terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Férias

Estou saindo de férias. Retorno com as publicações em meados de janeiro.
Um abraço a todos.
Um feliz Natal. E não se esqueçam quem é o aniversariante do dia 25.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Mateus 11, 12-15

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 11


Versículo 12: E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.

Versículo 13: Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.

Versículo 14: E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.

Versículo 15: Quem tem ouvidos para ouvir ouça.

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Malaquias é o último livro do Antigo Testamento. Com a morte de Malaquias, não surgiram novos profetas por mais de 400 anos. No capítulo 4 do livro  de Malaquias, no versículo 5, ele diz que o profeta Elias será enviado para anunciar a vinda do Messias.

No capítulo 12 do evangelho segundo Mateus, vemos que os discípulos de João Batista procuram Jesus para confirmar se Jesus é mesmo o Messias prometido. Jesus pede que eles digam a João Batista as curas que acontecem e o evangelho anunciado a todos sem distinção (versículos 1 a 6).

Depois, Jesus confirma que João Batista é aquele que deveria preparar o caminho do Messias (versículos 7 a 11).

Agora, Jesus cita a profecia que Elias viria antes do Messias prometido, e que João Batista era Elias. Como todos conheciam João Batista desde o seu nascimento, não resta outra opção senão entender que ele era a reencarnação de Elias.

No livro de Malaquias, é dito que o profeta Elias será enviado. Não é dito que alguém semelhante a Elias virá. Como isso é possível, se na época de Malaquias o profeta Elias já havia morrido? Somente a reencarnação pode explicar isso.

Na época narrada no Antigo Testamento, temos muitos relatos de violências cometidas. Deus é mostrado como um pai vingativo e cruel, capaz de se vingar e mandar matar mulheres e crianças. O povo de Israel, escolhido por Deus, matava seus inimigos sem piedade. As pessoas acreditavam que, por lutarem em nome de Deus, tinha o direito de cometer as maiores barbaridades.

Jesus traz uma nova mensagem. Nela, não há espaço para a violência. Sua mensagem é muito diferente das regras dadas por Moisés. Isso acontece porque o povo já havia amadurecido bastante desde aquela época, estando apto a entender melhor a natureza de Deus.


Ao falar da violência, Jesus também pode ter se referido aos fariseus, que se achavam os únicos dignos de interpretar as leis de Moisés e os únicos que as seguiam. Para se manterem no poder, faziam alianças com os romanos, que eram os que estavam no poder e oprimiam os judeus. Os fariseus usavam de violência para se manterem no poder, achando que podiam forçar sua entrada no reino dos céus.


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Mateus 11, 7-11

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 11



Versículo 7: E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas, a respeito de João: Que fostes ver no deserto? uma cana agitada pelo vento?

Versículo 8: Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que trajam ricamente estão nas casas dos reis.

Versículo 9: Mas então que fostes ver? um profeta? sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta;

Versículo 10: Porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho.

Versículo 11: Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.

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No início do capítulo 11, Jesus conversava com os apóstolos de João Batista, que estava preso e os tinha enviado para confirmar se Jesus era o Messias prometido. Quando esses discípulos vão embora, Jesus pergunta à multidão que estava ao seu redor sobre o que eles procuravam quando tinham ido ver a pregação de João Batista no deserto.

João Batista nasceu um pouco antes de Jesus. Trazia uma mensagem de arrependimento  e de busca do cumprimento da vontade de Deus. Era conhecido por se vestir com peles de animal, alimentar-se de mel e gafanhotos e batizar as pessoas como uma simbologia do nascimento para uma nova vida.

No Antigo Testamento, no livro de Malaquias (capítulo 3, versículo 1), há uma citação de alguém que viria antes do Messias, a fim de preparar o caminho dele. Jesus afirma que João Batista é essa pessoa, a que preparou o caminho para a vinda dEle, e que João é um grande profeta (profeta é aquele que prega a palavra de Deus).

Ao dizer que o menor no reino dos céus é maior do que João Batista, Jesus nos dá um alerta sobre a vaidade, pois diz que qualquer um é maior do que ele.

Não somos grandes devido a nossas realizações. Somos grandes ao cumprirmos a vontade de Deus. Antes de reencarnarmos, assumimos compromissos no mundo espiritual. Para sairmos vencedores, nesta encarnação, temos o dever de honrar esses compromissos. Deus tem planos para a nossa vida. Ele vai nos utilizar para semearmos o bem e diminuirmos o sofrimento das pessoas. É isso que nos torna grandiosos perante Deus.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mateus 11, 1-6

Evangelho segundo Mateus



Capítulo 11


Versículo 1: E. aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.

Versículo 2: E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos,

Versículo 3: A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?

Versículo 4: E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes:

Versículo 5: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados,e aos pobres é anunciado o evangelho.

Versículo 6: E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim.

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Na narrativa de Mateus do evangelho, todo o capítulo 10 é dedicado a descrever como Jesus preparou seus discípulos para que eles pregassem as boas novas. Neste novo capítulo, Jesus acaba as suas instruções, e parte com seus discípulos para ensinar nas cidades da Galiléia.

João Batista estava preso. No capítulo 3 deste Evangelho, há uma descrição de quando ele batizou Jesus, e que Deus reconhece Jesus como seu filho bem amado. Portanto, João Batista já conhecia Jesus e o havia identificado como o Messias prometido.

Por que João Batista, mais tarde, fica em dúvida se Jesus era de fato o Messias esperado? Não podemos saber com certeza. Talvez por saber que a sua missão era a de preparar o caminho para o Messias o deixasse em dúvida, pois se estava preso não poderia ajudar Jesus. Mas a sua missão já havia se cumprido, embora ele não soubesse disso.

No Antigo Testamento, existem descrições das coisas que seriam esperadas do Messias. Jesus sabia que, quando os discípulos de João Batista descrevessem o que estava acontecendo, não haveria mais lugar para as dúvidas. O livro do profeta Isaías dá muitos detalhes do Messias.

Não podemos esquecer que o objetivo principal do narrador deste evangelho (Mateus) é demonstrar que Jesus era o Messias prometido. Por isso ele se atém aos detalhes que visam confirmar essa identidade.




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Mateus 10, 40-42

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 40: Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.

Versículo 41: Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo em qualidade de justo, receberá galardão de justo.

Versículo 42: E qualquer que tiver dado só que seja um copo d'água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.

Vocabulário


Galardão: recompensa por serviços valiosos.

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Em todo o capítulo 10, Jesus orienta os seus apóstolos antes de os enviar para pregarem o Evangelho. Para finalizar essas instruções, Ele fala que quem recebesse um de seus enviados seria como se estivesse recebendo a Ele próprio, e quem o recebesse seria como estivesse recebendo Aquele que o enviou (Deus).

Nos dias de hoje, não temos mais a felicidade do contato direto com os apóstolos de Jesus, mas podemos ter contato com os seus sucessores, aqueles que se encarregam de manter a mensagem do Evangelho viva. No entanto, podemos confundir um verdadeiro profeta (profeta é aquele que prega a palavra de Deus) com um falso. Como saber a diferença?

Um verdadeiro profeta não obtém lucro financeiro com a divulgação da palavra de Deus, pois não está divulgando um trabalho de sua autoria. Apenas reproduz o que já foi feito e dito por Jesus. Lembremo-nos do que Jesus falou: de graça recebeste, de graça dai. Deus não cobrou para nos enviar Jesus e a Sua mensagem. Assim, não temos o direito de cobrar por a estar divulgando. Também aquele que prega a palavra de Deus, embora seja apenas humano e, portanto, passível de falhas, não pode ter um comportamento que choque as pessoas, ou seja, não pode pregar uma coisa e fazer outra.

Principalmente ele não pode se tornar refém da vaidade nem do orgulho, pois a mensagem que ele divulga é de Deus, não sua. Não há motivo de se sentir envaidecido por algo que não fez. É como se o carteiro se vangloriasse das cartas que entrega!

Disse também Jesus que pelos frutos se reconhece uma árvore. Este também é um bom critério para se saber o grau de confiabilidade de uma pessoa. Sobretudo, devemos observar suas atitudes mais que suas palavras.

Embora tenhamos ainda muitos defeitos a serem corrigidos, todos nós, munidos de boa vontade, temos condições de nos tornar seguidores de Jesus. Para isso, vamos nos propor a estudar as orientações que Ele nos deixou e acima de tudo as colocar em prática.



sábado, 23 de novembro de 2013

Mateus 10, 34-39

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 34: Não cuideis que vim trazer a paz a à terra; não vim trazer paz, mas espada.

Versículo 35: Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;

Versículo 36: E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.

Versículo 37: Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.

Versículo 38: E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.

Versículo 39: Quem achar a sua vida perde-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á.

Vocabulário


Dissensão: falta de concordância a respeito de (algo), discrepância.

Comentários

Jesus, como trazia uma nova mensagem que contrariava o que se pensava a respeito de Deus naquela época, sabia que o que dizia iria criar conflitos. Não seria possível ter um novo entendimento a respeito de Deus e continuar com os mesmos pensamentos de antes.

Com a profunda reforma moral que trazia, Jesus traria o conflito para dentro dos lares. Muitos acreditariam nEle e estariam dispostos a dar suas vidas como prova de fé. Outros não sairiam de sua zona de conforto, pois os hábitos das antigas regras e tradições estavam profundamente arraigados em seu íntimo.

Jesus reforça o primeiro mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas. É necessário que o amor a Deus seja maior do que o amor a qualquer outra criatura. Devemos profundo respeito a nossos pais, mas o amor a Deus deve ser maior do que o amor que temos a eles ou mesmo a nossos próprios filhos. Através do amor a Deus, nós conseguimos amar as outras pessoas, mas o contrário não é verdadeiro.

Quando Jesus fala que cada um deve tomar a sua cruz, Ele está dizendo que cada um tem que aceitar o que a vida lhe traz, sem reclamações. Tudo o que nos acontece tem um propósito. Por isso, não devemos ficar perguntando a Deus o porque de Ele ter permitido certas coisas em nossas vidas. Podemos não ter o que pedimos, mas sempre temos o que necessitamos.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Mateus 10, 32-33

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 32: Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.

Versículo 33: Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.

Comentários


Logo após a morte de Jesus, muitos judeus e gentios se converteram ao cristianismo. Não demorou muito para que tivesse início uma terrível perseguição aos convertidos, culminando muitas vezes em morte.

Hoje em dia, salvo raras exceções, uma pessoa não precisa mais ter medo de se declarar cristã. No entanto, a maioria de nós não faz isso. Por que? Essa é uma pergunta difícil de ser respondida. Não temos vergonha de falar abertamente da moda, dos últimos acontecimentos da novela (como se isso fosse de verdade!) e crimes de descalabros que são divulgados na televisão. No entanto, temos vergonha de falar de Deus, de levar uma palavra de consolo para quem está sem esperança.

Ao invés de cultivarmos nosso lado espiritual, nós temos vergonha dele. Achamos que devemos vivenciar nossa religiosidade apenas quando estamos sozinhos, escondidos, ou então em hora e local pré-determinado, nos templos religiosos.

Deus é um deus dos vivos, cheio de alegria e plenitude. Não deve ser colocado de lado em nossas vidas. Ele tem planos maravilhosos para nós, quer fazer parte da nossa vida e transformar cada dia numa grande celebração. Não O relegue ao segundo plano. Ele é a razão de estarmos vivos.

Vale salientar que Jesus se refere sempre a Deus como "meu Pai, que está nos céus". Assim Ele deixa bem claro que é uma pessoa diferente de Deus, pois é o seu filho. Não são a mesma pessoa. Um é o Criador (Deus), o outro a Criatura (Jesus).

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mateus 10, 28-31

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 28: E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.

Versículo 29: Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai.

Versículo 30: E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados.

Versículo 31: Não temais pois: mais valeis vós do que muitos passarinhos.

Comentários


Jesus pediu que seus apóstolos, que estavam prestes a serem enviados para pregarem as boas novas, que não tivessem medo dos que os pudessem causar um mal físico, mas que temessem os que poderiam por suas almas a perder.

Todos nós naturalmente nos afastamos daqueles que trazem um perigo visível às nossas vidas. No entanto, ficamos calmos e tranquilos diante daqueles que podem nos por a perder com relação à saúde mental e espiritual. De maneira insentata, até procuramos por aquilo que pode nos desviar do caminho e comprometer nossa existência: poder, dinheiro, vaidade e outras coisas. Um simples elogio, ao cair no ouvido de um vaidoso, pode fazer muito mais estrago do que um revólver na mão de um assaltante.

Jesus também afirma que Deus toma conta de tudo o que criou. Por isso, podemos andar sem medo. Tudo o que nos acontece é com a permissão de Deus, e se formos sábios o suficiente, tiraremos proveito de todas as situações para aprendermos e evoluirmos.

Nosso descuido em evitar danos à nossa vida espiritual acontece todos os dias. Quem de nós evita as rodas de conversa onde as pessoas competem para mostrar quem sabe o detalhe mais sórdido da vida alheia? Ou evita locais onde o consumo de álcool ou tabaco atrai espíritos desencarnados que vão funcionar como verdadeiros vampiros, sugando inclusive nossa energia mental? Nossa vida espiritual deve e merece ser tratada com atenção e cuidado. Tal como num jardim, em nossas almas só crescerão as flores que nós cultivarmos. Fica a pergunta: o que temos plantado ultimamente?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Mateus 10, 26-27

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 26: Portanto, não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.

Versículo 27: O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados.

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Jesus continua suas instruções aos apóstolos. Ele os está preparando para que divulguem as boas novas (significado da palavra "evangelho").

No versículo 25, Jesus fala dos fariseus, que O acusavam de expulsar os demônios em nome do demônio. Ele diz que seus apóstolos não precisavam ter medo das acusações dos fariseus, pois tudo seria esclarecido a seu tempo.

Jesus sabia que sua mensagem de amor a Deus e ao próximo seria pouco compreendida na sua época. Confiava, porém, que as gerações futuras, com o progresso moral que desenvolveriam, teriam maior maturidade espiritual para compreender a Sua mensagem.

Ele também estimula os apóstolos a divulgar o que haviam aprendido nas conversas em particular e no convívio que tinham tido. Sua mensagem deveria ser divulgada com os apóstolos "sobre os telhados", ou seja, falando de maneira que muitos pudessem ouvir.

Jesus não se importou de saber que Sua mensagem seria pouco entendida e, posteriormente, haveriam tentativas de a deturparem. Ele confiou no trabalho para o qual Deus O tinha enviado.

Jesus não deixou nenhum registro escrito de Seus ensinamentos. O que sabemos disso é decorrente de pessoas que conviveram com Ele ou que conversaram com as pessoas que tinham ouvidos os Seus ensinamentos. Entre o que aconteceu, o que as pessoas se lembravam do acontecido e o que foi registrado há uma longa distância. Depois, esses relatos sofreram inúmeras traduções e cópias, não isentas de erros. No entanto, a mensagem que Ele deixou é tão poderosa que conseguiu sobreviver a tudo isso e chegar até nós.

Além de ser necessário o conhecimento da mensagem de Jesus, faz-se necessário a prática do que Ele veio nos ensinar. É isso que tem o poder de transformar as nossar vidas.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mateus 10, 24-25

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 24: Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.

Versículo 25: Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?

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Jesus, neste capítulo destinado a orientar os seus apóstolos antes de os enviar a pregar, diz a eles que não precisam ter como meta serem melhor do que Ele próprio. Os apóstolos não deveriam esperar conseguir mais milagres ou mais curas do que o próprio Jesus. Bastava aos apóstolos quererem ser iguais, não maiores.

Em vários trechos do Evangelho, os fariseus, ferozes perseguidores de Jesus, O acusavam de realizar milagres em nome do demônio. Se fizeram isso com Ele, fariam o mesmo com Seus seguidores. Portanto, eles deveriam estar preparados para as perseguições.

Hoje, nas diversas religiões, temos muitos que pretendem ser maiores do que Aquele que os enviou. Querem ter mais destaque do que a mensagem de Jesus. A vaidade impera. Ao invés de darem destaque à mensagem que devem divulgar, mostram-se como se eles fossem uma melhor intrepretação do que Jesus nos deixou. Somos apenas meros instrumentos de transmissão, sem importância nenhuma. Nosso único objetivo deve ser transmitir algo que é muito maior do que até podemos entender, que é a vontade de Deus através da mensagem de Jesus.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mateus 10, 21-23

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 21: E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão.

Versículo 22: E odiados de todos sereis por causa de meu nome: mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

Versículo 23: Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades d'Israel sem que venha o Filho do homem.

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Mateus dedica todo um capítulo do evangelho (o décimo capítulo) para descrever as recomendações que Jesus fez a seus apóstolos antes de os enviar a pregarem. Portanto, esse assunto deve ser bastante importante.

Ao prevenir os seus apóstolos que haveria discórdia na família, Jesus antecipa o que aconteceria com os cristãos recém-convertidos. Os romanos, e os próprios israelitas, promoveriam uma ferrenha perseguição a eles, chegando a entregá-los à morte nos horríveis espetáculos nos circos de Roma, onde eram devorados pelos leões. Ao se converter ao cristianismo, no início dos tempos, a pessoa sabia que estava condenada a ser destituída de todos os seus bens, de sua posição social e de sua liberdade, além de, em alguns casos, ser condenada à morte. As próprias pessoas próximas do novo cristão se encarregavam de o entregar às autoridades para que fosse punido.

Jesus sabia o que estava por vir, e recomendou que perseverassem, pois assim poderiam até perder o seu corpo físico, mas a alma imortal seria salva.

Jesus também recomendou que, quando a perseguição ficasse muito grande, os apóstolos deveriam se dirigir a outras cidades. Assim, conseguiriam atingir um número maior de pessoas, que teriam a oportunidade de ouvir a mensagem de Jesus.

Para Jesus, preparar os apóstolos era algo que exigia bastante atenção. Envolvia não só ensinar a eles sobre Deus, mas também como deveriam se comportar durante suas tarefas. Nos dias de hoje, vemos pessoas que dizem pregar em nome de Deus, mas apenas usam esse nome sagrado para exercitarem sua vaidade. Se tivermos alguma dúvida sobre o comportamento dos modernos pregadores, basta comparar o comportamento que apresentam com o que Jesus recomendou neste capítulo. Certamente muitos não serão aprovados segundo esse critério.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Mateus 10, 17-20

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 17: Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;

Versículo 18: E sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis por causa de mim, para lhes servir de testemuno a eles a aos gentios.

Versículo 19: Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora será ministrado o que haveis de dizer.

Versículo 20: Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.

Vocabulário


Sinédrio: tribunal que funcionava como a Suprema Corte em Israel.

Sinagoga: lugar onde se reúnem os israelitas para o exercício do seu culto.

Comentários


No capítulo 10 do Evangelho segundo Mateus, Jesus orienta os seus apóstolos antes de os enviar para pregarem as boas novas.

Jesus sofria perseguição por parte dos fariseus, que não perdiam oportunidade de O criticarem por não cumprir as leis de Moisés. Essa perseguição se estenderia aos seus apóstolos, pois eles iriam pregar a mensagem de Jesus.

Por causa dessa perseguição, os apóstolos seriam levados aos tribunais, e seriam pressionados a renegar os ensinamentos de Jesus. Como tudo na vida tem uma utilidade, esse confronto entre os apóstolos de Jesus e os fariseus serviria para que fossem divulgadas as ideias de Jesus, e os apóstolos deveriam estar preparados para não fraquejarem na hora de dar o seu testemunho com palavras e ações.

Jesus alerta sobre essas perseguições não com a finalidade de amendrotar os apóstolos, mas para fazer com que eles se preparassem o melhor possível, pois quando chegasse o momento de confronto já saberiam que isso aconteceria, e que Deus os inspiraria quanto ao que falar para se protegerem.

Primeiro, Jesus os instruiu com Suas leis morais, tanto com discursos mas principalmente com o Seu exemplo. Depois, os enviou para que divulgassem as "boas novas" (que é o que a palavra "evangelho" significa). Assim também nós, apóstolos de Jesus, quando formos compartilhar Seus ensinamentos, devemos nos preparar para conhecer em profundidade o que pretendemos ensinar. Precisamos de muita leitura e estudo para que possamos divulgar as ideias de Jesus. Bem preparados, seremos capazes de permitir que Deus fale através de nós, usando-nos como instrumento de divulgação de Sua mensagem.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mateus 10, 16

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 16: Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes, e símplices como as pombas.

Vocabulário:


Prudente: que tem prudência, que não procura o perigo; cauteloso, sensato, ajuizado.

Símplice: o mesmo que simples (que não é sofisticado; modesto, singelo; habitual, comum).

Comentários


Jesus avisa os seus discípulos que eles seriam como ovelhas no meio de lobos, pois seriam constantemente alvo dos fariseus, que perseguiam Jesus de maneira violenta. Os fariseus combatiam Jesus e a sua mensagem. Por isso, iriam perseguir aqueles que compartilhassem de Suas ideias.

Por causa dessa perseguição que aconteceria, Jesus recomenda que seus discípulos sejam cautelosos, que não procurem o perigo. Ele não quis dizer que os apóstolos deveriam ser covardes, mas que não deveriam se portar de maneira imprudente, expondo-se sem necessidade às forças do mal, cujo poder ainda não tinham condições de avaliar e combater. Por isso Jesus pediu que eles fosse prudentes como as serpentes.

Jesus também pede a seus apóstolos que sejam simples como as pombas, ou seja, que ajam de maneira modesta, comum, pois o importante é a mensagem a ser divulgada, e não os mensageiros.

Muitas pessoas, ao se dedicarem à divulgação de uma religião, esquecem-se desse conselho dado por Jesus. Por causa da vaidade, acabam se esquecendo de que são apenas os divulgadores, pois as ideias não foram criadas por elas. Acabam dando a si próprias a importância que não possuem, e não se lembram mais que o autor da mensagem é Jesus.

Como consequência, vemos as pessoas se colocando em pedestais para serem idolatradas, esquecendo-se de que Jesus não possuia nem mesmo uma cadeira para se sentar, quanto mais um trono! Jesus tinha consciência de que a sua importância estava em fazer a vontade de Deus, e tudo o mais era supérfluo.



segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mateus 10, 11-15

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Varsículo 11: E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis.

Versículo 12: E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;


Versículo 13: E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.

Versículo 14: E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.

Versículo 15: Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigos para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.

Comentários


Jesus continua instruindo os apóstolos para irem pregar as boas novas. Ele diz que, ao chegarem em uma cidade, devem procurar uma casa que seja digna da presença deles, e lá devem permanecer até saírem da cidade. O dono da casa deve ser digno, ou seja, ter uma conduta moral adequada.

É muito importante o ambiente onde permanecemos. As energias que aí circulam, que são plasmadas pelas pessoas que frequentam o lugar, podem ter influência no nosso comportamento, devido ao nosso estágio de evolução espiritual. Um ambiente saudável, que emana amos e caridade, nos leva a cultivar o nosso lado bom. Já um ambiente com vibrações negativas acaba por estimular as nossas más tendências.

Jesus também orienta os seus apóstolos a, se não forem bem-vindos a uma cidade, não perderem tempo e se dirigirem a outro local. O mesmo nós devemos fazer. Muitas vezes, devemos ser perseverantes, pois algo que não começou bem só precisa de um pouco de paciência para se modificar. Outras vezes, não há uma maneira daquilo dar certo, e devemos dar o próximo passo.

domingo, 10 de novembro de 2013

Mateus 10, 8-10

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 8: Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai.

Versículo 9: Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos;

Versículo 10: Nem alforjes pelo caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento.

Vocabulário:


Alforje: saco que se leva ao lado, na sela; sacola, saco de viagem.

Túnica: veste geralmente longa, inteiriça e meio justa, com ou sem mangas.

Alparca: sandália.

Bordão: cajado grosso ou vara, por vezes arqueado na parte superior, usado como apoio para tornar mais seguro o andar.

Comentários


Continuando as orientações que estava dando a seus apóstolos, Jesus coloca de maneira clara e cristalina o que esperava que Seus apóstolos fizessem. Logo em seguida, avisa: como eles haviam recebido tudo aquilo de graça, também deveriam compartilhar de graça, isto é, não deveriam cobrar por algo que receberam sem ter que pagar um tostão, pois não pagaram pelos ensinamentos de Jesus nem pelo dom de curar. Os dons que os apóstolos possuiam foram dador por Deus. Portanto, não tinham o direito de cobrar pela cura que poderiam realizar.

Jesus completa o Seu aviso: os apóstolos deveriam evitar qualquer coisa que pudesse alimentar o apego. Não deveriam possuir nada. Durante a viagem, receberiam o que fosse necessário, pois todo trabalhador merece receber pelo trabalho feito.

Nunca devemos cobrar por algo que não fomos nós que fizemos. No exercício da mediunidade, somos apenar um instrumento dos espíritos, que agem através de nós. Como dizia Chico Xavier, somos apenar carteiros entregando as cartas que não foram escritas por nós.

Atualmente, vemos uma infinidade de livros espíritas serem lançados no mercado. Muitos médiuns doam o dinheiro que recebem dos direitos autorais. Seja para uma instituição de caridade ou uma editora, não retêm um centavo da venda de livros, pois sabem que não foram eles que escreveram esses livros.

Outros acabam por serem pegos pela rede da cobiça, e acham vários pretextos para embolsarem a renda dos livros escritos por outras pessoas (embora desencarnadas, continuam sendo os verdadeiros autores da obra).

Também vemos associações religiosas que cobram taxas "simbólicas" de seus frequentadores. É claro que um local precisa de dinheiro para se manter, pois as despesas "da terra", como água, luz, telefone, limpeza, etc existem de fato. Apenas é necessário muito discernimento para saber a diferença entre o necessário e o supérfluo, e não se deixar contaminar pelo "deus dinheiro".

Portanto, assim como Jesus deixou bem claro a seus apóstolos que estava proibido cobrar qualquer coisa, devemos ter isso em mente ao desempenharmos qualquer missão de cunho religioso, pois afinal "de graça recebestes, de graça dai", isto é, recebemos muito pela graça de Deus, e por ela devemos compartilhar um pouco do muito que recebemos.




sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mateus 10, 5-7

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 5: Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Nâo ireis pelos caminhos das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos;

Versículo 6: Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa d'Israel;

Versículo 7: E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.

Vocabulário


Samaritano: indivíduo natural da antiga região de Samaria, que fica no alto de um monte entre a Judéia e a Galiléia. O povo samaritano não se considerava como judeu, e sim descendente dos antigos israelitas que habitavam a província histórica de Samaria. Possuem a sua própria doutrina religiosa, o samaritanismo.

Gentio: qualquer pessoa que não fosse judia.

Comentários


Jesus envia seus discípulos para anunciarem as boas novas. Primeiro, Ele pede que os apóstolos preguem aos israelitas.

O povo hebreu (israelita) vinha sendo preparado há muito tempo para receber a mensagem de Jesus. Ocupavam um lugar especial, pois o conceito de um único Deus era um avanço considerável para aquela época, já que  os demais povos adoravam vários deuses.

Moisés, através dos dez mandamentos, e das outras leis que criou para organizar a vida do povo, traz um considerável avanço moral àquele povo primitivo mas que, em sua história, já tinha aprendido sobre a existência de um único Deus. Por isso, o Espiritismo  considera Moisés  como sendo a primeira revelação.

Com o passar dos anos, o povo hebreu se desviou do caminho traçado por Deus, prendendo-se ao cumprimento estrito das leis e regras, e se esquecendo de que a finalidade delas era facilitar o relacionamento dos homens entre si e com Deus, não ficarem amarrados às infindáveis discussões de como seria a interpretação correta da lei.

Jesus vem trazer a segunda revelação. Ele esclarece como o homem deve agir para estabelecer um vínculo profundo com Deus. Jesus resgata as leis de Deus que foram trazidas à luz através de Moisés, pois estas leis estavam num emaranhado de regras de interpretações duvidosas.

Primeiramente, Jesus se dirige ao povo que já tinha consolidado o conceito de Deus único. Mais tarde, os apóstolos seriam orientados a pregarem também aos outros povos (gentios).

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Mateus 10, 1-4

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 10


Versículo 1: E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.

Versículo 2: Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;

Versículo 3: Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;

Versículo 4: Simão cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.

Comentários


No final do capítulo 9, Mateus narra que Jesus alerta sobre a necessidade de mais pessoas pregarem as boas novas. Assim, Ele reúne os doze apóstolos e transmite a eles o poder sobre os espíritos imundos e para curarem os enfermos.

Estes apóstolos haviam convivido com Jesus, e estavam presentes enquanto Ele ensinava o povo, tanto em locais públicos quanto em sinagogas. Além de terem o devido preparo espiritual para desempenharem o que estava previsto para eles, Jesus os ensinava em particular, não só com palavras, mas com exemplos.

Temos então a lista dos doze apóstolos:
- Simão Pedro e André (são irmãos);
- Tiago e João (filhos de Zebedeu);
- Filipe e Bartolomeu;
- Tomé;
- Mateus (autor deste evangelho; também era chamado de Levi);
- Tiago (filho de Alfeu);
- Lebeu (cujo apelido era Tadeu);
- Simão o cananita e Judas Iscariotes.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Mateus 9, 35-38

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 35: E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.

Versículo 36: E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor.

Versículo 37: Então disse a seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.

Versículo 38: Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.

Vocabulário


Sinagoga: lugar de reuniões ou templo israelita.

Evangelho: boa mensagem; boas novas.

Reino: reino de Deus (era de paz, restauração e redenção universal anunciada pelos profetas de Israel).

Compaixão: sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la.

Errante: que não tem residência fixa; que vive como nômade.

Seara: extensão de terra cultivada.

Ceifeiro: aquele que ceifa (corta o cereal com foice ou instrumento apropriado.

Comentários


Jesus, como membro da comunidade israelita (judia), frequentava as sinagogas, que eram os locais onde o povo se reunia para aprender sobre as leis de Deus. Lá, Ele ensinava uma nova interpretação dessas leis, dava uma nova dimensão ao relacionamento do homem com Deus e com seus semelhantes. Ele não perdia oportunidade de ensinar sobre as boas novas (evangelho).

Ele também ensinava sobre o reino de Deus, ou seja, de como as pessoas deveriam entender Deus. Ao mesmo tempo que ensinava, curava as pessoas. Jesus não ficou só pregando sobre o amor, Ele o colocou em prática.

Ao notar o quanto as pessoas andavam perdidas, carentes de um direcionamento para as suas vidas, ficou com pena delas, e desejou que mais pessoas ensinassem sobre Deus.

Primeiro Jesus comparou essas pessoas perdidas a um rebanho andando sem rumo, sem uma pessoa que as ensinasse sobre o caminho a ser seguido. Depois, as comparou com um imenso campo a ser cultivado, mas com poucos dispostos a trabalharem nesse campo.

Jesus certamente não se referia à quantidade de pessoas que pregavam a palavra de Deus, pois já naquela época elas eram numerosas. Ele se referia à qualidade delas, que continua escassa até os dias de hoje. Poucos pregam o verdadeiro amor a Deus, a tolerância com outas religiões, a justiça e o perdão.

Devemos, pois, continuar pedindo que Deus nos envie pessoas que mostrem, com palavras e sobretudo com ações, o real significado do amor segundo os ensinamentos de Jesus.


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mateus 9, 32-34

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 32: E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado.

Versículo 33: E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel.

Versículo 34: Mas os fariseus diziam: Ele expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios.

Comentários


Foi levado até Jesus um homem endemoninhado, isto é, vítima de obsessão. Por causa da ação do espírito obsessor, o homem não conseguia falar. Jesus expulsou o demônio, ou seja, afastou o espírito obsessor. A partir daí, o homem voltou a falar.

A multidão que cercava Jesus ficou maravilhada. Qual o motivo de tanto espanto? O fato de Jesus expulsar o demônio ou ter feito um mudo falar? Nâo sabemos, pois o relato de Mateus não traz mais detalhes.

Os fariseus, que constituíam um grupo de hebreus (judeus) que davam imenso valor ao cumprimento das leis de Moisés, ao invés de ficarem felizes poque um homem foi libertado de algo que o atormentava, ficaram dizendo que Jesus havia expulsado o demônio porque era um enviado de Satanás.

Durante todo o Evangelho, encontraremos relatos da perseguição que os fariseus faziam a Jesus. Nada do que Jesus fizesse estava bom, sempre havia alguma coisa a ser criticada. Não faltavam provas do caráter divino de Jesus, mas os fariseus só buscavam motivos para O acusarem de não cumprimento das leis de Moisés.

Todo o bem que Jesus fez às pessoas foi ignorado pelos fariseus. Eles não aceitavam a figura meiga de Jesus como aquele Messias que chefiaria um exército para finalmente libertar Israel do jugo do inimigo. Na verdade, Jesus veio para libertar as almas das pessoas, não para liderar uma rebelião do povo. Sua revolução era bem mais profunda e radical, pois desejava transmitir uma nova visão de Deus para as pessoas.

Assim, muitos de nós podemos estar equivocados com a missão das religiões. Elas vieram como uma ferramenta para ajudar o ser humano a se conectar a Deus, não como um manual de instruções contendo regras a serem cumpridas.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Mateus 9:27-31

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 27: E, partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando e dizendo: Tem compaixão de nós, filho de Davi!

Versículo 28: E, quando chegou à casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus disse-lhes: Crede vós que eu possa fazer isto? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor.

Versículo 29: Tocou então os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.

Versículo 30: E os olhos se lhes abriram. E Jesus ameaçou-os, dizendo: Olhai que ninguém o saiba.

Versículo 31: Mas, tendo ele saído, divulgaram a sua fama por toda aquela terra.

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Os cegos pedem a Jesus para serem curados. Pela primeira vez Mateus, o autor deste Evangelho, usa a expressão "filho de Davi". Segundo a tradição hebraica, o Messias esperado seria um descendente de Davi. Assim, Mateus reforça a ideia de que Jesus era o Messias prometido.

Aparentemente Jesus não deu ouvidos aos cegos, e continuou o seu caminho. Quando os cegos se aproximaram novamente de Jesus, este pergunta se eles realmente acreditavam que poderiam ser curados. Jesus estava testando a fé deles. De acordo com a fé que eles tinham, conseguiram obter a cura.

Jesus pede aos que foram curados que não contem o que aconteceu. Isso talvez de deva ao fato de que Ele queria evitar ser conhecido apenas como um produtor de milagres, pois Sua missão era principalmente de curar as almas em sofrimento, não apenas os corpos.

Em nossas vidas, precisamos compreender que muita coisa vai acontecer de acordo com a nossa fé. Não só no sentido de permitir que milagres aconteçam, mas para abrir os nossos olhos para os pequenos milagres que ocorrem todos os dias, mas para os quais nós não damos a mínima importância, tais como o sorriso de uma criança ou uma flor se abrindo.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mateus 9:18-26

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 18: Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá.

Versículo 19: E Jesus, levantando-se, seguiu-o ele e seus discípulos.

Versículo 20: E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla do seu vestido;

Versículo 21: Porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar o seu vestido, ficarei sã.

Versículo 22: E Jesus, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.

Versículo 23: E Jesus, chegando à casa daquele chefe, e vendo os instrumentistas, e o povo em alvoroço,

Versículo 24: Disse-lhes: Retirai-vos, que a menina não está morta, mas dorme. E riram-se dele.

Versículo 25: E, logo que o povo foi posto fora, entrou Jesus, e pegou-lhe na mão, e a menina levantou-se.

Versículo 26: E espalhou-se aquela notícia por todo aquele país.

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Segundo o relato de Marcos e Lucas, em seus Evangelhos, o chefe que pediu ajuda a Jesus era Jairo, chefe da sinagoga. Nem por um instante ele duvidou que Jesus tivesse o poder de ajudar sua filha.

Jesus também não perdeu tempo fazendo perguntas àquele pai aflito. Simplesmente se levantou e foi até o local onde a menina estava.

No caminho, encontrou uma mulher que tinha um fluxo sanguíneo (proveniente do útero) há doze anos. Por causa disso, segundo a tradição hebraica, era considerada impura. Essa mulher se aproximou de Jesus e o tocou, pois acreditou que apenas isso seria suficiente para ser curada.

Jesus diz que a fé dessa mulher é que fez com que ela fosse curada. Nas outras vezes em que Jesus curou, Ele sempre falava: Vá e não peques mais. Desta vez, Ele apenas falou: a tua fé te salvou. Neste exato momento, a mulher foi curada. Ela não tinha a menor dúvida de que isso aconteceria, pois tinha fé. Por causa disso, a cura aconteceu.

Continuando Seu caminho, Jesus chega na casa onde se encontra a filha de Jairo, e diz que ela não está morta, está apenas dormindo. Naquela época, os sinais da morte não eram bem conhecidos. Assim, não seria impossível terem achado que a menina estava de fato morta. Mas Jesus, com sua visão espiritual desenvolvida no mais alto grau, pode observar que os laços que unem o corpo ao espírito não haviam se rompido. Assim, conseguiu fazer com que a menina se restabelecesse.

Jesus, embora tivesse poderes por nós desconhecidos, provavelmente não contrariaria a lei de Deus. Se a menina de fato tivesse morrido, provavelmente não a teria trazido à vida novamente. Mas isso é apenas uma conjectura, pois estamos muito longe de entender as leis de Deus e o potencial de Jesus.

Mais uma vez Jesus demonstra Seu profundo amor às pessoas. Ajuda sem muitas perguntas, movido pelo seu profundo amor. Ele ajuda porque essa é a Sua natureza, não porque as pessoas mereçam ou deixem de merecer. Por causa de Seu profundo amor, sempre que houver necessidade podemos pedir ajuda a Ele. Ele vai nos ajudar sem se importar se merecemos ou não a ajuda, pois essa é a Sua natureza.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Mateus 9, 16-17

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 16: Ninguém deita remendo de pano novo em vestido velho, porque semelhante remendo rompe o vestido, e faz-se maior a rotura.

Varsículo 17: Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.

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Jesus trazia uma nova mensagem, que não poderia ser adaptada à antiga religião hebraica, devido ao apego excessivo aos costumes, tradições e cumprimento da lei por parte de seus praticantes e sacerdotes. Por isso, Ele diz que não se pode colocar um remendo feito com um pano novo num vestido já velho, pois o vestido velho (a tradição judaica) correria o risco de se romper ao tentar absorver as novas leis que Jesus trazia.

Da mesma forma, não se poderia colocar um vinho novo em odres (bolsas feitas com couro de cabra) velhos. Isso porque o vinho novo, ao fermentar, acaba por se expandir. Caso seja colocado em um odre velho, que já não consegue mais se dilatar, acaba por romper o odre. Jesus trouxe uma nova forma de o homem se relacionar com Deus, e isso não cabia na tradição judaica, das antigas leis de Moisés.

Jeus pôde ampliar este relacionamento porque o ser humano havia evoluído, quanto ao aspecto moral, bastante desde a época de Moisés. A humanidade estava apta a dar um passo à frente em direção à sua compreensão de Deus.

O Espiritismo também agraga um novo conceito no relacionamento do homem com Deus. Ele retira o conceito do pecado, e coloca o conceito de causa e efeito. Com isso, deixamos de pensar que não devemos fazer determinadas coisas somente porque é pecado. Começamos a entender que devemos deixar de fazer certas coisas por causa das consequências que virão tanto para nós mesmos como para as pessoas que estão à nossa volta.

Temos uma nova roupagem para abrigar novos conceitos. Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, sabia muito bem disso. Em seus escritos, deixou claro que o Espiritismo iria evoluir com o passar do tempo. Nossa compreensão de magnitude de Jesus está muito longe da realidade, mas hoje ela é maior do que há cem anos. O progresso deve sempre agregar novos valores, mas sempre tendo por base o entendimento que as leis de Deus são imutáveis, o que muda é o nosso entendimento sobre elas.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Mateus 9, 14-15

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 14: Então chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam?

Versículo 15: E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, pois, virão em que lhes será tirado e esposo e então jejuarão.

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Os discípulos de João, embora estivessem um passo à frente dos fariseus, ainda estavam presos às leis de Moisés. Ainda acreditavam que precisavam cumprir rigorosamente estas leis. Ainda não haviam compreendido que Jesus era o Messias prometido pelo Antigo Testamento.

Jesus veio para reformar as leis de Moisés, pois o nível de compreensão era diferente naquele momento, tendo evoluído muito em termos de compreensão de Deus. Em nenhum momento Jesus quis modificar as leis de Deus, recebidas por Moisés na forma do decálogo (os dez mandamentos). Jesus apenas deu uma melhor intrepretação às leis que Moisés deixou para direcionar o povo hebreu no entendimento de Deus.

Como o Messias prometido estava presente naquele momento, não havia motivo para os discípulos estarem tristes. Jesus tinha vindo para falar de uma vida plena em Deus, repleta de alegria por fazer a vontade do Pai. Por isso os seus discípulos não jejuavam, pois estavam em pleno banquete espiritual com Ele.

Quanto à questão do jejum, Jesus em diversos momentos deixa claro que prefere que usemos de misericórdia para com o próximo e para conosco mesmos. Isso não quer dizer que estamos liberedos para comer até passarmos mal. Bom senso e moderação devem fazer parte da vida de qualquer cristão. Mas é preferível o jejum de palavras, onde vamos abrir mão de comentar os erros do próximo.

Fazemos uma ressalva: por uma questão de bom senso, devemos evitar nos alimentar em excesso ou com alimentos de difícil digestão (carne, por exemplo) antes de irmos ao Centro. Isso porque todo o nosso organismo, caso cometamos excesso na alimentação, vai estar voltado para a digestão, fazendo com que o fluxo de sangue para o cérebro seja diminuído. Podemos não aproveitar tudo de bom que o Centro pode oferecer porque o nosso cérebro não está recebendo a quantidade adequada de sangue que ele precisa.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mateus 9:9-13

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 9: E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.

Versículo 10: E aconteceu que, estando ele sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos.

Versículo 11: E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?

Versículo 12: Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médicos os sãos, mas sim os doentes.

Versículo 13: Ide, porém, e aprendei o que significa: Miséricórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

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Jesus estava passando perto da alfândega quando viu Mateus (também chamado Levi, que é o autor deste Evangelho) e o chamou.

Vamos entender melhor o cenário: a alfândega era o local onde os romanos, que dominavam os hebreus (Roma tinha invadido Israel nesta época, e dominava o local), cobravam os impostos dos comerciantes e dos cidadãos. Mateus era um hebreu que era contratado pelos romanos (que eram os dominadores, os opressores) para cobrar impostos de seus compatriotas.

Os publicanos, que eram como esses cobradores de impostos eram chamados, não poderiam ser bem vistos pelos hebreus, pois eram traidores de seu povo, trabalhando para o inimigo. Além de traidores, eram conhecidos por cobrarem além da taxa estipulada, apropriando-se da diferença.

Mateus, sendo um hebreu coletor de impostos, era desprezado pelos fariseus, que se julgavam superiores aos demais por terem um conhecimento muito grande das leis de Moisés, que regiam a vida deste povo.

Os fariseus não aceitavam Jesus como o Messias prometido e o desprezavam também, não perdendo ocasião de tentar mostrar que Jesus estava errado. Assim, aproveitaram-se do fato de Jesus ter convidado um  publicano para ser seu discípulo, e O criticaram ainda mais.

Tudo isso ficou ainda pior quendo Jesus foi até a casa de Mateus e, junto a outras pessoas não consideradas dignas pelos fariseus, compartilhou uma refeição com todos.

Como os fariseus não tinham coragem de enfrentar Jesus diretamente, perguntaram aos discípulos dele o motivo de se misturarem com tantos pecadores. Jesus ouviu isso e disse que quem mais precisava ouvir sobre Deus eram essas pessoas, pecadoras.

No versículo 13, Jesus cita as antigas escrituras: no livro de Oséias (capítulo 6, versículo 6), há uma citação de que Deus nos pede misericórdia, e não o cumprimento mecânico das leis , que é o que os fariseus faziam.

Assim, temos um relato humilde de Mateus de como foi chamado por Jesus para se tornar o Seu discípulo e, mais tarde, o autor do relato da vida de Jesus.

Jesus nos deixa a mensagem de que veio ao mundo para salvar a vida de pessoas que estão cometendo erros, não daquelas que se julgam perfeitas. Assim, Sua mensagem se destina a nós, que estamos procurando encontrar um caminho que permita a presença de Deus em nossas vidas, nos transformando.

Assim como um cobrador de imposto, ao ser chamado, deixou tudo o que estava fazendo para seguir Jesus, ao ouvirmos o chamado de Deus em nossas vidas devemos abandonar tudo, sem olhar para trás. Não podemos servir a Deus e ao mundo. Devemos fazer nossa escolha.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Mateus 9:1-8

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 9


Versículo 1: E, entrando no barco, passou para a outra banda, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado numa cama.

Versículo 2: E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados.

Versículo 3: E eis que alguns dos escribas diziam entre si: Ele blasfema.

Versículo 4: Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações?

Versículo 5: Pois qual é mais fácil? dizer: Perdoados te são os teus pecados: ou dizer: Levanta-se e anda?

Versículo 6: Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te; toma a tua cama, e vai para tua casa.

Versículo 7: E, levantando-se, foi para casa.

Versículo 8: E a multidão, vendo isto, maravilhou-se, e glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens.

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Jesus retornava a Cafarnaum, uma cidade que ficava próxima ao mar da Galiléia.

Ao encontrar com um doente (o paralítico desta história), Jesus fala do motivo de seu sofrimento: seus pecados, ou seja, seus erros cometidos.

Jesus deixa claro que tem o poder de perdoar qualquer pecado, e que esse poder foi dado por Deus. Ele pode dizer: Tudo bem, você errou, mas Eu posso perdoar isso; daqui para a frente, não se engane mais.

Os escribas eram as pessoas encarregadas de ensinar as leis de Moisés ao povo. Zelosos ao extremo no cumprimento da lei, não entendiam que estavam diante de alguém que fugia da capacidade de sua compreensão, pois era muito maior do que a lei que eles ensinavam: Jesus. Não podiam admitir que alguém tivesse o poder de perdoar os pecados, mas Jesus tinha de fato e de direito esse poder.

As pessoas que estavam ao redor, observando a cena, ficaram admiradas por Deus ter dado um poder tão grande a alguém, pois Jesus tinha feito com que um paralítico andasse. No entanto, elas não faziam a menor ideia do quanto Jesus era especial. Se fizessem, não teriam se espantado.

Nossas doenças podem ter a sua origem nos enganos que cometemos. Jesus pode nos perdoar e nos curar. Entretanto, pode acontecer que haja a necessidade de não sermos curados. Talvez porque ainda temos algo a aprender com a doença, talvez ainda não tenhamos feito algo para merecer a cura. Só Deus sabe o real motivo para que isso aconteça. Isso explica o motivo de uma pessoa conseguir se curar e outra não. Isso não quer dizer que a que se curou seja melhor do que a outra que continua doente. Só significa que Deus tem planos diferentes para cada um.

domingo, 13 de outubro de 2013

Mateus 8:28-34

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 8

Versículo 28: E, tendo chegado à outra banda, à província dos gergesenos, saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho.

Versículo 29: E eis que clamaram, dizendo: Que temos nós contigo, Jesus Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?

Versículo 30: E andava pastando distante deles uma manada de muitos porcos.

Versículo 31: E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos.

Versículo 32: E ele lhes disse: Ide. E, saindo eles, se introduziram na manada dos porcos; e eis que toda aquela manada de porcos se precipitou no mar por um despenhadeiro, e morreram nas águas.

Versículo 33: Os porqueiros fugiram e, chegando à cidade, divulgaram tudo o que acontecera aos endemoninhados.

Versículo 34: E eis que toda aquela cidade saiu ao encontro de Jesus, e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse dos seus termos.

Gergesenos: o mesmo que gadarenos.
Gadarenos: habitantes de Gadara, uma cidade a sudoeste do mar da Galiléia, habitada por gentios (não hebreus).

No versículo 28, Mateus nos conta que, próximo ao local por onde Jesus passava, haviam endemoninhados que moravam no cemitério. Segundo a cultura do povo hebreu (judeu), havia pelo menos três motivos para que eles considerassem aqueles endemoninhados impuros:
- não eram judeus;
- eram endemoninhados, ou sejam, estavam possuídos por espíritos malignos;
- moravam num cemitério (todo aquele que tivesse qualquer contato com um morto era considerado impuro).
Mesmo assim, Jesus não desviou o seu caminho para passar longe deles. Todos os habitantes da cidade evitavam esse local, mas Jesus viu uma oportunidade de ajudar ao próximo.

No versículo 29, os "demônios" (espíritos obsessores) reconhecem a natureza espiritual de Jesus, saudando-o como o Filho de Deus. Isto é muito interessante, pois nem mesmo os discípulos de Jesus pareciam entender a grandeza da missão dele.

Os espíritos obsessores, talvez devido a sua profunda ligação com a matéria e seu desejo de destruição, pedem que, ao serem retirados do contato com aqueles homens obsediados, fosse permitido que se ligassem aos porcos que estavam lá por perto. Ao sentirem a energia que emanava daqueles espíritos, os porcos saíram correndo sem controle, e acabaram por se precipitarem em um precipício.

Como os porcos são considerados animais impuros pelos hebreus, sabemos que eles só poderiam pertencer aos habitantes daquela cidade, pois nenhum hebreu criaria porcos. Ao constatarem que seus porcos tinham morrido, estes habitantes pedem que Jesus se afaste da cidade. Por causa de alguns porcos, eles perderam a oportunidade de terem contato com um homem que viria modificar o mundo! Será que nós, frente aos chamados da vida material, também não acabamos por afastar a presença de Jesus de nossas vidas?

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mateus 8:23-27

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 8

Versículo 23: E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram;

Versículo 24: E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.

Versículo 25: E os seus discípulos, aproximando-se o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos, que perecemos.

Versículo 26: E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeus os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.

Versículo 27: E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?

O mar da Galiléia tem 21 km de comprimento e 11 km de largura, e sua profundidade é de 50 metros. Subitamente pode ser assolado por tempestades, que criam ondes de até 6 metros de altura.

Os discípulos de Jesus eram pescadores, portanto conheciam bem o mar. Quanto entraram no barco, o mar estava calmo. Então, subitamente, formou-se a tempestade. Eles se apavoraram, porque o barco poderia virar a qualquer momento.

Durante a tempestade, Jesus dormia calmamente no barco. Ele fazia isso porque confiava inteiramente em Deus. Sabia que nada de mal aconteceria, pois não eram esses os planos de Deus para Ele.

Os discípulos acordaram Jesus e pediram socorro, pois acreditavam estar em grande perigo. Jesus simplesmente repreende a tempestade e tudo se acalma. Como Ele fez isso? Como era profundo conhecedor das leis da Natureza, pois havia participado e comandado a formação do planeta Terra, isso não era difícil de se fazer.

Os discípulos se espantam com a autoridade de Jesus sobre a tempestade. Não faziam idéia da grandeza espiritual de Jesus. Demonstram isso em outros relatos do Novo Testamento. Até hoje nós também não compreendemos a grandeza de Jesus e a Sua mensagem.

Prova desse nosso desconhecimento é como nos portamos diante das "tempestades" que chegam nas nossas vidas. Ao invés de nos aquietarmos e confiarmos em Deus, saímos gritando por socorro, feito crianças assustadas.

Fica a pergunta de Jesus: Por que temeis, homens (e mulheres) de pouca fé?

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mateus 8:18-22

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 8

Versículo 18: E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para a banda d'além;

Versículo 19: E, aproximando-se dele um escriba, disse: Mestre, aonde quer que fores eu te seguirei.

Versículo 20: E disse Jesus: As raposas têm covis e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

Versículo 21: E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permita-me que primeiramente vá sepultar meu pai.

Versículo 22: Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa aos mortos sepultar os seus mortos.

Um escriba era a pessoa responsável por ensinar as leis de Moisés ao povo hebreu, o que dava a ele grande prestígio e poder. Jesus pergunta se o escriba estava consciente do que estava dizendo, se sabia que estava abrindo mão de sua posição para seguir Jesus, que nem ao menos tinha um lugar fixo para morar.

Ao optar por seguir Jesus, o escriba também seria alvo da perseguição dos hebreus, que não aceitavam Jesus como o Messias prometido e O perseguiam violentamente.

Quando nós optamos por seguir Jesus, também temos um preço a pagar, seja abrindo mão de nosso comodismo, seja deixando de lado muitos aspectos da vida material. Mas a recompensa é grande: a vida em plenitude, frutífera e abundante.

Quando Jesus diz a seu discípulo para não enterrar seu pai, mas para deixar os mortos sepultarem os seus mortos, Ele quis dizer que devemos deixar as pessoas que estão mortas para a vida espiritual cuidarem dos assuntos que não dizem respeito à vida espiritual. Com toda a bondade que O caracterizava, Jesus jamais faltaria com a caridade de deixar um filho participar do sepultamento de seu pai. Ele aproveitou a ocasião para dar um exemplo do que devemos valorizar, que é a vida espiritual acima de tudo, sem nos prendermos a detalhes da matéria que, se não formos cuidadosos, acabarão por absorver as 24 horas do nosso dia.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Masteus 8:14-17

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 8

Versículo 14: E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste jazendo com febre.

Versículo 15: E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.

Versículo 16: E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos;

Versículo 17: Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.

Isaías capítulo 53, versículo 4: Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

Jesus curou a sogra de Pedro. Assim que isso aconteceu, ela imediatamente começou a servir a Jesus e aos apóstolos. Ela não perdeu tempo lamentando o tempo que esteve doente, nem perguntando o motivo de sua doença. Assim que se viu em condições, partiu para o trabalho.

Como nós agimos diante de uma doença? E como agimos depois que saramos? A cura, não importa como aconteça, sempre vem de Deus, pois nada acontece sem que Ele permita. Como reagimos ao sermos curados? Fazemos de conta que nada aconteceu e continuamos com nossa vida? Ou, em agradecimento a Deus, retribuímos um pouco do muito que recebemos? Como reconhecemos e agradecemos a bondade de Deus pode fazer muita diferença para nós.

No Evangelho, reconhece-se que algumas pessoas possam estar sob a influência de maus espíritos, pessoas denominadas "endemoninhadas", ou obsediadas, segundo a denominação espírita. Jesus não usa nenhuma fórmula mágica ou nenhum ritual para livrar as pessoas de uma terrível obsessão. Ele se vale de Sua autoridade moral.

Mateus, em todo o seu relato no Evangelho, quer provar que Jesus era o Messias prometido ao povo hebreu. Neste trecho, cita o profeta Isaías para comprovar a identidade de Jesus. Por isso, para melhor entendermos o relato de Mateus, faz-se necessária a leitura do Antigo Testamento, pois só assim entenderemos quem era o Messias prometido, e o motivo pelo qual o povo hebreu rejeitou Jesus.

Mateus 8:5-13

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 8

Versículo 5: E, entrando Jesus em Capernaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe,

Versículo 6: E dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, e violentamente atormentado.

Versículo 7: E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde.

Versículo 8: E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará;

Versículo 9: Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz.

Versículo 10: E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.

Versículo 11: Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentas-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus;

Versículo 12: E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores: alí haverá pranto e ranger de dentes.

Versículo 13: Então disse Jesus ao centurião: Vai e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou.

Capernaum: outra tradução para o nome da cidade de Cafarnaum, que ficava próxima ao mar da Galiléia.

Centurião: oficial de carreira do exército romano. Era responsável pelo comando de cem soldados.

No início deste trecho, Jesus está voltando do monte onde proferiu o famoso "Sermão da Montanha", ou seja, um sermão (pregação) que foi proferido numa montanha (monte) que ficava próxima a Capernaum.

Neste trecho, Mateus conta o encontro de Jesus, um hebreu, com um centurião romano. Roma havia invadido e dominado Israel, país onde Jesus vivia. A ocupação através do exército romano sempre foi permeada de conflitos, pois nenhum povo aceita de bom grado ver o seu país ser invadido e comandado por povos estrangeiros.

Somente o fato de o centurião ter pedido ajuda a um hebreu já seria digno de ser notado. Mas o centurião romano, um chefe de exército que tinha muito poder, não pediu ajuda para si mesmo: pediu que Jesus ajudasse um criado (empregado) que estava sofrendo muito, o que mostra a humildade do centurião.

Quando Jesus se propõe a ir até a casa do centurião para ajudar, o centurião diz que não era digno de receber Jesus em sua casa. Ele reconhecia a grandeza e a autoridade moral de Jesus. Por isso, disse que bastava uma palavra de Jesus para que seu empregado fosse curado.

Quando Jesus diz que muitos virão do oriente e do ocidente e se sentarão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó (homens que deram origem ao povo hebreu), Ele diz que os povos gentios (não hebreus) estão sendo chamados para também serem acolhidos por Deus. Jesus disse isso porque os hebreus acreditavam ser o povo escolhido por Deus, e os únicos dignos de serem ajudados por Deus. Jesus mostra que sua mensagem se destina a todos os povos.

Quando Jesus fala que os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes, Ele está dizendo que os filhos do reino (os hebreus) não estavam com a conquista do reino espiritual de Deus garantida apenas por serem hebreus. Nesta época, o povo hebreu havia se perdido em discussões teóricas inúteis sobre as leis de Moisés, e haviam se esquecido de as praticas. Só o fato de serem hebreus não era garantia de salvação.

Ao concluir o relato, Mateus disse que na mesma hora em que Jesus falou, o empregado foi curado. Jesus tinha dito que o que aconteceria seria de acordo com a crença do centurião. Muitas vezes Deus diz o mesmo para nós: de acordo com a nossa fé, as coisas acontecem em nossas vidas. Vamos seguir o exemplo desse oficial romano, que não teve a menor dúvida que Jesus poderia  curar. Assim, daremos espaço para que Jesus opere verdadeiros milagres em nossas vidas.


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Mateus 8:1-4

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 8

Versículo 1: E descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão.

Versículo 2: E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.

Versículo 3: E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: Quero: sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.

Versículo 4: Disse-lhe então Jesus: Olha não o digas a ninguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.

Temos, no livro "Levítico", do Antigo Testamento, todo um capítulo (o de número 14) que é dedicado a descrever o que uma pessoa deveria fazer depois que fosse considerada curada da lepra. Aliás, os 27 capítulos deste livro são dedicados às leis que regiam a vida dos judeus.

Jesus, ao curar o leproso, pede que este vá até o sacerdote e cumpra o que a lei determina. Também pede que o doente mantenha a sua cura em segredo. Para Jesus, era muito mais importante aliviar as dores de uma pessoa do que fazer propaganda do seu poder de cura.

Hoje em dia, o que acontece é muito diferente. As pessoas querem fazer o bem para mostrarem o quanto são bons, não porque queiram aliviar o sogrimento dos outros.

Jesus recomenda o cumprimento das leis dadas por Moisés. Assim, fica a lembrança, para nós, de que devemos cumprir as leis existentes, pois o fato de vivermos nesse mundo nos traz essa obrigação.

domingo, 22 de setembro de 2013

Mateus 7:24-29

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 7

Versículo 24: Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.

Versículo 25: E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.

Versículo 26: E aquele que ouve estas minhas palavras, e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.

Versículo 27: E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

Versículo 28: E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina;

Versículo 29: Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.

Escribas: doutores que ensinavam a lei de Moisés e as interpretavam para o povo.

Neste trecho, temos algumas ideias muito importantes. Vamos vê-las.

"Todo aquele, pois, que escuta estas minhas leis e as pratica": Jesus estava concluindo os ensinamentos para aquele público. Estava terminando o famoso "Sermão do Monte", que tem seu início no capítulo 5 deste Evangelho e se estende até o fim do capítulo 7. Para fechar os ensinamentos, Jesus nos diz que precisamos por em prática tudo o que Ele havia ensinado.

Para sermos cristãos, ou seja, seguidores de Jesus, não basta termos conhecimento das mensagem que Ele nos trouxe. Este conhecimento é necessário, pois ninguém consegue cumprir leis que não conhece. O conhecimento é necessário, mas mais importante é colocarmos este conhecimento em prática.

As leis de Jesus são (ou deveriam ser) as mesmas em todas as religiões que se dizem "cristãs". O que é diferente nas diferentes religiões é a interpretação dada a estas leis. Jesus diz que aquele que  ouve Seus ensinamentos é semelhante a um homem prudente que constrói sua casa sobre a rocha. Que casa é essa? É a nossa própria vida. E que rocha é essa? Os ensinamentos de Jesus. Portanto, quem constrói a sua vida tendo como base os ensinamentos de Jesus é uma pessoa prudente. Quando vierem as tempestades que a vida nos traz, permaneceremos firmes, pois o nosso alicerce é sólido.

Assim, podemos ser (e seremos) assolados por inúmeras situações que, num primeiro momento, nos trarão um sentimento de desespero e angústia. Porém, se o nosso alicerce for o conjunto de ensinamentos deixados por Jesus, além de sobrevivermos a todas essas provações, sairemos delas mais fortalecidos.

Entretanto, aquele que ouve as palavras de Jesus e não as pratica, é semelhante a um homem que construiu sua casa na areia Muitas vezes, ouvimos um ensinamento e achamos muito bonito. Ao percebermos que, para o colocar em prática, teremos muito trabalho, acabamos por desistir. Não estamos nesta vida a passeio. Viemos em busca de nosso progresso moral, tentando dar um passo a frente em direção à nossa evolução espiritual. Então, vamos ter muito trabalho para corrigirmos nossas imperfeições morais, mas é para isso que estamos aqui.

Além disso, a vida é cheia de surpresas, e nem todas são agradáveis. Se não tivermos uma base forte, um alicerce profundo nos ensinamentos de Jesus, cairemos diante do primeiro problema mais sério enfrentado.

No final do Sermão, a multidão ficou admirada por ouvir Jesus, não pelo que Ele falou, mas pela maneira como Ele falou, com profunda autoridade. De onde vinha essa autoridade? Do fato de que Ele, mais do que pregar, praticasse tudo aquilo que pregava. Essa é a única autoridade que um orador precisa ter: fazer o que fala. Não adianta ter lido todos os livros básicos e estudar a Doutrina Espírita por horas a fio. Se não colocar em prática o que sabe, ensinando principalmente através do exemplo, suas palavras serão vazias. O orador precisa dar testemunho daquilo que diz.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mateus 7:21-23

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 7

Versículo 21: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

Versículo 22: Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?

Versículo 23: E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: aparta-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

Profeta: aquele que é enviado por Deus para instruir os homens sobre as leis divinas.

Iniquidade: caráter daquilo ou daquele que é iníquo (mau, perverso, malévolo).

"O Evangelho segundo o Espiritismo": capítulo 18, itens 6 e 8.

Temos, ainda, muitas pessoas que acreditam que, por passarem muito tempo orando, ou estudando as leis de Deus, são candidatas à santidade. No entanto, o que Jesus nos pede é outra coisa: ação!

Se sabemos pouco ou muito das leis de Deus, isso não é o mais importante. Jesus já disse que amar a Deus sobre sodas as coisas e ao próximo como a si mesmo resumia todas as leis e todos os profetas.

Não é por isso que estamos desobrigados de um estudo sério e metódico das leis divinas, pois precisamos conhecer o que Deus espera de nós para fazermos a vontade Dele. Mas, sabendo pouco ou muito, precisamos por em prática o que sabemos. E a prática é para ser realizada em todos os atos de nossa vida, não só nos templos religiosos.

Não adianta saber muito e fazer pouco. Temos que dar, em cada minuto de nossas vidas, testemunho do que acreditamos.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Mateus 7:15-20

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 7

Versículo 15: Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobo devoradores.

Versículo 16: Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?

Versículo 17: Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz maus frutos.

Versículo 18: Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.

Versículo 19: Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.

Versículo 20: Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Abrolhos: ervas com espinhos.

"O Evangelho segundo o Espiritismo": capítulo 21.

Na época de Jesus, a palavra "profeta" tinha um significado diferente do que tem hoje. Significava aquele que era enviado por Deus para instruir os homens sobre as leis divinas. Temos vários exemplos de profetas no Antigo Testamento: Jeremias, Isaías, Daniel, etc.

Hoje, o sentido da palavra é mais para aqueles que possuem a capacidade de prever o futuro. Muitos profetas tinham essa capacidade, mas nem todos os que a possuem são profetas, ou seja, nem todos falam em nome de Deus.

Com a ampliação dos meios de comunicação, temos contato com inúmeras pessoas que se dizem profetas. Geralmente eles falam que ouviram a voz de Deus, que lhes contou segredos que outras pessoas não têm conhecimento.

Como saber se uma pessoa é um verdadeiro profeta, se fala realmente em nome de Deus? Quer dizer, como saber se esta pessoa está falando como mensageiro de Deus, ao invés de falar exaustivamente apenas no nome de Deus? Um verdadeiro profeta, um enviado de Deus, não sai proclamando aos quatro ventos que é enviado de Deus. Acima de tudo, podemos reconhecê-lo por seus frutos, ou seja, as consequências de suas ações e palavras. Para esta análise, devemos observar ao longo do tempo, não chegando a uma conclusão com apenas alguns minutos de observação.

Na natureza, quando o fruto apenas começa a nascer não temos ideia da qualidade dele. Precisamos deixar o tempo passar para chegarmos a uma conclusão. O mesmo ocorre com as pessoas: precisamos de tempo para as conhecer.

Mais do que as palavras, devemos observar as ações. Não esperamos encontrar seres angelicais em nosso convívio, mas pelo menos as pessoas devem se mostrar inclinadas ao esforço de se melhorarem, sendo hoje melhores do que foram ontem.

Assim, aquele que se dispõe a falar em nome de Deus deve ser observado atentamente, para que não sejamos enganados por pessoas com um discurso muito bonito, mas muito distante dos ensinamentos de Jesus e, pior que isso, com atitudes indignas de um verdadeiro cristão.

Mateus 7:13-14

Evangelho segundo Mateus


Capítulo 7

Versículo 13: Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

Versículo 14: E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

"O Evangelho segundo o Espiritismo": capítulo 18, itens 3 e 5.

Por que a porta que leva à salvação é estreita? Porque, para a transpor, precisamos vencer nossas más tendências. Isso exige esforço e dedicação. Toda mudança exige isso.

Quem tem o firme propósito de se melhorar deve, todos os dias, travar uma batalha com o seu pior inimigo: ele próprio. O inimigo não está à nossa volta, está dentro de nós mesmos. Nossos defeitos, nossa tendência a repetir sempre os mesmos erros, nossa dificuldade em promover modificações em nós mesmos, e não nos outros, junto com a visão equivocada da vida que temos são os nossos piores inimigos, pois nos impedem de romper com as correntes que nos prendem à ignorância e ao erro.

"Entrar pela porta" significa escolher um caminho. Escolher o caminho do bem dá trabalho. Todos os dias, a todo momento, temos que escolher entre o mal e o bem.  Escolher o caminho do mal é muito mais fácil, pois tudo o que precisamos fazer é não fazer nada, ou seja, continuar a fazer o que estamos fazendo durante a vida inteira, sem nenhuma modificação, sem nenhum crescimento.

Existe um problema em continuarmos na mesma, sem mudanças: os resultados são sempre o que estamos cansados de obter. Não ficamos satisfeitos com isso, pois a centelha de Deus que habita em nós faz com que queiramos crescer para cumprirmos a finalidade para a qual Deus nos criou.

A preguiça em procurar mudanças em nossas vidas nos leva à estagnação, e isso é a morte em vida. A vida é luz, renovação, procura constante em fazer cada vez mais e melhor, em seguir o nosso destino. Portanto, muito cuidado com as escolhas da nossa vida. A opção pela lei do menor esforço dificilmente nos trará felicidade. Ao contrário, o caminho mais difícil, o da renovação em nosso interior, nos traz uma sensação de paz, de dever cumprido, que nenhum dinheiro no mundo pode comprar.


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Mateus 7:12

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 7

Versículo 12: Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.

Moisés escreveu os cinco primeiros livros que encontramos no Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. No primeiro deles (Gênesis), encontramos a versão que o povo hebreu tem da criação do mundo, e como este povo foi escolhido por Deus para O representar na terra.

O povo hebreu era um povo diferente dos demais, pois acreditava num único deus. Os outros povos tinham vários deuses aos quais prestavam culto.

Moisés foi um grande legislador. Para conseguir manter o povo hebreu unido e com uma identidade única, criou várias leis que organizavam a vida diária. Além dessas leis, temos outras dez que regulamentam a relação do homem com Deus (os dez mandamentos). As leis comuns eram numerosas, pois abrangiam muitos aspectos do cotidiano, tendo como diretriz o fato de que este povo foi escolhido por Deus e que a religião deveria ocupavar um papel fundamental na vida de todo cidadão.

Na época de Jesus, dois grupos se distinguiam entre o povo hebreu: os saduceus, que não acreditavam na imortalidade da alma (achavam que tudo acabava com a morte) e que colocavam a execução de boas obras e da lei acima de tudo, e os fariseus, que se preocupavam em estudar exaustivamente as leis de Moisés e as diversas interpretações possíveis para cada lei, dedicando tempo enorme a intermináveis discussões.

Jesus resume todas as leis de Moisés e todas as mensagens dos profetas em fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem a nós.

Mais adiante no relato de Mateus (capítulo 22, versículos 36 a 40), Jesus volta a explicar o resumo de tudo: amar a Deus acima de tudo, e ao próximo como amamos a nós mesmos.

domingo, 8 de setembro de 2013

Mateus 7:7-11

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 7

Versículo 7: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.

Versículo 8: Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, se abre.

Versículo 9: E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?

Versículo 10: E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?

Versículo 11: Se, vós pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?

Outra tradução (Nova Versão Internacional - NVI):
v. 7: Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta.
v. 8: Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e aquele que bate, a porta será aberta.
v. 9: Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra?
v. 10: Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra?
v. 11: Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!

"O Evangelho segundo o Espiritismo": capítulo 25, itens 1 a 5.

Neste trecho do Evangelho, temos que destacar os tempos em que estão os verbos. Eles indicam ações que devem ser feitas. Jesus não disse que, se precisarmos de algo, é só ficarmos esperando que isso nos vai ser dado. Ele disse que devemos pedir, e assim nos será dado. Devemos fazer uma ação (pedir) para obter o resultado que queremos.

Precisamos partir em busca do que queremos para que possamos encontrar. Se queremos que uma porta seja aberta, precisamos bater nela.

No versículo 8, temos a conclusão do raciocínio: quem faz determinada ação consegue o que foi planejado. Jesus justifica essa afirmativa dizendo que se nós, que somos ainda imperfeitos, sabemos dar o melhor para os nossos filhos, Deus, que é infinitamente superior, sabe fazer isso ainda melhor, provendo-nos do que se faça necessário.

Assim, se necessitamos de algo que nos auxilie em nossa evolução espiritual, devemos pedir a ajuda de Deus. Um exemplo disso é quando queremos mudar alguma coisa em nós, algo que tem que ser mudado e que não estamos conseguindo fazer. Deus, em Sua infinita bondade, vai nos enviar os bons espíritos para nos ajudar a superar esse problema. Mas atenção: os bons espíritos, intermediários entre Deus e os homens, podem ajudar, mas não vão fazer o trabalho por nós. É por isso que devemos agir se quisermos ver as modificações acontecerem em nossas vidas. Se ficarmos parados, as mudanças jamais acontecerão.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Objetivos do blog

Neste blog, vamos encontrar dois tipos de postagens:

- as aulas do Curso Básico do Espiritismo: são as aulas que acontecem no Templo Espírita da Fraternidade (Amparo-SP) toda quarta-feira às 20 horas. São colocados o tema, o expositor e a bibliografia disponível;

- um estudo do Evangelho de Mateus sob a ótica do Espiritismo: baseado na leitura do Evangelho segundo Mateus (tradução de João Ferreira de Almeida). Os comentários postados estão de acordo com a doutrina espírita. Sempre que o tema do Evangelho de Mateus esteja também presente no "Evangelho segundo o Espiritismo",  procuro fazer uma correlação entre ambos.

Para quem deseja entender a sequência dos comentários feitos ao Evangelho segundo Mateus, as postagens estão na ordem em que aparecem no Novo Testamento. Assim, a primeira postagem (a mais antiga, portando) tem início no primeiro capítulo de Mateus.

Estes comentários também podem ser lidos de forma independente, pois todos encerram um começo, meio e fim, sem dependerem de leitura prévia para serem entendidos.

Mateus 7:6

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 7

Versículo 6: Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para que não as pisem, com os pés, e, voltando-se, vos despedacem.

Outra tradução (Nova Versão Internacional): Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão.

Quando tentamos mostrar ou explicar algo a uma pessoa que não demonstra interesse pelo que estamos falando, costumamos dizer, até nos dias de hoje, que não adianta dar pérolas aos porcos.

Devemos aprender a dar a cada um aquilo que ele pode absorver. Se uma pessoa mostra dificuldade em entender determinado assunto, principalmente no que diz respeito à religião, é porque talvez ainda não seja o momento adequado para ela. Insistir só vai fazer com que  desperdicemos o nosso tempo e o tempo dela.

Não se trata de falta de caridade, mas de entendimento que cada fruta tem o seu tempo de maturação. Numa próxima oportunidade, a pessoa vai estar sensibilizada para o assunto e talvez refaça o seu ponto de vista.


domingo, 1 de setembro de 2013

Mateus 7:3-5

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 7

Versículo 3: E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?

Versículo 4: Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu?

Versículo 5: Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

Argueiro: partícula pequeníssima, destacada de qualquer corpo; grânulo, cisco.

Trave: grande tronco ou madeiro retilíneo, grosso e comprido, usado para sustentar partes elevadas de uma construção.

Hipócrita: que ou aquele que demonstra uma coisa, quando sente ou pensa outra; que dissimula sua verdadeira personalidade e eafeta, quase sempre por motivos interesseiros ou por medo de assumir a sua verdadeira natureza, qualidades ou sentimentos que não possui; fingido, falso, dissimulado.

Jesus, novamente, nos dá uma lição usando acontecimentos do cotidiano. Pergunta como podemos ter a pretensão de tirar um cisco do olho de alguém se temos um tronco de árvore no nosso olho, o que nos impede de enxergar direito.

Fazemos isso todos os dias. Queremos corrigir os defeitos dos outros, mas não nos damos conta dos nossos próprios defeitos. Por que fazemos isso, se Deus nunca vai nos pedir para prestarmos conta dos erros dos outros, só dos nossos?

Ficamos incomodados com os defeitos alheios. Geralmente o defeito dos outros que mais nos incomoda é aquele que também temos. Ao ver esse defeito na outra pessoa, isso faz com que nos sintamos muito mal.

O nosso tempo de vida, que é limitado, deve ser gasto em nosso próprio aperfeiçoamento, não em detectar e fazer uma lista dos defeitos dos outros. Jesus nos mostra o caminho para o nosso próprio aperfeiçoamento moral. Se temos a pretensão de querer ensinar alguém, que seja através do exemplo, não com um discurso vazio.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mateus 7:1-2

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 7

Versículo 1: Não julgueis, para que não sejais julgados.

Versículo 2: Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir.

"O Evangelho segundo o Espiritismo": capítulo 10, item 13

Jesus nos ensina sobre o cuidado que devemos ter em nossos relacionamentos. Quer no trabalho, quer em família, estamos sempre julgando e catalogando o erro dos outros.Por isso, estamos sempre prontos a enxergar os pequenos erros dos outros, e não vemos nem mesmo os grandes erros que cometemos. Isso nos traz uma série de inconveniências, pois ficamos muito irritados ao menor sinal de uma ofensa (mesmo que ela só exista na nossa cabeça), esquecendo que talvez a pessoa apenas tenha reagido a uma atitude nossa.

Temos uma longa lista onde guardamos as supostas ofensas que nos fizeram. Na primeira oportunidade, geralmente durante uma discussão, jogamos todas estas supostas ofensas em cima das pessoas. Essas ofensas, que não são tão "ofensivas" assim, deveriam ter sido perdoadas e esquecidas, mas nós as ressuscitamos na primeira oportunidade.

Nós nos esquecemos que também precisamos do perdão pelos erros que cometemos. Além disso, Deus não nos deu um cargo qualquer onde tivéssemos o direito de julgar toda a humanidade.

Como precisamos da caridade dos outros para continuarmos a viver em sociedade, pois precisamos que os outros nos perdoem, também precisamos perdoar para seguirmos em frente. Vida em sociedade pressupõe tolerância mútua, sem a qual todo o convívio se faz difícil e espinhoso.

Podemos ser menos rigorosos com os erros dos outros e com os nossos próprios erros! Isso não quer dizer que vamos desistir do nosso aperfeiçoamento moral. Só quer dizer que vamos aprender com o erro e seguir em frente, perdoando na mesma medida que precisamos do perdão dos outros.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mateus 6:25-34

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 25: Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais que o vestido?

Versículo 26: Olhai para as aves do céu, que nem semeiam nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

Versículo 27: E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?

Versículo 28: E, quanto ao vestido, porque andais solícitos/ Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham nem fiam;

Versículo 29: E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda sua glória, se vestiu como qualquer deles.

Versículo 30: Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?

Versículo 31: Não andeis pois inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?

Versículo 32: (Porque todas estas coisas os gentios procuram.) De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;

Versículo 33: Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Versículo 34: Não vos inquieteis pois pelo dia d'amanhã, porque o dia d'amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

"O Evangelho segundo o Espiritismo" capítulo 25, itens 6 e 7.

Segar: colher ou ceifar.

Solícito: que realiza coisa e/ou atividade de modo rápido.

Côvado: antiga medida de comprimento.

Jesus certamente não quis dizer que devemos cruzar os braços e esperar as coisas caírem dos céus. A lei do trabalho está escrita na natureza, e ninguém deve se esquivar a isso.

A mensagem foi a de que devemos confiar em Deus, que nos dará sempre o que for necessário. O problema é que não nos contentamos com o necessário; queremos o supérfluo também.

Se nos empenharmos em seguir os caminhos de Deus, de cumprir o plano traçado para a nossa existência, não nos faltarão meios para a sua execução. Acontece que ficamos inventando mil e uma necessidades, e dedicamos todo o nosso tempo e esforço para as obter.

Jesus nos diz que o que for realmente necessário para a nossa vida jamais faltará. Precisamos trabalhar, fazer a nossa parte, e o resto virá por si mesmo.

Por outro lado, um lavrador que nunca plantou não pode esperar colher nada. Por isso, ao longo de nossas vidas devemos ir plantando as nossas sementes, pois no momento oportuno a colheita ocorrerá. Só não podemos esquecer que não podemos escolher a nossa colheita: se plantarmos o bem, o colheremos, e se plantarmos o mal ele retornará para nós.

Também não devemos perder horas de sono com preocupações inúteis sobre o futuro. O que temos nas mãos é o dia de hoje, e devemos usá-lo com sabedoria, pensando que talvez seja o nosso último dia na terra.



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mateus 6:24

Evangelho segundo Mateus

Capítulo 6

Versículo 24: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.

Mamom: palavra hebraica que significa dinheiro.

Não podemos servir a Deus, nosso Criador, a ao mesmo tempo ao "deus" dinheiro. Em várias passagens do Evangelho Jesus nos alerta sobre o perigo de nos deixarmos envolver pela busca da riqueza material.

O dinheiro, por si só, não é bom nem ruim. Tudo depende do valor que damos a ele e o que estamos dispostos a fazer para o obter. Se, para termos dinheiro, temos que agir de maneira desonesta, isto já nos alerta para as futuras consequências de nossos atos.

A nossa vida precisa de coerência e uniformidade. As nossas crenças religiosas precisam e devem ser aplicadas em todas as situações de nossa vida. A cada momento precisamos reafirmar em que acreditamos.

Não dá para sermos uma pessoa quando estamos no Centro Espírita (ou em qualquer outro local religioso) e outra no mundo dos negócios. Existem palavras que definem pessoas que agem como se fossem duas pessoas diferentes: hipócritas, mentirosas e outras mais!

Assim, uma atitude coerente implica em se escolher a quem vamos nos submeter: a Deus ou ao dinheiro.

Não precisamos ir ao extremo de abandonar a vida material para nos dedicarmos a Deus, mas devemos agir de maneira ética e consciente. Não há necessidade de prejudicarmos o nosso semelhante para obtermos o pão de cada dia. É sobre isso que Jesus vem falando do versículo 19 até agora.