segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Mateus 23, 14

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 23


Versículo 14: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo.

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Escriba: Entre os judeus, aquele que lia e interpretava as leis.

Fariseu: membro de grupo religioso judaico, surgido no século II antes de Cristo, que vivia da estrita observância das escrituras religiosas e da tradição oral.

Jesus, no capítulo 23 do Evangelho segundo Mateus, alerta o povo sobre os erros  que os religiosos daquela época estavam cometendo. Mais preocupados com a forma de que como o conteúdo, interpretavam as leis de Moisés de maneira equivocada.

Agiam como uma pessoa que, pretendendo aprender a cozinhar, seguisse à risca as instruções de uma receita. No entanto, esquece-se do principal: acender o fogo. O sentido das leis deixadas por Moisés era o de ensinar as pessoas a se relacionarem com Deus. Tudo o mais era secundário.

Os fariseus, ávidos de poder, usavam a religião para terem poder sobre as pessoas. Não se preocupavam em orientar o povo no caminho a seguirem em direção a Deus. Também usavam da religião para enriquecerem. Quando viam uma pessoa fragilizada, como no caso de uma viúva, sob o pretexto de fornecerem amparo espiritual, aproximavam-se dela e, com a desculpa de oferecerem ofertas e sacrifícios, retiravam o quanto de dinheiro pudessem.

Atualmente, muitas pessoas continuam se comportando de maneira semelhante. Colocam-se como defensores da pureza da religião, como se eles fossem os únicos dignos de seguirem Jesus porque são os únicos que entendem Sua mensagem. Com isso, alimentados pela vaidade, começam a criar interpretações próprias dos ensinamentos deixados por Jesus, e querem ter cada vez mais adeptos às suas crenças. Outros se aproveitam do conhecimento que possuem da religião para obterem o dinheiro do próximo.

Jesus alerta os fariseus, tanto os de ontem como os de hoje: sofrerão um julgamento mais rigoroso do que os demais, pois possuem um conhecimento religioso que os alerta de que estão indo pelo caminho errado, e usam o conhecimento para obterem privilégios, ao invés de iluminarem o caminho para os outros.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Mateus 23, 13

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 23


Versículo 13: Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.

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A expressão "ai" indica profunda tristeza e indignação. Jesus lamenta o fato de as pessoas que eram encarregadas de ensinar ao povo como adorar a Deus traziam mais confusão e falsas leis do que entendimento.

Ao invés de explicarem sobre Deus e como se relacionar com Ele, através da interpretação das leis de Moisés, os fariseus criavam um sem número de leis para determinar como as leis de Moisés deveriam ser seguidas, fazendo com que o caminho rumo a Deus ficasse oculto por um monte de entulhos, que eram as leis criadas por eles, e que não tinham nada a ver com Deus.

Além de eles mesmos não conseguirem entrar no reino dos céus, ou seja, compreender a vontade de Deus e a cumprir, eles ainda impediam que o povo conseguisse isso. As pessoas que tinham a missão de guiar o povo só os confundia, pois estavam mais preocupadas com as regras exteriores, com as aparências, sem se importarem com o relacionamento com Deus.

Por isso, Jesus lamenta as pessoas que recebem como missão ensinar sobre Deus e não conseguem cumprir o seu papel. Alguns por falta de conhecimento, outros por vaidade, outros por serem agentes do mal, acabam fazendo o papel de fariseus modernos. Esquecem-se de que o importante é divulgar a mensagem de Jesus, e acabam se perdendo em interpretações duvidosas. Trazem mais confusão do que esclarecimento.

Não precisamos ser radicais, afirmando que o Espiritismo se encontra apenas nas obras de Kardec, pois ele mesmo afirmou que não disse a verdade final, e com o tempo as suas obras seriam complementadas. Por outro lado, não devemos aceitar qualquer bobagem apenas porque está em um livro espírita. Nos dizeres do próprio Kardec, é melhor rejeitar 99 verdades do que aceitar uma mentira.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mateus 23, 8-12

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 23


Versículo 8: Vós, porém, não queirais ser chamados Rabbi, porque um só é o vosso Mestre a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.

Versículo 9: E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.

Versículo 10: Nem vos chameis Mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.

Versículo 11: Porém o maior dentre vós será vosso servo.

Versículo 12: E o que a si mesmo se exaltar será humilhado, e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.

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Vemos, na atualidade, uma inversão de valores. Nos meios religiosos, as pessoas que deveriam estar ensinando a mensagem de Jesus estão se achando tão ou mais importantes quanto a mensagem que deveriam divulgar.

Quando compramos alguma coisa através da internet, ficamos ansiosos, esperando a entrega do produto. Quando vemos o entregador, ficamos felizes e o agradecemos, tal o nosso contentamento. Entretanto, o motivo real da nossa alegria não é o entregador ter ido até a nossa casa, mas de recebermos o que estávamos esperando.

Ao recebermos a mensagem de Jesus, a pessoa que a transmite é apenas um intermediário, um entregador. Pode até ser um excelente entregador, pois faz o seu serviço com alegria e competência. Mas o que é importante é a mensagem, não quem a transmite. Nenhum de nós deve se considerar ser melhor do que o outro porque é um "entregador" da mensagem de Jesus.

Cada um tem o seu papel a cumprir. O seu valor não depende do papel que desempenha, mas em como desempenha o seu papel. Se você acredita que o papel que está desempenhando está abaixo do seu merecimento, reveja os seus conceitos. Jesus foi o primeiro a dar o exemplo, e disse que veio ao mundo para servir, não para ser servido.

Somos todos iguais, pois somos filhos do mesmo Pai. Os que, no momento, possuem a função de ensinar, devem se lembrar que apenas estão repassando o que aprenderam de alguém, seja através de pessoas ou livros. Sejam sempre gratos àqueles que o ensinaram. O sentimento de gratidão faz parte de uma alma nobre, e nos poupa muito sofrimento.


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Mateus 23, 5-7

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 23


Versículo 5: E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas dos seus vestidos,

Versículo 6: E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,

Versículo 7: E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens - Rabi, Rabi.

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Filactérios: duas caixinhas de couro, cada qual presa a uma tira de couro de animal puro, dentro das quais está contido um pergaminho, onde estão escritos quatro trechos da Torá que enfatizam a recordação dos mandamentos e da obediência de Deus (Êxodo 13:1-10, Êxodo 13:11-16, Deuteronômio 64-9 e 11:13-21).

Jesus continua falando dos filisteus, que eram os líderes religiosos do povo hebreu. Fala que eles davam mais valor às leis que ensinavam os homens a se relacionarem com Deus do que ao relacionamento propriamente dito.

As leis contidas no Torá, que foram trazidos por Moisés, deveriam apenas nortear os homens no caminho rumo a Deus. Ao invés disso, passaram a ser vistas como objetos que conferiam importância às pessoas. Ao serem escritas e carregadas junto às pessoas, passaram a ser mais importantes do que seu objetivo, que era o de se aproximarem de Deus.

Os fariseus se deixaram prender pela vaidade. Ao invés de facilitarem o encontro do homem com Deus, criaram muitas leis para regular esse relacionamento. Ao tornarem complicado o que deveria ser simples, buscavam se valorizar e manter os seus privilégios, contentes em manterem o povo na ignorância, a fim de manterem o poder.

Os fariseus buscavam se destacar na religião para serem vistos como melhores do que os outros. Não estavam preocupados em serem intermediários de Deus. Estavam a serviço da própria vaidade.

Nos dias de hoje, ainda vemos muitos religiosos que continuam se espelhando nos fariseus. Utilizam-se da religião para cultuarem a si mesmos, não a Deus. Querem ser vistos como pessoas especiais, as únicas com capacidade para entenderem o que a religião vem a ensinar. Envaidecem-se do conhecimento que possuem, e ao invés de compartilharem o que sabem, preferem fazer mistério sobre o assunto.

A vaidade já pôs a perder um número muito grande de médiuns e oradores. A vaidade é uma praga que ataca também escritores espíritas. Devemos nos lembrar que o mensageiro nunca é maior do que a mensagem, e que a mensagem que interessa é a de Jesus.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Mateus 23, 4

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 23


Versículo 4: Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los;

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Jesus estava se referindo aos fariseus. Dizia que eles colocavam fardos pesados e difíceis de suportar sobre os ombros dos homens, pois criavam numerosas regras que deveriam ser obedecidas à risca.

Na época em que Moisés criou as leis, elas tinham a finalidade de ensinarem os homens a se relacionarem com Deus. As leis não eram o relacionamento em si, apenas eram um caminho que deveria ser seguido para chegar até Deus.

Com o passar do tempo, o objetivo principal das leis acabou por se perder, sendo que ficou a ideia de que a única maneira correta de se relacionar com Deus seria a forma prescrita pelas leis. É como se um viajante se esquecesse do seu destinho, preocupando-se apenas com o percurso que teria que seguir.

Se os fariseus sobrecarregavam o povo com um número enorme de leis que eles mesmo criaram,  a maior parte delas sem sentido, não mostravam tanto cuidado em colocar essas leis em prática. Preocupavam-se com discussões sem fim sobre as leis, mas não em fazer o que era o correto.

Jesus disse que os fariseus também não se esforçavam por diminuírem o peso destas leis sobre o povo. Eles mantinham o poder político e seus privilégios através do controle do povo. Queriam que as pessoas comuns pensassem que só se aproximariam de Deus através deles. Enquanto esse pensamento permaneceu, nada mudou.

O Espiritismo eliminou os intermediários. Não existem pessoas privilegiadas, detentoras de conhecimentos ocultos aos demais. Todo o conhecimento está disponível para qualquer um que queira estudar. O contato com Deus é feito sem intermediário, pois basta uma prece sincera para que isto ocorra.

Quando nos interessamos em aprofundarmos o nosso conhecimento em como nos relacionarmos com Deus, temos muitas maneiras de estudar. Existem livros, palestras, programas de televisão e infinitos recursos disponíveis na internet.

O que não pode acontecer é a pessoa ser espírita "de orelhada", só obtendo conhecimento através do ato de ouvir outras pessoas falarem. Precisam ter um mínimo de conhecimento que lhes sirva de filtro, separando o que é verdadeiro do que não passa de bobagem.

Para evitar que alguém coloque sobre nossos ombros fardos desnecessários, devemos nos preocupar com o estudo do Espiritismo, separando sempre alguns minutos durante o dia para uma boa leitura. Só assim saberemos a diferença entre o joio e o trigo.

sábado, 29 de novembro de 2014

Mateus 23, 1-3

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 23


Versículo 1: Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos,

Versículo 2: Dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus.

Versículo 3: Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam.

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Jesus fala ao povo e aos seus discípulos, dizendo que os escribas (aquele que lê e interpreta as leis) e os fariseus (grupo religioso judaico que vivia da estrita observância da lei) estavam assentados na cadeira de Moisés, ou seja, resolveram criar leis tal como Moisés tinha feito.

Os fariseus criaram centenas de interpretações das leis deixadas por Moisés, e acreditavam que a sua interpretação era a única verdadeira, devendo ser respeitada como se fosse a própria lei de Moisés. Eles acabaram por perder o foco, pois ficaram tão preocupados com a interpretação das leis que se esqueceram que elas só foram criadas para ensinarem ao povo como se relacionarem com Deus. Prenderam-se à letra, esquecendo-se do conteúdo.

Além disso, os fariseus não praticavam as leis que tinham a pretensão de ensinar. Passavam dias discutindo uma lei e o seu significado, mas não se preocupavam em fazer a vontade de Deus.

Hoje, nós que seguimos uma religião corremos o risco de sermos presos na mesma armadilha. Podemos ficar maravilhados com o mundo que o Espiritismo nos mostra, sem colocarmos em prática a mudança que esse conhecimento deveria trazer em nossas vidas. O estudo é necessário, porém se não houver a prática do que aprendemos, não seremos melhores do que os fariseus na época de Jesus.



domingo, 23 de novembro de 2014

Mateus 22, 41-46

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 41: E, estando reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus,

Versículo 42: Dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi.

Versículo 43: Disse-lhes ele: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo:

Versículo 44: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.

Versículo 45: Se Davi pois lhe chama Senhor, como é seu filho?

Versículo 46: E ninguém podia responder-lhe uma palavra: nem desde aquele dia ousou mais alguém interrogá-lo.

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No capítulo 22 do evangelho segundo Mateus, vemos fariseus, herodianos e saduceus se unindo para preparar armadilhas para Jesus, através de perguntas aparentemente ingênuas, mas que tinham como real objetivo fazer com que Jesus entrasse em contradição consigo mesmo ou com as leis de Moisés e do governo romano.

Depois destas tentativas sem resultado, Jesus pergunta aos fariseus, que eram profundos conhecedores das leis de Moisés e das profecias sobre o Messias, de quem o Messias era filho. Os fariseus achavam que ele seria filho de Davi, e não um descendente dele.

Jesus cita o Salmo 110, no primeiro versículo, onde Davi chama o Messias de "Senhor", deixando claro que o Messias não era o seu filho.

Os fariseus esperavam um rei que lideraria o exército e poria fim ao domínio estrangeiro sobre o povo de Israel. Não aceitavam que Jesus era o Messias, mas que vinha libertar o povo do pior jugo que existe, que é a ignorância a respeito de Deus.

Como os fariseus não conseguiram responder à pergunta feita por Jesus, pois não conseguiam ver que estavam diante do Messias prometido, acabaram por deixá-lo em paz, sem fazerem mais perguntas.

Assim, vemos mais uma vez que as pessoas podem estar face a face com um ser de uma elevação espiritual incomensurável, e não fazerem a menor ideia disso. Não temos mais espíritos da estirpe de Jesus entre nós. Entretanto, muitos seres evoluídos, que decidiram reencarnar para ajudar a humanidade num momento tão difícil, estão por ai, sem que tenhamos a noção disso. Vamos abrir nossos olhos e ouvidos, pois com certeza não queremos ser como os fariseus, que estiveram frente a frente com Jesus e não reconheceram nele o filho de Deus vivo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Mateus 22, 34-40

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 34: E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar;

Versículo 35: E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo:

Versículo 36: Mestre, qual é o grande mandamento na lei?

Versículo 37: E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.

Versículo 38: Este é o primeiro e grande mandamento.

Versículo 39: E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Versículo 40: Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

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Nos versículos 23 a 33 deste capítulo, vemos os saduceus, adversários políticos dos fariseus (os dois grupos eram de pessoas que estudavam profundamente a religião hebraica, mas com o objetivo de fazerem suas ideias prevalecerem, não de se tornarem pessoas melhores) tentaram ludibriar Jesus através de uma pergunta sobre a ressurreição, na qual não acreditavam (leia a postagem anterior se quiser saber mais a respeito do assunto).

Quando os fariseus viram que Jesus não havia caído na armadilha dos saduceus, tentaram eles próprios enganarem Jesus. Os fariseus haviam criado mais de 600 leis para interpretarem as leis deixadas por Moisés. Queriam colocar Jesus numa situação difícil, pedindo que Ele escolhesse qual das leis era a mais importante.

Jesus citou o primeiro dos dez mandamentos como sendo a lei mais importante (leia em Deuteronômio 6, 5). A segunda lei também pode ser encontrada no Antigo Testamento (Levítico 19, 18).

Os fariseus mais uma vez mostraram que, ao fazerem uma pergunta a Jesus, não estavam interessados em receber os Seus ensinamentos, mas queriam fazer com que Ele caísse em contradição.

Atualmente, muitas pessoas também perguntam sem terem por objetivo aprenderem algo com a resposta. Querem apenas mostrar o que pensam sobre o assunto. Se a pessoa responder o que ela quer ouvir, passa a ser considerada como inteligente e estudiosa. Se responder de maneira diferente do que a pessoa quer, já é colocada na lista de pessoas que não são bem quistas.

Assim, principalmente quando o assunto é a religião, devemos manter a mente aberta. Não devemos sair por aí procurando confirmar o que achamos sobre determinado tema. O espírita tem por obrigação estudar as obras básicas de Allan Kardec ("O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Evangelho segundo o Espiritismo", "A Gênese", "O Céu e o Inferno"). Não tem como entender o Espiritismo sem ler essas obras. Se quisermos estudar outros livros, precisamos saber se eles estão de acordo com os ensinamentos de Kardec.

Não existe a possibilidade de se ser espírita "de orelhada", ou seja, apenas escutando o que os outros falam. Se não souber avaliar o que está ouvindo, corre o sério risco de achar verdadeiro um ensinamento completamente equivocado, que de espírita não tem nada. Precisa ter um filtro que ajude a separar o certo do errado. Este filtro é dado através do estudo das obras de Kardec. Romance espírita pode ser muito gostoso de ler, mas não ache que vai aprender o básico do Espiritismo neles. Para isso, só as obras de Kardec.

Não pense também que só porque uma pessoa é uma colaboradora num Centro Espírita que ela é uma profunda conhecedora do Espiritismo. Os espíritos superiores usam as ferramentas que têm à mão. Se não existe uma pessoa com conhecimento aprofundado sobre Espiritismo, eles utilizam a que está disponível. Por isso, sempre que alguém estiver passando algum ensinamento em qualquer Centro Espírita, passe tudo pela peneira dos ensinamentos de Kardec. Agindo assim, você vai evitar de tomar como verdade uma simples opinião pessoal ou um entendimento pessoal equivocado.

Bom estudo a todos.


sábado, 8 de novembro de 2014

Mateus 22, 23-33

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 23: No mesmo dia chegaram junto dele os saduceus, que dizem não haver ressurreição, e o interrogaram,

Versículo 24: Dizendo: Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, casará o seu irmão com a mulher dele e suscitará descendência a seu irmão.

Versículo 25: Ora houve entre nós sete irmãos; e o primeiro, tendo casado morreu, e, não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão.

Versículo 26: Da mesma sorte o segundo, e o terceiro, até ao sétimo;

Versículo 27: Por fim, depois de todos, morreu também a mulher.

Versículo 28: Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será a mulher, visto que todos a possuíram?

Versículo 29: Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus;

Versículo 30: Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como anjos de Deus no céu.

Versículo 31: E, acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo:

Versículo 32: Eu sou o Deus d'Abraão, o Deus d"Isaque e o Deus de Jacó? Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.

Versículo 33: E as turbas, ouvindo isto, ficaram maravilhadas da sua doutrina.

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Os saduceus formavam um partido dentro do judaísmo. Ao contrário dos fariseus, de quem eram adversários políticos, não acreditavam na ressurreição, nem na existência de anjos e nem na imortalidade da alma.

O significado de "ressurreição" é voltar à vida. É diferente do conceito de reencarnação, pois na ressurreição a pessoa retorna à vida no mesmo corpo que tinha quando morreu, e na reencarnação o espírito volta à vida material usando um outro corpo, que é gerado para ele.

Como os saduceus não acreditavam na ressurreição, a pergunta deles não fazia sentido, pois acreditavam que uma pessoa jamais voltaria depois da morte.

Os saduceus tentavam apenas criar, mais uma vez, uma armadilha para Jesus. Não estavam interessados em aprender com Ele, mas em O desacreditar.

Os saduceus só aceitavam os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, que haviam sido escritos por Moisés. Como nesses livros não havia nada explícito sobre a ressurreição, eles não a aceitavam.

Jesus disse aos saduceus que eles estavam errados, pois não conheciam nem as escrituras nem o poder de Deus. Jesus explica que, na ressurreição, os corpos são como os de anjos. Esta explicação era a que era a possível para aquela época e aquele grau de evolução das pessoas. Não havia como Ele explicar que, depois da morte, o corpo material seria destruído, ficando o espírito ligado apenas ao perispírito e, por isso, o casamento  físico não era importante.

Para o Espiritismo, não existe a ressurreição, pois não é possível, quimica e biologicamente falando, que uma pessoa volte à vida usando o mesmo corpo que morreu. A reencarnação falo do retorno à vida material utilizando um novo corpo, diferente do anterior, gerado especificamente para aquela encarnação.

Muita coisa Jesus não pôde esclarecer, pois o estágio evolutivo do povo não o permitia. Por isso o Espiritismo se apresenta como a terceira revelação ( a primeira foi Moisés, e a segunda Jesus), não para trazer ensinamentos novos, mas para dar um novo entendimento sobre os ensinos de Jesus.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Mateus 22, 15-21

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 15: Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam nalguma palavra;

Versículo 16: E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas às aparências dos homens.

Versículo 17: Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributa a César, ou não?

Versículo 18: Jesus,porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas?

Versículo 19: Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro.

Versículo 20: E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição?

Versículo 21: Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes diz: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

Versículo  22: E eles, ouvindo isto, maravilharam-se, e, deixando-o, se retiraram.

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Os fariseus não aceitavam o domínio que o império romano exercia sobre seu povo. Estavam sempre prontos a se rebelarem. Esperavam que o Messias, que havia sido profetizado no Antigo Testamento, liderasse um exército que os libertaria.

O grupo dos herodianos era constituído por judeus que apoiavam o governo romano.

Embora o grupo dos fariseus e dos herodianos fossem inimigos entre si, eles se juntaram na tentativa de destruírem Jesus. Ao perguntarem sobre os impostos que precisavam pagar, eles esperavam colocar Jesus numa armadilha. Se Ele respondesse que não deveriam pagar os impostos, eles o acusariam de rebelião. Se Jesus dissesse que deveriam pagar, seria acusado de não reconhecer Deus como o único rei ao qual deveriam servir.

Jesus evita a armadilha, e também transmite um ensinamento. Ele nos mostra que temos a necessidade de suprir as necessidades materiais do corpo, pois sem ele não conseguiríamos cumprir o que nos cabe nesta encarnação. Entretanto, precisamos usar de sabedoria para fazer a diferença entre o necessário e o supérfluo, senão perderemos a nossa existência tentando suprir apenas as nossas necessidades materiais, esquecendo-nos que a vida verdadeira é a espiritual.

A nossa natureza espiritual também precisa ser alimentada. Temos a necessidade de afeto, reconhecimento. Também temos a necessidade de nos ligarmos ao nosso Criador, como um filho que anseia pelo aconchego de seu pai. Quanto mais soubermos a respeito deste Pai maravilhoso que nos criou, procurando-O todos os dias de nossas vidas, mais teremos a chance de sermos felizes, pois nos sentiremos completos e integrados a Ele.

Não é possível alcançarmos a felicidade se não cultivarmos o nosso lado espiritual, pois sentiremos sempre que falta alguma coisa à nossa vida.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Mateus 21, 28-32

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 28: Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.

Versículo 29: Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.

Versículo 30: E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.

Versículo 31: Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.

Versículo 32: Porque  João veio a vós no caminho de justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.

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No trecho anterior, vemos Jesus no templo em Jerusalém. Ele estava ensinando, e isto incomodou as autoridades do templo, que achavam que só elas tinham o direito de ensinar.

Essas autoridades tentam comprometer Jesus, perguntando quem tinha dado autoridade a Ele para ensinar. Se Jesus dissesse que Deus tinha dado tal autoridade, eles O acusariam de blasfemar, uma acusação muito grave na época. Ao invés de responder, Jesus faz outra pergunta: o batismo de João Batista era de Deus ou dos homens? Para concluírem a leitura, vejam a postagem anterior.

Falando ainda às autoridades do templo e às pessoas que estavam lá, Jesus usa um exemplo bem fácil de entender. Ele compara o primeiro filho, que foi chamado ao trabalho pelo pai, aos cobradores de imposto e meretrizes. Ao receberem o chamado de Deus, através dos ensinamentos da religião judaica, não se deixaram sensibilizar, e não foram. Entretanto, ao ouvirem as pregações de João Batista, acabaram por responder ao chamado de Deus.

Os judeus, que constituíam o povo eleito por Deus, assim o segundo filho da parábola, aparentemente responderam rapidamente ao chamado de Deus. Entretanto, acabaram por ignorar tal chamado. Mesmo depois de ouvirem a mensagem de João Batista, que anunciava a chegada do Messias, o povo judeu não aceitou Jesus como sendo aquele que havia sido prometido.

Muitos se converteram e creram em Jesus. Entretanto, a maior parte dos fariseus, que eram os estudiosos das leis de Moisés, não creram em Jesus, e fizeram todo o possível para O desmoralizar, querendo que a população não acreditasse que Ele era o enviado por Deus.

As pessoas que viveram na época de Jesus tiveram uma oportunidade única, pois tiveram contato com o espírito de maior evolução do nosso planeta. Muitas mudaram suas vidas com esse encontro. Entretanto, muitos nem se deram conta de quem Ele era.

Hoje, nós podemos ser aquele filho que disse: não vou, mas depois se arrependeu e foi. O trabalho que Deus separou por nós continua nos esperando. Por que não escolher o dia de hoje para o iniciar?



sábado, 18 de outubro de 2014

Mateus 22, 1-14

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 22


Versículo 1: Então Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:

Versículo 2: O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho;

Versículo 3: E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir.

Versículo 4: Depois enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.

Versículo 5: Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu tráfico;

Versículo 6: E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.

Versículo 7: E o rei, tendo notícias disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.

Versículo 8: Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.

Versículo 9: Ide pois às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.

Versículo 10: E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quanto encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.

Versículo 11: E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com vestido de núpcias.

Versículo 12: E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo vestido nupcial? E ele emudeceu.

Versículo 13: Disse então o rei aos servos: Amarrai-o de pé e mãos, levai-o, e lança-o nas trevas exteriores: ali haverá pranto e ranger de dentes.

Versículo 14: Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

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Na época de Jesus, quando se oferecia um banquete, dois convites deveriam ser enviados: o primeiro para convidar para o banquete, e o segundo para avisar que tudo já estava pronto.

Nesta parábola, Jesus mais uma vez procura comparar o reino dos céus, que era algo desconhecido, a uma coisa que já era conhecida e fazia parte do cotidiano das pessoas. Desta vez, Ele conta que, quando o filho do rei se casou (as bodas), o rei resolveu dar um banquete para comemorar.

O rei manda o primeiro convite, avisando que estava preparando uma festa. Os convidados não quiseram comparecer. Podemos fazer uma analogia: através do Antigo Testamento, Deus diz que enviaria o Messias, aquele que libertaria o povo judeu da escravidão. Entretanto, mesmo assim esse povo se afastou do caminho de Deus.

Mais tarde, o rei envia o segundo convite, avisando que o banquete já estava pronto. Entretanto, cada convidado deu uma desculpa para não comparecer. Alguns chegaram a matar os servos do rei. Podemos interpretar isto como os antigos profetas envidados por Deus que foram mortos pelos judeus.

Ao saber da morte de seus servos, o rei se encoleriza, mandando um exército para matar os convidados que cometeram tal barbaridade. No Antigo Testamento, temos também relatos de cidades inteiras destruídas porque o povo se esqueceu de Deus e se entregou ao pecado.

O rei diz que a festa está pronta, mas os convidados não eram dignos dela. Jesus explica que, depois de muitos séculos de atenção especial por parte do plano espiritual, Israel se mostrava incapaz de manter o legado do Deus único.

Então o rei manda convidar todos os que forem encontrados pelo caminho. Naquela época, tinha-se a tradição de o dono do banquete oferecer os trajes adequados para a festa. Se o convidado não estava com a roupa adequada, era porque tinha se recusado a vesti-la. Temos agora uma mudança, pois todos os outros povos são convidados a ingressarem no reino de Deus. Entretanto um dos convidados não estava vestido de maneira adequada no banquete, ou seja, o povo judeu não aceitou incorporar os novos ensinamentos de Jesus às antigas tradições de Moisés.

O rei manda que o convidado seja amarrado e jogado para fora da comemoração. Quando o povo judeu não aceitou a vinda de Jesus, optou por ser colocado para fora da festa, expondo-se a um sofrimento intenso (pranto e ranger de dentes).

A conclusão é que muitos foram chamados para a festa, mas poucos se mostraram dignos de a ela comparecerem. A festa representa o reino dos céus, para o qual todos nós fomos convidados. Basta que aceitemos vestir as roupas adequadas que o dono da festa nos ofereceu, que é darmos abrigo, em nossos corações, aos ensinamentos do mestre Jesus.






domingo, 12 de outubro de 2014

Mateus 21, 33-46

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 33: Ouvi ainda outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circuncidou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe.

Versículo 34: E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.

Versículo 35: E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro.

Versículo 36: Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo;

Versículo 37: E por último enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho.

Versículo 38: Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos de sua herança.

Versículo 39: E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram.

Versículo 40: Quando pois vier o Senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?

Versículo 41: Dizem-lhes eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos.

Versículo 42: Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça de ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?

Versículo 43: Portanto eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê  os seus frutos.

Versículo 44: E quem cair sobre esta pedra despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.

Versículo 45: E os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo estas palavras, entenderam que falava deles;

Versículo 46: E, pretendendo prendê-lo, recearam o povo, porquanto o tinham por profeta.

Comentários


Jesus conta uma parábola, que é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta por meio de uma comparação ou analogia.

Nesta história, um homem, pai de família, plantou uma quantidade de videiras (plantas que dão uvas). Ao redor de sua plantação, colocou uma vala (escavação em um terreno, de forma alongada, mais ou menos profunda), rodeando-a com uma sebe (cerca feita com plantas ou arbustos), ou seja, protegeu-a da melhor maneira possível.

Na propriedade cercada e protegida, o dono construiu um tanque para espremer as uvas e também uma torre. Quando tudo estava pronto, ele arrendou a sua plantação a alguns agricultores.

Temos os seguintes símbolos presentes:
- o homem, pai de família, representa Deus;
- a plantação de uva representa Israel;
- os agricultores que arrendaram a vinha representam os líderes religiosos judeus;
- os servos do senhor da terra representam os profetas;
- o filho do dono da vinha representa Jesus;
- os lavradores que poderão arrendar a vinha, depois que os antigos lavradores forem expulsos, representam os gentios (não judeus).

Jesus conta a história do povo de Israel, que foi o povo escolhido por Deus. No início, Deus cuidou daquele povo, dando-lhe um território para morar. Os sacerdotes deveriam cuidar do povo, fazendo com que se mantivesse próximo a Deus. Depois de algum tempo, Deus enviou Seus profetas a Israel, para que fizessem com que o povo não se desviasse do caminho de Deus. Muitos profetas foram mortos, e as advertências deles ignoradas.

Então Deus enviou Seu próprio filho, Jesus, para que os homens retomassem o caminho, mas Jesus sabia que também seria morto pelos sacerdotes.

Jesus diz que, como os judeus não o reconheceram como enviado e filho de Deus, a mensagem seria divulgada a outros povos, onde floresceria.


Quando Jesus cita a pedra que havia sido rejeitada pelos construtores, mas que seria a pedra angular (a primeira pedra a ser assentada na esquina de um edifício, formando um ângulo reto entre duas paredes, e que serve para definir a colocação das outras pedras e alinhar toda a construção) colocada por Deus, Ele se referia ao Salmo 118, versículos 22 e 23. Jesus é a pedra angular que foi rejeitada pelos judeus, mas que é usada por Deus como base para tudo o que seria construído depois.

Jesus prossegue, e diz que o reino de Deus não será mais exclusividade dos judeus, mas será dado a quem produzir frutos. Diz também que aqueles que se dedicarem a destruir a pedra fundamental será reduzida a pó.

Os fariseus perceberam que Jesus os estava criticando, pois ao invés de exercerem o papel destinado a eles, cumprindo a vontade de Deus e esclarecendo o povo de qual era essa vontade, apenas se esforçavam em fazer com que suas opiniões prevalecessem. Não tiveram coragem de fazer nada contra Jesus naquele momento porque o povo que estava próximo considerava-O como profeta, ou seja, aquele que transmite a vontade de Deus.

Jesus, através de uma história aparentemente simplória, explica não só o que já havia acontecido, mas o que ainda estava por vir.

domingo, 5 de outubro de 2014

Mateus 21, 28-32

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 28: Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.

Versículo 29: Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.

Versículo 30: E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.

Versículo 31: Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.

Versículo 32: Porque João veio a vós no caminho de justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.

Comentários


No trecho anterior do Evangelho, vemos Jesus no templo em Jerusalém. Ele estava ensinando, e isto incomodou as autoridades do templo, que achavam que só elas tinham o direito de ensinar.

Essas autoridades tentam comprometer Jesus, perguntando quem tinha dado autoridade para que Ele ensinasse. Se Jesus dissesse que Deus a tinha dado, eles o acusariam de blasfemar. Ao invés de responder à pergunta, Jesus fez outra pergunta a eles: o batismo de João Batista era de Deus ou dos homens (leia a publicação anterior para ver a conclusão).

Falando ainda às autoridades do templo e às pessoas que estavam lá, Jesus uma um exemplo muito fácil de ser entendido. Ele comparo o primeiro filho, que foi chamado ao trabalho por seu pai, aos publicanos (coletores de impostos) e meretrizes. Ao receberem o chamado de Deus, inicialmente disseram: não vou. Entretanto, ao ouvirem as pregações de João Batista, acabaram por se converterem.

Os judeus, que constituíam o povo escolhido por Deus, agiram como o segundo filho da parábola, pois se prontificaram a seguir a Deus, mas não o fizeram.

Mesmo depois de ouvirem a mensagem de João Batista, que anunciava a chegado do Messias, o povo judeu não reconheceu em Jesus a figura tão esperada e desejada.

Muitos se converteram e creram em Jesus. Entretanto, a maior parte dos fariseus, que eram profundos estudiosos das leis de Deus, não creram, e fizeram todo o possível para O desmoralizar perante o povo.

As pessoas que viveram na época de Jesus tiveram uma oportunidade única, pois mantiveram contato com o espírito de maior evolução que já veio a nosso planeta. Muitos tiveram sua vida modificada com esse encontro. Muitos nem se deram conta de quem Ele era.

Hoje, nós temos oportunidade de ser aquele filho que disse: não vou, mas depois se arrepende e segue rumo ao trabalho de cooperação com Deus. Muito trabalho nos espera. Portanto, mãos à obra. Vamos associar a teoria e a prática, e entender que a oportunidade se faz no dia de hoje. Não temos a certeza de que o dia de amanhã nos aguarda para realizarmos tudo o que não fizemos hoje.

domingo, 28 de setembro de 2014

Mateus 21, 23-27

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 23: E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isto? e quem te deu tal autoridade?

Versículo 24: E Jesus, respondendo, disse-lhes: Eu também vos perguntarei uma coisa: se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço isto.

Versículo 25: O batismo de João donde era? Do céu ou dos homens? E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes?

Versículo 26: E, se dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta.

Versículo 27: E, respondendo a Jesus, disseram: Não sabemos. Ele disse-lhes: Nem eu vos digo com que autoridade faço isto.

Comentários


Jesus estava ensinando no Templo. As pessoas que estavam acostumadas a ensinar lá (os sacerdotes e as pessoas mais velhas) interromperam o que Ele estava fazendo, dizendo que ninguém tinha lhe dado autorização para que Ele ensinasse. Chegaram mesmo a desafiar Jesus, pedindo o nome da pessoa que tinha permitido que Ele ensinasse.

Jesus, com sua habitual sabedoria, não se preocupou em se justificar. Poderia simplesmente ter dito que Deus havia dado a Ele toda a autoridade necessária. Mas, como sempre, aproveitou a ocasião para transmitir um ensinamento.

Ao perguntar sobre o batismo que João havia realizado, Jesus coloca os sacerdotes na berlinda. Ele muda o foco da conversa, trazendo em pauta o papel que João Batista havia desempenhado na história recente dos judeus.

Se os sacerdotes declarassem que João Batista batizava em nome de Deus, como explicariam o fato de terem permitido que ele fosse morto? Se dissessem que ele batizava sem nenhuma autoridade, ficariam com sua imagem arranhada perante o povo, que acreditava que João era um profeta enviado por Deus.

Jesus disse que, como os sacerdotes não responderam ao que Ele havia perguntado, Ele também não precisava responder quem havia lhe dado autoridade para ensinar. Jesus sabia que os sacerdotes não estavam em busca de informações para entenderem quem Ele era, só queriam colocá-lo em uma situação delicada e embaraçosa. Por isso, Ele não se preocupou em ficar dando explicações inúteis.

Podemos aproveitar essa lição em nossas vidas. Algumas vezes, uma pessoa nos faz uma pergunta por fazer, pois não está interessada na resposta, uma vez que a sua opinião já está formada. Não é muito sábio de nossa parte procurarmos um confronto, pois a pessoa não está disposta a mudar de opinião. Será mais caridoso de nossa parte aguardarmos uma próxima oportunidade de abordarmos o assunto, se ele for importante, esperando o momento em que a pessoa se mostre mais receptiva.

domingo, 21 de setembro de 2014

Mateus 21, 18-22

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 18: E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome;

Versículo 19: E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.

Versículo 20: E os discípulos, vendo isto, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira?

Versículo 21: Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e precipita-te no mar, assim será feito;

Versículo 22: E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.

Comentários


Jesus havia saído de Betânia e se dirigia para Jerusalém novamente. Ao se deparar com uma árvore sem frutos, aproveita a ocasião e fala sobre Deus. Aquilo que não está dando frutos deve desaparecer. Podemos observar isso em alguns templos religiosos, que no passado estavam sempre lotados e agora se encontram às moscas.

Com sua imensa capacidade de magnetização, Jesus faz com que a árvore seque. Isto fez com que os discípulos ficassem maravilhados, gravando o fato e a mensagem que Ele queria divulgar.

Seus discípulos já O haviam visto ressuscitar Lázaro. Entretanto, ficaram boquiabertos com o que Jesus tinha feito à uma árvore! Ele diz que nada é impossível àquele que crê. Entretanto, o mais difícil para nós é crer.

Ainda não conseguimos compreender o potencial quase que infinito de nossas mentes, nem os recursos que a oração pode nos trazer. Precisamos experimentar o potencial que existe em nós, que no momento é semelhante a um tesouro que contém uma grande fortuna, mas que permanece sem que ninguém o utilize.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Mateus 21, 12-17

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 12: E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.

Versículo 13: E disse-lhes: Está escrito:A minha casa será chamada casa de oração - mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.

Versículo 14: E foram ter com ele ao templo cegos e coxos, e curou-os.

Versículo 15: Vendo então os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia, e os meninos clamando no templo, Hosana ao filho de Davi, indignaram-se.

Versículo 16: E disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?

Versículo 17: E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite.

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Na época de Jesus, as taxas e compras de animais utilizados para sacrifícios só poderiam ser pagas com moeda hebraica, pois as outras moedas tinham retratos de deuses pagãos ou do imperador de Roma, o que era inaceitável para o povo hebreu. Por isso, existiam casas de câmbio no templo, pois aí era feita a troca do dinheiro.

Jesus fica indignado com o desrespeito que estava acontecendo a um lugar sagrado. Havia o local destinado ao comércio, que era conhecido como "grande átrio exterior dos gentios". Entretanto, o comércio havia tomado todo o templo, mesmo os locais determinados para adoração  e realização de sacrifícios a Deus. Por isso Ele diz que haviam transformado uma casa de oração em covil de ladrões.

Jesus também aproveita a ocasião para realizar numerosas curas. Ao presenciarem isso, os sacerdotes ficaram indignados, pois notaram uma ameaça à autoridade e domínio que eles exerciam. Queriam que Jesus se retratasse, dizendo não ser verdade o que as crianças diziam (hosana, que significa: salva, Senhor, por misericórdia). Jesus responde com o versículo 2 do Salmo 2: Pela boca das crianças e dos recém-nascidos instruíste os sábios e poderosos, silenciando os inimigos e maldosos, porque são adversários teus. Mais uma vez Jesus demonstra Seu profundo conhecimento das Sagradas Escrituras, e não permite que os fariseus a utilizem contra Ele.

Os sacerdotes fariseus tinham um lucro financeiro muito grande com as transações realizadas no templo. Não queriam que Jesus mudasse nada, pois isso faria com que seus lucros diminuíssem. Assim, eles tentam mais uma vez fazer um jogo de palavras para comprometerem Jesus, pois isso era mais cômodo do que eles reconhecerem quem era Jesus e modificarem sua conduta.

Também nós devemos ter enorme cuidado para não permitirmos que os Centros Espíritas se transformem em locais de comércio desrespeitoso. O foco da atenção deve ser sempre Jesus, e tudo o mais é mero acessório.

domingo, 7 de setembro de 2014

Mateus 21, 1-11

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 21


Versículo 1: E, quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou então Jesus dois discípulos, dizendo-lhes:

Versículo 2: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos.

Versículo 3: E, se alguém vos disser alguma coisa, direis que o Senhor os há de mister; e logo os enviará.

Versículo 4: Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que diz:

Versículo 5: Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, manso, e assentado sobre uma jumenta, e sobre um jumentinho, filho de animal de carga.

Versículo 6: E, indo os discípulos, e fazendo como Jesus lhes ordenara,

Versículo 7: Trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus vestidos e fizeram-no assentar em cima.

Versículo 8: E muitíssima gente estendia os seus vestidos pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho.

Versículo 9: E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi, bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas.

Versículo 10: E. entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?

Versículo 11: E a multidão dizia: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galileia.

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No caminho a Jerusalém, Jesus e seus discípulos passam por Betfagé, uma pequena vila que ficava a um quilômetro de Jerusalém, na encosta do monte das Oliveiras.

Jesus pede a dois discípulos que tragam uma jumenta e sua cria, que seriam encontrados na aldeia (Betfagé). Ele diz que, se alguém perguntasse alguma coisa aos seus apóstolos, eles deveriam dizer que o Senhor precisava deles, mas logo os devolveria.

Neste trecho que Mateus descreve, no versículo 5, temos uma profecia contida no Antigo Testamento, encontrada no livro de Zacarias, no capítulo 9, versículo 9, que se refere ao Messias que haveria de vir.

Jesus, montado na jumenta, entra em Jerusalém, onde a multidão O saúda, dizendo: Hosana, isto é, "Salva, Senhor, por misericórdia".

Neste breve relado, vemos que, por um momento, a multidão reconheceu em Jesus o Messias que havia sido prometido, aquele que viria para libertar o povo de Israel.

Mateus, durante todo o seu Evangelho, procura mostrar Jesus como aquele que cumpriu as profecias sobre o Messias.

Neste capítulo, tem início a narração da última semana de vida de Jesus.

Jesus, ao entrar em Jerusalém montado em um jumento, mostra humildade, pois que recebia a homenagem, pisando sobre galhos de árvores e roupas estendidas no chão, era a jumenta, e não Ele. Temos mais uma demostração de como agirmos. Nos assuntos religiosos, principalmente, o único digno de homenagem é Deus, e Jesus que se faz seu representante na Terra.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Mateus 20, 29-34

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 20


Versículo 29: E, saindo eles de Jericó, seguiu-o grande multidão.

Versículo 30: E eis que dois cegos, assentados junto do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamaram, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós.

Versículo 31: E a multidão os repreendia, para que se calassem; eles, porém, cada vez clamavam mais, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós.

Versículo 32: E Jesus, parando, chamou-os, e disse: Que quereis que vos faça?

Versículo 33: Disseram-lhe eles: Senhor, que os nossos olhos sejam abertos.

Versículo 34: Então Jesus, movido de íntima compaixão tocou-lhes nos olhos, e logo viram; e eles o seguiram.

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Os cegos chamavam Jesus de "Filho de Davi". Segundo os antigos profetas, em narração do Antigo Testamento, o Messias seria um descendente da tribo de Davi. Aparentemente os cegos sabiam que Jesus era o Messias que todos estavam esperando, enquanto que os sacerdotes e outros religiosos importantes preferiam acreditar que o Messias ainda não havia chegado. Qual deles era o mais cego?

Esses cegos, depois de terem sido curados, seguem Jesus. Quem de nós consegue demonstrar tamanha gratidão, e se propor a seguir uma pessoa que realizou um milagre em sua vida? Os cegos conseguiram. E nós?

sábado, 30 de agosto de 2014

Mateus 20, 20-28

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 20


Versículo 20: Então se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e fazendo-lhe um pedido.

Versículo 21: E ele diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino.

Versículo 22: Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos.

Versículo 23: E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado.

Versículo 24: E, quando os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos.

Versículo 25: Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.

Versículo 26: Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal;

Versículo 27: E qualquer que entre vós quiser ser o primeiro seja vosso servo;

Versículo 28: Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

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Jesus estava a caminho de Jerusalém com seu grupo de apóstolos. Nos versículos 17 a 19 deste capítulo, Ele fala pela terceira vez que vai ser morto pelos sacerdotes, e que ressuscitará no terceiro dia.

Neste grupo, surge a mãe de Tiago e João, filhos de Zebedeu. Ela se prostra diante de Jesus, e pede que seus dois filhos tenham uma posição de destaque no reino dos céus, um sentado à direita e um à esquerda de Jesus. Até mesmo os outros discípulos e as pessoas que conviviam com Jesus pareciam não ter entendido que o reino que Jesus vinha trazer não era um reinado material. Eles esperavam um país judeu forte e poderoso, e queriam uma posição de destaque neste governo.

Jesus diz que os três não sabem o que estão pedindo, isto é, não tinham a menor noção do que pediam e do que Jesus iria passar. Ele pergunta se os dois poderiam "beber o cálice" que Ele haveria de beber. Esta expressão significava "compartilhar o destino de alguém". Sem refletirem, Tiago e João levianamente se colocam no mesmo nível que Jesus, e respondem que estão prontos. Provavelmente eles imaginavam que Jesus iria assumir o trono do novo governo que seria estabelecido, não percebendo que Jesus já havia avisado que seria morto.

Jesus diz que os irmãos compartilhariam o Seu destino. Sua previsão se cumpriu: Tiago foi o primeiro apóstolo a ser morto por causa de Jesus, e João foi exilado. Jesus também explica que o se sentar à direita ou esquerda dEle, ou seja, compartilhar do comando no reino dos céus, caberia apenas a Deus determinar.

Ao ouvirem o absurdo que a mãe de Tiago e João estava pedindo, os outros discípulos ficaram indignados. Jesus percebeu isso, e os chamou à parte. Explicou que, no mundo, os mais fortes e poderosos são os que dominam, mas que no reino dos céus era mais importante servir do que ser servido.

Também podemos refletir que o ato de servir nos livra de muitos problemas. Além da vantagem óbvia de não cultivar a nossa vaidade, faz com que desviemos o foco do nosso sofrimento para enxergar o outro. Deixamos de nos lamentar, achando que somos os que mais sofrem no mundo, para enxergarmos a necessidade do próximo. Podemos economizar anos de sofrimento no umbral se trocarmos a auto-piedade pelo amor ao próximo.

Através deste ato impensado da mãe de Tiago e João, Jesus nos esclarece que o ato de servir nos faz grandes perante Deus.


domingo, 24 de agosto de 2014

Mateus 20, 17-19

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 20


Versículo 17: E, subindo Jesus a Jerusalém, chamou de parte os seus doze discípulos, e no caminho disse-lhes:

Versículo 18: Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à morte.

Versículo 19: E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará.

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Esta é a última viagem de Jesus a Jerusalém. Ele desejava celebrar Sua última Páscoa com Seus discípulos. Uma multidão o acompanhava.

Percebendo que Seu tempo estava se esgotando, Jesus chama Seus doze discípulos e afirma, pela terceira vez, que seria preso pelos sacerdotes e escribas, que o condenariam à morte. Os gentios, termo usado para os que não eram judeus, eram representados pelos romanos, que O executariam, mas Ele ressuscitaria ao terceiro dia.

Os apóstolos de Jesus, embora com mais conhecimento que a maioria das pessoas e convivendo com Jesus, pensavam de maneira muito parecida que a do povo judeu: esperavam um Messias que viria para liderar o exército para os libertar do domínio de outro povo. Por isso, nos trechos anteriores e nos próximos deste evangelho, eles vão discutir que posição cada um vai ocupar no novo reinado que Jesus supostamente vai estabelecer. Pensavam em termos de cargos políticos, pois não entenderam quando Jesus afirmou que Seu reino não era deste mundo.

Jesus mais uma vez os alerta sobre o que está para acontecer, mas os discípulos continuam sem ter a real compreensão do que vai se desenrolar.

Para nós, que lemos hoje este trecho, estes discípulos parecem um pouco tolos, pois se recusam a perceber que Jesus está prestes a morrer. Nós, espíritas, sabemos que a vida atual é apenas um breve momento, e que já existíamos antes e vamos continuar a existir depois da morte do nosso corpo. Entretanto, vivemos como se fôssemos durar para sempre, com medo até mesmo de mencionar a palavra "morte". Não entendemos que a vida verdadeira está no mundo espiritual. Assim, agimos de maneira tão ou mais tola do que os discípulos de Jesus, não nos preocupando em colocar em prática o que Ele veio nos ensinar, pois achamos que sempre teremos o dia de amanhã para o fazer.Muito cuidado, pois temos garantido apenas o momento. Nenhum de nós pode ter a certeza de que vai acabar o dia que acabou de começar. O momento de agir é aqui e agora.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Mateus 20, 1-16

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 20


Versículo 1: Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.

Versículo 2: E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha.

Versículo 3: E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça.

Versículo 4: E disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.

Versículo 5: Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo.

Versículo 6: E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou-lhes: Por que estais ociosos todo o dia?

Versículo 7: Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo.

Versículo 8: E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros até os primeiros.

Versículo 9: E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um;

Versículo 10: Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um dinheiro cada um.

Versículo 11: E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família.

Versículo 12: Dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia.

Versículo 13: Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro?

Versículo 14: Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti.

Versículo 15: Ou não me é lícito fazer o que quiser com o que é meu?  Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?

Versículo 16: Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

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Jesus compara o reino dos Céus a um proprietário que saiu, ao nascer do sol, para contratar trabalhadores para a sua plantação de uvas.

Antigamente, os trabalhadores que estavam em busca de um serviço ficavam em uma praça, onde poderiam ser encontrados e contratados como trabalhadores avulsos, que receberiam por dia trabalhado. Era costume, para os trabalhadores pobres, que eles fossem pagos no final do dia trabalhado.

Na parábola, o pai de família, que tinha a plantação de uvas, vai e oferece um denário (ou um dinheiro) como pagamento, que era a quantia que habitualmente se pagava por cada dia de trabalho.

Por volta das 9 horas da manhã, o proprietário volta ao local e encontra alguns trabalhadores desocupados. Manda que eles se dirijam à plantação e diz que pagaria o que fosse justo. Sem perguntarem a quantia, eles vão trabalhar.

Ao meio-dia e às três horas da tarde, o mesmo acontece: os trabalhadores são contratados e enviados à plantação.

Às cinco horas da tarde, o proprietário está na praça novamente, e encontra trabalhadores que não haviam sido contratados. Pergunta o motivo de não terem trabalhado o dia todo. Os trabalhadores disseram que ninguém os havia contratado. Ele manda que eles se dirijam à sua plantação.

No final do dia trabalhado, o dono da plantação manda que seu administrador pague os trabalhadores, começando pelos que haviam chegado por volta das cinco horas da tarde. Todos os trabalhadores, independentemente do horário que haviam chegado, receberam a mesma quantia: um denário.

Os trabalhadores que foram os primeiros a chegar começaram a reclamar, pois achavam que mereciam receber mais do que qualquer outro, pois trabalharam mais. O proprietário disse que não estava sendo injusto, pois pagou exatamente o que foi combinado, nem mais, nem menos, e que ele podia fazer o que quisesse com o seu dinheiro.

Jesus usou um relato de algo muito presente no cotidiano do povo hebreu: recompensa pelo trabalho executado. Fez uma analogia com o reino de Deus. Muitas estórias eram contadas, pelos rabinos, desde a época do Antigo Testamento, com a finalidade de mostrar que Deus recompensava quem trabalhava de acordo com a intensidade do trabalho: trabalhou bastante, recebeu bastante; trabalhou pouco, recebeu pouco. Jesus, no entanto, muda o final da estória.

Aqueles que acreditam que estão servindo a Deus mas têm como único objetivo receber bênçãos e favores no futuro, não conseguirão alcançar o seu objetivo. Não é levado em conta o número de horas que uma pessoa se dedica a Deus, mas a intensidade com a qual se dedica.

Jesus diz também que não é porque uma pessoa está há mais tempo no caminho de Deus que ela vai receber uma recompensa maior. Ninguém pode receber "duas vezes" o reino dos Céus. Todos vão receber a mesma coisa. Quando uma pessoa atinge a maturidade espiritual, não tem como ela conseguir mais "reino dos Céus" do que outra.

Quer uma pessoa se dedique à vida espiritual há muitos séculos ou apenas há alguns anos, uma vez que ela atinja o entendimento, é só isso o que importa.

Jesus também esclarece que muitos são chamados a trabalhar em nome de Deus, entretanto poucos são os escolhidos para esse trabalho, pois são poucos os que realmente se dedicam a realizar a vontade de Deus (e não sua própria vontade).

domingo, 10 de agosto de 2014

Mateus 19, 27-30

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 19



Versículo 27: Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos?

Versículo 28: E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre os doze tronos, para julgar as doze tribos d'Israel.

Versículo 29: E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.

Versículo 30: Porém muitos primeiros serão os derradeiros, e muitos derradeiros serão os primeiros.

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Pedro quer saber que recompensa vai receber por ter abandonado tudo para seguir Jesus. Jesus diz que todo aquele que abrir mão de alguma coisa por amor a Ele receberá a sua recompensa. Porém, a recompensa a que Ele se refere não está no plano material. Ele diz que a pessoa ganhará a vida eterna.

No trecho anterior, Jesus e seus apóstolos conversavam sobre um jovem que se aproxima dEle e pergunta o que deve fazer para alcançar a vida eterna. Quando Jesus sugere que ele venda tudo o que tem e dê o dinheiro obtido aos pobres, o jovem vai embora, porque era muito rico e tinha muitas propriedades. Jesus então diz que é muito difícil um rico entrar no reino dos céus. Isso contrariava o que os judeus (e muitas pessoas nos dias de hoje!) pensavam, pois eles acreditavam que os ricos tinham sido abençoados por Deus, que lhes havia dado a riqueza.

Depois desta discussão, Pedro quer saber o que ele e os outros apóstolos lucrariam em seguir Jesus. Talvez ele acreditasse que ganharia bens materiais, pois também pensava que Deus, ao abençoar uma pessoa, a tornava rica. Jesus esclarece que o prêmio é a vida eterna, ou seja, a verdadeira vida espiritual.

Quando abandonamos a vida material e optamos por seguir Jesus, ganhamos também a vida eterna, pois descobrimos que a vida verdadeira não é a dedicada à conquista dos bens materiais, mas à nossa evolução enquanto espíritos eternos.

Jesus explica também que não é porque uma pessoa começou antes do que a outra a se dedicar à busca espiritual, que ela será mais madura espiritualmente. Alguns que começaram depois podem atingir a maturidade muito antes do que aqueles que se dedicam há anos à espiritualidade. O apóstolo Paulo, segundo as narrativas contidas no Novo Testamento, é um bom exemplo disso.

A recompensa pela dedicação em seguir os ensinamentos de Jesus é algo tão profundo que se torna até difícil de explicar. Conseguiremos obter nosso progresso espiritual, que nos servirá de guia em todas as nossas encarnações, e não a riqueza na Terra, que vai acabar em um momento ou outro.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Mateus 19, 24-26

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 19


Versículo 24: E outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.

Versículo 25: Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se?

Versículo 26: E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.

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Jesus usa uma imagem de um grande animal (um camelo) tentando passar por um orifício muito pequeno (o buraco de uma agulha). Isto está relacionado ao grau de dificuldade de se entrar no reino dos céus sendo rico. Em outro trecho, Jesus havia dito que a porta que leva à salvação é estreita.

O grau de dificuldade, narrado em ambos os trechos, é bastante grande, pois o caminho de Deus é um só, e bastante estreito. Não existem inúmeras maneiras de se cumprir as leis de Deus; estas leis não admitem distorções nem exceções. Jesus veio nos ensinar as leis de Deus, e que o caminho que nos conduz a Ele é reto e estreito, sem desvios ou atalhos.

Não podemos ser "um pouco" cristãos, temos que ser cem por cento. Ou acreditamos no que Jesus veio nos ensinar ou não. Se acreditamos, temos por obrigação nos esforçar cem por cento para colocar em prática.

Com relação à riqueza, ela constitui uma prova muito difícil, pois se o caminho que conduz a Deus é um só, a riqueza tem o poder de nos desviar deste caminho, levando-nos a centenas de outros atalhos e desvios. Ela tem um poder de atração muito grande, fazendo com que tenhamos prazer em nos tornar seus escravos.

Os judeus acreditavam que os ricos eram especialmente abençoados por Deus, pois Ele os havia agraciado com a riqueza material. Por isso, acreditavam estar acima das pessoas  comuns. Por isso os discípulos de Jesus se espantaram quando Ele disse que um rico dificilmente entraria no reino dos céus.

Jesus explica que a Deus nada é impossível, pois se o rico confiar em Deus ao invés de confiar em si próprio e no poder de sua riqueza, pode ser conduzido ao caminho reto da salvação.

Temos por hábito sempre pedirmos algo que não temos, pois acreditamos que só tendo aquilo é que seremos felizes. Desprezamos a sabedoria de Deus, pois dizemos: Ele não me deu o suficiente para que eu fosse feliz. Na verdade, Deus nos forneceu todas as ferramentas necessária para o nosso crescimento espiritual. Desprezamos o que Ele nos dá, e imploramos por algo que talvez seja o instrumento de nossa destruição.

Vamos agradecer a Deus por nos ter dado mais uma oportunidade de sermos felizes, pois tudo o que precisamos está presente em nossa vida. Basta acreditar.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mateus 19, 16-23

Mateus 19, 16-23

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 19


Versículo 16: E eis que aproximando-se dele um mancebo, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?

Versículo 17: E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.

Versículo 18: Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho;

Versículo 19: Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Versículo 20: Disse-lhe o mancebo: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?

Versículo 21: Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.

Versículo 22: E o mancebo, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.

Versículo 23: Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus.

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O jovem que se aproxima de Jesus o faz de  maneira um pouco inadequada. Começa tentando adulá-lo, pois O chama de "bom". Jesus esclarece que o único digno de ser chamado de bom é Deus, e explique que, se o jovem quer ganhar a vida eterna, deve obedecer os mandamentos.

Como Jesus estava pregando aos judeus, este jovem não deveria desconhecer os mandamentos contidos nas leis de Moisés. Ao perguntar quais eram esses mandamentos, ele parecia mais interessado em exibir suas pretensas virtudes morais do que realmente aprender com Jesus.

A vaidade do jovem falou mais alto. Ele procurou Jesus para mostrar que era melhor do que os outros, pois dizia obedecer todos os mandamentos desde a juventude. Quando Jesus percebe o seu ponto fraco, o que realmente o separa de Deus, pede a este jovem que abra mão de seus bens materiais.

Jesus não exige que todos os seus seguidores abram mão de suas posses. Ele apenas pede obediência ao maior dos mandamentos, que é amar a Deus acima de qualquer coisa. Se o amor à riqueza for maior que o amor a Deus, ou se qualquer outro amor for maior do que o amor que temos a Deus, temos que abandonar o que nos separa de Deus.

Ao dizer que é muito difícil um rico entrar no reino dos céus, Jesus não condenou a riqueza. Ele apenas reconheceu que ela tem um enorme poder de atração, grande o suficiente para desviar um homem de seu caminho e afastá-lo de Deus. A riqueza não é boa nem má; isto depende do uso que fazemos dela, e que importância ela tem em nossa vida.

Portanto, devemos ter cuidado para que nada ocupe o lugar de Deus em nossas vidas, sob risco de sérias consequências em nosso futuro.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Mateus 19, 13-15

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 19


Versículo 13: Trouxeram-lhe então alguns meninos, para que sobre eles pusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam.

Versículo 14: Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus.

Versículo 15: E, tendo-lhes imposto as mãos, partiu dali.

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No capítulo 18 do Evangelho segundo Mateus, nos versículos 1 a 5, Jesus já havia se utilizado da imagem das crianças. Quando os Seus discípulos perguntaram quem era o maior no reino dos céus, Jesus chama um menino e diz que aquele que não se converter e não se fizer humilde como um menino não entrará no reino dos céus.

Novamente Jesus traz a mensagem de que as pessoas precisam ter a mesma fé inocente que uma criança tem para que consiga entrar no reino dos céus.

Uma criança não precisa justificar, através da lógica e do raciocínio, o porque de ela acreditar em alguma coisa; ela simplesmente acredita. Da mesma forma, não temos a necessidade de justificar a nossa crença em Deus, pois podemos simplesmente ter a liberdade (e, por que não, o direito) de acreditar. Isso pode trazer um grande alívio, pois nos damos o direito de crer. Atualmente, pelos padrões morais vigentes, está sendo questionado o direito de se ter e se praticar uma religião. Temos a liberdade de falar as coisas mais absurdas possíveis, mas se falarmos em Deus, as pessoas nos olharão com espanto.

No mundo de hoje, com tanta informação mas ao mesmo tempo tanta ignorância, podemos optar por simplificar as coisas importantes da vida. Deus é o nosso criador. O resto é consequência disto.

Você tem o direito de ter a sua fé. Não abra mão disso. Creia da mesma forma que uma criança crê: com todo o seu ser. Depois disso, sua vida vai mudar, com toda a certeza.


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Mateus 19, 1-12

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 19


Versículo 1: E aconteceu que, concluindo Jesus estes discursos, saiu da Galileia, e dirigiu-se aos confins da Judeia, além do Jordão.

Versículo 2: E seguiram-no muitas gentes e curou-as ali.

Versículo 3: Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

Versículo 4: Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez,

Versículo 5: E disse: Portanto deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?

Versículo 6: Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem.

Versículo 7: Disseram-lhe eles: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?

Versículo 8: Disse-lhes ele: Moisés por causa da dureza dos vossos corações vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim

Versículo 9: Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério (em outra tradução, "não sendo por causa de imoralidade sexual").

Versículo 10: Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.

Versículo 11: Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.

Versículo 12: Porque há eunucos que assim nasceram no ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.

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Um dos motivos pelo qual João Batista tinha sido morto era porque ele havia criticado o rei Herodes, que tinha tomado a mulher de seu irmão como esposa para si. Os fariseus procuraram enredar Jesus na mesma discussão sobre o divórcio, fazendo com que Ele se comprometesse perante as autoridades romanas. Os fariseus não estavam de forma alguma interessados no ensinamento de Jesus, apenas queriam fazer com que se  comprometesse.

Na época em que Jesus viveu, haviam duas correntes de interpretação da lei a respeito do divórcio. Uma delas dizia que o homem poderia se divorciar por qualquer motivo (defendida por Hillel), e outra que o divórcio só poderia acontecer no caso de infidelidade conjugal (defendida por Shammai).

Jesus muda o foco da discussão. Ao invés de discutir os motivos pelos quais se permite ou não o divórcio, fala sobre o casamento. Diz que nem todos devem se casar. Diz que alguns nasceram inaptos para o ato sexual, pois nasceram castrados. Outros foram castrados pelos homens. E outros resolveram se abster do ato sexual para se dedicarem melhor a Deus. Fala também que poucos podem entender isso.

Nos dias de hoje, vemos que a maioria dos casamentos acontece pelo motivo errado. Qual seria o motivo correto? Podemos citar um: compromisso mútuo. Infelizmente, as pessoas têm muita dificuldade em assumir compromissos de qualquer espécie. Cada um só quer pensar no próprio umbigo, enquanto que um compromisso (obrigação, promessa mais ou menos solene) implica em abrir mão de alguns de seus desejos para um bem maior.

Vemos pessoas que trabalham sem compromisso, namoram sem compromisso, relacionam-se com a família sem compromisso. O resultado disso é um só: um completo desastre.

Casamento é uma espécie de sociedade, onde duas pessoas decidem compartilhar uma existência não mais tendo como objetivo a individualidade, mas o bem comum, ou seja, a nova família que está se formando. Isto exige sacrifício e abnegação, pois todos os dias os componentes da sociedade terão que tomar decisões que podem fortalecer ou enfraquecer a nova família. Devem decidir entre satisfazer os seus caprichos ou enxergar as necessidades do outro. Não pode mais existir o "eu", que deve dar lugar ao "nós".

Entretanto, um compromisso assumido só pode ter êxito se for válido para ambos. Se apenas um se dedicar a esta sociedade, a probabilidade de sucesso é pequena. Por causa disso, temos o período que antecede o casamento, que serve para avaliarmos a pessoa com quem temos a intenção de assumir um compromisso.

Segundo a visão espírita, no caso de um casamento colocar em risco a evolução espiritual de um dos cônjuges, pois ele vai estar assumindo mais dívidas do que evoluir caso permaneça casado, melhor é uma separação. Não existe, entretanto, uma regra geral. No caso de dúvida, devemos fazer uma prece e pedir que Deus nos ilumine para podermos tomar a melhor decisão.






quinta-feira, 3 de julho de 2014

Mateus 18, 23-35

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 18


Versículo 23: Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;

Versículo 24: E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;

Versículo 25: E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.

Versículo 26: Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.

Versículo 27: Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.

Versículo 28: Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.

Versículo 29: Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.

Versículo 30: Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.

Versículo 31: Vendo pois os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.

Versículo 32: Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe:Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste,

Versículo 33: Não devias tu igualmente ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?

Versículo 34: E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.

Versículo 35: Assim vos fará também o meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.

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Continuando os seus ensinamentos sobre o perdão, Jesus conta esta parábola ( uma narrativa curta que, mediante o emprego de linguagem figurada, transmite um conteúdo moral).

Nela, um rei vai realizar o acerto de contas, ou seja, vai verificar todas as pessoas que devem a ele e realizar a cobrança. O primeiro a ser cobrado é um que lhe devia 10.000 talentos (cada talento equivale a 35 kg de ouro), isto é, uma quantia muito grande. O servo não tinha como pagar aquela imensa quantia. Então, o rei, como era costume na época, manda que o servo e toda a sua família sejam vendidos como escravos para que o dinheiro obtido fosse usado como pagamento. O servo suplica misericórdia, e o rei o perdoa.

Logo depois, este servo que havia sido perdoado pelo rei encontra um outro servo, que lhe devia 100 dinheiros (um dinheiro, ou denário, equivalia ao pagamento por um dia de trabalho). Perto da quantia de 10.000 talentos, era uma quantia insignificante. Ao invés de perdoar a dívida pequena, assim como tinha sido perdoado a sua imensa dívida, o servo tenta esganar o devedor, exigindo o pagamento imediato de tudo que lhe era devido. Como o outro servo não tinha como pagar naquele momento, o cobrador o manda para a cadeia.

Ao presenciarem tamanha injustiça, os outros servos ficam indignados e vão se queixar ao rei. O rei, que antes havia perdoado a imensa dívida do primeiro servo, muda de ideia e o manda para a cadeia.

O rei, nesta história, representa Deus, que a todo momento nos perdoa das imensas dívidas que temos para com Ele. Nós somos o servo que, mesmo sendo perdoado pelo rei, se acha no direito de cobrar uma dívida muito pequena de seu semelhante. O resultado final é muito fácil de entender. Reflitam e coloquem em prática esse ensinamento contido na parábola, que apesar de ser singela em sua aparência, traz ensinamentos profundos.

domingo, 29 de junho de 2014

Sobre o perdão

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 18


Versículo 21: Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?

Versículo 22: Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.

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Os rabinos ensinavam que se deveria perdoar os ofensores por três vezes. Pedro acreditou que estava sendo muito caridoso, pois achou que, ao invés de perdoar por três vezes, conseguiria perdoar até sete vezes. Jesus esclarece que devemos perdoar setenta vezes sete. Não precisamos de uma calculadora e um caderno de anotações para sabermos o quanto ainda devemos perdoar uma pessoa. Não é essa a ideia de Jesus. Ele diz que devemos multiplicar o número de vezes que perdoamos, pois Deus não fica contando quantas vezes já nos perdoou.

Não podemos imaginar Deus, em Sua infinita bondade e sabedoria, contabilizando os nossos erros. Ele sabe que somos ainda fracos e ignorantes, e por isso ainda vamos errar um infinito número de vezes. As pessoas que nos ofendem ou cometem algum ato que nos prejudicam também vão fazer isso, pois também, assim como nós, são fracas e ignorantes. Por isso, não devemos contabilizar os erros delas.

Em primeiro lugar, devemos perdoar a nós mesmos. Somos uma obra de Deus, mas ainda não estamos acabadas. Estamos em pleno curso de aprendizado. Permanecemos ignorantes e indecisos no rumo do nosso caminho à evolução. Temos ainda muito estudo pela frente, muita tentativa de acertar que vai acabar em erro, mas futuramente conseguiremos entender e praticar o que Jesus veio nos ensinar.

Em segundo lugar, perdoar os erros de uma pessoa não é a mesma coisa que permitir que ela, de maneira recorrente, continue a nos ferir. Isso seria falta de inteligência da nossa parte. Perdoar significa entender que esta pessoa, assim como nós, ainda não atingiu um grau significativo de entendimento no aspecto espiritual de sua vida, mas que um dia vai conseguir. Vamos nos manter livres da raiva, mas, tanto pela felicidade do ofensor (pois vamos dificultar que esta pessoa continue adquirindo compromissos futuros que vão ser difíceis de serem quitados) quanto a nossa própria, não vamos permitir que ela continue nos prejudicando. Se tivermos dúvidas quanto à melhor atitude a ser tomada, sempre teremos o recurso da prece, que mobilizará recursos para que tomemos a decisão acertada.

Além de tudo, quando pretendemos nos vingar, tomamos um veneno acreditando que o outro vá morrer. O desejo de vingança só envenena o nosso coração. Raiva, rancor, desejar o mal ao outro só vai prejudicar a nós mesmos. Estamos germinando plantas venenosas em nosso interior. Podemos fazer isso, mas não podemos fugia ao fato  de que, mais cedo ou mais tarde, teremos que colher tudo aquilo que plantamos. Assim, o perdão beneficia a nós mesmos. Seguiremos mais livres, mais leves pela vida afora. Não estaremos assumindo compromissos com pessoas que não nos fazem bem. A sensação de leveza de quem já perdoou é um dos melhores sentimentos do mundo. Equivale a ver o sol nascer depois de muitas horas de chuva. Vamos sempre pedir que Jesus ilumine o nosso caminho, ajudando-nos a seguir o caminho do bem e perdoando aqueles que um dia nos magoaram.

domingo, 22 de junho de 2014

Mateus 18, 15-20

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 18


Versículo 15: Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e  repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;

Versículo 16: Mas se não te ouvir, leva ainda consigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.

Versículo 17: E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.

Versículo 18: Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.

Versículo 19: Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.

Versículo 20: Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.

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Essas instruções de Jesus podem parecer, à primeira vista, bastante estranhas. Entretanto, se levarmos em conta que Ele falava a uma comunidade religiosa, o sentido fica mais claro.

Quando, dentro de um grupo religioso, houver discordância, devemos tentar falar em particular com a pessoa que está causando desentendimento. Se for esclarecido o mal-entendido, ganhamos um companheiro que estava se afastando dos ideais do grupo.

Caso o mal-entendido não se desfaça, podemos pedir a ajuda de um ou dois companheiros do grupo. Ouvindo outras pessoas se expressarem a respeito do problema, talvez o causador do conflito mude de ideia e de atitude.

Se, mesmo depois de tudo, a pessoa não se convencer de que está destoando do grupo e causando confusão, podemos expor o problema a todos os membros do grupo. Persistindo no caminho do engano, a pessoa causadora do conflito deve ser considerada como "um gentio", ou seja, aquele que não compartilha dos mesmos princípios religiosos, ou como "um publicano", que é aquele encarregado de explorar seus companheiros em benefício próprio.

Assim, aqueles que forem desligados do grupo, enquanto encarnados, também o serão após o seu desencarne, pois não existe comunhão de pensamentos entre eles.

Quando o grupo se decidir por fazer um pedido ao plano espiritual, este pedido, desde que esteja de acordo com as leis de Deus, será atendido. Se for para o crescimento espiritual do grupo, Deus não vai deixar de atender ao pedido.

Jesus também se compromete a estar presente quando estivermos reunidos em Seu nome. Logicamente que não vai estar presente em pessoa, mas Seus representantes certamente lá estarão.

Através da mensagem de Jesus, temos uma proposta de resolução de conflitos. Onde o ego ceda lugar ao amor, certamente estaremos realizando a vontade de Deus, e seguindo segundo Seu filho amado nos ensinou.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Mateus 18, 11-14

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 18


Versículo 11: Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido.

Versículo 12: Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?

Versículo 13: E, se porventura a acha, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que se não desgarraram.

Versículo 14: Assim também não é a vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.

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Jesus usava de imagens intensas para permitir que Seus ouvintes se recordassem de Seus ensinamentos. Neste trecho, diz que um pastor abandona 99 ovelhas para ir procurar uma única que se perdeu. Jesus frequentemente usava temas que faziam parte do cotidiano das pessoas para que elas entendessem melhor o que tinha para ensinar.

Mais uma vez Ele traz conforto às pessoas. Diz que Deus não vai abandonar nenhuma das criaturas que criou. Caso ela se perca, sempre irá à sua procura, e ficará imensamente feliz quando a conduzir de volta a Ele.

Nem sempre seguimos o caminho do bem Nem sempre agimos de acordo com o nosso conhecimento sobre a verdade espiritual. Nem sempre aproveitamos o tempo e as oportunidades que Deus nos dá. No entanto, Jesus diz que sempre é tempo de retomarmos o caminho rumo a Deus. Não importa o quanto tenhamos errado, Deus sempre está à nossa espera de braços abertos, pois nunca desiste de nós.

Jesus já havia dito que o amor encobre uma multidão de pecados. O amor de Deus cobre todos os nossos erros e enganos. Muitas vezes, tentamos fugir da presença de Deus, mas Ele sempre está cuidando de nós. Sempre está lá, amoroso e paciente, nos conduzindo rumo ao amor.

Mais cedo ou mais tarde, todos nós entenderemos que Jesus veio pregar o reino do amor e da justiça segundo as leis de Deus. Nenhum de nós permanecerá eternamente no erro, pois Deus não permite que seja assim. Se quisermos diminuir o nosso sofrimento, busquemos o aprendizado pelo amor, pois se abrirmos mão disto, certamente teremos que experimentar o caminho da dor.

sábado, 14 de junho de 2014

Mateus 18, 6-10

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 18


Versículo 6: Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.

Versículo 7: Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!

Versículo 8: Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno.

Versículo 9: E se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti. Melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.

Versículo 10: Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.

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Jesus diz que seria preferível que uma pessoa amarrasse uma pedra no pescoço e se atirasse ao mar do que escandalizar uma criança que acredita nEle. Podemos ampliar esse raciocínio pensando que o mesmo se aplica a uma pessoa que, ao pregar em nome de Deus, causa escândalo a outra que está apenas iniciando seu contato com a religião.

Quando uma pessoa está começando a ter contato com uma religião, ela ainda não possui discernimento entre o certo e o errado. Tudo o que ela escuta, em um templo religioso, acredita que é o certo, pois não passa pela cabeça dela que as pessoas que pregam também podem estar enganadas. Assim, aquele que, ao falar em nome de Deus, induz o outro ao erro, incorre em sério engano, e terá que arcar com as consequências disso.

Com o passar do tempo, o iniciante tem por obrigação se aprofundar no estudo da religião e ampliar o seu discernimento, sabendo a diferença entre o joio e o trigo. Enquanto isso não ocorre, temos que ter imenso cuidado com o que falamos a este iniciante.

Jesus diz que os escândalos são necessários. Isso não quer dizer que devamos sair por aí causando escândalo. O motivo é que, como ainda pertencemos a um planeta de expiação e provas, os escândalos são inevitáveis, pois os espíritos que aqui habitam (inclusive nós mesmos) possuem um grau pequeno de  evolução. No entanto, Ele nos alerta que aqueles que causam escândalo não ficam imunes às consequências do mal que causam, principalmente se estiverem fazendo isso em um templo religioso.

Quando Jesus diz que é melhor arrancar o objeto que nos causa escândalo do que entrar nesta vida para cairmos em erro, isso só pode acontecer se o fizermos antes de reencarnarmos. É assim que entendemos a expressão "entrar na vida", que é o nosso nascimento. Consequentemente, muitos de nós podemos ter escolhido certos problemas físicos que vão nos servir de freio para que não cometamos os mesmos erros de sempre.

Jesus também nos aconselha a termos um cuidado  especial com as crianças, pois seus anjos da guarda estão sempre em contato com Deus. Se tivermos a pretensão de melhorar este planeta, a resposta está aí, pois nenhum investimento pode trazer um retorno maior do que a evangelização das crianças. Na infância, o espírito que reencarnou está mais susceptível às influências externas, podendo ser corrigido em suas fraquezas e orientado em direção aos ensinamentos de Jesus.

A educação religiosa, tanto de crianças quanto de adultos, não deve ser negligenciada. É a parte mais importante da vida terrena. Somente ajudando as pessoas a valorizarem a vida espiritual teremos as mudanças que vão transformar a humanidade.