca terá fim."

Séculos antes, Deus havia prometido a Davi que seu reinado duraria para sempre. Jesus, um descendente de Davi, representa um reinado que durará para todo o sempre ( o reino de Deus).

Temos uma poética descrição de um dos fatos mais conhecidos por todos os cristãos: um anjo anunciando a Maria que ela daria à luz o Salvador do mundo. Cheia de simbolismos e conceitos caros aos judeus, essa cena ainda hoje é muito significativa, pois é o anúncio do nascimento do Espírito mais evoluído do qual temos notícias.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Lucas 1.21-25

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 21: Enquanto isso, o povo estava aguardando Zacarias e preocupava-se com o fato de que demorasse tanto no santuário do Senhor.

Zacarias era um sacerdote. Na época dos fatos descritos, ele estava de serviço no Templo de Jerusalém, e havia sido sorteado para acender incenso no altar do locar conhecido como "Santo dos Santos", ao qual só tinha acesso um sacerdote por vez.

Quando estava nesse local sagrado, pois os judeus consideravam que era o local onde Deus habitava, Zacarias foi visitado por um anjo, que anunciou que ele e sua esposa, ambos já idosos, gerariam um filho. Ambos eram conhecidos por serem fiéis cumpridores das leis de Deus.

O anjo de Deus diz que o filho que está por nascer será muito especial, da mesma grandeza que o profeta Elias, e que a criança deveria ter o voto de nazireu (um antigo voto de consagração a Deus que previa, dentre outras coisas, que a pessoa não poderia ingerir bebida alcoólica nem cortar o cabelo) desde o seu nascimento.

Zacarias duvidou que ele e sua esposa pudessem gerar um filho, pois ambos eram idosos, e o anjo declarou que ele ficaria mudo até que tudo aquilo se cumprisse.

As pessoas que estavam do lado de fora do santuário aguardavam o sacerdote que, ao sair de lá, iria proferir a tradicional bênção araônica ("Jeová, o Eterno, te abençoe e te guarde. Faça o Senhor resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça. Que o Eterno revele a ti a sua face de amor e te conceda a paz", encontrada em Números, capítulo 6, versículos 24 a 26).

Versículo 22: Mas, ao sair, nenhuma palavra conseguia pronunciar; as pessoas perceberam que ele tivera uma visão no santuário. Zacarias tentava comunicar-se através de sinais, permanecendo todavia mudo.

O sacerdote que acendia incenso no "Santo dos Santos" passava por uma experiência única, pois segundo a crença judaica ele estava no local onde Deus habitava, o que equivale a dizer que ele estava na presença de Deus. Muitos sacerdotes, por não estarem vivendo de acordo com a Lei, eram fulminados pela ira de Deus no momento em que entravam naquele local sagrado.

Esse lugar especial era cercado de temor e respeito. Por isso, ninguém se espantou ao notar que algo diferente tinha acontecido com Zacarias.

Versículo 23: Ao completar seus dias dedicados ao serviço, ele regressou para casa.

Os sacerdotes eram organizados em 24 grandes divisões, e prestavam serviço no Templo em turnos.

Versículo 24: E, passado esse tempo, Isabel, sua esposa, engravidou, mas durante cinco meses ocultou-se das pessoas não saindo de casa.

Versículo 25: E ela dizia a si mesma: "Isto é dádiva do Senhor para mim! Eis que seus olhos me contemplaram, para retirar de sobre mim a grande humilhação que sentia diante de todos."

A ausência de filhos era considerada uma punição de Deus. Assim, embora Zacarias e Isabel fossem conhecidos por obedecerem as leis de Deus, eram vistos pela sociedade como um casal a quem Deus estava punindo, talvez por um pecado oculto.

A mulher era sempre considerada a responsável pelo casal não ter filhos, e assim desprezada pela sociedade.

O casal ficou feliz não porque alguém que desempenharia um papel importante na vida do povo estava por nascer, mas porque não mais se sentiriam envergonhados perante a sociedade por não terem filhos.

João Batista, segundo relatos do Evangelho em outros trechos, era a reencarnação do profeta Elias. Viria para sensibilizar o povo, preparando-o para a mensagem que Jesus iria trazer. Seu papel tinha sido anunciado nas profecias do Antigo Testamento, as quais relatavam que ele viria adiante do Messias.

domingo, 9 de outubro de 2016

Lucas 1.14-20

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 14 : Ele te será motivo de grande felicidade e regozijo. E muitos se alegrarão com o seu nascimento.

Um anjo aparece a Zacarias e anuncia que a sua esposa terá um filho, que deverá se chamar João (nome que significa "o Senhor é gracioso").

O anjo continua dizendo que João trará grande felicidade às pessoas.

Versículo 15: Pois ele será grande aos olhos do Senhor, jamais beberá vinho nem qualquer outra bebida fermentada, e será pleno do Espírito Santo desde antes do seu nascimento.

João Batista foi separado para uma obra de Deus. O voto de nazireu era um antigo voto de consagração a Deus. Podemos encontrar a sua descrição no livro "Números", do Antigo Testamento, no capítulo 6, versículos 1 a 8.

Versículo 16: E conduzirá muitos dos filhos de Israel à conversão ao Senhor, seu Deus.

João Batista estava preparado para cumprir sua missão. A maneira com que pregava conseguiu converter muitas pessoas, fazendo com que se afastassem dos caminhos mundanos, formando um povo de coração preparado para a vinda de Jesus.

Versículo 17: Ele avançará na presença do Senhor, no mesmo espírito e poder de Elias, com o propósito de fazer voltar o coração dos pais a seus filhos e os desobedientes à sabedoria dos justos, deixando um povo preparado para o Senhor.

Segundo os textos evangélicos, João é Elias, ou seja o profeta Elias reencarnaria como João Batista para preparar o povo para a vinda de Jesus.

Versículo 18: Então, Zacarias indagou do anjo: "Como poderei certificar-me disso? Pois já estou idoso, e minha esposa igualmente de idade avançada."

Zacarias pediu que o anjo desse um sinal de que, de fato, ele teria um filho, pois tanto ele quanto sua esposa já eram idosos e nunca haviam tido um filho.

Versículo 19: Ao que o anjo replicou: "Sou Gabriel, aquele que está permanentemente na presença de Deus e fui encarregado de vir para falar e transmitir-te estas boas notícias.

Versículo 20: Porém, eis que permanecerás em silêncio, pois não conseguirás falar até o dia em que venha a ocorrer tudo quanto te revelei, porquanto não acreditaste nas minhas palavras, as quais, no seu devido tempo, se cumprirão."

O anjo atendeu o pedido de Zacarias, que ficaria mudo até que tudo aquilo que foi previsto acontecesse.

"Gabriel", em hebraico, significa "poderoso homem do Deus".

Temos que a vinda de João Batista é anunciada por um espírito, emissário de Deus, e seu pai é alertado quanto à importância da missão que esse filho iria desempenhar. A vinda do Messias era aguardada há centenas de anos, pois tinha sido anunciada pelos profetas, que também previram que, antes do nascimento do Messias, viria um homem que iria preparar o terreno para as novas ideias que Ele traria.

O termo "profeta" tanto significa aquele que fala em nome de Deus quanto o que prevê o futuro. Nesse caso, os profetas realizaram essas duas atividades ao previrem o nascimento de João Batista e, logo depois, de Jesus.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Lucas 1.5-13

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 5: Na época de Herodes, rei da Judeia, havia um certo sacerdote chamado Zacarias, que fazia parte do grupo sacerdotal de Abias. E Isabel, sua esposa, também era uma das descendentes de Arão.

Herodes, o Grande, reinou de 37 a 4 a.C. por toda a Samaria, Galileia e grande parte da Pereia e da Celo-Síria. Governava em nome de Roma, que havia dominado a região onde os judeus viviam. Essa narrativa situa-se entre os anos 7 e 6 a.C.

Tradicionalmente, os sacerdotes pertenciam à tribo de Levi (uma das doze tribos que constituía a nação judaica), e eram descendentes de Arão. Desde os tempos de Davi os sacerdotes foram organizados em 24 grandes divisões, sendo Abias um dos líderes dessas 24 famílias de sacerdotes. Tanto Zacarias quanto Isabel eram descendentes de Arão.

Versículo 6: Os dois andavam em justiça aos olhos de Deus e obedeciam de forma irrepreensível a todos os mandamentos e doutrinas do Senhor.

Zacarias e Isabel amavam a Deus de coração. Essa adoração interior se refletia exteriormente no cumprimento dos preceitos religiosos. Como obedeciam a Deus de coração, foram chamados "justos".

Versículo 7: Contudo, eles não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e ambos eram avançados em idade.

Naquela época, os filhos eram considerados uma bênção de Deus. Assim, se Zacarias e Isabel eram considerados justos e viviam segundo as leis de Deus, causava estranheza o fato de eles não serem abençoados com filhos.

Tradicionalmente, sempre era a mulher que era considerada estéril caso o casal não tivesse filhos. Talvez isso se devesse à cultura da época, que não permitia o pensamento de que o homem, tido como sendo superior à mulher, não pudesse gerar filhos. Esse pensamento vigorou até não muito tempo atrás, tendo sido desqualificado pela Ciência, que consegue demonstrar com quem está a dificuldade em gerar um filho.

Versículo 8: Em certa ocasião, quando seu grupo estava de serviço, Zacarias ministrava como sacerdote diante de Deus.

Versículo 9: Ele foi escolhido por sorteio, de acordo com a tradição do sacerdócio, para ter acesso ao altar do Santo dos Santos e ali oferecer a queima de incenso.

Um sacerdote judeu era um ministro de Deus que trabalhava no Templo cuidando da administração do prédio, do ensino das Escrituras e da adoração.

Como os sacerdotes eram em grande número (naquela época, cerca de vinte mil pessoas), eles eram divididos em 24 grupos, que prestavam serviço em turnos. Toda manhã um sacerdote deveria entrar na sala reservada (Santo dos Santos) e queimar incenso. Era raro um sacerdote conseguir tal privilégio, pois eles eram muitos e nesse lugar reservado só poderia entrar um sacerdote por vez, tendo sido escolhido por sorteio. Além disso, poderia acontecer de, por não estar vivendo de acordo com a vontade de Deus, esse sacerdote ser fulminado pela ira de Deus em plena ministração, e morrer na hora. Portanto, o acesso ao altar do Santo dos Santos poderia ser um raro privilégio, mas também uma sentença de morte.

Versículo 10: E, chegando o momento da oferta do incenso, uma multidão de pessoas estava orando do lado de fora. 

Versículo 11: Foi então que um anjo do Senhor apareceu a Zacarias, à direita do altar do incenso.

Versículo 12: Assim que Zacarias o viu, ficou perplexo e um grande temor o dominou completamente.

Não sabemos se um espírito se materializou perante Zacarias, fazendo-se visível a ele, ou se Zacarias conseguiu perceber a presença de um espírito naquele local. Como muitos que já presenciaram o fenômeno de ver um espírito, Zacarias também ficou com medo.

Versículo 13: Entretanto, o anjo lhe assegurou: "Não tenhas medo, Zacarias; eis que tua súplica foi ouvida. Isabel, tua esposa, te dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de João.

O espírito não foi apenas visto, mas também ouvido, e disse que as orações de Zacarias, que pedia um filho, foram ouvidas.

O nome "João" significa "o Senhor é gracioso". Gracioso: que concede graças, favores. Graça: favor ou auxílio gratuito dado por Deus a pessoas que, por si mesmas, não teriam nenhum direito a ele. Segundo esse conceito, Deus nos dá muitas coisas não porque nós merecemos, mas por graça, ou seja, por bondade Dele.

O nome de João, mais tarde conhecido como João Batista, foi escolhido por Deus.

Lucas, que desejava fazer um minucioso relatório da vida de Jesus, começa pelo começo, ou seja, pelo nascimento de João Batista, que viria preparar os caminhos de Jesus, conforme será explicado futuramente.

sábado, 1 de outubro de 2016

Lucas 1.1-4

Evangelho segundo Lucas


Capítulo 1


Versículo 1: Tendo em vista que muitos já se empenharam em elaborar uma narrativa histórica sobre os eventos que se cumpriram entre nós,

Versículo 2: conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares dos fatos e servos dedicados à Palavra,

Versículo 3: eu, pessoalmente, investiguei tudo em minúcias, a partir da origem e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo Teófilo.

Versículo 4: E isso, para que tenhas plena certeza das verdades que a ti foram ministradas.

Lucas era um médico grego, gentio (não judeu) que se converteu ao cristianismo.

Teófilo foi um militar de alta patente do exército romano (povo que dominava os judeus naquela época). Convertido ao cristianismo, patrocinou a pesquisa e a publicação deste relatório sobre a vida e obra de Jesus. Este livro, posteriormente, foi considerado parte do cânon bíblico (livros inspirados por Deus) do Novo Testamento.

Lucas vai se utilizar de depoimentos das pessoas que presenciaram os fatos por ele narrados, e procurou fazer um relato preciso e completo da vida de Jesus. O que vai se destacar é a importância que dá às mulheres, o que era incomum na época em que vivia.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Evangelho segundo Lucas

Após encerrarmos o estudo do evangelho segundo o relato de Marcos, iniciaremos o estudo do evangelho de Lucas. Esse evangelho tem o propósito de apresentar um relato preciso da vida do Cristo, homem e salvador perfeito.

Lucas era um médico grego, gentio (não judeu) e cristão. Era companheiro e amigo íntimo de Paulo. Também foi o autor do livro de "Atos".

Este relato era destinado a Teófito, aos gentios e a todas as pessoas. Foi escrito por volta do ano 60 da era cristã.

Este é o mais completo dos evangelhos. O vocabulário e o estilo demonstram que o autor era letrado. Lucas enfatizou o relacionamento de Jesus com as pessoas, a oração e os milagres; registrou a participação dos anjos no episódio do nascimento do Messias e hinos de louvor; deu destaque às mulheres. A maior parte do texto de Lucas não é encontrada nos outros Evangelhos.

Lucas afirmou a divindade de Jesus, mas a verdadeira ênfase de seu livro está em Sua humanidade.

Sendo grego e médico, Lucas era um homem de ciência, um detalhista. Ele começa o seu relato expondo sua extensa pesquisa e explicando que está narrando os fatos.

Bom estudo!

Marcos 16.9-20

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 16


Versículo 9: Quando Jesus ressuscitou, ao alvorecer do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, de que havia expulsado sete demônios.

Entre os judeus, havia a crença na ressurreição, que era o retorno à vida, ou seja, uma pessoa, depois de morta, retornaria à vida ocupando o mesmo corpo. Assim, eles acreditavam que Jesus, que havia sido crucificado na sexta-feira, tinha retornado à vida, usando o mesmo corpo, no domingo.

Na realidade, o corpo de Jesus estava morto, o espírito havia se desligado dele. Jesus, um espírito desligado do corpo material, materializou-se primeiro a Maria Madalena. Sabemos, através do estudo das obras de Allan Kardec, que um espírito pode se materializar de uma maneira tão completa que dá a impressão de ser realmente um corpo material.

Versículo 10: Então, ela foi e comunicou aos que com Ele tinham estado. Eles, porém, estavam desolados e em prantos.

Versículo 11: Quando receberam a notícia de que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não conseguiram acreditar.

O conceito de ressurreição existia na maioria dos judeus, principalmente entre os fariseus, mas eles não tinham tido contato com uma pessoa que tivesse ressuscitado. Quando Maria Madalena disse que tinha visto Jesus, eles não acreditaram nela.

Versículo 12: Depois Jesus apareceu, em uma outra forma, a outros dois seguidores que estavam a caminho do interior.

Segundo relatado no Evangelho de Lucas (capítulo 24, versículo 16), Jesus apareceu na forma de um peregrino, mas o conteúdo do que disse foi revelando quem era e animando os Seus discípulos.

Versículo 13: Então eles retornaram e informaram tudo isso aos demais. Contudo, também no depoimento deles não creram.

Assim como não acreditaram no que Maria Madalena tinha relatado, também não acreditaram dessa nova aparição de Jesus.

Versículo 14: Mais tarde Jesus apareceu aos Onze, enquanto estavam reclinados, ceando. Repreendeu-lhes a falta de fé e a dureza dos corações, porque não acreditaram no testemunho daqueles que o tinha visto depois de ressurreto.

Versículo 15: E lhes ordenou: "Enquanto estiverdes indo pelo  mundo inteiro proclamai o Evangelho a toda criatura.

Versículo 16: Aquele que crer e for batizado  será salvo. Todavia, quem não crer será condenado.

Jesus pede aos Seus onze discípulos que ensinem tudo o que aprenderam com Ele.

Versículo 17: E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu Nome expulsarão demônios; em línguas novas falarão.

Versículo 18: Pegarão serpentes com as mãos; e, se algo mortífero beberem, de modo nenhum lhes fará mal, sobre os enfermos imporão as mãos e eles serão curados!"

Jesus diz que os que crerem terão condições de realizar coisas maravilhosas. O Espiritismo vem mostrar, através do estudo da mediunidade, que tudo isso (e muito mais) é possível quando estamos abertos à ação do plano espiritual superior, assumindo a nossa parte no que diz respeito de fazer cumprir os planos de Deus.

Versículo 19: Concluindo, depois de lhes ter orientado, o Senhor Jesus foi elevado aos céus e assentou-se à direita de Deus.

Versículo 20: Então, os discípulos saíram e pregaram por toda a parte, e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a Palavra com os sinais que a acompanhavam.

Encerra-se o relato de Marcos.

sábado, 24 de setembro de 2016

Marcos 16.1-8

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 16



Versículo 1: Ao encerar-se o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus.

As mulheres esperaram até o por do sol do sábado para comprar as especiarias porque, no período que ia do anoitecer da sexta-feira até o anoitecer do sábado, era um dia sagrado, dedicado a Deus, onde era proibido realizar qualquer atividade.

As mulheres compraram as especiarias para, no dia seguinte pela manhã, ungirem o corpo de Jesus, demonstrando amor, respeito e devoção a Ele.

Versículo 2: Ao raiar do primeiro dia da semana, elas caminharam até o sepulcro.

Versículo 3: E questionaram umas às outras: "Quem poderá remover para nós a grande pedra que fecha a entrada do sepulcro?"

Na manhã do domingo, as mulheres foram até onde Jesus havia sido sepultado para ungirem Seu corpo. A sepultura era cavada na rocha, e uma pedra redonda fechava a entrada. Como essa pedra se encaixava na abertura feita na rocha, seria muito difícil tirá-la do lugar. Como só estavam entre mulheres, ficaram preocupadas, pois precisavam da ajuda de alguém com grande força física.

Versículo 4: Contudo, ao se aproximarem do local, viram que aquela enorme pedra havia sido removida da entrada.

Versículo 5: E, entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de túnica branca, assentado à direita, e ficaram muito assustadas.

José de Arimateia havia cedido, para Jesus ser enterrado,  uma sepultura que nunca havia sido usada. Os sepulcros dos nobres eram espaçosos. Havia uma antecâmara e, no fundo, uma abertura que levava à sepultura.

Ao chegarem ao local, já causou espanto a pedra que tampava a entrada ter sido removida. Quando as mulheres entraram no local, ao invés de verem o corpo de Jesus, depararam-se com esse jovem, o que causou ainda mais espanto, pois não deveria haver mais ninguém lá além do corpo de Jesus.

Versículo 6: "Não vos amedronteis", disse ele. "Vós buscais a Jesus, o Nazareno, que morreu na cruz. Pois Ele foi ressuscitado! Não está mais aqui. Vede o lugar onde o haviam depositado.

Versículo 7: Agora ide, dizei aos discípulos dele e a Pedro que Ele está seguindo adiante de vós para a Galileia. Lá vós o vereis, assim como Ele vos predisse."

Jesus sabia que, apesar de seus erros, Pedro O amava profundamente, e precisava do amor e do perdão de Jesus para se curar, pois ficara profundamente abatido ao negar conhecer  Jesus quando Ele foi preso. Por isso Jesus manda um recado especial para Pedro.

A fim de que se encontrasse pela última vez com Seus discípulos e dar-lhes os últimos ensinamentos, Jesus manda que O encontrem na Galileia.

Versículo 8: Apavoradas e trêmulas, as mulheres saíram e fugiram do sepulcro. E não informaram nada a ninguém, pois estavam assombradas e com medo.

Ao entrarem no sepulcro, as mulheres não encontraram o corpo de Jesus. Além do corpo ter sumido, havia uma pessoa lá dentro, que mandou um recado para os discípulos. Elas ficaram com medo, e por isso resolveram não contar nada a ninguém.

Por condições que nos são desconhecidas, sabemos que o corpo de Jesus de fato desapareceu. O que veremos depois é a materialização de Jesus, que se faz visível e palpável às mulheres e aos discípulos.

A crença dos judeus na ressurreição era bastante forte. Eles acreditavam que uma pessoa, depois de morta, poderia retornar usando o mesmo corpo. O conceito de reencarnação não era aceito por eles naquela época. Por isso, fazia-se necessário que eles acreditassem que Jesus havia ressurgido, usando o mesmo corpo que eles conheciam.


domingo, 18 de setembro de 2016

Marcos 15.42-47

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 15


Versículo 42: Este era o Dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado.

Jesus morreu numa sexta-feira, dia em que os judeus se preparavam para o sábado, dia no qual todo trabalho era proibido.

Versículo 43: E José de Arimateia, membro honrado do Supremo Tribunal dos Judeus, que também aguardava o Reino de Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos e solicitou o corpo de Jesus.

José era um justo e eminente juiz da cidade de Arimateia, que ficava a 30 quilômetros de Jerusalém. Também era um discípulo de Jesus, mas manteve sua fé em segredo até aquele momento. Ao pedir o corpo de Jesus, demonstrou grande coragem por dois motivos: assumiu ser um seguidor daquele que havia sido considerado traidor; e deu um sepultamento digno a Jesus, pois segundo a tradição judaica os que eram crucificados devido a traição não eram liberados para os rituais do enterro, o que era profundamente desonroso.

Versículo 44: Pilatos recebeu com espanto a notícia de que Jesus já havia falecido. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se fazia muito tempo que morrera.

A morte de uma pessoa crucificada era lenta e dolorosa. Acontecia por asfixia, quando a exaustão muscular impedia a pessoa de respirar. Por isso Pilatos estranhou que Jesus tivesse morrido tão rapidamente, e pediu para um comandante da guarda verificar o que tinha acontecido.

Versículo 45: Sendo informado pelo centurião, consentiu em ceder o corpo a José.

O centurião (comandante de cem soldados romanos) confirmou que Jesus já havia, de fato, morrido.

Versículo 46: Então José comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz, envolveu-o no lençol e o colocou num sepulcro cavado na rocha. Depois, fez rolar uma pedra sobre a entrada do sepulcro.

José ofereceu um túmulo, que havia sido cavado em uma pedra, para colocar o corpo de Jesus, conforme era costume na época. Em seguida, fechou a entrada do túmulo com uma pedra.

Versículo 47: Ora, Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde Ele fora depositado.

Essas mulheres pouco poderiam fazer para defender Jesus, pois as mulheres tinham muitas limitações na sociedade da época.. Mesmo assim, acompanharam a Sua crucificação e foram ver onde o Seu corpo fora depositado, enquanto os Seus discípulos fugiram com medo.

Vemos duas provas de coragem: José, ao assumir o risco de ser declarado cúmplice de Jesus e ter o mesmo destino que  Ele, e essas mulheres valorosas. E hoje em dia temos pessoas que até acreditam no Espiritismo, mas para se sentirem mais confortáveis perante a sociedade dizem pertencer a uma outra religião, mais tradicional e melhor aceita! Quanta diferença temos entre os seguidores de Jesus!

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Marcos 15.33-41

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 15


Versículo 33: E aconteceu que toda a terra foi coberta pelas trevas, desde o meio-dia até às três horas da tarde.

Versículo 34: Então, por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: "Elohi, Elohi! hemá sabachtháni?" - que traduzido quer dizer: "Meu Deus, meu Deus! Por que me abandonaste?"

Jesus sente que o momento final se aproxima. Cita o primeiro versículo do Salmo 22, que descreve a agonia da morte do Messias.

Versículo 35: Alguns dos que presenciavam o que estava ocorrendo, ouvindo isso, comentavam: "Vede, Ele chama por Elias."

Algumas pessoas pensaram ter ouvido "Eli", isto é, "Elias". Os judeus tinham por costume, em momentos de grande necessidade, chamar por Elias, pois acreditavam que ele, por ter sido arrebatado à presença de Deus, viria em socorro dos justos e inocentes. Confundiram "Eli" (Elias ) com "Elohi" (meu Deus).

Versículo 36: Então, um deles correu e ensopou uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e a estendeu até Jesus, para que sorvesse. E explicou: "Deixai! Vejamos se Elias vem para tirá-lo daí."

Versículo 37: Todavia, Jesus, com um forte brado, expirou.

Segundo o evangelho de João, as últimas palavas de Jesus foram: "Está consumado", ou seja, o sacrifício final aconteceu.

Versículo 38: Então, o véu do Lugar Santíssimo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo.

No Templo, uma cortina separava o "Lugar Santo" do "Lugar Santíssimo", reservado para o próprio Deus. Essa cortina separava Deus (santo) do povo (pecador). Depois da morte de Jesus, a cortina se rompeu, simbolizando que não há mais separação entre Deus e o povo.

Versículo 39: E, quando o centurião, que estava bem em frente de Jesus, ouviu seu brado e viu a maneira como expirou, exclamou: "Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!"

Os crucificados passavam, em geral, por longos períodos de intensa agonia, exaustão e perda dos sentidos, até a morte por asfixia. Não foi isso que aconteceu com Jesus. Por isso o militar romano reconheceu em Jesus alguém muito especial.

Versículo 40: Algumas mulheres acompanhavam tudo de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, o mais jovem, e de José.

Versículo 41: Na Galileia elas tinham seguido e servido a Jesus. Muitas outras mulheres haviam subido com Ele para Jerusalém e, de igual modo, estavam ali presentes.

Temos estas mulheres, que eram desvalorizadas na época de Jesus simplesmente por serem mulheres, acompanhando Jesus, mesmo que de longe, até o momento final. Não temos o relato de que Seus discípulos tivessem feito o mesmo. Isso nos põe a pensar...



sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Marcos 15.21-32

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 15


Versículo 21: E ocorreu que certo homem de Cirene, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo, passava por ali, vindo do campo. Eles o forçaram a carregar a cruz.

Simão era natural de Cirene, importante cidade da Líbia, na África do Norte, onde vivia uma grande população judaica. Os soldados romanos o obrigaram a carregar a cruz na qual Jesus seria crucificado.

Na Páscoa, Simão havia feito uma peregrinação de Cirene até Jerusalém. Seus filhos Alexandre e Rufo foram mencionados porque, mais tarde, seriam bastante conhecidos na Igreja Primitiva.

Versículo 22: Levaram Jesus para um lugar denominado Gólgota, que significa local da Caveira.

Versículo 23: E lhe deram vinho misturado com mirra, mas Ele não o bebeu.

Era um costume judaico amenizar a dor do martírio oferecendo ao crucificado uma mistura entorpecente. Jesus preferiu enfrentar a situação de maneira lúcida, pois sempre teve consciência do que lhe aconteceria.

Versículo 24: Então o crucificaram. Dividindo suas vestes, jogaram sortes para saber com que parte cada um iria ficar.

Versículo 25: Eram nove horas da manhã quando o crucificaram.

Versículo 26: E assim ficou escrito na acusação contra Ele: O REI DOS JUDEUS.

Conforme o costume, escrevia-se a acusação numa tábua de madeira, que seguia à frente do sentenciado até o local da execução, quando era então pregada na cruz, logo acima da sua cabeça.

Versículo 27: Junto a Jesus crucificaram dois criminosos, um à sua direita e outro à sua esquerda.

Versículo 28: Cumpriu-se assim a Escritura, que diz: "Ele foi contado entre os malfeitores."

No Salmo 22, também chamado de "O Salmo da Cruz", temos a descrição da morte do Messias. No livro de Isaías, capítulo 53, também temos uma descrição do Messias.

Tudo o que Jesus passou já havia sido previsto pelos profetas, que registraram suas visões nos livros do Antigo Testamento. Esta é mais uma prova de que Jesus era, de fato, o tão esperado Messias, que viria para salvar o povo.


Versículo 29: Os transeuntes lançavam-lhe impropérios, gesticulando a cabeça e exclamando: "Ah! Tu que destróis o templo e, em três dias, o reconstróis!

Versículo 30: Agora desce da cruz e salva-te a ti mesmo!"

Jesus poderia ter se rebelado, libertando-se de tudo aquilo e punindo Seus agressores. Mas, se fizesse isso, não seria Jesus, aquele que amava até mesmo os seus inimigos.

Versículo 31: E Da mesma maneira os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei zombavam dele entre si, exclamando: "Salvou a tantos, mas a si mesmo não pode salvar-se!

Nesta aparente zombaria, eles reconheciam que Jesus tinha salvo muitas pessoas!

Versículo 32: E Que o Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e creiamos!" E, de igual modo, os que com Ele foram crucificados o insultavam.

Todos eles já tinham visto os milagres que Jesus tinha realizado, mas nem assim acreditaram. Não seria diferente desta vez: mesmo se Jesus descesse da cruz, eles continuariam não acreditando.

A mesma multidão que, dias antes, havia prestado homenagens a Jesus quando Ele entrava em Jerusalém, agora gritava insultos. Por isso, devemos ter muito cuidado ao formarmos uma opinião tendo em vista o que a maioria das pessoas pensa. Não são poucos os erros cometidos pela multidão.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Marcos 15.16-20

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 15


Versículo 16: Em seguida, os soldados agarraram Jesus e o conduziram para dentro do palácio, isto é, ao Pretório, e agruparam toda a tropa.

Jesus tinha sido levado ao Sinédrio, depois de ter sido preso no jardim de Getsêmani. De lá, os líderes religiosos judeus O levaram para Pôncio Pilatos, pois só o governador romano poderia condenar uma pessoa à morte, que é o que eles pretendiam fazer com Jesus.

Pilatos não viu crime algum em Jesus, mas os líderes judeus exigiam a Sua condenação à morte. Pilatos tentou libertá-lo, usando o costume que se tinha na época de se libertar um prisioneiro por ocasião da Páscoa judaica, mas a população preferiu libertar Barrabás, um rebelde criminoso.

Pilatos, sentindo-se pressionado pela população, decidiu condenar Jesus à crucificação, punição que era reservada aos rebeldes políticos. Com isso, os judeus desqualificavam Jesus como um líder religioso, e O colocavam simplesmente como alguém que queria incitar o povo contra o domínio romano.

Versículo 17: Vestiram-no com um manto de cor púrpura real, depois teceram uma coroa de espinhos e a cravaram sobre a sua cabeça.

Versículo 18: E começaram a saudá-lo: "Salve! Ó rei dos judeus!"

Os líderes judeus acusavam Jesus de se intitular "Rei dos Judeus". Por isso, os soldados romanos zombaram de Jesus, vestindo-O com uma capa cuja cor vermelha representava a realeza e o poder do Império Romano, e puseram em Sua cabeça uma coroa de espinhos.

Versículo 19: Espancavam-lhe a cabeça com uma vara e cuspiam nele. Ajoelhavam e lhe rendiam adoração.

Versículo 20: Depois de haverem zombado dele, despiram-lhe o manto de cor púrpura e o vestiram com suas próprias roupas. Então o levaram para fora, a fim de crucificá-lo.

Na realidade, os soldados romanos nem sabiam o que, de fato, estava acontecendo. Escutaram que Jesus se dizia "rei", e zombaram dele por esse motivo. Não se preocuparam em saber se o que estavam ouvindo era a realidade.


Jesus foi condenado pelos líderes judeus porque não estava de acordo com o papel de Messias que eles esperavam, que era o de um líder do exército que comandaria uma rebelião contra o domínio romano. Foi condenado pelos romanos por ser um líder de uma rebelião contra o domínio romano. Como vemos, a história pode ser um pouco confusa quando a olhamos de uma certa distância.

Assim agimos nós, também, ao basearmos o nosso conhecimento e julgamento apenas no que ouvimos dizer. Para se dizer "espírita", não basta irmos no Centro recebermos o passe e ouvirmos as palestras. Nem tudo o que é dito está em conformidade com os ensinamentos deixados por Kardec. Precisamos estudar o Espiritismo para termos a nossa própria conclusão dos fatos. Caso contrário, estaremos apenas repetindo uma cena que já aconteceu há mais de dois mil anos.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Marcos 15.1-15

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 15


Versículo 1: Ao raiar do dia, entraram em assembleia os chefes dos sacerdotes com os líderes religiosos, os mestres da lei e todo o Supremo Tribunal dos Judeus e tomaram uma decisão: amarraram Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos.

Durante a noite, houve uma reunião informal no Sinédrio (Supremo Tribunal dos Judeus). Ao amanhecer, houve a reunião formal no Sinédrio, pois a lei dizia que nenhuma reunião deliberativa poderia ser feita durante a noite.

Como o Sinédrio não poderia condenar ninguém à morte, Jesus foi levado até o governador romano da Judeia, Pilatos. Este sim teria o poder de O condenar à morte. Para que isso acontecesse, os líderes religiosos judeus acusaram Jesus de traição e blasfêmia.

Versículo 2: Então Pilatos o interrogou: "És tu o rei dos judeus?" Ao que Jesus lhe replicou: "Tu o dizes."

Em nenhum momento Jesus havia se denominado "rei". Ao contrário, disse para aqueles que esperavam encontrar nele o líder de uma rebelião, que o Seu reino não era desse mundo.

Versículo 3: E os chefes dos sacerdotes passaram a levantar várias outras acusações contra Ele.

Os líderes religiosos judeus não estavam preocupados com a verdade. Já haviam se decidido: Jesus seria condenado à morte, e não importava sob qual acusação isso aconteceria, desde que Ele fosse condenado.

Versículo 4: Por isso Pilatos indagou uma vez mais: "Nada respondes? Vê quantas acusações te fazem!"

Versículo 5: Mas Jesus não respondeu uma só palavra, a ponto de Pilatos ficar muito impressionado.

Nada do que Jesus dissesse faria com que os líderes judeus mudassem de ideia. Por isso, Jesus se calou.

Versículo 6: Ora, por ocasião da festa, fazia parte da tradição libertar um prisioneiro por aclamação popular.

Versículo 7: Um homem conhecido por Barrabás estava na prisão junto a rebeldes que haviam cometido assassinato durante uma rebelião.

Barrabás era membro dos zelotes, um grupo revolucionário judaico que pretendia libertar Israel do domínio romano.

Versículo 8: Concentrando-se a multidão, clamaram a Pilatos que lhes outorgasse o direito de costume nessas ocasiões.

Versículo 9: E Pilatos lhes ofereceu: "Quereis que eu vos liberte o rei dos judeus?"

Versículo 10: Porquanto ele bem sabia que fora por inveja que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus.

Pilatos percebeu que não havia um motivo real para condenar Jesus, e tentou contornar a situação, oferecendo à multidão a possibilidade de libertá-lo.

Versículo 11: Então os chefes dos sacerdotes instigaram a multidão a rogar a Pilatos que, ao contrário, soltasse Barrabás.

Versículo 12: Contudo, Pilatos lhes questionou: "Assim sendo, que farei com este a quem chamais o rei dos judeus?"

Versículo 13: Mas eles gritavam: "Crucificai-o!"

Versículo 14: "Por que? Que mal fez este homem?" inquiriu Pilatos. Todavia, eles clamavam ainda mais decididos: "Crucificai-o!"

Versículo 15: Então, Pilatos, para satisfazer a todo aquele povo reunido, soltou-lhes Barrabás; ordenou que Jesus fosse açoitado e depois o sentenciou à crucificação.

A crucificação era a pena com a qual Roma punia os rebeldes. Os líderes judeus queriam que Jesus fosse punido como um rebelde, e não como um líder religioso. Eles pretendiam desqualificar Jesus.

O povo, que dias antes havia aclamado Jesus na entrada de Jerusalém, agora pedia que fosse condenado à morte.

Quem diz que a voz do povo é a voz de Deus precisa se lembrar do povo pedindo para soltar um bandido e crucificar Jesus!


domingo, 14 de agosto de 2016

Marcos 14.66-72

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 14


Versículo 66: Continuando Pedro na parte de baixo, no pátio, uma das criadas do sumo sacerdote passou por ali.

Enquanto Jesus estava sendo agredido na casa de Caifás, o sumo sacerdote, Pedro estava no pátio, na parte baixa da casa, aguardando notícias de Jesus.

Versículo 67: E, vendo a Pedro se aquecendo, fixou bem seus olhos nele e afirmou: "Tu também estavas com Jesus, o Nazareno!"

Versículo 68: Todavia, ele o negou, assegurando: "Não o conheço, nem ao menos sei do que estás falando." Então foi para fora, em direção ao pórtico. E um galo cantou.

Pedro, quando estava com Jesus na ceia da Páscoa judaica, algumas horas antes, havia dito que, mesmo se tivesse que morrer, jamais abandonaria Jesus. E Jesus respondeu que, antes que o galo cantasse por duas vezes, Pedro O negaria.

Versículo 69: Quando a criada o viu lá, começou novamente a falar às pessoas que estavam em derredor: "Este é um deles!"

Versículo 70: Porém, uma vez mais, ele o negou. E, pouco tempo mais tarde, os que estavam sentados ali perto identificaram Pedro: "Com toda a certeza, tu és um deles, pois és galileu também!"

Um galileu, que era uma pessoa originária da Galileia, era rapidamente identificado, pois falava um idioma diferente (aramaico) do que era falado em Jerusalém.

Ao identificarem Pedro como um galileu, deduziram que ele estava ali por causa de Jesus, que era galileu também.

Versículo 71: Pedro começou a amaldiçoar-se e a jurar: "Não conheço esse homem de quem falais!"

Pedro invocou uma maldição divina para si mesmo caso estivesse mentindo. Era uma forma de mostrar que, de fato, não estava mentindo, e que não conhecia Jesus.

Versículo 72: E, em seguida, o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: "Antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes". E, percebendo o que fizera, caiu em profundo pranto.


O arrependimento de Pedro foi profundo e imediato. Assim que se deu conta do que havia feito, chorou amargamente.

Pedro iria se redimir ao se tornar um dos maiores divulgadores da mensagem de Jesus.

domingo, 7 de agosto de 2016

Marcos 14.53-65

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 14


Versículo 53: Levaram Jesus ao sumo sacerdote; e então se reuniram todos os chefes dos sacerdotes, os líderes religiosos e os mestres da lei.

O sinédrio, que funcionava como o Supremo Tribunal judaico, era constituído por setenta e um membros, divididos em três categorias: os chefes dos sacerdotes (também chamados "principais"), os líderes religiosos ("anciãos") e os mestres da lei ("escribas").

Enquanto estavam sob o domínio do Império Romano, o Sinédrio tinha grande poder, mas não podia condenar uma pessoa à morte.

O julgamento de Jesus teve duas fases: na primeira, um pequeno grupo se encontrou à noite; na segunda, todo o Sinédrio se reuniu pela manhã.

Os judeus queriam acusar Jesus de blasfêmia, pois Ele havia se declarado filho de Deus. O crime de blasfêmia era punido com  a morte.

Na realidade, não houve um julgamento, pois os componentes do Sinédrio já haviam se decidido a condenar Jesus à morte, não se importando com as provas ou com os testemunhos.

Versículo 54: Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote. E permaneceu assentado entre os criados, aquecendo-se junto ao fogo.

Versículo 55: Os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio estavam buscando denúncias contra Jesus, todavia não conseguiam encontrar nenhuma.

Versículo 56: Várias pessoas também testemunharam falsamente contra Ele, contudo suas declarações não se mostraram coerentes.

Segundo as leis judaicas, uma pessoa só poderia ser condenada à morte mediante o testemunho de duas ou mais pessoas. Entretanto, não poderia haver contradições nos testemunhos.

Os líderes judeus não estavam conseguindo encontrar tais testemunhas, pois as acusações contra Jesus eram falsas.

Versículo 57: Então, outros se levantaram para testemunhar inverdades contra Ele:

Versículo 58: Nós o ouvimos exclamar: "Eu destruirei este templo construído por mãos humanas e em três dias edificarei outro, não erguido por mãos de homens."

Na realidade, Jesus havia dito que derrubaria o Templo, e em três dias o levantaria. Ele não se referia ao prédio, mas a Seu próprio corpo, pois morreria e, depois de três dias, ressuscitaria.

Versículo 59: Entretanto, nem mesmo quanto a essa acusação o testemunho deles era congruente.

Versículo 60: Então o sumo sacerdote levantou-se diante de todos e interrogou a Jesus: "Nada contestas à denúncia que estes levantam contra ti?"

Versículo 61: Ele, contudo, permaneceu em silêncio e nada replicou. Mas o sumo sacerdote voltou a indagá-lo: "És tu o Messias, o Filho de Deus Bendito?"

Versículo 62: Jesus asseverou: "Eu sou! E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso e chegando com as nuvens do céu."

Versículo 63: Diante disto, o sumo sacerdote rasgou suas vestes e esbravejou: "Por que ainda necessitamos de outras testemunhas?"

Um antigo costume dos reis e profetas era rasgar as roupas para, de maneira dramática, demonstrarem horror, escândalo ou ultraje.

Versículo 64: "Ouvistes a blasfêmia! Que vos parece?" E todos o julgaram merecedor da pena de morte.

O Sinédrio poderia condenar uma pessoa à morte sob a acusação de blasfêmia, que incluía não só a difamação do nome de Deus mas também qualquer ofensa à sua majestade ou poder. Mas era necessária a aprovação das autoridades romanas para a condenação.

Versículo 65: E assim alguns começaram a cuspir nele; encapuzaram-no, vendando seus olhos e, esmurrando-o, exclamavam: "Profetiza!" E os guardas o levaram debaixo de bofetadas.

Uma antiga interpretação do texto de Isaías (profeta do Antigo Testamento) dizia que o Messias seria capaz de conhecer e julgar as pessoas, ainda que de olhos vendados. Por isso, os soldados zombavam de Jesus, pedindo que Ele adivinhasse quem O estava agredindo.

Com a descrição desta cena, vemos até onde a ignorância pode nos levar!


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Marcos 14.43-52

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 14


Versículo 43: Jesus ainda não havia terminado de falar, quando surgiu Judas, um dos Doze. E com ele chegou uma multidão armada de espadas e cassetetes, vinda da parte dos sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos.

Jesus tinha ido, junto com Seus discípulos,  a um lugar chamado Getsêmani para orar. Tinha levado Pedro, Tiago e João a um lugar mais reservado, e pediu que eles permanecessem em vigília. Eles adormeceram, e Jesus os advertiu para que orassem e vigiassem, a fim de não caírem em tentação.

Depois que os advertiu, Jesus disse que estava pronto para ser entregue nas mãos dos pecadores e que o que O iria trair estava chegando. Logo em seguida, Judas chegou, trazendo guardas do Templo, escravos a serviço do sumo sacerdote e alguns soldados romanos.

Versículo 44: Ora, o traidor tinha combinado um sinal com eles: "Aquele a quem eu saudar com um beijo, é Ele; prendei-o e levai-o sob forte segurança."

Versículo 45: Então, assim que chegou, dirigiu-se imediatamente para Jesus e o saudou: "Rabbi". E o beijou.

A expressão "Rabbi" significa "meu mestre". Junto com um ou mais beijos em cada face, era um sinal de respeito e gratidão de um discípulo a seu mestre. Judas escolheu esse gesto para trair Jesus.

Versículo 46: Em seguida, os homens amarraram Jesus e o prenderam.

Versículo 47: Nesse momento, um dos que estavam bem próximos puxou da espada e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha.

Segundo o que nos relata João, em seu Evangelho, foi Pedro quem atacou o servo.

Versículo 48: Exclamou-lhes Jesus: "Acaso estou eu liderando alguma rebelião para virdes me prender com espadas e cassetetes?

Versículo 49: Pois diariamente tenho estado convosco no templo, vos ensinando, e não me prendestes. Contudo, é para que se cumpram as Escrituras."

Jesus protesta pela maneira com que vieram prendê-lo, com brutalidade, e de maneira desrespeitosa. Esse tratamento era reservado a rebeldes e criminosos, não a um mestre da lei.

O capítulo 53 do livro de Isaías, no Antigo Testamento, descreve o que aconteceria com o Messias. Isso foi escrito  centenas de anos antes de acontecer. Por isso, Jesus diz que o que foi profetizado nas escrituras estava se cumprindo.

Versículo 50: Logo em seguida, todos fugiram e o abandonaram.

Os discípulos de Jesus, que algumas horas antes disseram que jamais O abandonariam, saíram correndo ao menor sinal de perigo.

Versículo 51: Certo jovem, vestindo apenas um lençol de linho, estava seguindo Jesus, quando também tentaram prendê-lo.

Versículo 52: Mas ele, largando o lençol, fugiu desnudo.

Alguns historiadores acreditam que o jovem descrito fosse o próprio autor desse Evangelho (Marcos), pois esse episódio não é descrito em nenhum dos outros três Evangelhos.

Temos Jesus em Seus momentos finais. Judas, que havia compartilhado de Seus dias, aprendendo diretamente de Sua boca os ensinamentos a respeito de Deus, havia, por motivos que não sabemos explicar, decidido que Ele deveria ser traído, sendo entregue aos romanos através dos sacerdotes judeus.

Seus discípulos, que há pouco haviam compartilhado da refeição da Páscoa judaica, saíram correndo, com medo de também serem presos.

Não podemos acreditar que Jesus, um espírito altamente evoluído, fosse ficar magoado com o que estava acontecendo, por ser traído e abandonado. Entretanto, essas ações revelam o quão distante esses espíritos estavam de compreenderem o papel que lhes cabia na história.

Hoje, cada um de nós também tem um importante papel a desempenhar. Deus nos mostra, a todo momento, qual é esse papel. Podemos escolher entre fazer o melhor possível ou, tal qual os atores daquela época, deixarmos a oportunidade passar. A escolha é nossa.

sábado, 30 de julho de 2016

Marcos 11.32-42

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 11


Versículo 32: Então caminharam para um lugar chamado Getsêmani e, tendo chegado, solicitou Jesus aos seus discípulos; "assentai-vos aqui, enquanto Eu vou orar."

Versículo 33: E levou consigo a Pedro, Tiago e João, e começou a sentir grande temor e profunda angústia.

"Getsêmani" era um jardim com pomar situado na encosta do monte das Oliveiras. Era um dos lugares favoritos de Jesus par orar. Em várias passagens do Evangelho, é narrado que Jesus se afastava da multidão para orar. Quando precisamos nos comunicar com Deus, temos o exemplo de Jesus de como o fazer. Um lugar isolado e tranquilo, confortável e, se possível, em contato com a natureza vai nos ajudar a ter um contato íntimo com Deus.

É claro que podemos fazer a nossa prece em qualquer lugar, barulhento ou não. Entretanto, ouvi uma vez uma frase que ficou na minha memória: "Deus só pode ser encontrado no silêncio." Os estímulos, tanto sonoros quanto visuais, acabam por distraírem a nossa mente, que se dispersa, e acabamos por nos perder em milhões de pensamentos.

Para nos relacionarmos com Deus, entrando em sintonia com Ele, precisamos estar com o nosso corpo e a nossa mente no mesmo lugar. Um lugar bem isolado e silencioso nos ajuda bastante.

Jesus tinha ido para um local tranquilo. Sabia que Judas iria lá para O entregar aos Seus inimigos e foi ao encontro do Seu destino. Levou os Seus discípulos mais chegados para que compartilhassem com Sua luta espiritual. Refletindo sobre isso, podemos perceber que não temos que travar as nossas batalhas espirituais sozinhos. Num Centro Espírita, certamente encontraremos pessoas que podem nos ajudar. Elas não vão tomar a decisão por nós, mas podem nos ajudar a ter um maior discernimento e identificar os obstáculos presentes em nosso caminho.

Versículo 34: E compartilha com eles: "Minha alma está extremamente triste até à morte; ficai pois aqui e vigiai."

Nos dias de hoje, quem de nós pode dizer que nunca percebeu uma pessoa angustiada ao seu lado? Como estamos envolvidos em nossos próprios problemas, acabamos fingindo que não notamos. E não fazemos nada para ajudar. Ficamos esperando grandes tarefas no Centro, esperando ser chamados para sermos os responsáveis por chefiar uma tarefa assistencial. E, enquanto isso não acontece, não fazemos nada.

Temos dezenas de oportunidades de representarmos Jesus na Terra, de fazermos com que o outro consiga se lembrar de Jesus com as nossas atitudes. Não podemos perder essas pequenas oportunidades, pois elas podem mudar o nosso destino, aliviando muitas expiações e provas que estão esperando por nós.

Versículo 35: Caminhou um pouco mais adiante e, prostrando-se, orava para que, se possível, àquela hora fosse afastada dele.

Versículo 36: E rogava: "Abba, Pai, todas as coisas são possíveis para ti, afasta de mim  este cálice; todavia, não seja o que Eu desejo, mas sim o que Tu queres."

"Abba" era uma expressão em aramaico (a língua natural de Jesus) e significava "papai" ou "meu pai querido". Esta expressão simboliza o grau de relacionamento de Jesus com Deus!

Jesus não estava angustiado porque iria morrer, pois sabia disso desde que havia encarnado. Estava angustiado porque seria morto como um criminoso, rejeitado por todos. Sabia do peso que isso teria para as pessoas que cometeriam essas ações.

Mesmo em Seus momentos de angústia, Jesus não rejeitou o que tinha que acontecer, nem duvidou que Deus o amasse. Colocou-se nas mãos de Deus, e mostrou-se apto a cumprir a Sua missão.

Assim nós também, nos momentos de angústia que a vida nos traz, devemos nos mostrar confiantes em Deus, e prontos para passarmos pelo que for necessário, pois esta é a vontade de nosso Pai.

Versículo 37: Ao voltar para seus discípulos, os surpreendeu dormindo: "Simão!" - chamou Ele a Pedro. "Estais dormindo? Não conseguistes vigiar nem por uma hora"

Versículo 38: Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois, de um lado, o espírito está pronto, mas, por outro lado, a carne é fraca."

Os discípulos, embora com uma evolução espiritual bastante elevada, foram vencidos pela matéria. O cansaço do corpo fez com que deixassem de lado a necessidade espiritual de darem apoio a Jesus naquele momento.

Devemos ser cuidadosos, não permitindo que as nossas necessidades materiais comandem as nossas ações. Somos seres eternos, criados por Deus simples e ignorantes, mas tendo como meta a perfeição. As necessidades materiais não são mais importantes que isso.

Versículo 39: E, uma vez mais, Ele se afastou e orou, repetindo as mesmas expressões.

Versículo 40: Ao regressar, novamente os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados, mas não sabiam como justificar-se.

Versículo 41: Voltando ainda uma terceira vez, Ele lhes admoestou: "Ainda dormis e descansais? Basta! Eis que a hora é chegada! O filho do Homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.

Ao lermos esta passagem, pensamos: "Nossa! Como eles podiam dormir, sabendo que Jesus logo iria morrer?" Achamos que eles deveriam aproveitar ao máximo a presença de Jesus, que logo não estaria mais entre eles. Entretanto, desperdiçamos a nossa vida com coisas inúteis. Damos atenção a bobagens, desprezando o que de fato importa. Todos nós temos consciência de que as pessoas que amamos não estarão eternamente conosco. No entanto, quando estamos com elas, ao invés de desfrutarmos desse momento, nos distraímos com milhões de bobagens. Queremos fazer milhares de coisas ao mesmo tempo, e não nos dedicamos a nenhuma delas nem fazemos nada direito.

Espíritas, este momento que temos em nossa encarnação não foi uma viagem planejada para nosso desfrute, como um momento de lazer. É uma oportunidade de luta contra nossa inferioridade moral, e de aprendizado sublime dos ensinamentos do Mestre. Não vamos agir como os discípulos, que dormiam enquanto Jesus se preparava para morrer. Como disse Jesus, "vigiai e orai, para não cairdes em tentação.

Versículo 42: Levantai-vos, pois, e vamos! Eis que chegou aquele que me está traindo!"

Judas vai entrar em cena, deixando que uma escolha errada determine como ele será lembrado pela humanidade durante milhares de anos.

sábado, 23 de julho de 2016

Marcos 14.27-31

Evangelho segundo Marcos


Capítulo 14


Versículo 27: Então Jesus lhes advertiu: "Todos vós me abandonareis. Pois está escrito: 'Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas.'

Jesus estava conversando com Seus discípulos após a última ceia que compartilhariam. Ele já sabia o que Judas faria, e cita um trecho do Antigo Testamento (Zacarias capítulo 13, versículo 7) para dizer que, após Sua morte, Seus discípulos se dispersariam.

Versículo 28: Contudo, depois da minha ressurreição, partirei adiante de vós rumo à Galileia."

Jesus está avisando os Seus discípulos que, após sua morte, vai encontrá-los novamente.

Versículo 29: Pedro exclamou: "Mesmo que todos te abandonem, eu nunca te deixarei!"

Pedro diz que jamais abandonaria Jesus, mesmo que todos os outros o fizessem. Assim como Jesus sabia que Judas O  havia traído, também sabia como Pedro iria se comportar depois que Ele fosse preso.

Isso não quer dizer que Judas era obrigado a trair Jesus, nem que Pedro fosse obrigado a negar que O conhecesse, pois todos possuem livre arbítrio, e poderiam ou não fazer essas coisas. Quer dizer somente que Jesus já sabia o que eles fariam.

Jesus é um espírito cuja evolução nós temos dificuldade em até mesmo imaginar, então muitas coisas nós não conseguimos compreender. Apesar de nos causar estranheza, Jesus já sabia o que ocorreria. Em diversas ocasiões, demonstrou saber também o que estava acontecendo em lugares distantes de onde estava.

Versículo 30: Replicou-lhes Jesus: "Com toda a certeza te asseguro que ainda hoje, nesta noite, antes que por duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes."

Versículo 31: Entretanto, Pedro insistia com eloquência: "Ainda que seja preciso que eu morra ao teu lado, jamais te negarei!" E da mesma maneira responderam todos os demais.

Durante o tempo em que estiveram com Jesus, os discípulos demonstraram muitas vezes não compreender a Sua mensagem. Vemos, nos trechos dos Evangelhos, que eles precisavam constantemente de correções por parte de Jesus, pois interpretavam de maneira equivocada o que Ele havia dito.

Se pensarmos de uma maneira simplista, podemos achar que eles não estavam à altura da missão que lhes foi confiada. Entretanto, ao refletirmos melhor, vemos que somente um espírito com a mesma evolução que a de Jesus é que poderia O compreender completamente. Em nosso planeta, não existe outro espírito que se equipare a Jesus. Portanto, os Seus discípulos eram a melhor opção para aquele momento.

Estes homens, simples pescadores, largaram toda a vida que conheciam para seguir o Mestre. A partir do momento em que conheceram Jesus, abandonaram as suas vidas e se dedicaram exclusivamente a aprenderem os conceitos novos que Jesus trazia.

Esta profunda transformação que se operou na vida destes pescadores não fez com que a evolução desse um salto e os transformasse em espíritos puros. Fez apenas com que se transformassem.

Quando nos deparamos com o Espiritismo, ficamos deslumbrados com as maravilhas que ele nos mostra. Isto produz uma certa transformação, mas não nos transforma em espíritos puros. Vamos continuar em nossa longa jornada rumo à perfeição.

O que não pode acontecer é que, usando o pretexto de que não conseguiremos alcançar a perfeição nesta existência, continuemos os mesmos, cometendo os mesmos erros de sempre.

Jesus veio trazer uma mensagem que tem o potencial de mudar a humanidade. O Espiritismo veio esclarecer alguns pontos que estavam obscuros na mensagem de Jesus. Com essa ferramenta nas mãos, poderemos realizar mudanças profundas em nossas vidas, e estas mudanças podem evitar séculos de sofrimento.

O momento de transformação é agora, e o local é aqui. Vamos nos esforçar o máximo possível, pois o tempo não vai parar para esperar.